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[ KB ] Mythopoeia

O texto é bom, complicado e difícil leitura, mas muito bom.

Ele deixa bem claro sobre a crença do Deus na função de criador maior, contrapondo conosco, os criadores menores. Interessante uma parte em que eu acho que ele esclarece muito sobre a nossa semelhança com Saruman:

O deus Artefato não é seu quinhão,
homem, sub-criador, luz refratada
em quem matiz branca é despedaçada
para muitos tons,
e recombinada
forma viva mente a mente passada.

Isso mostra sobre a "decomposição" (e porque nao degradação ?) de Saruman. De branco para o de muitas cores. :think:

belo texto
 
Vou ser levemente cara-de-pau e copiar a minha opinião sobre o texto no Notícias ( http://forum.valinor.com.br/viewtopic.php?p=828815#828815 ).

Eu estou meio pasmo aqui, sem querer parecer exagerado. De toda a bibliografia de Tolkien que ainda não foi traduzida, os textos do Tree and Leaf sempre apareceram para mim com uma certa aura de mistério... é como eu imaginava o Silmarillion antes de lê-lo, parece cheio de caminhos novos para descobrir por um bom tempo (ainda que a natureza do Tree and Leaf não seja narrativa).

Eu tinha lido sobre esse poema na resenha aqui mesmo da Valinor, e imaginava que fosse realmente assim. Mas eu li uma vez, demorei bastante, e a conclusão a que cheguei é que ainda vou relê-lo um bocado. Tenho que comer muito feijão-com-arroz para entender cada verso e cada significado desse poema. Ainda assim, a primeira impressão, mesmo que bem nublada, não poderia ter sido melhor.
 
Pessoal,

Mais uma vez, não tenho como agradecer o carinho com que vocês têm recebido a tradução. Eu acho que realmente o texto é "multilayered" - as referências e sugestões dele atiram pra todos os lados, da mitologia à teoria evolutiva ("macacos progressivos"), e lançam raízes e galhos para o passado e o futuro.

TT1, devo admitir que não havia pensado na sua analogia com o que aconteceu com Saruman e a menção no poema antes, mas achei muito interessante mesmo!

No contexto do Mythopoeia, essa frase não soa como condenação direta, mas como uma constatação um tanto bittersweet - a idéia é de que somos imperfeitos por natureza (e tornados mais imperfeitos ainda pela Queda) e, portanto, não conseguimos manter a "matiz branca" - que vem de Deus - intacta. Por natureza a tornamos em algo menos perfeito, e isso pode se tornar, no fim, algo verdadeiramente corrompido. De qualquer maneira, esse ainda é nosso direito - "criamos tal como fomos criados".

Abração a todos e valeu de novo,
 
Esse poema tá valendo uma explicação passo a passo hein ? Seria legal pra todo mundo ter a visão do todo.
 
Hopefully, vai ser a mesma que eu vou usar no texto da dissertação de mestrado :obiggraz: O que houve de escolhas de Sofia e reinterpretações para ajeitar sentido e forma não tá no gibi.

Mas foi bom vc ter dito isso, porque me motiva a agilizar essa análise!

Abraço,
 
Gostei mto do poema especialmente essa parte
Não vê estrelas quem não as vê primeiro
qual prata viva explodindo em chuveiro
chama florida sob canção antiga
cujo eco mesmo de longa cantiga
o perseguiu.
Mto bonito! Acho que ja tinha lido os dois primeiros versos na Valinor antes.
Mais uma coisa, parece que a tradução ficou em algumas partes isométrica, com versos heróicos, como no início:
Você vê árvores, e as chama assim,
(pois é o que são e o seu crescer, enfim);
Deu uma sonoridade muito boa, e manteu a estrutra rímica, que deve ter dado um bom trabalho! Além disso vale a pena ressaltar a multipla interpretação que o poema permitei, de alguns aí ja disseram.

Drizzet
 
Salve, mestre Drizzet!

Mais uma coisa, parece que a tradução ficou em algumas partes isométrica, com versos heróicos, como no início:

Depende do jeito como você escande :wink: O poema é pra ser lido em voz alta, o que faz com que o "e as" e o "e o" sejam uma sílaba só:

Vo/cê/vê/ár/vo/res/eas/cha/maas/sim
Pois/éo/que/são/eo/seu/cres/cer/en/fim

Eu avisei que estava abusando das elisões :lol:

Abraços,
 

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