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Juiz autoriza mudança de gênero e nome para brasileira de 9 anos

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Respondi que a vida real é bem difícil pra quem não se encaixa nesses moldes sociais (ainda mais difícil quando se é criança ou adolescente) portanto, acho válida a decisão do juiz.

Mas isso não resultaria em reforçar a relação entre gênero e papeis, que é justamente algo que precisa ser combatido?
 
Entendi que você acredita que a criança em questão não deveria [...]
Não disse nem vou dizer o que a criança deve ou não deve, apenas questiono as ideias por trás das decisões de mudança de gênero.
Como eu falei, o juiz simplesmente prosseguiu com uma aprovação que já havia sido dada pela equipe médica, então eu nem tenho porque ser contra a decisão do juiz, mas gostaria muito de entender melhor a decisão da equipe médica.

Respondi que a vida real é bem difícil pra quem não se encaixa nesses moldes sociais (ainda mais difícil quando se é criança ou adolescente)
Realmente é difícil, mas a dificuldade em si não justifica a conformidade. Transexuais continuam sofrendo preconceito, como foi discutido no tópico que citei.
Então a solução não é se adequar ao preconceito imposto, a luta é para acabar com o preconceito.
Além disso, atualmente as mudanças de gênero não são vistas como uma forma do indivíduo se encaixar na sociedade, são decisões pessoais que partem do transtorno de identidade, o fator preconceito estou inserindo agora.
 
Mas isso não resultaria em reforçar a relação entre gênero e papeis, que é justamente algo que precisa ser combatido?

O problema Bruce, é que estamos falando de um indivíduo, não da sociedade como um todo.
O que é melhor (nesse caso específico, dessa criança) facilitar a vida dela e fazer a mudança, ainda que apenas na documentação, ou esperar que a sociedade mude a aceite a diferença?
E você acha mesmo que a sociedade vai mudar esses paradigmas tão cedo?
Às vezes dá impressão até que está regredindo. :/
 
O problema Bruce, é que estamos falando de um indivíduo, não da sociedade como um todo.
O que é melhor (nesse caso específico, dessa criança) facilitar a vida dela e fazer a mudança, ainda que apenas na documentação, ou esperar que a sociedade mude a aceite a diferença?
E você acha mesmo que a sociedade vai mudar esses paradigmas tão cedo?
Às vezes dá impressão até que está regredindo. :/

Nesse caso em específico, considerando como foi feito, beleza. É que a forma como você colocou, parecia dizer que percepções de papeis de gênero, sem a dimensão biológica-psicológica em questão, deveriam guiar a transição ou manutenção do gênero do indivíduo.
 
O que é melhor (nesse caso específico, dessa criança) facilitar a vida dela e fazer a mudança, ainda que apenas na documentação, ou esperar que a sociedade mude a aceite a diferença?
Mas estas não são as duas únicas opções, e precisaríamos de muitos argumentos para confirmar que a mudança realmente facilitaria a vida da criança, porque simplesmente olhar o presente sem pesar as consequências é ignorar uma parte importante da tomada de decisão.

Crianças sofrem bullying por causa do peso, da altura, de deficiência visual, física, raça, sexo, gosto pessoal, estilo musical, roupa, etc...
Ensinar a se aceitar, aceitar os outros, ignorar ofensas e preconceitos, defender seus pontos de vista e lutar por seus direitos, na minha opinião, são valores melhores de se cultivar em uma criança do que um conformismo justificado por uma suposta fragilidade inata.
Ninguém tem que esperar que a sociedade mude, nós somos a sociedade e nós é que devemos mudar, mas nestes casos específicos isso sempre vai depender mais dos pais da criança, que inclusive, na maioria dos casos que vejo, sempre me parecem ser bem preconceituosos.
 
Realmente é difícil, mas a dificuldade em si não justifica a conformidade. Transexuais continuam sofrendo preconceito, como foi discutido no tópico que citei.
Então a solução não é se adequar ao preconceito imposto, a luta é para acabar com o preconceito.
Além disso, atualmente as mudanças de gênero não são vistas como uma forma do indivíduo se encaixar na sociedade, são decisões pessoais que partem do transtorno de identidade, o fator preconceito estou inserindo agora.

O foda é achar que as pessoas tem "transtorno de identidade", olha o nome disso, parece que a pessoa tem uma doença grave.
 
O foda é achar que as pessoas tem "transtorno de identidade", olha o nome disso, parece que a pessoa tem uma doença grave.

É um legado de tempos mais conservadores, quando as disciplinas que tratam da psique ainda estavam se desenvolvendo em um meio ainda cheio de preconceitos. Agora que temos maior conhecimento das coisas, desfazer esse legado é muito importante e os ativistas já têm pedido por mudanças de nomenclatura.
 
É um legado de tempos mais conservadores, quando as disciplinas que tratam da psique ainda estavam se desenvolvendo em um meio ainda cheio de preconceitos. Agora que temos maior conhecimento das coisas, desfazer esse legado é muito importante e os ativistas já têm pedido por mudanças de nomenclatura.

Adorei o seu comentário cara, é bom saber que estamos evoluindo, estamos? Fato é que o preconceito parece diminuir, acho essencial mudarmos esses termos preconceituosos que estão em vigor. adorei a nova palavra criada: "homoafetivo", pois sou homoafetivo e acho a termo muito bonito.
 
Só porque a Lea T voltou a ser manchete (de site de fofoca, ok), e pra lembrar como esse bagulho de cirurgia não é nada simples:

Lea T se arrepende de ter mudado de sexo e agora namora mulheres

E uma entrevista dela mais antiga:

Cirurgia não trouxe felicidade, diz Lea T. após troca de sexo

Ceribelli: Em algum momento você falou: ah, eu não devia ter feito isso?
Lea: Eu fiquei um mês [no hospital], sentindo dor, pensando nisso. Eu não aconselho essa cirurgia pra ninguém.
[...]
Ceribelli: Me lembro da nossa entrevista, bem antes de você fazer a cirurgia, você dizia que não se sentia uma mulher completa sendo uma mulher no corpo de homem. Depois da cirurgia, hoje você já diz: eu sou uma mulher completa?
Lea : Não, não!
Ceribelli: Você hoje é 100% mulher?
Lea: Não. Eu nunca vou ser 100% mulher.
 
Por isso que tem que pensar muito, refletir muito antes de decidir por isso, mesmo quando se está certo do deslocamento da identidade de gênero em relação ao corpo, ter certeza que não é um caso de dismorfia não relacionada a gênero, ser acompanhado desde o início por um psicólogo.
 
Ia postar uma notícia daquela Lea T, que se disse arrependida de ter mudado de sexo, vi até pelo face do Constantino que um amigo em comum tinha curtido.
Aí dei uma googlada para ver a fonte e parece que ela desmentiu, em todo o caso ainda continuo achando uma decisão bem difícil ainda mais na idade dessa criança aí. Se a Lea T realmente está arrependida imagina alguém com 9 anos?
 

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