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Autor da Semana José de Souza Saramago

Arringa Hrívë

Um papo e um bom chimarrão
Usuário Premium
E finalmente o tópico, desculpem a demora, mas meu toque com detalhes não me deixaria fazer o tópico incompleto, ainda mais que a cada vez passava a escrever, encontrava novidades, e só aumentavam minhas informações, nunca era possível resumir.
Enfim, aqui está uma pequena parte do Ilustre...


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(José de Souza Saramago - 16/11/1922 a 18/06/2010, Azinhaga - Portugal).

Nasceu e cresceu em uma aldeia distante na província de Ribatejo, Azinhaga. De uma família simples, seus pais (José de Souza e Maria da Piedade) e avós eram camponeses, porém, não viveu por muito tempo no interior, partindo por volta dos seus 2 anos para Lisboa (1924), onde seu pai conseguiu emprego. Apesar de partir, por muitos anos ainda regressou à Aldeia onde passava as férias com seus avós.

Seu interesse pela leitura poderia (contraditoriamente ao que vemos) sequer existir. Seus avós e pai eram analfabetos, exceto por sua mãe, que o ensinou a ler, e ao ver que o filho tinha prazer na leitura, conseguia com vizinhas e amigos (as) alguns livros para que o jovem pudesse ler. Por volta de seus 10 anos (1933) sua mãe lhe conseguiu seu primeiro livro, “O mistério do moinho”.

-> Prêmio Nobel de Literatura
Primeiro Nobel da Literatura Portuguesa.
Segundo o próprio Saramago quando da notícia de ter ganho o Nobel, expressou o seguinte:

"Estava no aeroporto prestes a embarcar quando chegou a notícia de que tinha ganho o Prémio Nobel. Houve um momento de alegria, os meus editores de Madrid, que estavam comigo, abraçaram-me. Depois encaminhei-me na direcção da saída e, a direcção da saída, por muito estranho que pareça, era um corredor muito comprido. O corredor estava deserto e eram pelo menos cinquenta metros de corredor deserto. Eu com a minha malinha de mão, com a minha gabardina no braço, passei de repente da alegria enormíssima da notícia que tinha recebido, para a solidão mais completa. Naquele momento a sensação que tive, claro que eu dava por mim numa grande alegria, era uma espécie de serenidade: pronto aconteceu."
(In Público, A bagagem do viajante, 9 de Outubro, 1998)
-- Dê uma rápida olhada no Memorial e Fundação de José Saramago - (Memorial Virtual e Fundação José Saramago)

O engraçado (nem para todos, imagino) é que, por Saramago ser Ateu assumido, o Vaticano manifestou sua opinião no órgão oficial do Vaticano, L’Osservatore Romano, ao falar de José Saramago, "escolha política", Saramago "continua a ser um comunista inveterado", afirmava aquele diário.
A impressa mundial finalmente tinha a chance de ver um autor consagrar-se no Nobel sem ser o literata que todos esperavam, fugindo do autor "correto".

-Seguem alguns comentários:

Brasil
"Saramago é o criador de um universo literário e filosófico entre o pessimismo e a utopia. É um autor fundamentalmente comprometido com a política do seu tempo que não vacila em abordar questões críticas sobre a sociedade dominante."
(Jornal do Brasil)

Argentina
"Que Saramago tenha ganho o prémio Nobel tranquiliza quase tanto como se o tivessem levado Pablo Neruda ou Ernest Hemingway ou Garcia Márquez."
(Clarín)

"Obra que une o realismo mágico com um agudo comentário político e está em conflito com a gramática tradicional, foi traduzida em 25 idiomas e tem peso próprio nos países da América Latina."
(La Nacion)
Se houver maior interesse, há outras manchetes no link a seguir: Imprensa - Memoria Virtual


-> Cronologia rápida:

(1939) Seu primeiro trabalho, nas oficinas do Hospital Civil de Lisboa;

(1944) - Casa-se com a pintora Ilda Reis;

(1947) Publica sua primeira novela, “Terra do Pecado”, no mesmo ano nasce sua filha Violante Saramago;

(1950) Escreve e manda um manuscrito de usa obra “Clarabóia” para uma editora, a qual a recusa. Esta mesma editora, após 40 anos faz proposta para edição da mesma obra, e então Saramago diz não ser mais tempo de publicá-la;

(1955) Como colaborador, exerce funções no setor de produção da Editorial Estúdios Cor;

(1959) A partir deste ano, sua vida passa a direcionar-se para a carreira literária. Ocupa o lugar de editor literário na Editorial Estúdio Cor;

(1970) Divorcia-se de Ilda Reis;

(1975) Torna-se diretor adjunto do Diário de Notícias. Em 25 de novembro fica desempregado dedicando-se então exclusivamente a carreira literária.

(1979) É atribuído o Prémio da Associação de Críticos Portugueses à sua nova peça de teatro, “A Noite”;

(1985) Condecorado comendador da Ordem Militar de Santiago de Espada;

(1988) Casa-se com Pilar Del Río.

-> Saramago e opinião:

Sobre a presença de partidos e políticos no poder...
“Nom é aconselhável respirar por demasiado tempo a atmosfera dos palácios, sejam eles politicos ou económicos. Deles emana uma espécie de 'radiaçom' altamente venenosa para o esprito.”


Falava sobre a situação democrática da Europa:
“E, já agora, nom me pidam alternativas ou soluçons para a evidente degradaçom do sistema democrático. Nom sou curandeiro. Limito-me a dizer que umha democracia que nom disponha de instrumentos capazes de controlar os abusos do poder económico, de democracia só tem o nome”


Um escritor como Jose Saramago. com a sua projecçom pública e as suas numerosas presenças nos meios de comunicaçom, pode fazer o que quer, dizer o que quer? Pode nom fazer o que nom quer? Sente-se livre como as ideias que transmite?
“[...]Respondim que muitas vezes nom terei dito o que pensava, mas que podia assegurar mom haver dito nunca o que nom pensava. O tempo nom me mudou.[...] Nom só nom calo o que penso, como nom se espere de mim que faga o que nom quero. ”



SARAMAGO E SUA PILAR (ESPOSA)
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Eu deveria dar um enfoque maior ao Saramago - autor, mas confesso, haverei de concordar com o próprio quando este falou:

“Um dia escrevi que tudo é autobiografia; que a vida de cada um de nós, estamos contando enquanto fazemos e dizemos; nos gestos, na maneira como andamos e olhamos, como viramos a cabeça ou apanhamos um objeto no chão. Queria eu dizer, então, que vivendo rodeado de sinais, nós próprios somos um sistema de sinais. Seja como for, que os leitores se tranquilizem: este Narciso que hoje se contempla na água, desfará, amanhã, com sua própria mão, a imagem que o contempla”


Saramago voltou a casar-se, e dessa vez sua vida foi como uma história.

A história de José e Pilar começou em 1986 quando ela, por recomendação de uma amiga, leu "Memorial do convento". Ficou fascinada, voltou à livraria e comprou "O ano da morte de Ricardo Reis". Terminado o livro decidiu que tinha que agradecer ao autor. Quando foi a Lisboa, ligou para Saramago, se apresentou e disse que gostaria de conhecê-lo.
— Eu não estava em busca de um amante, por favor. Para mim seria o mesmo se ele fosse um homem ou uma mulher. Já havia feito outras vezes, de agradecer a alguém por ter escrito algo que me tocou — conta ela.
Saramago, em entrevista ao documentarista Miguel Gonçalves Mendes, descrevia assim esse telefonema: "Um dia de junho de 1986 telefona para minha casa em Lisboa, onde eu então vivia, uma senhora que dizia chamar-se Pilar del Río, de profissão jornalista, leitora minha e que queria, uma vez que viajaria a Lisboa, gostaria, se eu tivesse tempo, de conhecer-me. E eu disse que sim senhor".
No dia 14 de junho daquele ano, às quatro horas da tarde (momento congelado pelos relógios da casa de Lanzarote), José Saramago entrou no Hotel Mundial, no centro de Lisboa, à procura da hóspede Pilar del Río, sem ter a menor ideia do que ia acontecer. Perguntou por ela na recepção e se sentou a esperar. "A ver o que aparecia. E apareceu essa pessoa que, enfim, vocês conhecem. Foi para mim uma surpresa muito agradável. Tratava-se de uma mulher muito bonita, como continua a sê-lo", contou na entrevista. Pilar tinha 36 anos e José, 63.
— Ele descreve nosso encontro na "Jangada de pedra" e diz que sentiu a terra tremer — diz ela.
‘Muitas coisas em comum’
No livro, os personagens José Anaiço e Joana Carda se encontram pela primeira vez também na recepção de um hotel. Ele sente como se estivesse sobre um barco no mar, "o chão de tábuas como um convés". Ela, como se ele estivesse a "aproximar-se de muito longe", ainda que fossem apenas "três, quatro passos". E Pilar, não sentiu nada quando viu o José?
— Eu não senti nada, mas eu não sou literata. Ele é. Depois de conversar, sim, eu vi que tinha muitas coisas em comum. Vi que tínhamos demasiado em comum para não continuar aprofundando essa amizade — desvia o olhar e faz uma pausa, parece relembrar essa primeira vez.
Naquele dia conversaram muito, mas não entraram em assuntos pessoais. José ficou sem saber se Pilar tinha alguém, e ela foi embora com a mesma dúvida em relação a ele. Começaram a trocar cartas em que falavam de literatura e política, e a curiosidade foi aumentando.
Até que um dia o português lhe escreveu uma carta que, em suas palavras, era "um modelo de diplomacia sentimental". Dizia que iria a Madri e a Granada e gostaria de, "se as circunstâncias da vida dela permitissem", passar por Sevilla — onde ela morava. Você duvidou por algum segundo em dizer que sim, Pilar?
— Não — diz convicta, e a resposta vem em português (toda a entrevista foi em espanhol, mas há palavras que ela escolhe para dizê-las na língua de Saramago). Fecha um pouco os olhos, faz uma pausa e dá um sorriso discreto. — Ele entrou na minha casa e ficou.
Quero saber de Pilar se o amor de Saramago por ela o fez viver mais. No fim de 2007 o escritor esteve internado por causa de uma pneumonia.
— Ele esteve morto uns instantes e os médicos me disseram já, já. E eu pedi que tentassem mais. Eles queriam entubá-lo e eu disse que não, eu dizia: "Deixa ele respirar, deixa ele respirar". E ele voltou a respirar.
A dedicatória de "Viagem do elefante", livro que Saramago escrevia naquela época, é: "A Pilar, que não deixou que eu morresse". Foi assim?
— Quem o salvou foram os médicos — responde para tirar o dramatismo da pergunta.
Tento argumentar que a história de amor deles é muito bonita, mas sou delicadamente interrompido:
— Insisto, o amor é uma coisa que se pode construir. Que todo mundo pode construir. Acredito que todo ser humano pode fazer sua vida. Saramago escreveu "Levantado do chão", e eu acho que todos podemos nos levantar. Se uma pessoa quer viver uma relação de amor vive. Porque o amor não é o que uma pessoa recebe, é o que põe. E ninguém está impedido de amar.
Saio do prédio acompanhado de Pilar, que assusta um cachorro com a velocidade com que desce a ruela de pedregulho. Brinca com ele, lhe pede desculpas, se diverte sozinha e continua andando rápido. Chega frente à oliveira e comenta:
— Amanhã preciso trazer uma rosa branca. A que eu trouxe ontem levaram, e estas já estão feias.
Terminamos a entrevista e eu proponho acompanhá-la até o carro.
— Não precisa, homem. Eu consigo ir sozinha — diz.
O que parecia uma resposta ríspida se torna carinhosa quando avança até mim e me dá dois beijinhos antes de dizer que se precisar de alguma coisa mais é só lhe escrever. Então vira as costas e caminha sobriamente, como se não usasse salto alto e nem pisasse em um chão irregular de pedras. E me pego concordando com Saramago: é uma mulher extraordinária, dessas que fazem o chão tremer.


[Memorial do Amor: Pilar administra saudade e o legado de José Saramago] (O globo)


CURIOSIDADES:
Saramago, conversava com Pilar, que sua vontade era, quandomorrer, ter suas cinzas embaixo de uma pedra no jardim da casa deLanzarote, aos pés da esposa, para que ela, quando pensasse nele, depositasseali uma flor. Os planos mudaram.— "Ele queria que as cinzas estivessem onde eu estivesse. Eu disseque não ficaria em Lanzarote". (Pilar)


Após a morte de Saramago, foi trazida uma muda de Oliveira da aldeia de Azinhaga e plantada em frente à sede da fundação do autor, para dar sombra as suas cinzas. A terra utilizada foi trazida da ilha de Lanzarote, onde ele e a esposa viveram por 17 anos.

Retirada do livro “Memorial do convento” a frase "Mas não subiu para as estrelas, se à terra pertencia: José Saramago 1922-2010.”, gravada na calçada da Rua Bacalhoeiros.

[O globo] Memorial do amor - Pilar
(http://oglobo.globo.com/cultura/mem...tra-saudade-o-legado-de-jose-saramago-5366551)


[Carta a Castelo Branco] Galardoado em 1998 com o Prémio Nobel de Literatura, José Saramago deslocou-se a S. Miguel de Seide, a 28 de Fevereiro de 1999, acompanhado de sua mulher Pilar del Río, para homenagear o escritor Camilo Castelo Branco, deixando escrito no Livro de Honra da Casa de Camilo o seguinte texto:

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«Na casa onde Camilo saiu da vida para entrar na eternidade do génio,
venho trazer rosas. Venho também trazer o prémio que me deram,
o seu valor simbólico, que Camilo merece,
como provavelmente nenhum outro escritor português.
Eu, aprendiz, deixo rosas ao Mestre.

(José Saramago) Carta a castelo Branco


Esclarecendo a cerca do nome de Saramago: Não é um nome de família, seu pai, José de Souza, era conhecido (apelidado) de Saramago, chamado eventualmente pelos vizinhos, quando o menino nasceu, por sua conta e risco, resolveu colocar o nome no garoto, “nome também dado a uma planta conhecida na aldeia Azinhaga que serve de alimento aos pobres quando há escassez de comida”. (Pequenas Memórias, 2006)
[Veja-Abril – Morte de Saramago] Cinzas de Saramago são deixadas aos pés de Oliveira centenária.
(Entrevista com Pilar Del Rio)


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Em Azinhaga, Portugal, eternizou-se o encontro amoroso entre duas esquinas que se cruzam, cujas ruas se chamam José Saramago e Pilar Del Río.

- Saramago escreveu um conto infantil, e dele foi produzido um curta com sua própria narração.
A maior Flor do Mundo.
“E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?”

Documentário:

Foi feito um documentário/filme dirigido por Miguel Gonçalves Mendes, onde o próprio Saramago abriu sua vida pessoal para que fosse filmado em seu dia a dia, tanto no trabalho, quanto no próprio convívio com sua esposa em sua casa.
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A cerca de sua filha Violante Saramago:

- Formou-se bióloga e teve dois filhos.

- Tristemente o dia de seu casamento ocorreu no mesmo dia do divórcio de seus pais;

- Ao casar-se com Danilo Matos, seu nome Saramago, pelas leis da época, foi substituído pelo sobrenome Matos, alguns mais tarde, seu pai lhe deu “um puxão orelha”, brincando ao lhe perguntar “Então não tens pai?” . Violante mudou então seu nome para Violante Saramago Matos.
[Caras.Sapo – Violante Saramago]
Entrevista com Violante Saramago Matos (Filha)


Em uma entrevista, Saramago fala dobre Computador X Máquina de escrever, um comentário do qual ressalto:
"Numa máquina de escrever, temos de elaborar o pensamento antes de passá-lo ao papel: é muito trabalhoso e obriga a que se atire muito papel fora. O ecrã é um papel que está sempre limpo e tem uma vantagem enorme: se há uma ideia, ainda que esteja mal alinhada, escreve-se e depois trabalha-se. Comparo o ecrã do computador a um campo de batalha, de onde os mortos e feridos vão sendo sempre retirados" - que são "as palavras que não interessam, as ideias imprecisas que deixaram de ter sentido".

Ou seja, nosso bom escritor aceitava como muito bem vinda a tecnologia e logo passou a adotar um computador para escrever suas obras.


-> OBRAS:

O escritor José Saramago deixou uma vasta obra literária, da poesia à prosa, passando pelo conto e pelas obras para teatro.

O último livro publicado, Caim, em 2009, abordou a religião, uma vez mais, de forma polémica. Comunista, Saramago nunca esqueceu as raízes alentejanas e pobres na escrita que deu ao Mundo. Obras de Saramago:

Conto
Objecto Quase (1978)
Poética dos Cinco Sentidos - O Ouvido (1979)
O Conto da Ilha Desconhecida (1997)
A Maior Flor do Mundo (2001)

Crónicas, Ensaios, Memórias
A Estátua e a Pedra (1966)
Deste Mundo e do Outro (1971)
A Bagagem do Viajante (1973)
As Opiniões que o DL teve (1974)
Os Apontamentos (1976)
Folhas Políticas – 1976-1998 (1999)
Discursos de Estocolmo (1999)
O Caderno (2009)
O Caderno 2 (2010)
Democracia y Universidad (2010)

Diário
Cadernos de Lanzarote I (1994)
Cadernos de Lanzarote II (1995)
Cadernos de Lanzarote III (1996)
Cadernos de Lanzarote IV (1997)
Cadernos de Lanzarote V (1998)

Poesia
Os Poemas Possíveis (1966)
Provavelmente Alegria (1970)
O Ano de 1993 (1975)

Romance
Terra do Pecado (1947)
Manual de Pintura e Caligrafia (1977)
Levantado do Chão (1980)
Memorial do Convento (1982)
O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984)
A Jangada de Pedra (1986)
História do Cerco de Lisboa (1989)
O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991)
Ensaio sobre a Cegueira (1995)
Todos os Nomes (1997)
A Caverna (2000)
O Homem Duplicado (2002)
Ensaio Sobre a Lucidez (2004)
As Intermitências da Morte (2005)
A Viagem do Elefante (2008)
Caim (2009)

Teatro
A Noite (1979)
Que farei com este Livro? (1980)
A Segunda Vida de Francisco de Assis (1987)
In Nomine Dei (1993)
Don Giovanni ou O dissoluto absolvido (2005)

Viagem
Viagem a Portugal (1981)
(Fonte) [

Fonte
[staticPublico] Entrevistas de José Saramago
(http://static.publico.pt/docs/cmf/autores/joseSaramago/indexTextos.htm)

[Folhas de Cibrão] Entrevista com Saramago quando em Galiza - 1990
(http://www.udc.es/dep/lx/cac/sopirrait/sr067.htm)

[Revista Temos Novos ] Entrevistado por Elias Torres – 2004
(http://www.pglingua.org/noticias/entrevistas/2552-entrevista-de-elias-torres-a-jose-saramago)

[Fundação José Saramago] Vida, obras e curiosidades sobre o autor
(http://www.josesaramago.org/)

[Blog pessoal – falando de cinema] Rua Pilar Del Rio
(http://taniamandarino.blogspot.com.br/2013/05/jose-e-pilar-2010.html)

[Alma Gêmea – Zodíaco]
(http://www.mulheresnopoder.com.br/wp-content/uploads/2010/06/jose-saramago-e-pilar-del-rio.jpg)

[Carta Jorge Amado] Para Saramago e Pilar
(http://edsonliberatodias.blogspot.com.br/2012/04/carta-de-jorge-amado-para-pilar-e-jose.html)

[Pilar e Saramago - Casamento]
(http://litura-terra.blogspot.com.br/2010/07/pilar-saramago.html)

[ExpressoSapo] Cronologia de Vida
(http://expresso.sapo.pt/cronologia-a-vida-de-jose-saramago=f588876)

[Vídeo infantil - A maior flor do mundo]
(http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=YUJ7cDSuS1U)
“E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos?
Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?”

[Memorial de José Saramago]
(http://www.citi.pt/cultura/literatura/romance/saramago/bio_mem.html)
Anexo:
Saramago.pngcartaCasteloBranco.jpgJosePilar-1.jpgFotos da Azinhaga - José e Pilar 002.JPG
 
Última edição por um moderador:
Ótimo tópico! :ueba:

Tem também uma faceta que poucos se lembram (e acho que não faz mal também em serem poucos) que é a faceta do Saramago poeta. No Jornal de Poesia tem uma publicação com poemas dele. Apesar de uma boa parte ser de poemas mazoumeno, tem uns que são impressionantes:

Poema à Boca Fechada.

Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.

Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.

Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.

Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.

Só direi,
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.

Also, no Citador.pt tem mais também, bem como no Antonio Miranda e nessa postagem bacana no blog do Jayme Bueno.
 

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