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[L] A Profecia

Vela disse:
(eu posso pedir que deixem o personagem do Reverendo Vela comigo, a partir do post do Skylink abaixo ?)
Realmente os fatos me levam a isso. Irei propor algumas direstrizes:
Cada usuário terá responsabilidades sobre suas personagens e, somente ele, poderá tomar decisões como passado, tomada de decisões IMPORTANTES.
A menos que o criador permita isso a outros usuários.
Se tiver alguma idéia sobre uma personagem, mande uma mp para o criador e ele decide se a utilizará, se permitirá você fazê-lo ou se a descatará.
São apenas sugestões...
:mrgreen:
 
Quanto ao encontro do MSN, eu achei que o Skylink ia marcar, mas assumo, com sua permissão :mrgreen: .
Quem topar, mande mp pra mim com o endereco.
Daí nós combinamos a data. :mrgreen:
 
Eles pensavam em partir, mas uma tremenda tempestade despencou sobre a terra, deixando Phairanum nervoso...
-- O que é isso? - disse Anakruss - Com medo de uma tempestade?
-- Cale-se - disse Cahetel em tom enfurecido.
Nada mais disseram enquanto o Reverendo não voltava.
Preciso de informacões - disse ele - e saiu.
 
Phairanum disse:
Quanto ao encontro do MSN, eu achei que o Skylink ia marcar, mas assumo, com sua permissão :mrgreen: .
Quem topar, mande mp pra mim com o endereco.
Daí nós combinamos a data. :mrgreen:

hm... bem... eu estava procurando mais alguns escritores, pra dps fazer isso... Mas ok... Pode combinar logo (de preferência um fim de semana).
 
hm, pode... Só questão de td mundo ter o msn de td mundo... o meu, no caso, é skylink_1@hotmail. com
 
Eu também acho melhor domingo, tipo umas 15:30. Não nesse que está em cima da hora, mas e no próximo?
 
Phairanum disse:
Eu também acho melhor domingo, tipo umas 15:30. Não nesse que está em cima da hora, mas e no próximo?

Veremos... Mas vamos parar de discutir isso aqui e nos concentrar novamente na história... Ta ficando muito boa ^^
 
Domingo às 15:30 pra mim está ótimo!
Só avisar com antecedência!
Meu endereço do MSN está disponível logo abaixo!

Em relação às regras, Phairanum, pra mim está bom! Sem problemas!

Um abraço, galera. Aguardo a confirmação do domingo certo para nos reunirmos!
 
Voltando à história...
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Narug já havia partido. Levou consigo dez soldados. Voavam alto no céu em uma noite sem luar. Aproveitavam a cumplicidadde das sombras para atravessarem o Harad com velocidade surpreendente. Dirigiam-se para as Montanhas Sombrias...

Nas cavernas no extremo Harad, Holyër se preparava para partir. Ele e a Legião dos Guerreiros Celestes iriam para a Cidade dos Corsários em Umbar. No entanto, alguns acontecimentos inesperados mudaram os planos...

-- Aonde está? Não consigo encontrar... Girag! Girag!
Um soldado um pouco mais novo q Narug e com uma cicatriz no lado esquerdo do rosto surgiu na galeria onde Glaurung ressucitou.
-- Sim, senhor, mestre Holyër, senhor!
-- Alguém mexeu nesta galeria? Alguém entrou aqui na última noite?
-- Não, senhor, mestre Holyër, senhor. -- disse balançando a cabeça.
-- Esta área estava sob vigilância de quem?
-- Creio q ninguém vigiava esta área, mestre Holyër, senhor.
-- O que?! -- Holyër sentiu um aperto na garganta -- Como?! Todas as saídas eram pra ser vigiadas... -- tentou se controlar. Respirou fundo e suspirou -- Saia, Girag! Verifique se a legião está pronta para partir.
-- Sim, senhor, mestre Holyër, senhor!
-- Só "Sim, senhor!" já é suficiente, Girag. -- disse num tom seco.
-- Sim... senhor... -- respondeu saindo pelo túnel de acesso.

Subitamente Holyër sentiu um cheiro estranhamente desagradável. Parecia enxofre. Imediatamente, pensou: "Glaurung..."
Seus olhos correram pelo chão e pelo teto da galeria. Nada. Nenhum sinal, a não ser... sim foi quando identificou dois pontos brilhantes num canto. "Maldito seja, dragão!", murmurou em seus pensamentos.

-- Saia das sombras, Glaurung. Sei q vc está aqui.
-- hum, hum... demorou um pouquinho, não é, Pequeno Infante? Pensei q seus reflexos fossem mais rápidos... Poderia ter te matado sem hesitar... Você nunca saberia de onde teria saído a mordida...hahaha. -- respondeu o dragão saindo das sombras e circundando o jovem.
-- Meus reflexos são mais rápidos do q você pode imaginar, Glaurung. -- sua real vontade era xingar aquela Víbora de Asas fedida, mas precisava conter-se -- E minha mente tão perspicaz quanto a visão de Varda em Valinor.
-- Ah, vc tinha q atrapalhar a conversa falando de "coisas" tão desagradáveis? -- resmungou num tom irônico e se afastando para um canto da galeria.
-- Não tenho o q conversar com vc...
-- Você não parece ter medo de mim...
-- E por eu deveria? -- revidou Holyër num tom bem mais ousado, estava perdendo a paciência... -- Me diga? Encoste um dedo dessa sua pata imunda em mim e vc vira poeira! Cinzas! O fogo azul te consumirá por inteiro e nem uma estátua de lembrança restará!
-- Nunca pensei q vc pudesse ficar tão exaltado, Pequeno Infante, sabia?

Holyër percebeu q realmente estava se desesperando, era aquela influência diabólica do Dragão. Controlou-se uma vez mais. Mas seu coração ainda ardia em fúria! Estava disposto a pôr toda sua missão a perder pelo prazer de ver aquele Lagarto Gigante morto outra vez. O fedor estava ainda mais insuportável. Encarou Glaurung nos olhos, algo q ninguém jamais fez... não por vontade própria. Seus olhos castanhos acenderam-se em chamas azuis!

-- Comece a falar onde ele está? -- falou com os dentes trincados e um olhar ameaçador.
-- Do q vc está falando? -- retrucou Glaurung em tom irônico.
-- Você sabe, não finja! Ponha-o na minha mão ou a minha fúria te perseguirá até o Outro Mundo!


(Continuo mais tarde.... no momento estou sendo impedido de permanecer na frente do computador)
 
Gente, de boa, precisamos fazer menos mistério como os persona!
Ate agora nao sei quem é e o que é exatamente Holyer, e os soldados alados.
Tb preciso saber mais sobre o reverendo Vela
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Não que seje necessario revelar todo o passado e os segredos dos persona, mas isso poderia ser colocado a parte na hora de postar.
Exemplo:

"Eles caminhavam e deram de cara com Michael Jackson..."

logo apos o termino da historia a gente especifica sobre o cara:

"Michael Jackson é um tarado por criancinhas..." E aí vai
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Desse modo fica + fácil para a outra pessoa que for postar em seguida! 8-)
 
(Desculpem por ter largado o post num momento crítico mas tinha um bando de gente me impedindo de terminá-lo. Agora posso concluí-lo com um pouco mais de calma).

Anakruss, entendo sua impaciência. Antes mesmo de vc reclamar do excesso de mistérios eu já ia explicar alguns fatos no post anterior, mas fui impedido de concluir minha linha de raciocínio.

No próximo post muita coisa será explicada.
 
-- Comece a falar onde ele está? -- falou com os dentes trincados e um olhar ameaçador.
-- Do q vc está falando? -- retrucou Glaurung em tom irônico.
-- Você sabe, não finja! Ponha-o na minha mão ou a minha fúria te perseguirá até o Outro Mundo!

Glaurung apenas viu em um relance a luz azul brilhar nas mãos de Holyër e seu coração se contraiu em um aperto.

-- Tudo bem, devolvo... -- Retrucou Glarung engasgando e se contorcendo como uma serpente.

Havia uma ira indescritível nos olhos do jovem q se resumia no arder das chamas azuis. Holyër respirou e controlou-se. As chamas em seus olhos e em suas mãos se apagaram. O dragão se recompôs com o olhar ainda meio desconfiado e temeroso.

-- Saiba q se não fosse pelo sangue q te ofereci vc não poderia me humilhar desta forma. -- levou sua pata ao peito onde talvez ficasse o coração, se é q aquele animal algum dia possuiu um. O sangue oferecido a Holyër prendia a vida de Glaurung à do jovem. Se Holyër morresse, Glaurung também morreria.

-- Devolva.
-- Eis o q vc quer... -- Glaurung fechou os olhos, se concentrou. Sua vontade era soprar um hálito sulfúrico capaz de derreter toda rocha ao seu redor. Mas conteve-se, por Morgoth. Ao invés disto, regurgitou o Palantír, o objeto q Holyër procurava. Cuspiu-o no chão da galeria, estava intacto apesar de toda saliva tóxica e fétida q o envolvia. O dragão viu o jovem usar o Palantír para encontrar Anguirel, a espada de Maeglin. Pensou então em roubar o artefato para tentar manipular o senhor dos Guerreiros Celestes... Seus planos não foram tão bem sucedidos quanto pensava. No entanto, conseguiu saber quem Holyër representava...

-- Bom. -- disse Holyër olhando para o Palantír no chão. -- Seria uma pena ter q te matar Glaurung. -- Havia se recomposto e falava em tom frio novamente.
-- Sei quem vc é. -- acusou o dragão encolhendo-se em um canto obscuro da galeria. Seu olhar tinha rancor e resignação.
-- É claro, q sabe. -- retrucou Holyër sem dar importância e inclinando se para tentar limpar o Palantír com o manto velho q o encobria.
-- Vc e o seu povo. Sei quem vcs são!
Desta vez Holyër apenas o olhou de soslaio.
-- Vi quando aquele soldado alado entrou aqui enquanto vc procurava o Palantír. Pensei q fossem apenas uma lenda. Por nunca ter visto um de vcs e por nunca ter ouvido o mestre falar abertamente de sua raça. Os Meneldúrim. O povo Celeste q vive na Noite eterna.

Holyër sorriu, pela primeira vez em muito tempo.
-- Bravo, Glaurung. Muito bem! Sabia q não conseguiria esconder este segredo por muito tempo.
-- Mas sei também q o seu povo foi contra o mestre. Quando ele foi lançado na escuridão eterna além dos ermos do céu... -- acusou com sua voz sinistra.
-- Fomos criados para guardar os portões do céu. Os ermos do Universo e a Noite Eterna. Melkor foi banido e não possui permissão para retornar à Arda.
-- Então porque vc quer trazer o mestre devolta? -- resmungou Glaurung.
-- Porque prometi. -- ao dizer isso seu rosto parecia ter sido encoberto por nuvens. -- Girag! -- chamou por último.

O soldado alado ao aparecer na entrada do túnel de acesso ficou petrificado ao se deparar com o dragão...
-- M-m-mestre, Holyër?
-- Convoque a legião, vamos partir. -- disse o jovem sem se virar, permanecia com seu olhar gélido sobre Glaurung. -- mudança de planos vamos direto para as Ered Luin.
-- Como, senhor?
-- Glaurung se ofereceu para me levar, não é, meu caro? -- os olhos do dragão acenderam de ódio e rancor. -- Vamos, Glaurung, não seja arredio, tudo isso é pela volta de seu mestre. -- concluiu em tom seco.

Logo, partiram todos na direção de Eriador. Pelos ares chegariam mais rápido do q pelas águas. Holyër foi transportado nas costas de Glaurung. O dragão questionou por quê os soldados alados não carregavam o mestre deles e por quê Holyër não possuía asas.
-- Não sou carregado por meus soldados porque tenho pernas, cabeça e estou vivo. Ser carregado por eles seria um capricho, uma vaidade. E o fato de eu não ter asas não é assuntou seu. -- respondeu Holyër.


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Editado: 11/07/2004

Depois de um consenso e um debate sobre o assunto, algumas informações da origem do Povo Alado foram alteradas e corrigidas. Para evitar excessos e incoerências posteriores.
 
Phairanum então mergulhou em um profundo sono, enquanto a tempestade se aproximava e, talvez por sua semelhança com a de tantos tempos atrás tenha despertado nele lembranças de outra era.
De repente ele se lembrou de sua outra vida, vislumbrou sua família em Dor-lómin. Seu pai, que em sua coragem desafiou Morgoth e assim atraiu para sua Casa a terrível maldição, sua amada mãe, que em desespero saiu a procurá-lo e perdeu-se para nunca mais ser vista neste mundo por ninguém exceto Húrin, e, sua querida irmã Lalaith, uma flor amarela na verde relva de primavera, sorrindo e correndo pelos campos enquanto o sopro da morte ainda não a havia encontrado.
E viu Labadal, seu velho amigo, com quem passava horas conversando.
Então agora ele pôde ver Nienor crescer, embora estivesse distante de sua casa quando isso aconteceu. Viu Gethron e Grithnir, seus guias chegarem até os labirintos de Doriath e, como teriam perecido não fosse a chegada de Beleg, o Arcoforte.
Nesse momento, assim como em quando vislumbrou Nienor, Phairanum soltou um gemido que não foi ouvido por nenhum de seus companheiros em função dos raios que coruscavam o céu.
-- Que favor desejam do rei Thingol? - perguntou Beleg ao menino.
-- Gostaria de ser um de seus cavaleiros, para atacar Morgoth e vingar meu pai - relembrou Phairanum, enquanto uma lágrima rolava em sua face.
Viu então, Thingol e sua bela esposa, Melian, a Maia. Thingol lhe entregava o Elmo-de-Dragão:
-- Tome agora a Cabeça-do-Dragão do norte - disse - e quando chegar a hora, use-a bem.
Lembrou-se dos tempos em que combateu ao lado de Beleg nas fronteiras de Doriath e do infame Saeros que provocou sua fuga do Reino Protegido. Seu pensamento voou sobre léguas e pousou nos bosques ao sul do Teiglin, lá onde encontrou os proscritos e onde tomou o lugar de um deles após tê-lo assassinado em sua defesa. Viu a morte de Forweg, por sua espada, que perseguia uma jovem.
E relembrou do reencontro com Cúthalion e sua despedida. Após isso viu o anão Mîm, e a flecha de Andróg atingir Khîm. Viu o anão guiar os proscritos para o topo de Amon Rûdh e lá viu Beleg encontrar as trilhas secretas e surgir em meio a eles, trazendo consigo o Elmo-de-Dragão.
Depois disso viu seu período de domínio sobre a região que passou a ser conhecida como Dor-Cúarthol, Torre do Arco e do Elmo.
Enquanto via a traição de Mîm, se debatia em seu sono e a tempestade tomava maiores proporções.
Os orcs, então, subiram as escondidas trilhas e atacaram no meio da noite.
Nesse momento, as visões deixaram de se suceder num ritmo alucinante e pousaram em Iglash, o capitão dos orcs de Morgoth que atacaram Dor-Cúarthol.

A Iglash havia sido incumbida a missão de destruir o acampamento dos proscritos que impedia Morgoth de lançar sua mão rumo a Nargothrond e, a todo custo, capturar o Espada Negra, que Morgoth sabia ser o malfadado Túrin, filho de Húrin, e se divertia com seus planos...
Por isso, Iglash saiu de Angband com uma grande companhia, 5000 orcs e 300 lobos-sentinelas, dessa vez Morgoth não queria mais brincar e lançar falsos ataques àquela terra pois sabia através de espiões a quantia de homens e o valor que tinham Túrin e Beleg.
Aconteceu de os orcs chegarem em uma hora em que Túrin e Beleg mais os da antiga companhia estavam reunidos nas salas escondidas de seu esconderijo, e atacaram de repente todos os homens que guardavam a base da montanha. Muitos homens morreram defendendo seu comandante, outros, menos valentes fugiram e outros ainda, vis e desleais, atacaram seus antigos companheiros, de modo que pela manhã, já não restava nenhum homem que podia avisar a Túrin sobre o ataque. Dessa forma mostrou-se malfadado o conselho de Beleg, em que nenhum novato poderia conhecer os caminhos que levavam ao topo de Amon Rûdh, e assim, não da última vez, Beleg foi enredado na maldição da Casa de Húrin.
Na manhã seguinte ao ataque, Mîm e seu filho Ibun, saíram de Bar-en-Danwedh a fim de colher raízes na floresta para seu estoque de inverno. E foram capturados pelos orcs.
-- Diga, anão, onde se encontra seu mestre, Gorthol, Elmo do terror - disse Iglash a Mîm.
-- Não conheço ninguém que assim é conhecido, e agora me solte - disse em voz alta Mîm, esperando que algum dos sentinelas o ouvisse e chamasse ajuda.
-- Não seja tolo - disse sorrindo o orc - todos já foram mortos, e você será o próximo se não nos informar o que queremos saber. Aliás não será morto, mas sim escravizado nas minas do senhor de Arda.
Ao ouvir isso, Mîm se recordou de quando o bando de proscritos o haviam feito prisioneiro e lhe amarrado, aquilo tinha sido "gravado em pedra" como diziam os anões e nunca mais o abandonou, até que teve de pagar por seus atos.
-- Pai, podemos fugir se lhes entregarmos os lingotes de ouro do saco, ou dissermos sobre o esconderijo do tesouro nas pedras chatas - disse Ibun em sua língua ao seu pai.
Ao perceber a conversa, um orc fez menção de atacar os anões e foi severamente reprimido por Iglash, que deixou-os conversar.
-- Está louco, o remanescente do tesouro de Khimb nunca será possuído por estes malditos, - disse enfurecidamente Mîm - não enquanto eu viver.
-- Pois se não fizermos nada, isso logo acontecerá.
-- Não, já me basta ter perdido Khîm. Tenho uma idéia para sairmos ilesos e ainda nos vingarmos do assassino de seu irmão.
-- Não pode estar pensando em trair Gorthol. Você fez uma promessa a ele.
-- Prometi que o levaria a um local seguro, e o fiz. Mas se agora esse lugar já não permanece seguro, isso não desfaz minha promessa.
-- Mais parece um orc nojento do que um honrado anão. Já não é meu pai. E tentarei alertar o homem e o elfo, mesmo que custe minha vida - disse Ibun, enquanto corria em direção da montanha passando por entre dois orcs.
Mîm não pôde fazer nada, só ver a flecha retesar o arco e voar em direção de seu filho, como tinha visto tempos atrás.
-- Ibun! Não, meu filho não, disse entre lágrimas ao arrancar os fios de sua barba.
-- Pobre tolo - disse Iglash - agora a decisão é sua, já esperamos o bastante.
-- Maldito seja Gorthol e minha promessa. Por aquele perdi Khîm e por essa perdi Ibun. Farei o que quer, mas prometa-me que Gorthol não será morto.
-- Sem dúvida - disse ele a Mîm aos risos - Túrin, filho de Húrin não será morto.
Assim foi traída Bar-en-Danwedh, pois os orcs se abateram sobre o local à noite, sem que fossem percebidos, guiados por Mîm. Ali, muitos do bando de Túrin foram mortos enquanto dormiam. Mas alguns, fugindo por uma escada interna, saíram no alto do morro e ali lutaram até cair, e seu sangue escorreu sobre o seregon que cobria a pedra como um manto. Andróg, um dos proscritos estava entre eles, pois ele mesmo havia encontrado a escada e naquela noite foi um dos mais ferozes na defesa contra os orcs, morrendo com uma flecha envenenada que cumpriu a maldição de Mîm.
Túrin lutou com Beleg ao seu lado e todos os inimigos se amedrontavam diante do Elmo-de-Dragão de do Arcoforte, só lutando em função do açoite de Iglash que punia quem o desobedecesse. Assim, quando duas vintenas de orcs haviam perecido, Beleg foi ferido, e logo tombou. Túrin, então foi dominado por uma rede, e aprisionado e levado pelos orcs.
No dia seguinte, Mîm, verificando os corpos encontrou Beleg ainda com vida e, por ódio ao elfo, apanhou Anglachel tencionando matá-lo. Mas Beleg foi mais rápido, retomou a espada e deu um golpe na direção do anão que fugiu correndo.
-- A vingança da Casa de Hador ainda o encontrará! - gritou-lhe Beleg.
Beleg lentamente se recuperou e em vão procurou pelo corpo de Túrin entre os mortos, como não o encontrou soube que seu amigo havia sido levado rumo a Angband.

Depois de ser aprisionado, Túrin, ouviu Iglash dizer:
-- Ora vejam, Túrin, o bravo, preso. Muito trabalho me deu, mas levarei você para as mãos de nosso senhor.
-- Morgoth Bauglir nunca será meu senhor. Pois não me vendo como vocês, malditos.
-- Não o toquem - gritou Iglash, retendo seus comandados - ele deve chegar vivo nas mãos de Morgoth. Lá ele sofrerá como nenhum outro mortal já o foi.
-- Ainda assim não me curvarei aos pés daquele maldito. Ao menos nisso serei como meu pai.
-- Veremos. Acorrentem-no e vamos partir.
Assim Túrin foi obrigado a segui-los a golpes de açoite. Fizeram a travessia do Teiglin e chegaram a Brithiach, transpondo o Sirion. Então, à sombra dos picos da Crissaegrim, morada das águias, entre o Mindeb e o curso superior do Esgalduin, os orcs acamparam e se demoraram muito em Dimbar, pois seguiam despreocupados sem saber que Beleg se aproximava cada vez mais pois seguia sem descansar. Após isso, seguiram pelo árduo e perigoso caminho Passo do Anach, um desfiladeiro que descia de Taur-nu-Fuin na extremidade ocidental das Ered Gorgoroth, chegando enfim em Taur-nu-Fuin, a "Floresta sobre a sombra da noite", região de tamanho pavor e feitiços sinistros, que nem mesmo os orcs nela penetravam, a menos que a necessidade os forçasse. Foi com desolação que Túrin viu as árvores daquela região, que eram negras e sinistras, com as raízes enroscadas, tateando no escuro como garras de animais.
-- Lembra-se do velho Traak? - disse um dos orcs que acompanhavam Túrin.
-- É, dizem que ele se desgarrou no meio dessas árvores ficando perdido e cego em meio a elas, e que foi perseguido até a loucura por espectros aterrorizantes.
-- Ou estrangulado. - disse um terceiro - É o que se comenta.
-- Quietos vocês três! - ordenou Iglash, e em silêncio permaneceram enquanto permaneceram naquela terra.
Finalmente chegaram num vale árido, à vista dos picos tríplices das Thangorodrim, e ali montaram acampamento. No centro dele havia uma árvore seca onde Túrin foi amarrado e serviu para o divertimento dos orcs que atiravam facas em sua direção e disputavam quem conseguia cravar a faca no toco sem ferir o prisioneiro, Túrin encarava um por um nos olhos, e muitos pararam o jogo devido ao ódio que havia nos olhos dele. Beleg, acompanhado de Gwindor, chegou até o acampamento no momento em que a noite caía sobre a terra juntamente com uma tempestade, exatamente igual à que caía lá fora.
Beleg, sorrateiro, matou os lobos-sentinelas, um a um, e entrou no meio do acampamento e levou Túrin embora até um bosque de espinheiros um pouco acima do acampamento.

Phairanum agora estava em um estado de agitação fora do comum, e se debatia em sua cama, chegando a ferir os braços.

Chegando lá, retirou Anglachel da bainha e cortou as correntes que prendiam Túrin. O destino porém fez com que a arma escorregasse da mão do elfo e ferisse Túrin, que acordando de seu sono de enorme exaustão, decidiu lutar contra os orcs que achava que o atacavam. Então tomou a espada do amigo e o assassinou, então quando um raio cruzou o céu e iluminou a face de Beleg, Túrin ficou imóvel e mudo, consciente do que tinha feito. A maldição o havia alcançado.

-- BELEG!!! - gritou Phairanum, e sua voz sobrepôs-se ao trovão que reverberava nas paredes e acordou a todos.
-- Calma - disse Cahetel - eu também vi isso. Mas você sabe o que eu penso.

Na manhã seguinte, Anakruss foi conversar com Phairanum sobre seu pesadelo. Este não quis dizer nada àquele, só dizendo que sonhara com o passado.
-- Entendo - disse Anakruss - que bom que Cahetel está conosco.
-- Sim, mas pena que eu represente uma ameaça a ele.
-- O que disse? - perguntou Anakruss assustado.
-- Claro tolo, acaso não percebeu que ele é Beleg Cúthalion?

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Foi mal por ter me empolgado um pouco. E por estar ressuscitando todo mundo da Primeira Era, é que era inevitável esse acontecimento.
Só achei que nem só de intrigas vive uma boa história.
Antes que eu me esqueça, parabéns a todos, a história está muito legal e surpreendente.
Até mais

---------------

EDITADO

Meu msn é phairanum@hotmail.com
 
Ficou muito bom, Phairanum!

E concordo com vc, nem só de intrigas vive uma boa história, é por isso q estamos escrevendo juntos! :mrgreen:
 
Não quis dizer sobre intrigas entre nós, mas entre as personagens :mrgreen:

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EDITADO
Resposta ao post abaixo:
Beleza então Excalibur, te entendi mal. :lol:
Quanto ao MSN, dia 11/07 15:30 está bom?
 
:o?: Mas eu não me referia à intrigas entre nós. Em momento algum pensei algo parecido. :o?:

Me refiri assim como vc à intriga dentro da história, entre os personagens. :mrgreen:
 
continuando...

--- Como posso saber que ele é Beleg, se só o conheço por histórias? --- retrucou Anakruss meio zangando pela ofensa do outro.
--- Perdão Anakruss...--- disse Phairanum num tom mais ameno.--- É que é tudo tão novo para mim. Até ontem eu era apenas um andarilho com uma espada de altíssimo valor e agora descubro que sou a reencarnação de um grande herói na história de Arda.
--- Acho que sei o que vc sente, pois passei por isso também...
--- Como assim, vc tambem já teve esses sonhos?--- Phairanum o interrompeu com grande interesse.
--- Ah sim, tinha...quer dizer, tenho muitos sonhos assim. Me vejo em Nevrast, vejo os cines... e...--- abaixou a cabeça meio confuso.--- acho que já sonhei com Ulmo, mas não tenho tanta certeza disso.--- voltou a erguer a cabeça num sorriso sem graça. Foi por causa desses sonhos que me foi revelado quem sou.
--- Tuor, filho de Huor, pai de Eärendil-o salvador.--- Phairanum agora sorria como a tempos nao fazia.
--- E vc Túrin, filho de Húrin, o espada negra; matador de dragões.--- foi a vez de Anakruss.
Os dois agora riam como se fossem velhos amigos e esqueceram totalmente dos tempos obscuros que estavam por vir.
Por último Anakruss concluiu:
--- Peraí! É muito cedo para eu ser pai!!! :lol:
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Excalibur ja ja vou te colocar na historia, só preciso que a comitiva parta para as montanhas azuis. :wink:
 
Blz, Anakruss!

Achei q vc tivesse esquecido! :lol:

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Editando: 11/07/2004

Caros leitores q estão acompanhando nossa história (ou caro curioso(a) q entrou aqui pra saber q raio de Profecia é essa!)

Depois de duas reuniões da "Cúpula Profética", depois de debater um bocado e quase nos esganarmos, chegamos a um consenso.

Uma pequena alteração foi feita no último trecho da história q eu (Excalibur) postei. Nada q altere o sentido geral, apenas um detalhe q poderia causar certos incovenientes, como a minha morte na fogueira pela Santa Inquisição da Terra-Média!

Brincadeiras à parte, esse é apenas um esclarescimento em consideração aos leitores q estão acompanhando nossa história. :wink:

E .: A Profecia :. continua, Galera!
 

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