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Justiça proíbe publicidade de cerveja e vinho no rádio e TV entre 6h e 21h

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
§ 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.
§ 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
§ 3º - Compete à lei federal:
I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada;
II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.
§ 4º - A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medicamentos e terapias estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes de seu uso.
§ 5º - Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.
§ 6º - A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade.
Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação;
III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

Pois é, @Mellime. Mas mesmo vendo pelo texto da constituição, o que está sendo dito é que a propaganda comercial de bebidas alcoólicas estará sujeita às restrições do inciso II do parágrafo 3º. Nada é dito em relação ao inciso I, que fala sobre a categoria de idade e os locais e horários da apresentação de "diversões" e "espetáculos públicos".

Ou seja, pela Constituição não há a indicação de que deva ser proibido passar comercial de pinga no intervalo da TV Globinho, ou da Sessão da Tarde. Desde, é claro, que sejam estabelecidos os "meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão". É questão de interpretação. Mas pra mim o aviso ao final da propaganda que o produto é para maiores de 18 anos, e que faz mal para a saúde já é o suficiente.
 
Última edição:
Quer dizer, essa é a minha interpretação sobre a interpretação deles. Os caras dizem que propagandas influenciam o consumo de álcool e cigarro. Até aí tudo bem, já que se influenciassem, seria dinheiro no lixo. Enfim, o problema que não sei se os caras discutiram é o que é propaganda. Além disso, se o problema também passa por evitar exibir conteúdo +18 num determinado horário, então volta-se para a questão de definir o que é +18?

Curiosamente, o texto constitucional citado pela @Mellime não fala sobre pornografia ou sexo. Pode propaganda de motel durante a Sessão da Tarde?
** Posts duplicados combinados **
Eu entendi que não, @Grimnir .

Onde você viu que não?
 
A resposta está nela do ponto de como as coisas são, mas não necessariamente de como as coisas deveriam ser. O segundo debate me interessa mais, mas enfim.
** Posts duplicados combinados **
Pela lógica dos juristas legisladores, sim.

Não :rolleyes:
** Posts duplicados combinados **
O voto fala em campanhas publicitárias. Acho difícil passar isso pra filmes e etc.
 
Quer dizer, essa é a minha interpretação sobre a interpretação deles. Os caras dizem que propagandas influenciam o consumo de álcool e cigarro. Até aí tudo bem, já que se influenciassem, seria dinheiro no lixo. Enfim, o problema que não sei se os caras discutiram é o que é propaganda. Além disso, se o problema também passa por evitar exibir conteúdo +18 num determinado horário, então volta-se para a questão de definir o que é +18?

Curiosamente, o texto constitucional citado pela @Mellime não fala sobre pornografia ou sexo. Pode propaganda de motel durante a Sessão da Tarde?
** Posts duplicados combinados **

IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

A Constituição manda a lei seguir essas diretrizes. Acho claro o suficiente que motel na sessão da tarde não se inclui.
 
Então, no meu entendimento, os caras não foram consistentes no argumento.
** Posts duplicados combinados **
"Não se inclui" quer dizer que pode ou não pode? Não entendi.
** Posts duplicados combinados **
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

A Constituição manda a lei seguir essas diretrizes. Acho claro o suficiente que motel na sessão da tarde não se inclui.

Aliás, já que "valores éticos e sociais da pessoa e da família" é algo "claro o suficiente", qual a definição desses valores?
 
Acho que isso tem mais em relação ao que esses dois países associam com o hábito de beber cerveja: aqui no Brasil as pessoas costumam ir para a praia, beber cerveja e ver a mulherada de biquíni andando, ou vão pro boteco ficar falando alto e enchendo o saco do garçom, e se por algum milagre entrar um grupo de mulheres bonitas no boteco todos os homens ativam o modo "bêbado predador" e ficam tentando puxar assunto de qualquer maneira com elas :lol:
não tem não. só ver que a década de 60-70 nos EUA e outros foram bem férteis para produção de materiais bem focados no que hoje se caracteriza o clássico Peito, Bunda e Babaca, de propaganda de cerveja, com bastante enfoque em celebridade.
o modo predador existe porque vendem a imagem que beber cerveja é algo másculo e ajuda a pegar mulher, além do problema em enraizar a cultura da mulher objeto que homem tem de pegar e ficar exibindo por aí.

tem muita mina que curte tomar cerveja, mas não aguenta ir para bar beber porque tem um bando de babaca que fica achando que ela está lá atrás de homem, não de uma cerveja e só. olha só, daonde vem a cultura do peito, bunda e babaca?

agora um monte de cara falando besteira sentado no meio de um bar com umas gostosas não é algo que seja captado como positivo, pelo menos não na hora, por crianças.
mas você usou em menos de 2 paragrafos exemplos da vida real que trazem a objetificação da mulher e a cerveja como um trunfo para pegar mulher. Para piorar se escondeu atrás da lógica do "países diferentes hehehe wacca wacca wacca".

O Brasil (e as industrias cervejeiras) tem de primeiro parar de fabricar pipoca liquida e então focar em qualidade do produto e posicionamento de marca.

inglês vai pra praia, americano também, o mundo todo vai para praia, mas ainda no brasil tem a cultura que mulher é objeto e cerveja é trunfo em propaganda.

O interessante também é ver que você lembra de propagandas que o foco principal não é a mais nova gostosa do verão desse ano, mas sim exemplos de posicionamento de marca - Brahma a número um e o caranguejo dela, skol é redonda, bavaria. Mas ninguém lembra se foi a gostosa x ou y.

Só ver que as propagandas que criam lembrança de marca não usam muito a figura da mulher. Ou você lembra sem puxar no youtube se era uma loira, morena ou ruiva em cada uma das propagandas/videoclipe da heineken?
 
Você deu ótimo p ela, então tb deve entender que a Constituição é clara sobre isso. :coxinha:

Mas a Constituição não dispõe sobre tudo - apenas sobre esses mecanismos que regulam a dinâmica dentro uma sociedade ideal. (Ah vá?!) Os valores éticos e morais, salvo em contrário, sempre me pareceram ser aqueles que estão sob os Direitos Humanos, no que concerne o respeito ao indivíduo e sua identidade. Contudo, vide que sempre haverão problemas - esse mesmo artigo mencionado pela @Mellime é usado por fundamentalistas religiosos para impedir a oficialização do casamento homossexual no Brasil. Não vou dizer que os limites são claros - é difícil falar em limites, como você mesmo até agora está se perguntando sobre sexo explícito na Sessão da Tarde. Mas creio que, considerando não só a opinião dos juristas como também de especialistas diretos (psicólogos, turma do audiovisual, etc.) nessa área, que sabem que a liberdade em demasia é um ônus, é, acho que podemos estabelecer alguns no que concerne pelo menos esse exemplo.

esse é o tipo de resposta pergunta que você está pedindo para alguém vir e falar "a sua mãe".

pq "a sua mãe" sempre está no contexto.

Por aí. :lol:
 
Faz sentido proibir a propaganda abaixo?


O problema é o produto ou a mensagem da propaganda?
 
1s com a cerveja na tela.

claramente o problema não é o produto, mas sim com a propaganda Peito, Bunda e Babaca.
 
1s com a cerveja na tela.

claramente o problema não é o produto, mas sim com os pubrissitários HU3zeiros das agências brasileiras

Fixed. :dente:
(imaginando o Omy com olhos marejados assistindo a esse comercial)

Sabe o que eu não entendo? É gente 'bem-intencionada' que prefere vetar uma forma de comunicação a incentivar uma releitura da linguagem publicitária brasileira. É óbvio que o problema é a mensagem, e não o produto. Culturalmente falando, o eixo 'peito, bunda, babaca' já se tornou uma característica cultural por aqui. Quando não, a tragédia parte muitas vezes parte do próprio cliente: 'ô, cê viu a propaganda do concorrente, que engraçada? Faz igual'. Por quê?, o profissional da agência pergunta. O cliente (geralmente o almofadinha inútil superfaturado do marketing que se acha um gênio) repete o bordão 'ah, é porque o mote gruda na cabeça das pessoas, sabe, e é isso o que a gente quer'.
Fico impressionada com a diferença na qualidade dos comerciais ianques quando estou assistindo à MLB. Eles já romperam esse ciclo vicioso publicitário das campanhas de cerveja no século passado. Nós continuamos nele.
 
Última edição:
Totalmente, assim como quem interpreta o 'consumo' de forma literal: se a criança for exposta a propagandas de cerveja, logo vão começar a beber precocemente e se tornar alcoólatras.

Seria interessante imaginar a situação por um prisma diferente, justamente mudando a forma de comunicar o produto. A Bud descobriu uma forma muito interessante, e muito mais inteligente, de fazer isso.
 
Bom, agora que já botei o pessoal para discutir isso, que era a minha intenção (e não antagonizar as opiniões dos pessoal), então vou resumir minha opinião (fora do tecnicismo e da Constituição):

Pesquisem sobre propaganda de cigarro umas décadas atrás. O que a publicidade passava era IDÊNTICO ao que os comerciais de bebidas de hoje: associação de cigarro com sucesso sexual, social, e inclusive (contraditoriamente) esportivo.

A restrição ao cigarro foi aumentando e hoje, ao invés de se associar a algo cool, a primeira idéia que o cigarro nos passa é de câncer de pulmão (e, depois, vários outros tipos de câncer). Depois, mau cheiro e dentes amarelos. E inclua aí uma incapacidade de se livrar de vícios, porque ninguém em sã consciência quer fumar hoje em dia.

Hoje é assim com a bebida. Li muito nos comentários de Internet (retrato do retardo mental da nossa sociedade) "eu não sou virjão nerd. Eu bebo". (sim, li isso). Lembro também de quando eu era menor de idade e em um aniversário numa pizzaria uns guris chegaram se sentindo os tais por terem conseguido comprar uma latinha de cerveja no shopping. Meu primo se orgulhava de roubar uns goles de cerveja do pai antes mesmo de completar dez anos de idade. Ele teria VONTADE de experimentar cerveja? Ou era só porque ele identificou que beber cerveja era algo que as pessoas gostam de exibir? E por aí vai.

Hoje a associação que se estimula (e que entra na cabeça das pessoas, infelizmente) é "beber é cool, não beber é coisa de nerd virjão sem vida".

Futuramente, quando essa imagem se dissipar, o excesso / consumo inoportuno de cerveja vai ser relacionado com mortes no trânsito.

A diferença que vejo em relação ao cigarro é que cigarro NUNCA vai fazer bem para nada, sempre vai ser terrível para a pessoa (inclusive socialmente, porque hoje a pessoa que fuma é associada ao cheiro de cigarro, dente amarelado...)

Já a bebida é bem menos nociva, contanto que não se dirija depois. Existem malefícios para a saúde na bebida, claro, mas não são mais relevantes que o excesso de açúcar ou gordura. Então quem gosta tem mais é que beber cerveja. Essa é a diferença em relação ao cigarro.

Só que quantos que começam a beber cerveja realmente gostam do sabor? Quantos jovens só começam a beber porque é cool?
 

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