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Justiça gaúcha manda retirar crucifixos de repartições

Ora, dentre os crimes estava inserir na cabeça do povo uma doutrina cristã, como isso não é relevante? Torturavam para fazer as pessoas acreditarem, mas por que será que era (é) TÃO importante?

E de boa, se por cristo vc diz jesus, eu tenho uma cabeça aberta pra aceitar que ele existiu, e até deve ter sido um cara bem legal, com boas ideias, mas dai achar que ele é DEUS!? Porra, vc tem que ta de sacanagem. Vá ler sobre a cultura egipicia (que foi a cultura que jesus foi criado, segundo o capitulo 2 de mateus, BIBLIA) 4000 a.c, veja o julgamento de Osiris e me diga se ve alguma coisa um tanto peculiares com cristianismo....
 
Acho que a discussão não é essa, vinidmx...

A questão é: o Estado representa a todos. Privilegiar símbolos de uma parcela da população e impô-los a toda a coletividade é uma forma de opressão e um desrespeito com aqueles que estão fora desse universo de referenciais simbólicos. E não estou falando apenas de ateus e agnósticos, mas de umbandistas, budistas, seguidores do candomblé, diversos seguimentos cristãos que não se valem do culto a imagens em sua prática religiosa.
E não tem que ficar colocando simbolozinhos de credos diferentes pra agradar a todos, não. Tem é que retirar tudo e distanciar as instâncias de representação pública da vida privada, que é onde a fé e os credos devem permanecer.
Repito: a laicidade é a única forma democrática de representação do povo.
Portanto bato palmas! Que tirem os crucifixos dos tribunais e das escolas públicas!

E mais: nada em uma cultura é natural. Todas as práticas e representações sociais constitutivas de um universo cultural são construções históricas, em que se verifica também relações de dominação. Se o Estado impõe símbolos de uma fração do todo ao todo, ele se torna opressor. Se o Estado se afasta dessas questões religiosas (que são questões de foro íntimo), ele está promovendo uma democratização nesse campo.

E quanto carolismo, Paganus!

Se o Estado se pretende laico, que aja como tal.
Pra quem está dentro do universo de referenciais simbólicos do Catolicismo, é realmente muito cômodo. Mas como foi colocado, há uma parcela significativa que está fora. Impor símbolos do catolicismo em uma instância pública é, penso eu, além de uma incoerência, um insulto.

E você fala em valorização da multirreligiosidade e tolerância religiosa, Caio. Como se o catolicismo representasse alguma tolerância religiosa. Meu irmão ganhou um livro que estavam distribuindo na Canção Nova. O título falava algo sobre "falsos profetas". O livro é uma verdadeira cruzada contra a diversidade religiosa. Eu mesmo vou pro inferno duas vezes: por ser espírita e por ter tatuagem. E os ataques se dirigiam também a umbandistas, católicos ortodoxos, protestantes, ateus... e muito mais. E não venha querer me convencer que isso é algo anômalo dentro da Igreja Católica. Se olho pra um símbolo católico na casa de alguém, eu respeito. Se olho pra um símbolo católico numa repartição pública, sinto-me desrespeitado.
 
Carolismo não, sou apenas contra o cheiro de farofa que essa retirada dos símbolos parece pra mim. Quanto à intolerância católica-romana, a gente sabe o porquê. Racionalismo, cultura apologética, disputismo, toda a história do ocidente católico envolto em disputas teológicas, manipulações de poder, Igreja controlando Estado, enfim, todos sabemos disso.

O fato é: a cruz não é um símbolo católico-romano. É um símbolo cristão! Representa todo o cristianismo mesmo que nós, ortodoxos, não aceitemos esse tipo de cruz ou protestantes mais radicais detestem qualquer tipo de símbolo, a cruz não é monopólio do cristianismo romano. Então ela, como qualquer símbolo, não está ali pra 'agradar' ninguém, está ali para representar a coletividade de crenças da população. Então tanto se me dá se os católicos me chamam de cismático, herege, porque não considero o papa deus na terra, isso é irrelevante, o que é relevante é que a cruz está sendo expulsa do Estado.

Percebem? Não é imposição de símbolos religiosos. O Estado representa o povo e isso tem de se refletir nas suas estruturas físicas mesmo que não se reflita nas suas estruturas de poder, governo e litígio, que são isonômicas. Mas o Estado não é um ET, uma aberração distante da realidade do povo, ou não deveria ser. O povo brasileiro é religioso, não importa o que digam, portanto, não existe essa de separar Estado e sociedade de forma tão radical. Isso é mutilação.

E vini, divindade de Cristo é tão pertinente aqui quanto a vitória do Curintcha.
 
O que é relevante é que a cruz está sendo expulsa do Estado.

Não estamos banindo a cruz do estado, e sim colocando ela em seu lugar, como uma crença individual, e não em repartições coletivas que recebem pessoas de todos os credos.

(e detalhe, fazem essa apologia com o dinheiro publico)

Só a tinta que é gasta no dinheiro para escrever "Deus é fiel" já julgo como gasto abusivo, desnecessário e opressor.
 
No Brasil temos isso em doses pequenas, por isso a necessidade dessa desintoxicação em repartições publicas.

Desintoxicação é uma palavra forte. A lei não coloca a religião como um veneno, apenas não é atribuição do Estado.

Eu não considero a religião natural do homem! Eu considero super-estrutura criada para suprir necessidades sociais durante um periodo de tempo.

Só pontuando... religião é natural. A idéia de possuir uma crença em algo espiritual é natural sim. O fato de ter surgido paralelamente e espontaneamente em todos os povos da terra em todas as épocas sem contato uns com os outros é demonstração de que a crença em alguma supernaturalidade é inerente à espécie.


(...) começam os primeiros registros de religião no Egito.

Índia.



E o que os crimes da Igreja católica contra a humanidade tem a ver com o assunto? Cultura é o que nos faz povo, não o que nos faz virtuosos. A cruz de Cristo sempre terá seu valor religioso, independente do que papas sujos fizeram em Seu nome.

Cristianismo é cultura brasileira sim. Negar a herança cristã da nossa cultura é o mesmo que negar a herança européia dela, ou a africana em algumas regiões. A Justiça gaúcha não está dizendo que o cristianismo não é cultural no Brasil. Está dizendo que o lugar disso não é em órgãos públicos.


Ora, dentre os crimes estava inserir na cabeça do povo uma doutrina cristã

Favor frisar, no Código Penal Brasileiro, o parágrafo mencionando professar uma doutrina religiosa, com a respectiva pena. Nullum crimen, nulla poena, sine lege.



E de boa, se por cristo vc diz jesus (...) mas dai achar que ele é DEUS!? (...) Vá ler sobre a cultura egipicia (...)

1) Para questionar o conhecimento de religiões pagãs do Paganus vc tem que ser macho. Pra começar olha o nick.

2) THIS:
divindade de Cristo é tão pertinente aqui quanto a vitória do Curintcha.

Aliás, óia o Curintia aqui:

(...) escrever "Deus é fiel" (...)

Hah! :sacou:
 
Última edição:
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Que falta do que fazer medonha! Sei de várias empresas gaúchas que precisam urgentemente de mão-de-obra. Será que elas estão interessadas? Provavelmente, não...

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Carolismo não, sou apenas contra o cheiro de farofa que essa retirada dos símbolos parece pra mim. Quanto à intolerância católica-romana, a gente sabe o porquê. Racionalismo, cultura apologética, disputismo, toda a história do ocidente católico envolto em disputas teológicas, manipulações de poder, Igreja controlando Estado, enfim, todos sabemos disso.

O fato é: a cruz não é um símbolo católico-romano. É um símbolo cristão! Representa todo o cristianismo mesmo que nós, ortodoxos, não aceitemos esse tipo de cruz ou protestantes mais radicais detestem qualquer tipo de símbolo, a cruz não é monopólio do cristianismo romano. Então ela, como qualquer símbolo, não está ali pra 'agradar' ninguém, está ali para representar a coletividade de crenças da população. Então tanto se me dá se os católicos me chamam de cismático, herege, porque não considero o papa deus na terra, isso é irrelevante, o que é relevante é que a cruz está sendo expulsa do Estado.

Percebem? Não é imposição de símbolos religiosos. O Estado representa o povo e isso tem de se refletir nas suas estruturas físicas mesmo que não se reflita nas suas estruturas de poder, governo e litígio, que são isonômicas. Mas o Estado não é um ET, uma aberração distante da realidade do povo, ou não deveria ser. O povo brasileiro é religioso, não importa o que digam, portanto, não existe essa de separar Estado e sociedade de forma tão radical. Isso é mutilação.

Discordo veementemente... e assumo o risco de chover no molhado.
Separar a religião do Estado não é mutilação... é democratização. É ser coerente ante a diversidade de credos e não credos (rs) que se representa... e garantir que essas manifestações da fé tenham sim o seu lugar, mas longe das instâncias de representação pública. Você diz que a cruz representa toda a cristandade e ao mesmo tempo diz que ortodoxos não aceitam bem esse tipo de cruz e protestantes rejeitam quaisquer formas de símbolos. Percebe o quanto isso é arbitrário? Você diz que a cruz está ali pra representar a coletividade de crenças... mas ela não representa a coletividade de crenças. Pelo contrário, privilegia uma fração. E concordo com você: o que é relevante é que a cruz está sendo expulsa do Estado... mas acho que já não era sem tempo.
 
O que significa que não iremos a lugar algum aqui.

Porque temos noções diferentes de laicidade. Pra mim o Estado laico não precisa expulsar a cruz das repartições. Pra mim o Estado laico não é um Estado ateu e que procura agradar a uma minoria iconoclasta expulsando símbolos que representam seu povo.

E falando sobre símbolos, não se trata de algo arbitrário mas de um símbolo que representa o cristianismo embora não enquanto símbolo desta ou daquela Igreja, mas de forma mais ampla.
 
O que significa que não iremos a lugar algum aqui.

Porque temos noções diferentes de laicidade. Pra mim o Estado laico não precisa expulsar a cruz das repartições. Pra mim o Estado laico não é um Estado ateu e que procura agradar a uma minoria iconoclasta expulsando símbolos que representam seu povo.

E falando sobre símbolos, não se trata de algo arbitrário mas de um símbolo que representa o cristianismo embora não enquanto símbolo desta ou daquela Igreja, mas de forma mais ampla.

Eu entendo suas indagações e indignações.

E na última Sexta eu assisti um filme de 10 anos atrás que ainda não tinha visto e por grande coincidência me fez lembrar de você: "Time Changer" onde um professor seminarista do final do séc XIX viaja 100 anos no tempo e fica impressionado como a sociedade moderna não segue mais os principios cristãos como antes o que inclui também a ausência dos símbolos cristãos como estamos discutindo aqui.

Até recomendo você assistir, pois deixando de lado a ficção científica, o filme deixa uma interessante mensagem de reflexão sobre a influência da igreja na sociedade atual, ainda que no caso específico desse filme não seja a católica exatamente, mas que não deixa de servir como exemplo.

Aqui abaixo um trailer.

 
Última edição por um moderador:
O que significa que não iremos a lugar algum aqui.

Parece que não.

Porque temos noções diferentes de laicidade. Pra mim o Estado laico não precisa expulsar a cruz das repartições. Pra mim o Estado laico não é um Estado ateu e que procura agradar a uma minoria iconoclasta expulsando símbolos que representam seu povo.

Não falei em Estado ateu... e pra mim isso não faz sentido. Nem teísmo, nem ateísmo... mas supra-teísmo (nunca vi esse termo, mas está valendo... rs). O Estado está além dessas questões, tanto quanto possível. Só uma alteração: "símbolos que representam PARTE DE seu povo."

E falando sobre símbolos, não se trata de algo arbitrário mas de um símbolo que representa o cristianismo embora não enquanto símbolo desta ou daquela Igreja, mas de forma mais ampla.

Novamente discordo, por razões já colocadas.
Bom... ficamos nesse impasse então.
 
Pra mim o Estado laico não é um Estado ateu
Isso tu falou certo. Não é um Estado ateu. É um Estado agnóstico.

Mas eu admito que é um bocado irônico que a deusa Têmis seja o símbolo maior da justiça. Ela é, afinal de contas, um símbolo religioso também. Acho que por ser um símbolo de uma religião que não é mais seguida no mundo, ela tornou-se tão neutra quanto a neutralidade que a sua imagem busca. Mas o fato é que os crucifixos são símbolos de uma religião ativa cujos pensamentos interferem com decisões do mundo atual. Eu concordo com a Justiça gaúcha nessa decisão.
 
Off:


Senhorita Serenatas, eu respondi lá a sua MP sobre a questão do machismo, acontece que tu não loga mais aqui no forum desde o dia 9. Então, caso tu esteja lendo isso, vai lá na mp, guria!


MODERAÇÃO, apagarei este post assim que a Serenatas aparecer!
 

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