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Julgamento em Arda

Ravanoc

The ring has been lost.
Observando esta e lendo O Silmarillion, fiquei pensando sobre a punição de Melkor, e das outras criaturas nefastas que o seguiam, seja como espiões ou caçadores, noturnos, que assombravam o povo de Arda à noite, com sombra e escuridão.Pensando bem, não saberia dizer quem ao certo seria o juíz do julgamento do Círculo da Lei.Acho que todos aqui sabem o que é o Círculo.


Valinor fica no continente de Aman, a oeste do mundo, e é circundado pelo oceano Ekkaia. No monte Ezellohar ficam os restos das Duas Árvores. Ao Norte há o Gelo Atritante, Helcaraxë, e em Valimar, cidade dos Valar, está Máhanaxar, o Círculo da Lei, onde os Valar reunem-se para deliberar sobre variados temas.
-Enciclopédia Valinor


Com o pouco que se sabe sobre o Círculo da Lei, creio que ele sirva para duas coisas; refletir e punir.Certamente os Valar se reuniam lá, e alguns nem tanto, como Ulmo, que apenas descia das profundezas dos mares quando o assunto realmente era importante.Vendo a situação, Gandalf, na Sociedade do Anel, diz a Frodo, portador do Anel.Os dois estão na casa de Bilbo, que já deixou a partilha, e foi morar em Valfenda com os Elfos:

"Muitos que vivem merecem a morte. E alguns que morrem merecem viver. Você pode dar-lhes a vida? Então não seja tão ávido para julgar e condenar alguém à morte. Pois mesmo os muito sábios não conseguem ver os dois lados."

-Gandalf


A questão é: se nem mesmo os sábios sabem punir, ou saber quem está errado ou quem merece morrer, quem faz os seus atos de uma forma errada ou não, quem saberia?Pois sem dúvida os Valar eram sábios, e se eles não sabem ver os dois lados, como saberiam a quem punir, sob quais condições?
Existe uma controvérsia...Pelo menos vendo desse ângulo.
E também têm a questão da Chama Imperecível:


Tilion :

Livre-arbítrio é a capacidade de se fazer o que quiser sem estar condicionado a algo ou alguém, por qualquer motivo que seja.

É um dos princípios básicos do cristianismo, por exemplo, em que é dito que Deus deu livre-arbítrio ao homem, de modo que as ações dele refletiriam essa liberdade e não algo manipulado por Deus. Mas, claro, há vários pontos nebulosos, como o fato de que se tu fizer algo em vida que não seja do agrado de Deus tu vai para o inferno ou purgatório, etc.

E tem isso na obra de Tolkien, claro, já que Eru = Deus. O livre-arbítrio na obra é visto mais na Chama Imperecível, a qual só Eru pode dar. Por isso que seres "criados" por outras criaturas, como os Anões por Aulë, só passam a ter a Chama se Eru quiser. No caso de Aulë ele quis, claro. Melkor queria pegar a Chama pra si porque assim ele teria capacidade de criar seres plenos a partir do nada e não meras imitações de coisas já existentes - e essas, por suas vez, não tinham nunca livre-arbítrio, já que ele não era capaz de lhes dar a Chama e nem Eru quis fazê-lo, como no caso dos Orcs.

E mesmo nas obras de Tolkien há pontos nebulosos, já que também há um "Fim dos Tempos" por vir e discute-se se os Filhos de Eru são realmente livres assim e até que ponto. A coisa é bem complexa.

Eles podiam fazer o que quisessem...Mas se fizessem erradas, assim como Melkor, seriam punidos.Qual o sentido da punição nas obras Tolkienianas?




 
Última edição por um moderador:
Na minha opinião é igual o de sempre: "O bem vence o mal e espanta o temporal."
Acho que ele só quis que prevalecesse em suas obras o certo, o bem, uma vez que na época em que escreveu suas obras o mundo passava por períodos bem difíceis.
 
Acho que antes de tudo, Gandalf estava tentando mostrar alguns valores para o Frodo. Principalmente para manter o hobbit com os pés no chão. Afinal ele estaria portando o Um e poderia se perder dos seus objetivos a qualquer momento. Frodo corria o risco de ser corrompido e acreditar que o Um lhe deixava o mais sábio de todos.
Não sabemos se Gandalf estava de fato se referindo aos Vala. Na minha visão ele estava falando de Maia como ele. Mas principalmente estava querendo que Frodo entendesse que o poder que do Anel emanava não permitia que ele julgasse qualquer criatura.
 
Última edição:
O sentido de punição é simples, vejamos o exemplo de Aulë: Ele desobedeceu Eru criando os Anões, mas foi com uma boa intenção, então Eru não o puniu. Esse é o ponto, qual foi a intenção. Os Valar já erraram várias vezes, mas sempre com boas intenções no que estavam fazendo. Diferente de Morgoth, que fazia tudo com más intenções, não desejava o bem de ninguém, a não ser ele mesmo.
 
Última edição:
OK, nem mesmo os muito sábios sabem ver os dois lados, mas você está se esquecendo que os valar tinham uma "linha direta" com Eru, que era onisciente e o escambau. Aí não tinha como eles julgarem errado.

Mas acho que essa fala do Gandalf foi só pra dar uma lição de moral no Frodo mesmo e nada mais.
 
Não é certo ou errado, mais algumas ações nossas, por melhor intencionadas que sejam, acabão fazendo mal a alguém. Por mais sensato que fosse matar o Gollun, seria crueldade, pois ele não oferecia perigo imediato, então Gandalf poupou sua vida, assim como Bilbo.
 
Essa fala do Gandalf me faz pensar muitas coisas. Talvez ele tivesse uma intuição de que Gollum teria um papel importante a cumprir no destino da missão (como de fato teve) e, ouvindo Frodo condenar-lhe a morte, alertou-o com esta frase. Talvez, como alguns aqui já disseram, como uma maneira de dizer "Confie em você mesmo e não neste Anél que carregas".
 
Obrigado :P
Pensei que houvesse ligação com os Ainur, mas não há; pois é apenas uma coisa imediata, pequena, curta, e que não se aplica ou anexa à outros livros.Pois se houvesse haveria um erro, creio eu..
 
Pois é, acho que o Gandalf estava falando mais dos sábios que estavam na Terra-Média à época da Guerra do Anel. Galadriel, por exemplo, deu ouvidos a Sauron na época em que ela vivia em Eregion...
 
É... tô com a maioria...
E acho que, além de passar uma sabedoria importantíssima naquele momento, Gandalf teve seu momento "desabafo" tbém, visto que a traição de Saruman o chocara demais: nem ele, nem ninguém, dentre os ditos sábios, previram tamanha traição.
 
Está claro que essa sabedoria do Gandalf, no que tange tais valores morais, discutidos aqui, são compartilhados pela maioria dos Ainur que vivem em Aman. Não é por menos que Gandalf foi um dos escolhidos para contestar Sauron na Terra Média. E mesmo assim os Valar erraram nas suas escolhas. Vejam o caso de Saruman, um Maia muito poderoso e sábio que contrariou a confiança e sabedoria dos "patrões".

Então eu não vejo essa lição de moral que o Gandalf deu a Frodo apenas se referindo aos senhores da TM. Ele, acredito eu, aplica isso inclusive a si próprio, pois reconhece que ele mesmo poderia fazer julgamentos errados, e julgar alguem a morte seria uma coisa que deveria ser ponderada com maior profundidade, e ainda assim tal procedimento não seria o suficiente (Frodo não sabia a verdadeira identidade de Gandalf naquela altura, e essa conversa que tiveram foi antes da revelação de Saruman. No filme é que se passa nas minas de Moria).
 

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