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Júlio Cortázar

Somos dois, Brian. Mas me recuso e ler Córtazar em tela, quero papel e tinta por entre os dedos. =)
 
Ixi, pior que dei uma rápida olhada aqui e parece que ele está esgotado. Ao menos na Saraiva, Submarino e Cultura.

Mas outros dele estão em promoção na Saraiva: http://www.livrariasaraiva.com.br/pesquisaweb/busca/cortazar/?ESTRUTN1=&FILTRON1=X&IMAGE2.X=0&IMAGE2.Y=0&ORDEMN2=E&PAC_ID=25371&PALAVRASN1=CORTAZAR&PAGINA=1&ID=BD0F6AFE7DB021C130A070114&PAC_ID=25371

Eu tenho quase certeza que já vi esse livro na biblioteca... Depois vou conferir lá. :P
 
Manu M. disse:
Somos dois, Brian. Mas me recuso e ler Córtazar em tela, quero papel e tinta por entre os dedos. =)

O Jogo da Amarelinha e Último Round (junto com A Volta Ao Dia...) não devem ser lidos NUNCA de maneira eletrônica. A não ser que eles tenham feito algum e-books mega interativo, como o menu de um dvd, toda a experiência em ler esses dois que falei é de um leitor de livros de papel que pode abrir o livro em qualquer página a qualquer momento.

Brianstorm disse:
Ixi, pior que dei uma rápida olhada aqui e parece que ele está esgotado. Ao menos na Saraiva, Submarino e Cultura.

Mas outros dele estão em promoção na Saraiva: http://www.livrariasaraiva.com.br/pesquisaweb/busca/cortazar/?ESTRUTN1=&FILTRON1=X&IMAGE2.X=0&IMAGE2.Y=0&ORDEMN2=E&PAC_ID=25371&PALAVRASN1=CORTAZAR&PAGINA=1&ID=BD0F6AFE7DB021C130A070114&PAC_ID=25371

Eu tenho quase certeza que já vi esse livro na biblioteca... Depois vou conferir lá. :P

O Jogo da Amarelinha havia esgotado em 2007 e voltou depois com reimpressão. Vamos ver se volta de novo ou se estão aprontando alguma edição especial.
 
Uma namorada me mostrou Cortázar no ano passado. Da aí em diante já li "Histórias de cronópios e fama", Todos os fogos o fogo (contos - SENSACIONAL!) e as Armas Secretas. Nunca li o Jogo da Amarelinha (o único romance dele, certo?). Ficou a impressão de que o Júlio é um dos maiores da obra curta.

Borges, Cortázar & Juan Rulfo a santíssima trindade do conto latino-americano de língua espanhola.


Alguém sabe de mais algum conto do Júlio Cortazar fora os de cima?


Vlw.
 
Vinnie disse:
Uma namorada me mostrou Cortázar no ano passado. Da aí em diante já li "Histórias de cronópios e fama", Todos os fogos o fogo (contos - SENSACIONAL!) e as Armas Secretas. Nunca li o Jogo da Amarelinha (o único romance dele, certo?). Ficou a impressão de que o Júlio é um dos maiores da obra curta.

Borges, Cortázar & Juan Rulfo a santíssima trindade do conto latino-americano de língua espanhola.


Alguém sabe de mais algum conto do Júlio Cortazar fora os de cima?


Vlw.

A maior parte da obra do Cortázar é de contos. O jogo da amarelinha não foi o último romance, tivemos ainda 62 modelos para amar e O Livro de Manuel. Antes d'O Jogo, tivemos Os Prêmos (esse ainda não li).

Quanto aos contos: Um tal de Lucas é incrível, Final de Jogo (que tem o incrível Axolotl) e Bestiário (com Carta a uma senhorita em Paris e Casa Tomada que colocaram na abertura desse tópico). Há outros livros de contos e alguns que são coletâneas. Papéis Inesperados é um amontoado de coisas que foi deixado de fora de todos esses livros, vale bem a pena.
 
Brianstorm disse:
Ixi, pior que dei uma rápida olhada aqui e parece que ele está esgotado. Ao menos na Saraiva, Submarino e Cultura.

Mas outros dele estão em promoção na Saraiva: http://www.livrariasaraiva.com.br/pesquisaweb/busca/cortazar/?ESTRUTN1=&FILTRON1=X&IMAGE2.X=0&IMAGE2.Y=0&ORDEMN2=E&PAC_ID=25371&PALAVRASN1=CORTAZAR&PAGINA=1&ID=BD0F6AFE7DB021C130A070114&PAC_ID=25371

Eu tenho quase certeza que já vi esse livro na biblioteca... Depois vou conferir lá. :P
Mas você pode comprar em espanhol. Não sei como que está hoje, mas, quando comprei o meu (em espanhol) fiz o pedido e, depois de uns dois meses, chegou.

Como você disse que tem uma lista de coisas para ler, pode se organizar e, em dois meses, quando "O jogo da Amarelinha" chegar, poderá dedicar um tempinho maior para ele.
 
Eu gostei muito do primeiro conto de "Todos os fogos o fogo," aquele que fala sobre um congestionamento imenso e de como as pessoas passaram a se relacionar após alguns dias engarrafados.
 
rocca disse:
Eu gostei muito do primeiro conto de "Todos os fogos o fogo," aquele que fala sobre um congestionamento imenso e de como as pessoas passaram a se relacionar após alguns dias engarrafados.

Esse é muito show.. "A estrada do sul" ???.. e virou um filme dirigido pelo Godard.
 
Valentina disse:
Brianstorm disse:
Ixi, pior que dei uma rápida olhada aqui e parece que ele está esgotado. Ao menos na Saraiva, Submarino e Cultura.

Mas outros dele estão em promoção na Saraiva: http://www.livrariasaraiva.com.br/pesquisaweb/busca/cortazar/?ESTRUTN1=&FILTRON1=X&IMAGE2.X=0&IMAGE2.Y=0&ORDEMN2=E&PAC_ID=25371&PALAVRASN1=CORTAZAR&PAGINA=1&ID=BD0F6AFE7DB021C130A070114&PAC_ID=25371

Eu tenho quase certeza que já vi esse livro na biblioteca... Depois vou conferir lá. :P
Mas você pode comprar em espanhol. Não sei como que está hoje, mas, quando comprei o meu (em espanhol) fiz o pedido e, depois de uns dois meses, chegou.

Como você disse que tem uma lista de coisas para ler, pode se organizar e, em dois meses, quando "O jogo da Amarelinha" chegar, poderá dedicar um tempinho maior para ele.
Opa, valeu pela dica. Porém, ainda não me arrisco ler em espanhol e, felizmente, passei na biblioteca e ele se encontra disponível lá. XD
 
Após uma conversa com o pessoal do Meia no encontro aqui de SP, resolvi ler Roberto Bolaño, fui na biblioteca e não encontrei, acabei encontrando um livro do Julio Cortazar e como muita gente comenta dele resolvi pegar o livro. É um livro pequeno de contos, chama-se Bestiário, o conto A Casa Tomada é ótimo, na verdade, adorei todos, só faltam 2 para terminar o livro. Um que ri no ônibus sozinha foi um de um homem que vomita coelhinhos. Os contos são incríveis, eles tratam de temas corriqueiros, mas como ele conta vc espera que a qualquer momento algo fantástico, sobrenatural aconteça por causa do climax que ele vai criando e o final acaba te surpreendendo, por ser impossível de se descobrir.
Li o conto Cefaléia no ônibus quando vinha para a universidade e fiquei tão curiosa sobre o que seria mancúspias que fui direto aos pcs da biblioteca, mas a internet daqui fez o favor de não funcionar e quase morri de curiosidade, agora acabei de descobrir se elas existem ou não. É incrível e um livro que eu certamente nunca leria e perderia esses contos fantáticos (literalmente)!
 
rocca disse:
Eu gostei muito do primeiro conto de "Todos os fogos o fogo," aquele que fala sobre um congestionamento imenso e de como as pessoas passaram a se relacionar após alguns dias engarrafados.

Lembro desse conto constantemente aqui em SP...:rofl:

Jogo da Amarelinha é fantastico. No livro "A volta ao dia em 80 mundos" (tomo I) tem um conto que Cortázar fala de um cara que inventou uma máquina pra ler o Jogo da Amarelinha!

Acho que é esse aqui.
 
Nossa, que legal! Estive lá pra ver a peça "Pronto pra Mudar". Fiquei curiosa com essa que faz parte da programação: "(instruções para compor uma peça) - Se for viver, leia antes"
 
É aquela coisa, depois de muito ser estudado e ele sempre ser valorizado por novos leitores, acaba que sendo sobrevalorizado mesmo. Mas isso não tira a grandeza do escritor.
 
Eu pensava que ele tinha ganho o Nobel de literatura :rofl:
O nome dele chama a atenção :dente:
À quem já leu: qual vocês indicam? Só lembro de ter ouvido um pouco sobre O jogo da amarelinha e Todos os Fogos o Fogo, mas nem sei do que tratam, hehe
 
Li a crítica e escrevi um post super longo que deu pau porque o Meia me deslogou. Paciência.


Achei que os argumentos do cara, quando diz que Cortázar tem uma fórmula, podem ser usados a se criticar qualquer coisa. É manjado: se vc gosta é assinatura, se não gosta, fórmula. Podiam ser os Beatles, o Washington Olivetto ou o Jorgin' Bieber...o que não dizer do Borges?

O cara se irrita com uma suposta super valorização do Cortázar... ora.... pq ele não se liga que o cara teve material (re)lançado no Brasil por uma editora grande? Leitores aparecem.. oferta reprimida?! Borges tb teve material na praça.. certo.. Os dois não têm muito em comum além de argentinos.... e os eventos literários associam na covardia, pra vender....]

Mas, enfim... esse cara tá bitchin'


Cortázar é muito bom... Armas secretas é um boníssimo livro de contos...... com destaque para o perseguidor.
 
No ano do centenário, Julio Cortázar é celebrado por obra inovadora e engajamento político

“Nasci em Bruxelas, no dia 26 de agosto de 1914. Signo: Virgem. Meu planeta é Mercúrio e minha cor é o cinza (ainda que, a bem da verdade, eu prefira o verde). As circunstâncias do meu nascimento não foram extraordinárias, mas um tanto quanto pitorescas: nasci em Bruxelas como poderia ter nascido em Helsinque ou na Guatemala.” Com algumas variações, Julio Cortázar, cujo centenário de nascimento se completa na próxima semana, costumava repetir esta resposta sempre que lhe perguntavam sobre suas origens, lembrando a vinda ao mundo em meio à gritaria provocada pelos obuses do Kaiser Guiherme II durante a ocupação alemã, no início da Primeira Guerra Mundial. “Ironicamente, isso resultou em um dos homens mais pacifistas deste planeta”, brincava o escritor argentino, que morreu em fevereiro de 1984.

Virginiano como Jorge Luis Borges — que publicou pela primeira vez, no final da década de 40, o conto “Casa tomada”, do colega argentino, na revista “Sur” —, não raro, ao falar de si, Cortázar reiterava as características marcantes do signo: a personalidade prática, o espírito crítico, a percepção aguda, o grande poder de observação, a disciplina no trabalho e, principalmente, a busca constante. “Agora sei que não é assim, que Johnny persegue em vez de ser perseguido, que tudo que está lhe acontecendo na vida são azares do caçador, e não do animal acossado”, escreve Cortázar em “O perseguidor”, do livro “As armas secretas”, de 1959.

O conto é uma homenagem ao saxofonista Charlie Parker. Cortázar era um grande fã de jazz e costumava dizer que tentava escrever como um músico que executa um tema respeitando uma série de acordes, com fluência e liberdade criativa, atravessando compassos em diferentes pulsações rítmicas, seguindo um fluxo de improviso para evitar a todo custo a repetição. O jazz, com sua linguagem inventiva, era o parâmetro de criação artística, de busca e rebelião, do autor de “O jogo da amarelinha”, como observa Davi Arrigucci Jr. em “O escorpião encalacrado”.

“Acho que o elemento fundamental ao qual sempre obedeci é o ritmo. Não é a beleza das palavras, a melodia, nem as aliterações (embora às vezes tenha me divertido com elas, seguindo um pouco Mallarmé). O que me preocupa é a noção de ritmo. Para empregar um termo de jazz, o músico o envolve pelo lado do swing, do ritmo. É o que sempre tentei fazer nos meus contos. Tentei que a frase não diga apenas o que quer dizer, mas o diga de um modo que potencialize esse dizer, que o introduza em outras vertentes, não só na mente, mas na sensibilidade”, explicava o autor. “O conto tem que chegar fatalmente ao seu fim, como chega ao fim uma grande improvisação de jazz ou uma grande sinfonia de Mozart. Se não se detiver na hora certa, vai tudo para os diabos”.

(...)

Cortázar era um homem genuinamente apaixonado pelo seu tempo, buscando participar ativamente de tudo quanto possível. Seu interesse estava ali, no presente, e não no passado ou no futuro, apesar de esses dois tempos serem frequentados eventualmente.
Era, também, apaixonado pelas pessoas. Fato comprovado pelos três tomos de correspondência que reúnem suas cartas aos amigos, o carinho e a nostalgia daqueles que o conheceram, os depoimentos de outros escritores, como Gabriel García Márquez e Mario Vargas Llosa. Isso, somado ao fato de ter, de certa forma, desistido do gozo da vida nos dois anos finais, após a morte de seu último amor, Carol Dunlop, forma o registro de um homem demasiadamente humano.

Talvez nessa característica resida a melhor explicação para o fascínio exercido por Cortázar e sua obra.

— Seus livros têm sempre um caráter afetivo, compassivo, solidário e humano que os destacam no meio de literaturas que, num extremo, são frias e distanciadas, e, no outro, são melodramáticas e grandiloquentes — avalia o escritor Bráulio Tavares, destacando ainda outro aspecto. — Suas posições políticas sempre foram muito nítidas e bem argumentadas, e acho que isso somou positivamente ao debate da esquerda no continente. Sua visibilidade na Europa também teve esse lado positivo, de mostrar uma espécie de “Latinoamérica no exílio”. O aspecto lúdico de sua obra, onde a noção de jogo está sempre presente, o aproximou da escrita praticada por grupos como o Oulipo, de experimentadores de literatura combinatória.

Julio Cortázar, o enormíssimo cronópio, morreu no dia 12 de fevereiro de 1984, dois anos após Carol Dunlop, vítima de leucemia. Alguns biógrafos sustentam uma possível contaminação pelo vírus HIV após uma transfusão de sangue, algo que nunca foi provado. “Estou farto do meu corpo. A morte me golpeou no que mais amava e não tenho sido capaz de levantar-me e devolver-lhe o golpe com a simples atitude de voltar a viver. Há momentos em que a única realidade para mim é a tumba de Carol, para onde vou observar a passagem das nuvens e o tempo, sem ânimo para mais nada”, escreveu ele a um amigo.

Leia aqui o texto completo, escrito pelo jornalista Cassiano Viana no jornal O Globo.
 

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