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Khuzdûl: A Língua Secreta dos Anões

yoko

Usuário
No segundo capítulo do Silmarillion aprendemos que, assim que Aulë criou os Sete Pais dos anões, ele "começou a instruir os anões na língua que havia desenvolvido para eles".

O nome que deram à sua própria língua foi khuzdul, que evidentemente é simplesmente "língua anã", com os anões chamando a si próprios de khazâd (o singular pode na verdade ser *khuzd). Lemos que "de acordo com suas lendas seu criador, Aulë, o Vala, criara esta [língua] para eles e a ensinara aos Sete Pais antes que estes fossem colocados para dormir até que chegasse a época de seu despertar.

HISTÓRIA EXTERNA DO KHUZDÛL

A respeito do khuzdul, Tolkien afirmou que "esta língua foi esboçada com certo detalhamento de estrutura, porém com um vocabulário muito pequeno" (PM: 300). Ela evidentemente surgiu nos anos trinta. Os nomes khuzdul Khazaddûm e Gabilgathol aparecem em uma versão antiga do Silmarillion; ver LR: 274. Aqui também encontramos khuzûdcomo o nome dos anões para sua própria raça, posteriormente modificado para khazâd. Tolkien primeiro aplicou o nome Khazaddûm à Nogrod, não à Moria. Christopher Tolkien comenta: "Khazaddûm é a primeira ocorrência do famoso nome. É interessante observar que ele já existia - mas como o nome anão de Nogrod - nesta época. Posteriormente o nome anão de Nogrod veio a ser Tumunzahar... Gabilgathol, aparecendo agora pela primeira vez, permaneceu como o nome anão de Belegost." (LR: 278)

A ESTRUTUA DO KHUZDÛL

Nos é dito sobre a língua anã que "estruturalmente e gramaticalmente ela diferenciava-se amplamente de todas as outras línguas do oeste naquele tempo" (PM: 316-317). Parece que ela era amplamente considerada como o proverbial "idioma difícil", assim como muito ocidentais pensam a respeito do chinês hoje.

A fonologia era, em alguns aspectos, peculiar se comparada a outros idiomas contemporâneos. Haviam pelo menos duas oclusivas aspiradas, kh e th, isto é, ke t seguidos por h. (Note que khe th não indicam aqui o alemão ach-Laut e o th como na palavra inglesa thin, da forma como estes dígrafos são freqüentemente associados na grafia de Tolkien.) O k e o t iniciais ingleses também são aspirados, mas provavelmente não tão forte como no khuzdul. O khuzdul também possui oclusivas não aspiradas, como o k e o t franceses e russos mas, diferente da situação no inglês, francês e russo, o ke t do khuzdul são fonemas por si mesmos, que devem ser distinguidos de kh e th. Como sabemos muito poucas palavras do khuzdul, é pouco surpreendente que não tenhamos pares mínimos, mas kvs. kh e t vs. th são encontrados contrastando inicialmente: Kibil-nâla vs. Khazad-dûm e Tumunzahar vs. Tharkûn. Outras consoantes incluem o b oclusivo sonoro, as fricativas surdas f e s, as fricativas sonoras z e gh, o l lateral, o r vibrante (alguns anões usavam um R uvular, outros evidentemente um R), n e m nasais, e uma semivogal, y.

Se algumas consoantes eram um tanto peculiares, o sistema vocálico era bastante comum. As vogais curtas parecem formar um clássico sistema de cinco vogais, a, i, e, o, u. De acordo com as notas de Tolkien sobre as Runas de Daeron, vogais reduzidas, como aquelas ouvidas em butter, também eram comuns, mas elas não são atestadas diretamente (a não ser que alguns dos u's e e's representem tais vogais). Quatro vogais longas são atestadas, â, ê, î e û. A ausência aparente de *ô pode bem ser devido ao nosso pequeno corpus. Vogais longas podem ser encurtadas quando não enfatizadas (?); compare Khazâd com Khazad-dûm. (Na verdade, nada sabemos sobre como as palavras são enfatizadas em khuzdul.)

A estrutura básica do khuzdul parece-se com a dos idiomas semíticos, como árabe e hebraico. Os radicais a partir dos quais as palavras são produzidas não são por si mesmos palavras pronunciáveis, mas consistem apenas de consoantes. Substantivos, verbos, adjetivos, etc., são produzidos não apenas por prefixos e sufixos (se tais artifícios são realmente usados), mas também ao inserir-se certas vogais entre estas consoantes, algumas vezes também ao duplicar-se uma das consoantes. Na verdade, as palavras são freqüentemente flexionadas por mudanças internas de vogais ao invés da adição de afixos: rukhs significa "orc", mas o plural "orcs" é rakhâs. As consoantes raízes - os assim chamados radicais - permanecem as mesmas, como *R-Kh-S neste caso. No khuzdul, assim como nos idiomas semíticos, geralmente há três radicais na raiz; várias destas raízes são mencionadas em TI: 174 e RS: 466: B-R-Z "vermelho", B-N-D "cabeça", K-B-L "prata", N-R-G "preto". Um exemplo de uma raiz biconsonantal é Z-N "escuro, turvo" (RS: 466). É claro, as vogais serão adicionadas quando estas raízes aparecerem como palavras de fato; ex: baraz "vermelho" ou bund "cabeça" a partir de B-R-Z e B-N-D. Os radicais Kh-Z-D contém a idéia geral de "característica anã" e podem ser observados em palavras como khazâd "anões" e khuzdul "língua anã" ("órquico" presumivelmente seria *rukhsul). Os mesmos radicais Kh-Z-D evidentemente estão presentes no nome antigo em khuzdul de Nargothrond, Nulukkhizdîn, mas o significado preciso deste nome é desconhecido (note que Nulukkizdîn no Silmarillion cap. 21 é um erro ortográfico; ver WJ: 180). O significado mais básico de Kh-Z-D pode ter alguma coisa a ver com o número "sete"; compare com a palavra adûnaica hazid (SD: 428). Os anões descendiam dos Sete Pais e eram divididos em Sete Casas - e, como sabemos, os anões ainda são associados com o número sete mesmo na bastante tardia e muito infantil mitologia humana.
 
Hã... oque?
É, depois dessa voltemos ao curso de Quenya... :lol:
 
Não se assuste Tarik, apenas falei um pouco do idioma Khuzdûl, uma lígua maravilhosa mais muito, muito difícil!
É brincadeira é fácil você só precisa se empenhar!
 
Hahaha, ja tenho dificuldades o suficiente com o Espanhol, e o Sindarin, e o Quenya, e o Alemão, e o Russo, e o Japonês e o...
 
E mesmo, japonês é complicado, já espanhol é moleza!!
Quando sua professora sabe soletrar pelo menos vassoura... tive mals professores e comecei com uma matéria avançada d+... fazer oque...
Percebeu que estamos quase vazendo chat em uns 3 posts diferentes?8-O
:lol:
 
É tipo, eu queria entender a estrutura para poder escrever com as runas, gostaria de escrever uma frase para colocar na minha tattoo *-* uhasdhud
 
É tipo, eu queria entender a estrutura para poder escrever com as runas, gostaria de escrever uma frase para colocar na minha tattoo *-* uhasdhud

Então, pouca coisa se sabe sobre esse idioma. O Tolkien não deixou muito material a respeito disso. Creio que basicamente o que se há pra saber está AQUI, no site da Ardalambion. Eu não acredito que possam ser escritas frases completas nesse idioma, por conta do pouco desenvolvimento mesmo. Existem algumas palavras atestadas, e muito provavelmente essas palavras podem ser escritas usando a "legenda" de runas do quadro que você anexou no post, mas eu acho pouco provável que uma frase inteira possa ser possível.

Uma alternativa seria escrever a frase em português mesmo e só passar (transcrever) pras runas anãs, mas também não temos um método preciso pra isso =/
Fazer "de qualquer jeito", ainda mais que seria pra algo definitivo, eu acho pouco recomendável.
 
Existe sim um método para isso, é o chamado método Angerthas-Português. Eu tenho esse arquivo no meu pen-drive, consegui pegá-lo por aqui mesmo, mas não estou encontrando o tópico que disponibilizava o material. É bem interessante e ajuda em casos como esse. Amanhã mesmo disponibilizarei o arquivo aqui, caso alguém leia o post e ache o material antes, poste logo.
 
Existe sim um método para isso, é o chamado método Angerthas-Português. Eu tenho esse arquivo no meu pen-drive, consegui pegá-lo por aqui mesmo, mas não estou encontrando o tópico que disponibilizava o material. É bem interessante e ajuda em casos como esse. Amanhã mesmo disponibilizarei o arquivo aqui, caso alguém leia o post e ache o material antes, poste logo.

Então, o único material a respeito do método pra escrever em runas que conheço é uma tabela com as correspondências letras latinas-runas. Não tem nenhuma regra, nenhuma explicação. Não procurei nenhum estudo a respeito das Angerthas pra confirmar se, como as Tengwar, trata-se de um alfabeto fonético. Se sim, a chance daquela tabela estar extremamente defasada é enorme, porque não trata de nenhuma peculiaridade do nosso idioma.

Escrever pra brincar não faz mal algum e é bem divertido (fiz muito disso na adolescência), mas eu não faria transcrição pra ninguém que objetivasse uma tatuagem, por exemplo. Tengwar eu faço porque tem uma base muito mais sólida, ainda que não seja algo oficial.
 
Entendo. Bem, não pude ter acesso ao material hoje, então, prometo que brevemente disponibilizarei aqui. Abraços!!!
 
Acabei de lembrar que esse arquivo não estava nessa área de discussão e sim na "Tengwar e outros alfabetos..." Mesmo assim não consegui achá-lo. Fiquem na espera...
 
Finalmente postarei aqui o arquivo tão prometido. Espero que possa ajudar:
 

Anexos

  • Modo Angerthas Português[2].pdf
    82,6 KB · Visualizações: 180
Finalmente postarei aqui o arquivo tão prometido. Espero que possa ajudar:

Baixei e dei uma olhada por cima. De fato, não é o que eu imaginava, tem explicações bonitinhas, etc., não só uma tabela genérica. Mas preciso tentar usar, escrever, treinar, antes de dar uma opinião mais acertada.

De toda forma, valeu por compartilhar o material!
 
ammmmmmmmmmmmm.tipo assim,o que??
li 2 vezes e não entendi quase nada.se isso é fácil então eu estou com medo de ver o que é difícil
 

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