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Jogos musicais

Fúria da cidade

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Quase extintos, games musicais tentam se reinventar para voltar à glória
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One Beat Min Imagem: Divulgação


Se você estivesse em uma festa com uma pegada meio nerd há uns dez anos era quase certeza que alguém estaria com um microfone, baquetas ou, ainda, um instrumento musical de plástico nas mãos enquanto tentava acertar uma sequência de notas que surgiam em ritmo acelerado na tela da TV.
Ainda que não tenha sido o primeiro jogo musical ou de ritmo da história, "Guitar Hero", de 2005, criou uma febre tão intensa quanto curta: em dez anos, o gênero veria o lançamento de "Guitar Hero Live" e "Rock Band 4", os dois últimos jogos realmente grandes do tipo.

E, ao menos da forma como foi conhecido no período, deixaria de existir.
Há uma série de fatores para isso: analistas, como Jesse Divnich, afirmou no início desta década em entrevista ao site "Eurogamer" que o gênero tinha um prazo de validade e desapareceria de um jeito ou de outro.

A grande quantidade de títulos, pacotes de músicas adicionais, jogos pouco inovadores e, principalmente, periféricos cada vez mais caros - não comprar novas versões dos instrumentos de plástico implicava, necessariamente, em não conseguir aproveitar ao máximo os games mais recentes - também contribuíram para esse declínio.

Fato é que, na casa de muita gente, os instrumentos de "Guitar Hero" e "Rock Band" começaram a juntar poeira. E, de uma hora para outra, alguém que pensou que talvez fosse mais legal, sei lá, ligar um "Just Dance" em uma festa ao invés de montar os instrumentos, ensinar novatos a tocar etc.
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Guitar Hero marcou época, mas a decadência foi rápida Imagem: Divulgação




Fugindo da saturação



"'Guitar Hero' e 'Rock Band' nos influenciaram não apenas no quesito 'jogo de ritmo', mas também na sensação de jogar em grupo", diz o game designer da produtora Pix Juice, Viktor Eisenmann.
Juntamente com o diretor de arte José Wilson, ele criou "One Beat Min". Trata-se de um jogo que "bebe da fonte" de "Guitar Hero" e "Rock Band", mas é voltado ao beatbox e tem previsão de lançamento para 2019.

Isso não quer dizer, no entanto, que elementos das duas séries serão copiados. "Há dois tipos de jogos de ritmo, um que explora mais o lado da precisão e percepção e outro que vai mais para o lado da memória, que faz com que o jogador decore uma sequência para tentar reproduzir. Essa segunda mecânica me parece bem saturada, sim", diz Eisenmann.

Essa é a mesma percepção que José Wilson tem, especialmente considerando games de alto orçamento, conhecidos por "AAA". "Houve uma exploração gigante, mas de poucos e específicos temas, como rock e pop. A nossa ideia é trazer algo de novo e, para isso, temos feito muitas pesquisas para termos uma boa ideia do que está saturado para o público em geral", afirma.

Uma das soluções encontradas por Eisenmann e Wilson para fazer um game que traga uma abordagem inovadora para um segmento tão explorado foi "quebrar" um dos principais elementos das duas franquias clássicas.

"Nós temos como base no nosso jogo o fato de não haver uma trilha de notas pré-definidas. Queremos que o jogo passe a sensação de fazer beatbox, mas sem exigir conhecimento técnico dos jogadores. A meta é unir mecânica simples de ser entendida e uma temática pouco explorada e ser um game divertido para jogar com os amigos", diz Eisenmann.

Para justificar a escolha pela fórmula que reúne simplicidade e diversão, Wilson cita um game de sucesso quando o assunto é jogar com os amigos: "Overcooked". "Quando jogamos 'Overcooked', você não precisa colocar todos os ingredientes de um prato real para fazer a mesma receita no game. Essa simplicidade que deixa ele divertido", diz.

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"Floor Kids" coloca o jogador na pele de dançarinos de break Imagem: Divulgação




Explorando outros caminhos



E se em vez de termos um game de ritmo no qual o jogador faz a música utilizarmos essa mecânica para atividades diferentes. Dança, por exemplo.

Atualmente disponível para PC e Switch - e com versões programadas para PlayStation 4 e Xbox One -, "Floor Kids" é um game que coloca o jogador na pele de dançarinos de break, em apresentações nas quais é preciso mesclar passos diferentes enquanto segue o ritmo da música.

"Muitas pessoas da nossa equipe são fãs de 'Rock Band' e 'Guitar Hero', assim como 'PaRappa the Rapper', 'Osu!' e 'Elite Beat Agents'", diz Mike Wozniewski, programador de game designer de "Floor Kids".
A grande diferença aqui é que, em vez de seguir por notas pré-definidas, o jogador tem a liberdade para criar um estilo próprio. "Uma das metas de 'Floor Kids' é permitir que o jogador se expresse em um jogo de ritmo e incluir elementos de jogabilidade que não estão apenas ligados à precisão". É uma abordagem similar à escolhida pelos criadores de "One Beat Min."

Wozniewski complementa dizendo que vê muitas oportunidades para os jogos de ritmo, desde que eles sejam misturados a outros gêneros. "Nós usamos muitas influências da série 'Tony Hawk'", diz.
E não é só "One Beat Min" e "Floor Kids": jogos como "Thumper", uma mistura de corrida, combate e ritmo, e "Crypt of the Necrodancer", que une estilos improváveis como exploração de masmorras com mecânicas de jogos musicais, mostram que o gênero deve continuar vivo por muito tempo.

A receita para isso é abusar da criatividade e, curiosamente, ser o mais diferente possível de "Rock Band" e "Guitar Hero".

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Jogos musicais num primeiro momento são bons pra brincar, mas como diz a nota, desanima investir nos periféricos.
 
Desses aí eu só joguei o Guitar Hero e eu achava bem legal.
Realmente, o negócio de investir nos periféricos é um problema haha.
 

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