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José Saramago

Há uns meses tentei o Ensaio sobre a Cegueira... não fui muito longe e larguei. Mas essa semana peguei o livro de novo e li metade em dois dias. Fascinante e caótico.

Espero que o filme fique bom... será um desafio e tanto passar o livro pra telona, porém.
 
O problema desse filme pelo visto serão os atores... se Meirelles vai usar atores brasileiros, com certeza vai sair merda. Sinceramente, eu não conheço UM ator/atriz brasileiro que preste nas telonas. A gente sempre tem a impressão de estar assitindo a uma novela em tamanho grande... e no caso desse livro, as atuações são fundamentais!

No duro... eu não consigo imaginar uma - umazinha que seja - atriz brasileira digna de encarnar a Mulher do Médico.

Ah. E o pessoal que conseguiu encarar a Cegueira, experimentem agora As Intermitências da Morte. :joy:
 
Ganhei O Ensaio sober a Cegueira de aniversário, no começo do ano. A princípio, pensei "caraca, que lindo, que presentão". Depois, comecei a ler e pensei "presentão de grego, né?".

Não é que não seja um texto maravilhoso, é sim. Me deixou EXTREMAMENTE perturbado durante toda a leitura, me comoveu, mostrou direitinho o caos (citando o Maedhros aí) que ele se propôs a criar na distopia e tudo mais.

Mas é que simplesmente ele me dava dor de cabeça. Sejamos sinceros, eu só tenho tempo de ler no ônibus enquanto vou/volto do trabalho. Não é o momento pra ler coisas revolucionárias com pontuações fantásticas e linguagem do português de portugal. É um livro pesadinho, apesar de ser bem rápido de ler (ainda bem!).

Vale a pena, vale a pena. Mas eu recomendo que se leia num momento de calma, heim! Requer paciência e boa vontade, acho.

(e sim, estou ansioso pelo filme, e curioso também)
 
apenas li o evangelho de jesus cristo, pra nunca mais tocar em algum levro dele...

sobre o estilo de escrever sem pontuação, deixa o leitor perdido caso não se fixe na leitura, fazendo-a mais pesada do que já é!

sobre a história, devaneios de uquem matou Deus para tentar ser alguém, felizmente não comprei o livro, peguei emprestado na biblioteca da Humbold e me arrependi.

sinceramente, retiral algo que sirva para alguma coisa na vida ao ler esse livro, pra mim foi impossível, da 1ª até a ultima página, todas as linhas e pseu-do provas de que a história é verdadeira, soaram-me apenas como disparates com o intuito de confundir algum incauto.

definitivamente, a obra não me agradou!

Viva Tolkien!
 
Compreendo a vossa situação: Saramago é uma leitura dificílima, e aqui em Portugal, o facto de estar no nosso português não ajuda em quase nada. Quando li o primeiro texto dele, tinha 12 anos, fiquei com a cabeça à roda, foi-me bastante difícil discernir o conteúdo.

Mas sabem, o facto é que os livros têm algo para se perceber, muito até, mas a gente sabe que nem todas as pessoas são uma fonte de sensibilidade, inteligência e discernimento (cof, cof, naldus_de, cof, cof...). :roll: Também não sou um grande fã do autor, mas há que reconhecer o valor.
 
Eu li Ensaio sobre a cegueira e achei fascinante! É como se ele colocasse um espelho na nossa frente e nos fizesse enxergar a nossa sociedade.
Alguém já leu História sobre o cerco de Lisboa?
 
Eu li Ensaio sobre a cegueira e achei fascinante! É como se ele colocasse um espelho na nossa frente e nos fizesse enxergar a nossa sociedade.
Alguém já leu História sobre o cerco de Lisboa?


Eu nunca li, mas como Saramago nunca tem recaídas, esse livro não deixa a dever para os outros. Mas A caverna é, para mim, o segundo melhor livro do Saramago. :obiggraz:

Leia, antes de qualquer outro esse livro. :joy:
 
Eu nunca li, mas como Saramago nunca tem recaídas, esse livro não deixa a dever para os outros. Mas A caverna é, para mim, o segundo melhor livro do Saramago. :obiggraz:

Leia, antes de qualquer outro esse livro. :joy:


Vou ver se o encontro. Também ouvi falar muito bem do livro A jangada de pedra.
Obrigada pela dica!
 
Compreendo a vossa situação: Saramago é uma leitura dificílima, e aqui em Portugal, o facto de estar no nosso português não ajuda em quase nada. Quando li o primeiro texto dele, tinha 12 anos, fiquei com a cabeça à roda, foi-me bastante difícil discernir o conteúdo.

Mas sabem, o facto é que os livros têm algo para se perceber, muito até, mas a gente sabe que nem todas as pessoas são uma fonte de sensibilidade, inteligência e discernimento (cof, cof, naldus_de, cof, cof...). :roll: Também não sou um grande fã do autor, mas há que reconhecer o valor.

Com 12 anos eu não aconselho, Décimo, mas Saramago dificílimo? Como eu já disse lá atrás, tirando o estilo "corrido", a linguagem dele não é difícil... :think:

Mas eu tenho a impressão de que vcs ficam buscando demais as entrelinhas. Já experimentaram ler uma obra ( e não apenas de Saramago) sem ficar o tempo todo tentando fazer analogias ou procurando mensagens e sentidos ocultos? :hanhan:
 
Mas eu tenho a impressão de que vcs ficam buscando demais as entrelinhas. Já experimentaram ler uma obra ( e não apenas de Saramago) sem ficar o tempo todo tentando fazer analogias ou procurando mensagens e sentidos ocultos?

Mas a obra Literária, Lasgalen, se define justamente por sua POLIFONIA (ou seja, por sua multiplicidade de níveis e vozes além da plácida superfície que não é mais que o açúcar que cobre a pílula). Saramago ou qualquer outro autor, quando escreve está cosnciente destes extratos e, muito provavelmente, trabalha coscientemente para a ampliação destes outros "significados ocultos". Se assim não o fosse, a literatura seria nada além de uma receita de bolo (nada contra, adoro bolo!)...
 
Concordo com a Las. Às vezes ficamos procurando coisas profundas em tudo que é canto. Esquecendo-se as vezes de ler pelo simples prazer de ler.
Apesar de que quando a pessoa procura encontra profundidade até em Paulo Coelho.
 
Mas eu tenho a impressão de que vcs ficam buscando demais as entrelinhas. Já experimentaram ler uma obra ( e não apenas de Saramago) sem ficar o tempo todo tentando fazer analogias ou procurando mensagens e sentidos ocultos?

Mas a obra Literária, Lasgalen, se define justamente por sua POLIFONIA (ou seja, por sua multiplicidade de níveis e vozes além da plácida superfície que não é mais que o açúcar que cobre a pílula). Saramago ou qualquer outro autor, quando escreve está cosnciente destes extratos e, muito provavelmente, trabalha coscientemente para a ampliação destes outros "significados ocultos". Se assim não o fosse, a literatura seria nada além de uma receita de bolo (nada contra, adoro bolo!)...

Óbvio. Porém as camadas têm limites, e o próprio Saramago já disse em entrevistas que o povo fuça demais. E que ele é bem claro em todas as suas "mensagens" : fica fuçando quem quer... ou se julga intelectual demais prá aceitar a simplicidade de sua escrita... :hanhan:


Concordo com a Las. Às vezes ficamos procurando coisas profundas em tudo que é canto. Esquecendo-se as vezes de ler pelo simples prazer de ler.
Apesar de que quando a pessoa procura encontra profundidade até em Paulo Coelho.

Vc consegue?!? 8-O Me ensina o segredo! :lol:
 
Alguém me disse, certa vez, que às vezes os autores ficam surpresos com as mensagens que os leitores encontram nos livros. Acho que deve ser verdade mesmo.

(Aliás, um ótimo exemplo é o título do segundo volume de O Senhor dos Anéis. Claro que o Tolkien não previu o atentado às torres gêmeas).
 
Quando se lê um livro que apresenta algo novo, além de ser interessante,
buscar as entrelinhas, para mim, é automático. Querer estudar um pouco mais da obra e o processo de criação da mesma não significa que há um certo ego de intelectualidade.
Há leituras e leituras. Você pode ler pelo simples prazer de ler como também pode buscar "coisas ocultas".
 
"As Intermediências da Morte" é brilhante. A edição que eu li era porca em todos os sentidos e, de vez em quando, até atrapalhava na obra, mas não tirou o brilho e a genialidade do estilo marcante de Saramago. O portuga escreve bem, sabe.
 
Quando se lê um livro que apresenta algo novo, além de ser interessante,
buscar as entrelinhas, para mim, é automático. Querer estudar um pouco mais da obra e o processo de criação da mesma não significa que há um certo ego de intelectualidade.
Há leituras e leituras. Você pode ler pelo simples prazer de ler como também pode buscar "coisas ocultas".

Desde que essas " coisas ocultas" sejam uma intenção do autor, e não uma viagem dos leitores tentando adaptar a obra às suas expectativas filosóficas e intelectuais, totalmente distantes do recado que o figura pretendia dar...:uhum:
em outras palavras, ficar procurando chifre em cavalo. :hanhan:
 
Eu sou português, mas ABOMINO Saramago!

O homem é um perfeito intelectual de meia tigela, que só é famoso porque naquele ano "Tinha que ser dado" um Nobel a um escritor de língua portuguesa.
Calhou ser ele. Só por isso é que lhe dão importância.
Mas foi uma péssima escolha. Durante anos, o Miguel Torga foi candidato e nunca ganhou. Esse sim, pelo espírito lusitano que demonstra na sua obra e pela frescura dos seus textos, é que devia ter ganho o Nobel.

Agora o Saramago ... pelo amor de Deus! :redcard:
Ler um livro dele é horrível (só li porque fui obrigado...).
Até dá vómitos. :naoteouc:

Eu sou portuga, mas reconheço que preferia ter visto o Jorge Amado ganhar um Nobel do que o super-chato-arrogante Saramago.
E a academia que escolhe os premiados tem escolhido cada um que penso que para se ganhar o prémio tem que se ser chato, obscuro, estranho e maçador.
É de fugir! :tchaumam: :lily: :wall:
 
Quanto ódio no seu coraçãozinho, Ruims. Há de se reconhecer o valor literário do Saramago, apesar de a literatura dele ser sim um pouco cansativa e maçante (também acho, prontofalei).

Adoro o jeito dele pontuar loucamente e revolucionariamente, e acho super válido. Ok, é irritante e me dava dor de cabeça, mas eu sou apaixonado por inovações na forma do texto (mais do que por inovações no conteúdo, acho). Aliás, Flaubert disse uma vez, sabiamente ou não, que é a forma que determina o conteúdo.
 
bla bla Eu sou português, mas ABOMINO Saramago! bla bla

Se você for mais específico e tentar argumentar onde exatamente ou o que faz você 'abominar' Saramago, ajudará bastante no andamento do tópico.

[É interessante que você discorra sobre a OBRA de Saramago e não sobre a PESSOA do mesmo.]
 
Esse sim, pelo espírito lusitano que demonstra na sua obra e pela frescura dos seus textos, é que devia ter ganho o Nobel.

Frescura dos textos? Como assim?
Então um escritor, para ganhar um prêmio, tem que ter algum espírito (referente à algum lugar-comum)?
 
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