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José Saramago

Imagino que o duplo sentido seria:

1)Escrevo porque não tem outra coisa melhor (no mundo, acima de qualquer outra coisa, etc.) para fazer.

Ou seja: escrever é a melhor coisa do mundo.

2) Escrevo porque não tem (eu não tenho, eu estou à toa, morrendo de tédio dos meus 85 anos e na falta de outra coisa) nada melhor prá fazer.

Ou seja: ele escreve prá matar o tempo, simplesmente. :mrgreen:
 
Acabei de ler Ensaio Sobre A Cegueira agora a pouco e palavras me faltam para expressar o turbilhão de pensamentos que passam por minha mente no momento. Essa fantástica crítica que ganha forma através de um relato visceral e comovente é muito provavelmente o melhor livro do Saramago que li até agora.
 
Acho interessante a reescritura da História que Saramago faz em O Ano da Morte de Ricardo Reis. A crítica histórica através da personagem heterônima de Fernando Pessoa, que visita Lisboa e inclusive visita o túmulo de seu criador! É muito legal esse livro! E também tem um trecho interessante que Saramago coloca Ricardo Reis criticando a posição pró-facista que Fernando Pessoa tinha através de uma leitura de uma notícia do jornal da época. Leitura recomendadíssima para todos!
 
15/03/2007
James Bond lê Saramago?



James Bond lê Saramago?

A revista especializada "Hollywood Reporter" anuncia hoje que o novo James Bond, Daniel Craig, e a talentosa Julianne Moore estão em negociações para compor o elenco de "Blindness", próximo filme do brasileiro Fernando Meirelles.
"Blindness" é a adaptação para as telas do romance "Ensaio sobre a Cegueira", do Nobel português José Saramago, que aborda a vida numa cidade que é vítima de uma epidemia em que a população perde a visão.
O projeto internacional, anunciado no ano passado no Festival de Toronto, é uma produção da Focus Features, também responsável por "O Jardineiro Fiel", o filme anterior de Meirelles.
Se confirmado esse elenco, a presença de Julianne Moore é ótima notícia, dado que a moça já desempenhou com habilidade papéis importantes em filmes como "Magnólia" (1999), "Fim de Caso" (1999), "Boogie Nights" (1997) e "Short Cuts" (1993).
Já Daniel Craig é uma incógnita. Com seu estilo brucutu pós-11 de Setembro, o ator deu novo fôlego ao agente 007, e sua interpretação em "Cassino Royale" representou uma renovação da série. Mas será que ele se encaixa num filme derivado do texto de Saramago, com todas as sutilezas características do autor?




Escrito por Leonardo Cruz às 1h09 PM

http://ilustradanocinema.folha.blog.uol.com.br/index.html
http://ilustradanocinema.folha.blog.uol.com.br/index.html



É de assustar. 8-O
 
Se eu perdi a vontade de ver 007 por causa desse cara, e tô com um pé atrás sobre a bussola dourada, imagine ele em um filme sério...
 
Li a Jangada de Pedra. Siceramente eu esperava mais.
O livro tem seus pontos altos, mas no geral eu achei enfadonho.
Achei um bom livro, mas nada "transcendental" como eu esperava que Saramago fosse.
 
Ensaio Sobre a Cegueira pode exorcizar isso de você.

E outra, um bom autor não precisa ser "transcedental" em todos os livros que faz. Aliás, poucos conseguem ser geniais em um único livro, quanto mais em mais de um.
 
Ensaio Sobre a Cegueira pode exorcizar isso de você.

E outra, um bom autor não precisa ser "transcedental" em todos os livros que faz. Aliás, poucos conseguem ser geniais em um único livro, quanto mais em mais de um.

Por isso eu coloquei as aspas... ele não precisa ser sempre transcendental, mas é bom tem aquele toque que te remete a isso.
Claro que em poesia isso fica muito mais fácil que em romance. Acho que é por isso que eu leio poucos romances.

Mas eu pretendo ler o Ensaio Sobre a Cegueira.
 
Olá a todos!

Sou também um fã de Saramago, e acompanhei todo o papo até aqui. A única coisa que me intrigou, e que é até OFFTOPIC foi:

O Ensaio Sobre a Cegueira vai virar filme nas mãos do diretor Fernando Meirelles.
Com um bando de favelados como atores?

Nem lembro quem fez tal comentário, mas pergunto ao autor do mesmo: Qual o problema com os favelados? Cidade de Deus foi um filme muito bem feito em todos os sentidos (talvez o mais bem feito de toda a história do cinema brasileiro, ouso dizer), inclusive no aspecto atuação, feita sim por "favelados" - um projeto de atores de uma comunidade pobre, que tirou de letra o desafio com um resultado, no mínimo, competente.

Tal declaração me pareceu uma demonstração de pré-conceito. E daí que são favelados? E se fossem todos negros? ou todas prostitutas? ou todos japoneses? lusitanos? jamaicanos? - Se eles atuaram com competência (como foi o caso), então qual o problema se são "isso" ou são "aquilo" ?

(E mesmo que tivessem tido atuação pífia, ainda assim deveriam ser julgados pela atuação, e não por poder aquisitivo, cor de pele, ou algum outro critério não-correlato para com a tarefa que desempenharam.)

:think:


PS: não sou negro, nem favelado, nem pobre. Apenas achei absurdo tal comentário.
 
Última edição:
Concordo com Armitage, quem falou isso além do preconceito não deve ter lido o livro. Quem melhor do que "favelados" para representar aquela situação de caos de 'ensaio sobre a cegueira"?
Bom, eu confio no trabalho do autor e na "visão" e sensibilidade que ele tem para abordar o livro da melhor maneira. Espero não estar enganado.

E viva a cegueira branca!!
 
Eu também não concordo com a colocação da frase (bando de favelados como atores). Mas acredito que quem a citou não teve a intenção proposital de terminar com o que acabou gerando. Entendo que foi no sentido de que deveria ser alguém com algum conhecimento mais a fundo da prática da atuação. Não que apenas isso eleva o talento de alguém, mas pode diferir de quem não teve essa noção.
 
Fui eu quem disse essa frase e a mantenho com todas as suas letras. :uhum:
Vejamos se consigo ser mais clara:

1) Cineastas brasileiros adoram exaltar uma favela, e esse não é absolutamente o conceito do livro de Saramago. Pelo contrário, ele reflete justamente a decadência de uma sociedade privilegiada. Quem disse que os favelados representam melhor o caos do Ensaio é que está sendo preconceituoso ao extremo... como se favela fosse sinônimo de selvageria... :hanhan:

2) O meu preconceito aí não é com os favelados em si, e sim - repito - com a capacidade de atuação X temática do filme, que não tem nada a ver com favela, tampouco com os demais grupos citados (logo, eu seria "preconceituosa" com qualquer um deles também).

3) Em um post mais abaixo eu coloco em dúvida a capacidade dos atores brasileiros de representar um filme assim, sem que ele fique parecendo uma novelona. Nisso eu incluo todos os atores, e não apenas os favelados. Se citei justamente os ditos, foi pelos motivos do ítem 1.

4) Sim, eu li o livro, e muito bem lido. :mrgreen:
 
Última edição:
Opa! Acabei lendo só a frase sem o contexto. Vendo agora, até concordo com o argumento da Lasgalen.

Vacilo meu. Mil desculpas aí pra Lasgalen! :oops:
 
Opa! Acabei lendo só a frase sem o contexto. Vendo agora, até concordo com o argumento da Lasgalen.

Vacilo meu. Mil desculpas aí pra Lasgalen! :oops:

:abraco:

Não precisa se desculpar, eu entendi sua indignação e até concordaria plenamente com ela se fosse realmente um caso de discriminação meu pelo simples fato do cara ser um favelado. As favelas podem sim gerar bons atores, mas não para um tipo de produção dessas, em minha opinião. Porque fatalmente a coisa ia descambar prá mensagens sociológicas de exclusão x injustiça social x pobreza & cor x essas-coisas-todas-que-nossos-diretores- gostam-de-explorar, e que fugiria totalmente do espírito de Saramago.

Eu até confio em Meirelles na direção, desde que ele não faça disto uma oportunidade para fazer propaganda das mazelas nacionais... :tedio:
 
Fui eu quem disse essa frase e a mantenho com todas as suas letras. :uhum:

3) Em um post mais abaixo eu coloco em dúvida a capacidade dos atores brasileiros de representar um filme assim, sem que ele fique parecendo uma novelona. Nisso eu incluo todos os atores, e não apenas os favelados. Se citei justamente os ditos, foi pelos motivos do ítem 1.

Cara,você realmente não tinha se expressado bem da outra vez, mas continuo não concordando com você ainda. Eu já vi filmes nos quais os atores brasileiros abordam temas de extrema sensibilidade e conseguem fazer isso muito bem, sem parecer uma novela. O problema é que para o nosso cinema, os atores sao os mesmo da televisao, os mesmos que fazem novel sempre e criam uma certa caracteristica que é dificil de tirar. (é igual voce ver o jim carrey fazneod outro filme serio e lembrar de ace ventura ou mascara).

Um filme que acho legal, sensivel e pesado ao memso tempo e muito bem interpretado é "contra todos", nao sei se ja assistiu.
Tambem tem filmes documentarios que sao fantasticos, ou filmes experimentais que vivem passando nas mostras de sp ou na cinemateca.

Claro, a grande massa dos filmes repetem os mesmos atores e mesmo enredo, mas o brasil tem muita coisa boa pra ser explorada.
 

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