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Jules Verne (1828-1905)
Biografia
Biografia

Claude Roy."O mundo possui seis continentes: Europa, África, Ásia, América, Austrália e Júlio Verne."
Jules Gabriel Verne Allote nasceu em Nantes, no nº 4 da rua Olivier-de-Clisson em Ile Feydeau, em 8 de Fevereiro de 1828. Juntamente com os seus irmãos Paul, Anna, Mathilde e Marie, passou a infância neste porto do Atlântico, onde embarcavam navios carregados com especiarias e de onde zarpavam naus para terras desconhecidas. Nantes foi também o porto onde confluíam os negreiros do tráfico de escravos do século XIX.
Mas, para J. Verne, foi nesta cidade costeira que a sua imaginação se libertou das amarras: "Sonhava subir aos mastros dos navios, viajava agarrado a eles", escreveu em Souvenirs d"infance et de jeunesse (Memórias da infância e da juventude).
Aos 12 anos trocou de lugar com um adolescente para ir como grumete a bordo do Coralie, um cargueiro à vela que ia para as Bermudas e que estava atracado no porto de Poimbeuf. Foi descoberto e mandado para casa.
Filho de Sophie Allote de la Fuÿe (1800-1887), esta de uma família burguesa de Nantes, e Pierre Verne (1799-1871), um advogado proeminente, acompanhou o pai na sua mudança para Paris, em 1848, em busca de uma melhor clientela.
Aí estudou, dividindo o seu tempo entre o curso de Direito e suas aventuras literárias, às quais fora apresentado pelo seu tio. Conheceu personalidades importantes da literatura francesa, como Victor Hugo e Alexandre Dumas Filho, e não tardou ele próprio a escrever sob a sua orientação acabando por se tornar secretário do Thêatre Lyrique.
Estreou a sua primeira peça de teatro "Les Pailles Rompues" em Paris, aos vinte e dois anos de idade e, um ano depois, em 1851, o seu primeiro conto de ficção científica, Un Voyage En Ballon. Ainda incapaz de viver exclusivamente da escrita, Verne fez-se valer do seu diploma em Direito, encontrando o seu sustento como operador financeiro. Em 1857, casou-se com uma jovem viúva de 28 anos, Honorine Anne Hébe Fraysse de Viane (1829-1910), que já tinha duas filhas (Valentine e Suzanne) e com a qual teve o seu único filho, Michel Jean Pierre Verne. Arranjou então um emprego na Bolsa de Paris, para sustentar a família, mas continuou a escrever nas horas vagas.
Conheceu o fotógrafo Félix Nadar, um apaixonado pelo balonismo como todos em Paris. Nadar era conhecido pelas suas aventuras com balões até que resolveu fazer um passeio com a mulher e mais nove passageiros num enorme balão durante 16 horas. Um acidente ao pousar lhe quebrou as duas pernas. Mas esse fato não fez diminuir em Verne o desejo de escrever sobre máquinas, invenções e viagens pelo mundo. Pelo contrário, a partir daí ele passou a estudar muito mais as revistas científicas e os livros que falavam dessas invenções.
Cinco anos depois, deu-se o ponto de virada na sua vida e na sua obra, quando Nadar apresentou o editor e também autor de livros infanto-juvenis Pierre-Jules Hetzel que demonstrou interesse em publicar a sua série "Voyages Extraordinaires". A obra Cinq Semaines En Ballon (1863) garantiu a J. Verne a popularidade necessária ao seu estabelecimento como escritor em tempo integral. Essa história continha detalhes tão minuciosos de coordenadas geográficas, culturas, animais, etc., que os leitores se perguntavam se era ficção ou um relato verídico. Na verdade, J. Verne nunca tinha viajado num balão nem tampouco ido à África. Toda a informação sobre a história veio da sua imaginação e capacidade de pesquisa. Assinou um contrato no qual precisava escrever dois livros por ano, nos próximos vinte anos e depois prorrogado por toda a produção futura. Verne cumpriu o contrato durante 40 anos.
Procedendo a uma investigação metódica e rigorosa, Verne começou a escrever romances, geralmente de ficção científica, bastante convincentes e realistas. Em Le Voyage Au Centre De La Terre (1864, Viagem ao Centro da Terra), descrevia uma expedição científica ao núcleo terrestre, antecipando um sonho de muitos investigadores. O mesmo aconteceu com De La Terre À La Lune (1865, Da Terra à Lua), romance que encontraria uma continuação em Autour De La Lune (1870, À Volta da Lua) e em que Verne prefigurava em mais de cem anos a primeira expedição lunar. Nesse ano, 1865, tornou-se membro da Sociedade de Paris ficando amigo de cientistas famosos. Teve a consciência de que contribuía com as suas obras para a divulgação dos conhecimentos da época. O caráter visionário da obra de J. Verne pode também ser notado em obras como L'Île Mystérieuse (1874, A Ilha Misteriosa) e Vingt Mille Lieus Sous Les Mers (1869-70, Vinte Mil Léguas Submarinas), romance em que o carismático Capitão Nemo profetizava a pirataria submarina alemã da Segunda Guerra Mundial.
Em 1867, abandonou definitivamente Paris e instalou-se em Crotoy. Sem parar de escrever, iniciou as suas viagens com uma ida aos Estados Unidos com seu irmão Paul, no famoso Great Eastern, a última palavra da tecnologia vitoriana. Esta viagem formaram as suas principais fontes de inspiração para a obra A Cidade Flutuante.
Este gosto pelo mar, leva-o adquirir uma pequena embarcação de pesca que, em homenagem a seu filho Michel, batiza de Saint-Michel. Em 1876, substitui-a pelo Saint-Michel II, de 13 metros e 19 toneladas. Todavia, no ano seguinte, visitando o estaleiro Jollet Babin, encanta-se com um belo barco de casco de ferro, vela e vapor, de 30 metros de comprimento. O barco pertencia ao marquês de Préaulx, que por ele tinha pago 100 mil francos e estava à venda por metade do custo. Seria o Saint-Michel III com dez homens de tripulação e comandado pelo capitão Ollive, o “Pinson”, experiente capitão. O Saint-Michel III parece que só tinha um defeito: demorava duas horas a atingir a pressão nas caldeiras. Verne, entre 1878 e 1885, faz nele viagens pela costa da França, vai ao Mediterrâneo, e visita o Papa Leão XIII. Nessas suas visitas, passa duas vezes por Lisboa.
Em 1871, depois de ter sido nomeado Cavaleiro da Legião de Honra, Verne foi assediado a tal ponto que instalou-se em Amiens (primeiro no nº 23 do Boulevard Guyencourt (1871-1873), depois no nº 44 do Boulevard Longueville, (1873-1882), seguido do nº 2 da Rue Charles-Dubois (1882-1900) para finalmente regressar à casa situada em Boulevard Longueville, agora Boulevard Jules Verne, onde permaneceu até à sua morte) para ter sossego e poder escrever. Lá, em Amiens, opta pela escrita de títulos como A Ilha Misteriosa e A Esfinge dos Gelos em que foca os temas do meio ambiente, da proteção das espécies e a sobrevivência de culturas nativas. Tinha o costume de escrever dois, às vezes até três livros ao mesmo tempo. Escrevia sempre na página da direita, deixava a esquerda para corrigir o texto e raramente mudava a versão original, o que prova que ele era um redator fluente.
Desde 1871, foi membro da Academia de Ciência, de Letras e Artes da cidade, presidiu a instituição em 1875.
Onze anos mais tarde é a morte da sua alma. Vende o seu magnífico iate provavelmente por razões financeiras. Com a venda do Saint-Michel III, iniciou-se o período mais negro da sua vida. Em 9 de Março de 1886, sobrevive a uma tentativa de assassinato pela mão do seu sobrinho Gaston, filho do irmão Paul, devido a um sentimento de inveja e ciúme. Com a bala alojada entre o pé e o tornozelo, viveu coxo com a ajuda de uma bengala nos seus últimos 19 anos de vida. Caiu em depressão na mudança do século, ao perder os seres e as coisas que mais amava: o seu irmão, o seu amigo e editor Hetzel e os seus passeios de barco.
Vinte e um anos depois de ter sido nomeado Cavaleiro da Legião de Honra, foi nomeado em 1892, Oficial da Legião de Honra.
O seu neto, Jean-Jules Verne, na biografia do seu avô nos conta dos seus últimos momentos como a conclusão de um sofrido calvário: a catarata, que lhe custou a vista do olho direito; o reumatismo avançado; as pernas doentes e a crise de diabetes,...
“O meu avô morreu no dia 24 de Março de 1905 (sexta-feira), às oito da manhã. Do sul da França, de onde nós ainda estávamos arrumando a mudança de casa, o meu irmão mais velho e eu fomos chamados por telegrama para nos juntarmos aos nossos parentes e ao nosso outro irmão, no norte, ao lado do leito de Verne em Amiens. Quando ele nos viu todos ali, nos deu um olhar profundo que claramente significava: “Bom, vocês estão todos aqui. Agora, eu posso morrer”; então, ele virou-se para a parede, esperando bravamente pela morte. A sua serenidade nos impressionou enormemente, e desejamos ter uma morte tão serena quanto a dele, quando chegar a nossa hora”.
Há também um relato mais romântico onde o escritor, antes de a sua família chegar a sua casa, pediu a sua esposa, Honorine, o livro 20000 Léguas Submarinas e que o abraçou o mais que pode. Verne sentia um carinho especial por esta obra.
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Na primeira parte da sua obra literária, Verne era um profundo defensor da ciência e do progresso técnico na Europa. Mas nas obras mais tardias é um autor pessimista quanto ao futuro da civilização, adivinhando-se já uma certa atmosfera de “finde-siècle”. A maior parte dos seus romances foram escritos em 1880. A partir de então, explorou o teatro, a poesia e o conto. Ao todo foram 65 romances, 20 contos e ensaios, 30 peças e trabalhos geográficos e também libretos de ópera.
Tudo aquilo que escreveu, Verne foi buscar principalmente aos livros e publicações que lia vorazmente (assinava inúmeros jornais e revistas, colecionava enciclopédias e obras científicas), e às suas viagens (realizou o sonho de ter o seu próprio barco), anotando e desenhando tudo o que via.
Arthur C. Clarke"Nunca poderá existir outro J. Verne, pois nasceu num momento irrepetível da história. Cresceu nos anos em que a máquina a vapor estava alterando o mundo material, e as descobertas científicas o mundo da mente. Foi o primeiro escritor a receber essas mudanças de braços abertos e proclamou que a investigação científica podia ser a mais maravilhosa aventura. E por isso nunca passará de moda...",
Curiosidades
Era no brilhante século XIX, embalado pelo otimismo da revolução industrial, que J. Verne bebia inspiração para os visionários romances onde antecipou muitos dos grandes passos tecnológicos dados no século XX.
Contudo, o homem considerado um autor pioneiro de ficção científica e influenciado pelos relatos de aventuras de Jonathan Swift (autor de As Viagens de Gulliver) ou pelos contos macabros de Edgar Allan Poe, desafiou todos os limites da imaginação ao prever invenções como as do submarino, do helicóptero, do ar condicionado, mísseis teleguiados, o fax, a televisão, a teleconferência, as armas de destruição em massa e o helicóptero, entre outros, mas não previu o computador, que marcou a segunda metade do século XX e que veio alterar drasticamente o rumo da história da ciência. Assim como também não previu a Internet.
Entusiasmado com o rumo científico do seu século, que viu nascer a fotografia, o cinema e o automóvel, e viu a eletricidade e os combustíveis fósseis substituírem o vapor, J. Verne bebia a inspiração nas recentes criações científicas, esboçadas ou até já realizadas, para encher de inovação as suas obras.
Mas também é certo que, por vezes, a imaginação, sempre fundamentada na ciência da época, extravasou a realidade. Os veículos fantásticos de Robur, em Robur, o Conquistador, capazes de voar, rolar em terra e no mar, não passaram para além das tramas fantásticas da escrita de Ian Fleming, com James Bond.
Os túneis transatlânticos para viajar, elogiados como o meio mais rápido para alcançar os Estados Unidos a partir da Europa, no conto Um Dia de Um Jornalista Americano em 2890, também são ainda hoje do domínio do imaginário - apesar do Canal da Mancha, idealizado ainda no século XIX, ser já hoje um pouco desse sonho tornado realidade.
Verne tinha uma profunda convicção no progresso da Humanidade. Ele foi um dos expoentes da corrente de pensamento chamada "Positivismo", filosofia progressista, humanista e desenvolvimentista que aflorou em meados do século XIX (um de seus lemas foi adotado pelos republicanos brasileiros ao elaborarem a bandeira da nação: Ordem & Progresso).
Mas isso não o impedia de ser crítico - e um crítico contundente - dos males que naturalmente advinham deste mesmo progresso. Ele tinha uma (ante)visão clara de que parte dessa mesma Humanidade, tão sábia e científica, não saberia lidar com as consequências dessa "evolução". Por isso, demonstrou preocupações não só ecológicas (em diversos livros, como em A Jangada e outros) como com a má utilização dos avanços da Ciência (Doutor Ox, Em Frente da Bandeira, Os 500 Milhões da Begum, e tantos outros).
Assim, Verne podia ser filosoficamente positivista, como demonstrado principalmente no caráter de seus heróis (que não desistem nunca, e buscam alcançar o impossível) mas sem ser ingênuo, sem fechar os olhos para os males que o progresso pode trazer ao Homem e ao mundo à sua volta.
E é só olharmos atentamente à nossa volta para constatarmos que, mais uma vez, o velho mestre estava certo.
Na França, todos os anos são vendidos 100 mil exemplares das suas obras só na coleção Livre de Poche; e desde 1967, as livrarias francesas venderam nove milhões de livros de J. Verne.
Os números atestam, em todo o caso, que o escritor continua a encantar graças aos romances que encantaram a imaginação de tantas gerações com um perfume de aventura, descobertas científicas e mundos fantásticos.
O escritor que fez tantas antecipações audaciosas teve uma vida tranquila. Escrevia todos os dias das 5h às 11h, beberricando frequentemente o célebre vinho Mariani - um Bordeaux tinto em que tinham macerado folhas de cocaína. Perfeitamente legal, este néctar inspiratório contava entre os seus fiéis amadores a rainha Vitória, Erik Ibsen, R.L. Stevenson e Edison. Não obstante, era na leitura das revistas científicas, à qual consagrava todas as suas tardes, que J. Verne ia procurar a sua fonte de inspiração, como ele próprio o disse e escreveu.
Quando, muitos anos mais tarde após Verne ter escrito "Da Terra à Lua", o Homem fez, como sabem, a sua 1ª viagem à Lua. Como dizia na obra de Verne, Neil Armstrong e seus companheiros também aterrisaram no Oceano Pacífico mas o mais incrível é que foi apenas a 4 milhas do que Verne imaginou na história, um século antes do sucedido.
Frases de J. Verne
"Quando não trabalho, deixo de sentir-me viver."
"O que uma pessoa pode imaginar, outras podem tornar real."
"Quando se trata de destruir, todas as ambições se aliam facilmente."
"A ciência é composta de erros, que, por sua vez, são o caminho até a verdade."
"Podemos enfrentar as leis humanas, mas não podemos resistir às leis naturais."
"A minha vida está cheia, sem lugar para o tédio. É praticamente tudo o que peço."
"A única maneira de enfrentar os obstáculos maiores é ultrapassando os obstáculos menores."
"Deus ter-nos-ia posto água nas veias, em vez de sangue, se nos quisesse sempre imperturbáveis."
"Como poderá apreciar a felicidade aquele que nem um só instante foi tocado pelo sopro da desgraça?"
"Trabalho muito lentamente e com o maior do cuidado, escrevendo e reescrevendo até que a frase tome a forma que desejo."
Frases sobre J. Verne
"Ah, se Júlio Verne tivesse conhecido Einstein...", Manuel Audije, oficial da Armada espanhola
Não conseguiu prever tudo
Era no brilhante século XIX, embalado pelo otimismo da revolução industrial, que J. Verne bebia inspiração para os visionários romances onde antecipou muitos dos grandes passos tecnológicos dados no século XX.
Contudo, o homem considerado um autor pioneiro de ficção científica e influenciado pelos relatos de aventuras de Jonathan Swift (autor de As Viagens de Gulliver) ou pelos contos macabros de Edgar Allan Poe, desafiou todos os limites da imaginação ao prever invenções como as do submarino, do helicóptero, do ar condicionado, mísseis teleguiados, o fax, a televisão, a teleconferência, as armas de destruição em massa e o helicóptero, entre outros, mas não previu o computador, que marcou a segunda metade do século XX e que veio alterar drasticamente o rumo da história da ciência. Assim como também não previu a Internet.
Entusiasmado com o rumo científico do seu século, que viu nascer a fotografia, o cinema e o automóvel, e viu a eletricidade e os combustíveis fósseis substituírem o vapor, J. Verne bebia a inspiração nas recentes criações científicas, esboçadas ou até já realizadas, para encher de inovação as suas obras.
Mas também é certo que, por vezes, a imaginação, sempre fundamentada na ciência da época, extravasou a realidade. Os veículos fantásticos de Robur, em Robur, o Conquistador, capazes de voar, rolar em terra e no mar, não passaram para além das tramas fantásticas da escrita de Ian Fleming, com James Bond.
Os túneis transatlânticos para viajar, elogiados como o meio mais rápido para alcançar os Estados Unidos a partir da Europa, no conto Um Dia de Um Jornalista Americano em 2890, também são ainda hoje do domínio do imaginário - apesar do Canal da Mancha, idealizado ainda no século XIX, ser já hoje um pouco desse sonho tornado realidade.
Convicção no progresso da humanidade?
Verne tinha uma profunda convicção no progresso da Humanidade. Ele foi um dos expoentes da corrente de pensamento chamada "Positivismo", filosofia progressista, humanista e desenvolvimentista que aflorou em meados do século XIX (um de seus lemas foi adotado pelos republicanos brasileiros ao elaborarem a bandeira da nação: Ordem & Progresso).
Mas isso não o impedia de ser crítico - e um crítico contundente - dos males que naturalmente advinham deste mesmo progresso. Ele tinha uma (ante)visão clara de que parte dessa mesma Humanidade, tão sábia e científica, não saberia lidar com as consequências dessa "evolução". Por isso, demonstrou preocupações não só ecológicas (em diversos livros, como em A Jangada e outros) como com a má utilização dos avanços da Ciência (Doutor Ox, Em Frente da Bandeira, Os 500 Milhões da Begum, e tantos outros).
Assim, Verne podia ser filosoficamente positivista, como demonstrado principalmente no caráter de seus heróis (que não desistem nunca, e buscam alcançar o impossível) mas sem ser ingênuo, sem fechar os olhos para os males que o progresso pode trazer ao Homem e ao mundo à sua volta.
E é só olharmos atentamente à nossa volta para constatarmos que, mais uma vez, o velho mestre estava certo.
Ainda surpreende
Na França, todos os anos são vendidos 100 mil exemplares das suas obras só na coleção Livre de Poche; e desde 1967, as livrarias francesas venderam nove milhões de livros de J. Verne.
Os números atestam, em todo o caso, que o escritor continua a encantar graças aos romances que encantaram a imaginação de tantas gerações com um perfume de aventura, descobertas científicas e mundos fantásticos.
Vinho com folhas de cocaína
O escritor que fez tantas antecipações audaciosas teve uma vida tranquila. Escrevia todos os dias das 5h às 11h, beberricando frequentemente o célebre vinho Mariani - um Bordeaux tinto em que tinham macerado folhas de cocaína. Perfeitamente legal, este néctar inspiratório contava entre os seus fiéis amadores a rainha Vitória, Erik Ibsen, R.L. Stevenson e Edison. Não obstante, era na leitura das revistas científicas, à qual consagrava todas as suas tardes, que J. Verne ia procurar a sua fonte de inspiração, como ele próprio o disse e escreveu.
Foi por pouco
Quando, muitos anos mais tarde após Verne ter escrito "Da Terra à Lua", o Homem fez, como sabem, a sua 1ª viagem à Lua. Como dizia na obra de Verne, Neil Armstrong e seus companheiros também aterrisaram no Oceano Pacífico mas o mais incrível é que foi apenas a 4 milhas do que Verne imaginou na história, um século antes do sucedido.
O mais lido
J. Verne já foi considerado o autor mas lido em todo o Mundo visto que as suas obras já foram traduzidas nos cinco continentes e em todos os idiomas cultos.
Ainda hoje é um escritor cuja obra é muito lida, discutida e comentada.
Frases de J. Verne
"Quando não trabalho, deixo de sentir-me viver."
"O que uma pessoa pode imaginar, outras podem tornar real."
"Quando se trata de destruir, todas as ambições se aliam facilmente."
"A ciência é composta de erros, que, por sua vez, são o caminho até a verdade."
"Podemos enfrentar as leis humanas, mas não podemos resistir às leis naturais."
"A minha vida está cheia, sem lugar para o tédio. É praticamente tudo o que peço."
"A única maneira de enfrentar os obstáculos maiores é ultrapassando os obstáculos menores."
"Deus ter-nos-ia posto água nas veias, em vez de sangue, se nos quisesse sempre imperturbáveis."
"Como poderá apreciar a felicidade aquele que nem um só instante foi tocado pelo sopro da desgraça?"
"Trabalho muito lentamente e com o maior do cuidado, escrevendo e reescrevendo até que a frase tome a forma que desejo."
"O meu objetivo foi o de descrever a Terra, e não somente a Terra mas o universo, para onde eu já transportei algumas vezes os meus leitores nos meus romances distantes da Terra"
Frases sobre J. Verne
"De uma maneira ou de outra, somos todos filhos de Júlio Verne.", Ray Bradbury
"Se Júlio Verne ainda é legível, isso deve-se à força mítica das suas histórias.", Michel Serres
"Se Júlio Verne ainda é legível, isso deve-se à força mítica das suas histórias.", Michel Serres
"Ah, se Júlio Verne tivesse conhecido Einstein...", Manuel Audije, oficial da Armada espanhola
"O mundo possui seis continentes: Europa, África, Ásia, América, Austrália e Júlio Verne.", Claude Roy
"As obras de Júlio Verne, escritas para a juventude, têm a rara boa sorte de agradar a todas as idades.", Pierre Larousse
"Dizer que Verne previu, que foi um visionário... deixem-no ser um escritor: foi um dos melhores do século XIX.", Jean-Michel Margot
"As obras de Júlio Verne, escritas para a juventude, têm a rara boa sorte de agradar a todas as idades.", Pierre Larousse
"Dizer que Verne previu, que foi um visionário... deixem-no ser um escritor: foi um dos melhores do século XIX.", Jean-Michel Margot
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