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Jornalismo sobre ciência

[F*U*S*A*|KåMµ§]

Who will define me?
Eu recebi esse video pelo facebook e juro que meu queixo chegou na altura dos meus joelhos.
E resolvi abrir um tópico sobre esse assunto que muitas vezes tem me espantado. A do jornalismo falando sobre ciência.

Já abri um outro tópico falando do modismo quântico e como isso as vezes é o fator gerador dessas bizarrices que vez ou outra aparecem em jornais/revistas/TV/portais.

Algum jornalista que trabalhe em redação pode me esclarecer como normalmente se dá essa busca de informação quando o assunto é algo que o jornalista não domina?
Normalmente tem consultores conhecedores do assunto? Ou é através de internet, wikipedia, etc?

Porque não é possível esse erro do video. Ainda mais na globo. Isso é erro de quem nem sequer foi ver wikipedia. Ou eu quero acreditar que algum consultor físico/engenheiro/etc babaca trollou um colega que foi pedir informação sobre algum cientista escocês importante.


Tenho uma colega que fez física e ela era muito boa, sempre tirava notas altas, mas desistiu perto do fim do curso. Entrou depois em jornalismo e se formou. Ela sempre precisava corrigir erros grosseiros da pauta de colegas de trabalho dela falando sobre física, química, etc. Mas erros grosseiros demais, como se a pessoa nem tivesse pesquisado direito.

E eu mesmo leio cada coisa estranha nas revistas supostamente feitas para divulgar ciência (superinteressante, galileu, etc).



Enfim.
Fica a dúvida pra quem trabalha no ramo.
E o vídeo pra quem quiser rir pra não chorar.



http://globotv.globo.com/globo-news...a-escocia-coloca-o-pais-em-evidencia/3639346/
10416631_706277229455253_3404234730245896285_n.jpg?oh=ef630788ff793d9ce3d68811cb32adba&oe=548EA7B9
 
Caramba, que absurdo, e o pior é que em 2min54 a repórter diz em voz alta, não foi só um erro na figura. :lol:

"(...) o golfe também foi inventado na Escócia, assim como as leis da termodinâmica a partir de um estudo feito pelo Richard Feynman".
 
Segundo a opinião dos colunistas de jornalismo um princípio do jornalismo é a checagem de fontes (uma das etapas cruciais do trabalho) que é um serviço que inclui custo financeiro (principalmente se for de um correspondente distante, internacional ou em local de difícil acesso) e que demanda tempo considerável. Curiosamente, o jornalismo (principalmente de internet e gratuito) tem sido pressionado pelos dois fatores (dinheiro e tempo). Em contrapartida aumentam o volume de matérias sensacionalistas com capas de notícias violentas ou automáticas (propagandas e notícias pagas). Essa contrapartida é um reflexo direto da falta de tempo e dinheiro concedida pelos veículos de comunicação.

Outro fator importante é que o trabalho de ponte facilitadora tem erratas e riscos. Por sinal uma vez aproveitei num momento fortuito e dei a uma jornalista um cartão postal com uma pintura de Monet (um que tinha uma ponte sobre um lago de flores).

http://www.lennyniemeyer.com/blog/wp-content/uploads/2012/10/A-Ponte-Japonesa-Claude-Monet.jpg

Via de regra apenas nas fontes ele deveria precisar de ajuda uma vez que as teorias complexas precisem ser explicadas nos pontos críticos pelos cientistas para que pessoas comuns e leigas entendam e isso vale para todos os campos de teorias (teorias políticas, econômicas, matemáticas...). Se a pessoa tiver domínio suficiente da língua subentende-se que esteja consciente de que, nas fórmulas, a pequena mudança de um termo altera o valor do resultado tanto quando em uma frase simples do idioma. Logo, o jornalista não pode querer substituir o papel da fonte e começar a criar a não ser que seja um colunista ou então trabalhar no ramo de ficção.

O que não o impede de deixar sua opinião desde que fique claro em um lugar reservado da matéria ao fim da notícia ou se for em um jornal em um quadrinho no lado. Se for tudo misturado (subjetividade com objetividade) a matéria pode ficar confusa ou até dar a sensação de que não se aprendeu nada com ela porque houve saltos lógicos sem se ter todas as ligações entre causa e efeito.

O que também não significa que seja impossível usar subjetividade junto de textos objetivos, mas é preciso de tempo e alguma habilidade para colocar em ação esse recurso.
 
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