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'Jesus quer você para matar infiéis', diz trabalho escolar sobre cruzadas

Jesus Cristo não assinou contratos apoiando os interesses da nobreza européia ou de seguidores malucos. A intepretação do desenho é de que usaram a imagem dele para fazer guerra e isso deve ser dito no trabalho ou na explicação que o aluno fosse dar ao resto da classe. A proposta de Jesus foi outra porque o reino dele era para o futuro, depois dessa vida.

Todo grande guia (não apenas espiritual) tem problemas de formar discípulos ou seguidores perfeitos porque é uma tarefa que não depende dele e sim das escolhas daquele que ouve. Uma doutrina original pode ser desvirtuada em séculos com a propagação do erro e isso ocorre também no oriente. Enquanto no novo testamento se diz que a misericórida estava a direita de Deus (corroborado pelos 10 mandamentos em que o primeiro deles fala justamente de amor), os homens infelizmente entenderam que era a justiça o único fundamento para os homens de bem.

Até hoje há problemas naquela região do oriente próximo por problemas de interpretação ou de aceitação da intepretação (o que é pior porque há aqueles que sabem da interpretação correta mas não acatam o que é certo). Na Europa ocorria o mesmo.

Biblicamente, o conceito de povo eleito foi e ainda é pessimamente interpretado.

A existência de Caim e Abel no texto e habitando no seio do mesmo povo significam que dentro de uma mesma nação podem aparecer um Hitler ou um Jesus Cristo as vezes os dois ao mesmo tempo, que o pior e o melhor possuem muito mais tendência de vir entre os homens em uma nação borbulhante e poderosa e isso pode ser verificado dada a presença de grandes seres humanos e artistas em nações que também possuem grandes criminosos.

Quanto maior a explosão de civilização da sociedade, maior as forças que empurram e puxam as pessoas. O maior inimigo de cada povo sempre esteve a espreita no seio e centro de tudo esperando a oportunidade. Nunca é alguém pequeno ou de pouca influência. Mas é alguém muito confuso e negligente, de pouca seriedade, as vezes ignorante e em outras alguém realmente que gosta de fazer crueldades e que não chega a saber o bastante sobre gostar ou odiar a verdade, porque possui um medo e pavor de encarar a questão.
 
A religião não impede o avanço tecno-científico de uma sociedade, pelo contrário, pode impulsionar. Se não me engano, Newton dizia que a ciência o fazia cada vez mais crer no deus judaico/cristão. O problema é quando a religião é liderada por um bando de bocós, aí sim se torna um atraso de vida.

Concordo com você (em parte). Neste sentido, cito este texto: http://ceticismo.net/ciencia-tecnologia/os-1001-anos-da-esplendorosa-ciencia-islamica/; que elenca uma importância muito grande que as artes e as ciências islâmicas trouxeram para o ocidente, seja tal legado advindo (indiretamente ou não) de ações hostis dos muçulmanos e absorvido pelos cristãos ou por cristãos que levaram o conhecimento à Europa.

Agora, quanto a relação da ciência e a religião. Temos alguns episódios lamentáveis, em que seguidores fanáticos perpetraram atos horríveis que tiveram consequências (não que este fosse o objetivo primevo desta ação, mas a atitude acabou gerando uma consequência direta ou indireta para a ciência e o progresso) nocivas para quem futuramente pudesse desenvolver e utilizar uma herança cultural ou de algum conhecimento (seja filosófico ou da ciência objetiva) que seria o embrião para muitas tecnologias benéficas às sociedades.
São episódios como o ocorrido em 391 da e.c - Santo Atanásio e Santo Teófilo, que destruíram uma enorme estátua de Serapis, em Alexandria, uma obra-prima da antiguidade. Destarte, o lamentoso ataque implicou na destruição de boa parte da coleção de literatura do templo (imagine-se quanto conhecimento e descobertas ou quanto de um legado cultural, que poderia ser estudado, se perdeu com o ataque).

Por óbvio, temos mais um caso de uma ação danosa de monges cristão que incitados por Cirilo, patriarca de Alexandria (futuramente canonizado e promovido à Doutor da Igreja), assassinaram Hepatia, filha de Theon de Alexandria. A ação fora movida pela suposta ameaça, que a defesa da ciência e do Neoplatonismo por parte da Matemática implicavam na difusão do cristianismo (há até quem defenda que o fato de ser uma mulher nesta condição e agindo como agia, era algo impensável para os cristãos naquele local e contexto). O fato em si trouxe uma perda considerável à Alexandria, haja vista que muitos pesquisadores e filósofos trocaram Alexandria pela Índia e pela Pérsia.

Pois é, não creio que a religião tenha seu ponto nodal (a essência ou constituição) o fim ou impedimento do avanço científico, mas é passível de discussão o fato de que os atos (mesmo que movidos por objetivos destoantes em relação às consequências da perda do conhecimento desenvolvido ou alguma descoberta) perpetrados em nome da fé ou em defesa da religião, acabam trazendo empecilhos à quem (ou ao quê) esteja desenvolvendo o saber humano. Me parece (me corrijam se eu estiver errado) que um exemplo compatível com o que disse neste parágrafo é o ato de Calvino, que fez se decapitar o médico Michel Servet (havia descoberto a circulação sanguínea), sendo que a morte do indivíduo partiu de acusações de heresia (não sei se está relacionada ao aspecto da ciência, pode ser que sua condenação não tivesse o objetivo de impedir um livre pensamento científico, mas de uma forma ou de outra atingiu o conhecimento. Quem sabe o que este médico poderia ter descoberto depois? É uma pena o ocorrido com ele).

E avanço científico? Sério mesmo? Vocês ainda caem nessa lorota que a religião atrapalhou o desenvolvimento das ciências?
Tomás de Aquino e Alberto Magno oram por vocês.
E Giordano Bruno manda lembranças.

Te dei um Gostei e te dou um Fail por conta desse trecho. Isso é um absurdo, uma tosqueira, uma ignorância e uma mentira. Dizer que todas as religiões do mundo perseguiram algum grupo, etnia, povo, a ponto de assassinato e tortura? Isso é ridículo. São os homens que se odeiam e se utilizam da fé para maquiarem suas ambições e ódios particulares, e isso em nada diminui o valor filosófico das crenças religiosas. Morro defendendo isso. Esse fundamentalismo ateu imbecil nunca vai me descer nem sou capaz de levar a sério babaquices desse tipo.

Olha Paganus, concordo que as religiões possuem (e trouxeram) muitos aspectos positivos para o desenvolver e a formação (para o bem ou para o mal) das sociedades em que elas estavam inseridas (ou impostas). No caso do cristianismo, realmente temos muitos episódios em que homens usaram a religião e a figura de deus para se beneficiarem. Cito até uma passagem do Akallabêth que (creio) expõe tal prerrogativa: "Pois eles são oráculos desse ... que fala apenas o que eles querem".

Entretanto, mesmo agindo de má-fé e guiados por objetivos degenerados e até destoantes dos valores positivos como: amor ao próximo (que deveria ser algo seguido em sua plenitude, entretanto, algumas vezes é seguido em razão do medo pela "Danação Eterna" ou a bondade tão somente em prol das promessas de recompensas eternas. É como se as pessoas só fossem boas por causa disso. Por isso acho interessante quando me dizem: "Eu faço o certo ou amo meu próximo porque é o certo a se fazer, não faço isso por medo ou anseio ou obediência a uma entidade.") temos também o caso de que a própria fonte geradora de toda uma filosofia(s) cristã, que é a Bíblia, faz com que esta religião desenvolva, por si só, aspectos nocivos e condenáveis em sua essência, razão pela qual nem sempre é o caso de: "A culpa é do homem que distorce a palavra de Deus ou até descumpre seus objetivos e usam a fé para fazer coisas que não condizem com seus ensinamentos."

Vide a orientação para a perseguição e morte dos que pregam ou adoram outro deus; a perseguição e morte aos Homossexuais; a colocação da mulher em um estado inferior ao do homem; o fato de deus endossar a escravidão, etc. Há quem afirme que esses elementos são compatíveis com o contexto da época, mas se pensarmos que houve a interação de deus para com seu povo escolhido, e que alguns integrantes desse povo foram inspirados pelo divino, é estranho pensar que um deus detentor da verdade (vai além da compreensão do homem), um deus de amor e paz, um deus que deseja e muito a bondade e o amor, venha a estabelecer tais condutas, justamente quando o conhecimento bíblico deveria ter um caráter universal e ser uma verdade plena e digna, que transcendesse as épocas e "contextos", está eivada com esses códigos de conduta que denigrem o ser humano, que ataca a sua condição, o seu Ser (assumindo que esta é a verdade proveniente do próprio deus, que deve ser obedecida e não questionada). Por isso, creio que alguns deixaram de lado o Cristianismo não em razão da ciência ou a conversão em outra religião, mas fora com a leitura desses elementos pertencentes ao próprio livro que guiou (e guia) muitas vezes a humanidade.

É por ter visto ali a ação de um deus de amor-misericórdia -perdão, mas que (não poucas vezes) destronava mulheres e crianças, autorizava o extermínio de populações inteiras etc , (pode até ser que afirmem: a chegada de Cristo mudou tal prerrogativa e trouxe a salvação para a humanidade, mas mesmo assim, muitos serão condenados a um castigo eterno, muitos por suas maldades sem tamanho, e muitos, como alguns afirmam: pela descrença na figura de cristo, independentemente da pessoa só viver sua vida, com seus sonhos, seus defeitos, sua bondade ou erro, por não ter tido fé ou crença, mas nem por isso acabou sendo o pior dos humanos, foi apenas humano; justamente por sermos culpados pelo ato de um ancestral distante que condenou todos os seus filhos que viriam a existir; uma culpa que, para mim, ninguém tem culpa), que alguns abandonaram a crença e a obediência de uma entidade nociva ao homem (lógico que tal prerrogativa é baseada na interpretação literal do livro, e que muita gente se pauta na orientação de vida).

Enfim, é minha opinião.
 
Última edição:
Acredito que a expectativa de vida não tenha aumentado apenas graças ao secularismo, mas sim pela mudança de hábitos higiênicos da sociedade como um todo.
E a expectativa de vida não era algo fixo. Durante o Império Romano, se o vivente chegava aos 20, tinha muito mais chances de chegar aos 40 do que um recém nascido tinha de chegar aos 10.
Os gregos tinham uma sociedade onde a religião tinha papel fundamental (e não venham me dizer que não porque os baitolas não iam nem pra guerra se os sinais fossem desfavoráveis) e isso não os impediu de ter uma das sociedades mais prósperas de toda a humanidade, o mesmo vale para os egípcios e a maioria das grandes civilizações.

A religião não impede o avanço tecno-científico de uma sociedade, pelo contrário, pode impulsionar. Se não me engano, Newton dizia que a ciência o fazia cada vez mais crer no deus judaico/cristão. O problema é quando a religião é liderada por um bando de bocós, aí sim se torna um atraso de vida.
Pois é, a ciência simplesmente não aborda a realidade da mesma forma que a religião faz, mas isso não as torna oponentes.
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Veda,

na Europa Ocidental da Idade Média, a higiene, em muitos casos, era associada a hábitos de infiéis muçulmanos e judeus. E, infelizmente, a igreja não combatia esta crendice absurda.

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O que vai totalmente contra a orientação fortemente racionalista da teologia tomista, simplesmente não faz sentido a permanência de superstições desse tipo em que a hierarquia da igreja nada fizesse pra desmistificar.
Vocês estão culpando a religião por um erro da igreja romana. Jesus era judeu, logo era limpo. Ao invés da igreja romana perpetuar a limpeza judia, preferiu se entregar aos hábitos porcalhões dos povos bárbaros que conquistaram a Europa Ocidental (os escandinavos pagãos usavam uma bacia pra todo o povaréu que compartilhava uma tenda lavar a cara, barba, cabelos, limpar os narizes, tirarem o ranho, etc.).

Se os padres eram um bando de porcalhões e queriam que o povo fosse como eles, problema da igreja romana, não da religião cristã, que na teoria deveria perpetuar alguns hábitos judeus, já que a religião cristã é um prolongamento do judaísmo (se tiver algum judeu no fórum vou ser apedrejado por essa).
Perfeito, essa questão é cultural. Com o declínio do Império Romano do Ocidente e sua queda, se é verdade que o cristianismo ocidental helenizou os bárbaros, estes, naturalmente, o 'barbarizou'. Só isso explica a contínua insistência e megalomania do Papa de Roma e o comportamento dos latinos na Quarta Cruzada.
Bom não vou entrar na discussão da idade média e imaginar como seria a Europa sem a influencia da Igreja Católica. A única coisa que eu não imagino hoje é como um governo não laico conseguiria lidar com a multirreligiosidade de um país plurireligioso sem desreipeitar as práticas religiosas de outros credos. O Brasil mesmo sendo laico existe os grupos que não conversam como o espiritismo ou o umbadismo e as novas igrejas evangélicas. Se o Brasil se autodefinisse cristão ainda assim existiria liberdade de credo e pensamento? Eu estranho a cultura árabe em vários aspéctos, por exemplo o Ira que condenou um homem a morte porque ele decidiu seguir o cristianismo, eu nao consigo ver esse tipo de atitude como algo benéfico, fica mais parecendo que como o estado/igreja estão tão fundidos na sua forma de agir que qualquer pensamento diferente fica sendo uma ameaça. E nisso vivemos um contexto em que as distancias estão diminuindo, esses mesmos países fechados a um outro pensamento como lidaria em uma relação comercial? Um mulher poderia ficar a frente de uma negociação comercial no Irã por exemplo? E ai o que se faz? Formam-se ilhas?
Esse é um problema-base. Como um Estado mantém sua filiação a uma religião, tolera outras crenças e impede que estas sejam alvo de uma onde de ataques e mesmo criminalização no caso de serem crenças 'dissidentes'? Eu creio que uma aliança entre Estado e Igreja seja possível, sem que um sufoque o outro neste como em outros assuntos. Basta ver os países do Leste Europeu, onde o Estado endossa a Igreja e esta apoia o primeiro, sem que isso implique em perseguições de algum tipo.
São episódios como o ocorrido em 391 da e.c - Santo Atanásio e Santo Teófilo, que destruíram uma enorme estátua de Serapis, em Alexandria, uma obra-prima da antiguidade. Destarte, o lamentoso ataque implicou na destruição de boa parte da coleção de literatura do templo (imagine-se quanto conhecimento e descobertas ou quanto de um legado cultural, que poderia ser estudado, se perdeu com o ataque).
Por óbvio, temos mais um caso de uma ação danosa de monges cristão que incitados por Cirilo, patriarca de Alexandria (futuramente canonizado e promovido à Doutor da Igreja), assassinaram Hepatia, filha de Theon de Alexandria. A ação fora movida pela suposta ameaça, que a defesa da ciência e do Neoplatonismo por parte da Matemática implicavam na difusão do cristianismo (há até quem defenda que o fato de ser uma mulher nesta condição e agindo como agia, era algo impensável para os cristãos naquele local e contexto). O fato em si trouxe uma perda considerável à Alexandria, haja vista que muitos pesquisadores e filósofos trocaram Alexandria pela Índia e pela Pérsia.
Em primeiro lugar: sim, santo Atanásio, são Teófilo e são Cirilo de Alexandria são santos e santos Padres da Igreja, não só da Igreja romana (reconhecendo a tradição oriental) como o são da Igreja Ortodoxa. São nossos Pais, mestres, guias, professores da fé, expositores de doutrinas incorruptíveis, às quais aderimos, enquanto cristãos ortodoxos fieis à Tradição e aos Santos Concílios, com devoção, piedade, temor e reverência. E sim, oramos a eles, por crermos que sua doutrina e santidade de vida os deificaram, lhes permitindo orar por nós, pecadores, do alto céu.

Mas isso não quer dizer que sejamos cegos aos fatos históricos, sabemos que mesmo esses santos Padres, muitas vezes, se usavam de métodos violentos e nada cristãos para extirpar as heresias. Por melhores que fossem as intenções (porque a Ortodoxia sempre se defenderá de ensinos que a Tradição e os Padres julgam, divinamente inspirados, errôneos), os métodos foram condenáveis. Não sou ninguém pra julgar essas pessoas, mas seu ensino e santidade não foram maculados na consciência oriental por esses atos, temos fé que Deus os perdoou por esses crimes. E isso em nada mancha sua doutrina ou o valor do cristianismo.

Quanto a Hepátia isso nem tem discussão, foi vitimada por um grupo de fanáticos motivados por um bispo invejoso. Isso nem é argumento.

Pois é, não creio que a religião tenha seu ponto nodal (a essência ou constituição) o fim ou impedimento do avanço científico, mas é passível de discussão o fato de que os atos (mesmo que movidos por objetivos destoantes em relação às consequências da perda do conhecimento desenvolvido ou alguma descoberta) perpetrados em nome da fé ou em defesa da religião, acabam trazendo empecilhos à quem (ou ao quê) esteja desenvolvendo o saber humano. Me parece (me corrijam se eu estiver errado) que um exemplo compatível com o que disse neste parágrafo é o ato de Calvino, que fez se decapitar o médico Michel Servet (havia descoberto a circulação sanguínea), sendo que a morte do indivíduo partiu de acusações de heresia (não sei se está relacionada ao aspecto da ciência, pode ser que sua condenação não tivesse o objetivo de impedir um livre pensamento científico, mas de uma forma ou de outra atingiu o conhecimento. Quem sabe o que este médico poderia ter descoberto depois? É uma pena o ocorrido com ele).
De fato. Sem falar que a Inquisição calvinista matou MUITO mais que a católico-romana em poucos anos, algo convenientemente esquecido.

E Giordano Bruno manda lembranças.
Que tenho eu com isso? Isso é mania aristotélica da Igreja romana. Se a teologia não é peripatética e racionalista, é gnóstica, coisa do demônio. Ou pelo menos era assim na Idade média. E Giordano nem era apenas um cientista, mas grande místico e esotérico, algo igualmente detestado pelos escolásticos.


Olha Paganus, concordo que as religiões possuem (e trouxeram) muitos aspectos positivos para o desenvolver e a formação (para o bem ou para o mal) das sociedades em que elas estavam inseridas (ou impostas). No caso do cristianismo, realmente temos muitos episódios em que homens usaram a religião e a figura de deus para se beneficiarem. Cito até uma passagem do Akallabêth que (creio) expõe tal prerrogativa: "Pois eles são oráculos desse ... que fala apenas o que eles querem".
Concordo.
Entretanto, mesmo agindo de má-fé e guiados por objetivos degenerados e até destoantes dos valores positivos como: amor ao próximo (que deveria ser algo seguido em sua plenitude, entretanto, algumas vezes é seguido em razão do medo pela "Danação Eterna" ou a bondade tão somente em prol das promessas de recompensas eternas. É como se as pessoas só fossem boas por causa disso. Por isso acho interessante quando me dizem: "Eu faço o certo ou amo meu próximo porque é o certo a se fazer, não faço isso por medo ou anseio ou obediência a uma entidade.") temos também o caso de que a própria fonte geradora de toda uma filosofia(s) cristã, que é a Bíblia, faz com que esta religião desenvolva, por si só, aspectos nocivos e condenáveis em sua essência, razão pela qual nem sempre é o caso de: "A culpa é do homem que distorce a palavra de Deus ou até descumpre seus objetivos e usam a fé para fazer coisas que não condizem com seus ensinamentos."
Mas isso é uma deturpação do cristianismo. Não fazemos o bem e evitamos o mal por termos medo da punição eterna. Esse é o modelo da teologia ocidental, que só se livra desse tipo de visão pelos idos do século XX.

Deus não castiga ninguém pra ir ao inferno, nem salva os fieis que não pecam. Mesmo porque todos pecam.
O que Deus faz é chamar toda a humanidade à fé em Seu Filho, para serem purificados de seus pecados e fortalecidos pelos Sacramentos da Igreja, para iniciarem a batalha espiritual contra suas paixões e tentações e irem trilhando o caminho árduo da Theosis, da deificação.
Céu e inferno são estados espirituais, produto das escolhas que fazemos em vida e dos nossos sucessos e fracassos nas várias etapas da vida espiritual. São o mesmo rio de fogo, o rio da vida eterna, o mesmo Amor e Misericórdia de Deus derramado igualmente por sobre todas as almas. Mas se uma alma passa a vida toda odiando a Deus, rejeitando seu Amor, e odiando igualmente o próximo, e renegando o perdão, a misericórdia, cuspindo na humildade, na abnegação, na amizade e em todos os bons sentimentos e virtudes, sendo alguém cheio de paixões e imoralidades, sujo de crimes e assassinatos, violência, ódio, rancor, nunca perdoando e amando, ora, o Amor de Deus será um tormento para ele. Todos os sofrimentos do inferno não são torturas físicas ou penas por crimes decretadas por um Deus punitivo, não, são o enfrentamento eterno da alma consigo mesma, com suas paixões, ódios, infelicidade. O inferno é a eterna batalha contra o demônio em que nos transformamos, contra o que deixamos os demônios nos atacar e corromper.

O céu não é diferente, mas é percebido como totalmente diferente. A alma boa, amorosa, fiel, cheia do amor divino, misericordiosa, que perdoa, releva e vive se sacrificando, ou seja, a alma que se tornou verdadeiro ícone do Cristo, sua própria imagem, essa sentira o Amor de Deus como aquilo que sempre buscou e amou! O pecador ama as trevas e odeia a Luz que oculta seus pecados, por isso a Luz do Amor Divino será torturante para ele, mas a Luz Divina é a apoteose, a deificação suprema daquele que, mesmo em vida, sempre detestou as trevas do pecado e buscou a Luz! Uma visão bem diferente do tradicional julgamento não? Quem julga nossas almas e as manda pro céu ou inferno somos nós mesmos.

Com relação à Biblia, bem, ela não caiu do céu, em seu âmago estão palavras de vida eterna amalgamadas com um contexto social, histórico e cultural muito específico, com suas idiossincrasias, obsessões, taras, violências e histórias particulares de ódios, guerras e rixas de todo tipo. A própria visão israelita de Deus muda, de Deus vingativo ele vai se tornando progressivamente mais um Pai pedagogo e disciplinador e a ideia de ressurreição já desponta. A visão de Deus enquanto Amor e Perdão só desponta mesmo no Novo Testamento e mesmo ele ainda vemos traços da mentalidade misógina judaica anterior, do qual ainda não se livrou. EU não vejo nada de surpreendente nisso.

Foram precisos anos, décadas, séculos de purificação espiritual, crítica exegética e martírios sem fim para que a Igreja e o cristianismo como um todo se livrassem de incompreensões sobre a natureza do Amor Divino e da relação de Deus para com o homem. E essas interpretações erradas sempre existirão. Eu, cristão ortodoxo, creio piamente na verdade das interpretações da Igreja, dos Padres e dos Concílios, creio que é o Espírito sempre a guiar a Igreja, no entanto, ela, que é o Corpo de Cristo, tem homens como membros, homens pecadores, falhos, irascíveis, violentos, enfim, homens. Esperar que em 2000 anos não houvesse instrumentalização, heresias, blasfêmias, e mesmo atitudes moralmente condenáveis na própria Ortodoxia? É esperar demais do homem.

Vide a orientação para a perseguição e morte dos que pregam ou adoram outro deus; a perseguição e morte aos Homossexuais; a colocação da mulher em um estado inferior ao do homem; o fato de deus endossar a escravidão, etc. Há quem afirme que esses elementos são compatíveis com o contexto da época, mas se pensarmos que houve a interação de deus para com seu povo escolhido, e que alguns integrantes desse povo foram inspirados pelo divino, é estranho pensar que um deus detentor da verdade (vai além da compreensão do homem), um deus de amor e paz, um deus que deseja e muito a bondade e o amor, venha a estabelecer tais condutas, justamente quando o conhecimento bíblico deveria ter um caráter universal e ser uma verdade plena e digna, que transcendesse as épocas e "contextos", está eivada com esses códigos de conduta que denigrem o ser humano, que ataca a sua condição, o seu Ser (assumindo que esta é a verdade proveniente do próprio deus, que deve ser obedecida e não questionada). Por isso, creio que alguns deixaram de lado o Cristianismo não em razão da ciência ou a conversão em outra religião, mas fora com a leitura desses elementos pertencentes ao próprio livro que guiou (e guia) muitas vezes a humanidade.
É por ter visto ali a ação de um deus de amor-misericórdia -perdão, mas que (não poucas vezes) destronava mulheres e crianças, autorizava o extermínio de populações inteiras etc , (pode até ser que afirmem: a chegada de Cristo mudou tal prerrogativa e trouxe a salvação para a humanidade, mas mesmo assim, muitos serão condenados a um castigo eterno, muitos por suas maldades sem tamanho, e muitos, como alguns afirmam: pela descrença na figura de cristo, independentemente da pessoa só viver sua vida, com seus sonhos, seus defeitos, sua bondade ou erro, por ter tido fé ou crença, mas nem por isso acabou sendo o pior dos humanos, foi apenas humano; justamente por sermos culpados pelo ato de um ancestral distante que condenou todos os seus filhos que viriam a existir; uma culpa que, para mim, ninguém tem culpa), que alguns abandonaram a crença e a obediência de uma entidade nociva ao homem (lógico que tal prerrogativa é baseada na interpretação literal do livro, e que muita gente se pauta na orientação de vida).

Enfim, é minha opinião.

Bom, sem querer respondi isso tudo acima.
 
Paganus disse:
Esse é um problema-base. Como um Estado mantém sua filiação a uma religião, tolera outras crenças e impede que estas sejam alvo de uma onde de ataques e mesmo criminalização no caso de serem crenças 'dissidentes'? Eu creio que uma aliança entre Estado e Igreja seja possível, sem que um sufoque o outro neste como em outros assuntos. Basta ver os países do Leste Europeu, onde o Estado endossa a Igreja e esta apoia o primeiro, sem que isso implique em perseguições de algum tipo.

Qual a diferença então? Um Estado Laico não é um Estado livre de valores ou moralidade. A diferença que a moralidade do estado laico vem da Constituição que é lei votada e discutida por representantes democraticamente eleitos por todos segmentos da sociedade (tantos os maioritarios quando os minoritários). Inclusive é uma forma de pacificar os diversos pensamentos da sociedade. Mas o fato de o Estado não definir uma religião oficial ela não te impede de exercer sua fé. No Brasil:

Art5. VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
 
Qual a diferença então? Um Estado Laico não é um Estado livre de valores ou moralidade. A diferença que a moralidade do estado laico vem da Constituição que é lei votada e discutida por representantes democraticamente eleitos por todos segmentos da sociedade (tantos os maioritarios quando os minoritários). Inclusive é uma forma de pacificar os diversos pensamentos da sociedade. Mas o fato de o Estado não definir uma religião oficial ela não te impede de exercer sua fé. No Brasil:

Art5. VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
Mas o fato de o Estado ter uma religião oficial também não te impede de exercer qualquer religião.

A diferença está no fato do Estado confessional ter sua moralidade baseado em um credo que representa a cultura e identidade de seu povo, muito mais que uma moral secularista que nada tem a ver com a consciência e identidade desse mesmo povo.
 
Ah, eu nunca queimaria um Alcorão, meus caros, mas não tenham dúvidas de que Bíblias e principalmente cristãos são queimados, soterrados, apedrejados, fuzilados, presos e torturados de diversas formas por grupos islâmicos radicais e mesmo governos no Oriente Médio. Isso no século XXI! Espanta, sabe, essa polarização.

http://www.ecclesia.com.br/biblioteca/historia_da_igreja/novas_descobertas_sobre_as_cruzadas.html

E vice-versa. É só olhar para o Levante e para o Iraque dos últimos 30 anos para saber que a violência vem dos dois lados. É só ver a Falange cristã na Guerra Civil Libanesa e a presença dos cristãos como grupo de suporte das ditaduras baathistas, de Saddam Hussein e a dos Assad (a Síria, hoje, aliás, está em pés de guerra). Estes grupos e seus opositores muçulmanos, de forma igual, fazem e sofrem massacres.

É verdade, os cristãos preferem uma ditadura laica a uma democracia onde a vontade popular aprove leis islâmicas. Mas o fato é que lançam sim mão da violência para proteger seu status, sendo minoria nestes territórios.
 
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O interessante nisto tudo é que muitos muçulmanos (de diversas correntes) consideram o secularismo plenamente compatível com a doutrina cristã ("Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus") e totalmente incompatível com o Islã.

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E vice-versa. É só olhar para o Levante e para o Iraque dos últimos 30 anos para saber que a violência vem dos dois lados. É só ver a Falange cristã na Guerra Civil Libanesa e a presença dos cristãos como grupo de suporte das ditaduras baathistas, de Saddam Hussein e a dos Assad (a Síria, hoje, aliás, está em pés de guerra). Estes grupos e seus opositores muçulmanos, de forma igual, fazem e sofrem massacres.

É verdade, os cristãos preferem uma ditadura laica a uma democracia onde a vontade popular aprove leis islâmicas. Mas o fato é que lançam sim mão da violência para proteger seu status, sendo minoria nestes territórios.
Exatamente, não existem santos nessa história. Nem todos os cristãos sofrem martírios calados e nem todos os muçulmanos aprovam ataques a igrejas.
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O interessante nisto tudo é que muitos muçulmanos (de diversas correntes) consideram o secularismo plenamente compatível com a doutrina cristã ("Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus") e totalmente incompatível com o Islã.

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Porque são secularismos diferentes. O que o Islã desaprova é a separação existente desde cedo no cristianismo entre poder temporal e espiritual, separação que foi inovadora e precedeu o secularismo propriamente dito.
 
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Na verdade, o que move o Islã político é justamente a ideia de "paraíso perdido", eles olham para o seu passado de glórias e se perguntam: "Como eles podiam ser tão grandes e fortes e nós tão pequenos e fracos?". Daí vem alguém e responde: "Porque eles seguiam a doutrina religiosa à risca."

E, é claro, o Islã político sempre pôde contar com a estupidez, a ganância e os preconceitos ocidentais.

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Última edição:
Desenho errado. Se eu fosse o professor teria dado um belo zero.

Quem incentivou as Cruzadas foi a Igreja Católica Apostólica Romana. Jesus foi usado pela igreja romana como forma de incentivo. No desenho devia ser um Papa.

E tem certo e errado na arte?

Se fosse uma prova de história, pode dar zero. Porque, historicamente, a existência de Jesus nem foi confirmada ainda. Sem contar que, caso ele tenha existido, teria morrido um milênio antes.
Mas como é arte, o autor foi brilhante em representar com a sua aquarela o imaginário do garoto que se tornava cavaleiro e marchava em direção ao sol nascente. Certo? Errado? O menino não fez juízo de valor, se os muçulmanos estavam mais ou menos errados do que os cristãos. O fato é que um dos pensamentos coletivos da sociedade durante esse evento, dada as cordenadas pela Igreja e pelo Papa - que eram os representantes de Deus no reino mortal - foi a de marchar para a guerra. "Abandonem seus feudos aos corvos e à miséria! Vocês tem assuntos a resolver em terras distantes. Precisam aniquilar os inimigos do Senhor!" Descumprindo o 5º mandamento, a sua morada no paraíso estaria garantida.

Enfim... o garoto foi brilhante. E graças a Deus que vivo em um país laico! Eu detestaria ter nascido sob a jurisdição de textos "divinos"...
 
Última edição:
Discordo, óbvio. Stalin matou muito, muito, mas MUITO MESMO mais que qualquer líder religioso. E não foi uma reação à violência da Igreja, quando a Igreja Russa matou e perseguiu secularistas e ateus? Esse discurso só vale no caso do Ocidente, por conta do desgaste provocado pelas guerras de religião, desgaste principalmente filosófico e espiritual.

Na Rússia, o comunismo exagerou na secularização e perseguição da Igreja por conta da imensa influência que este tinha na sociedade. O totalitarismo soviético não suportava menos que o poder total sobre os povos que dominava. E isso em uma Rússia onde as críticas ateístas ao tradicionalismo religioso provinham quase que unicamente da influência da cultura e do pensamento ocidental sobre a intelectualidade russa. Isso é amplamente explorada nos grandes romances de Dostoievski, como 'Os demônios', 'O Idiota', 'Crime e castigo' e principalmente 'Irmãos Karamazov'. O mesmo vale para todos os países do Oriente que, em grau menor, se veem as voltas como secularismo. O Oriente islâmico se vê cercado por exigências secularistas que ignoram totalmente sua cultura e mode de ver a relação entre religião e política, o mesmo ocorrendo, em menor grau ainda, na Índia, Extremo Oriente, e países ortodoxos em geral.

Stalin matou muita gente pq era um sádico e assassino, não pera era secularista ou qualquer outra coisa.
E não sei não se ele matou tanto mais que lideres religiosos... Claro matou mais do que um em especifico, até pq ele controlou muito mais pode do que qualquer Papa imaginou ter, mas o que se foi feito nas cruzadas, na América indigena, no oriente... sei não se não se aproximam dos números do stalinismo.

Mas não se trata de dizer que você é inferior a mim por ser ateu, em dignidade, ou coisa do tipo. NUNCA vou dizer um absurdo desse!
O que eu defendo é que a religião sempre foi um aspecto essencial da vivência humana e se hoje não é mais assim, por quaisquer que sejam os motivos, isso não torna a importância da religião menor, antes o aumenta, hoje. Minha crítica é contra a ideia que eu considero errada de transformar a fé em um aspecto limitado e periférico da existência, ideia comum em sociedades multirreligiosas, o que acaba levando ao relativismo.
Mas Paganus, como vc pode falar que a fé não é um aspecto marginal da vida? Talvez para vc não o seja, mas o que mais existe no Brasil e no ocidente é religioso "laico", cara que tá nem ai pra religião, só se diz teísta pq acredita em deus. Se isso não é sinal de que a religião está sendo, gradualmente, substituida por outra coisa, pode, pelo menos, indicar que sua importância na vida humana está diminuindo, não concorda?

Aqui a gente vai discordar mesmo, não tem jeito. A pessoa religiosa tem é que viver o todo de sua existência tendo como referencial sua religião, sempre foi assim, sempre o ethos de todos os povos e indivíduos se determinou pela pertença existencial e filosófica de um centro de tradições, doutrinas, ritos, enfim, de um cosmo religiosamente pensado e organizado, lhe dando identidade.
Mas pq essa "aura" filosófica não pode ser preenchida pela filosofia NÃO religiosa? As respostas para uma existência plena no sentido filosófico só pode ser alcançado pelo preenchimento metafisico? Não acredito nisso, acredito que a solidariedade, a ciência e a politica tem capacidade para o mesmo.

Segundo, se estiver falando que 'religião atrasa o progresso', eu pergunto: que progresso? Científico? Filosófico? Isso é igualmente absurdo, sendo que as grandes mentes brilhantes da ciência e da filosofia desenvolveram suas ideias e criações em reação ou em apoio às grandes contribuições dos mestres medievais (Aquino, Alberto Magno, Grossetestes, Roger Bacon, Anselmo de Cantuária, Bernardo de Claraval, Agostinho, os Padres da Igreja etc). Não vejo essa solução de continuidade..
Não vejo a religião como um grande entrave de desenvolvimento cientifico ou social, como o próprio Marx disse, a religião não é a causadora de uma sociedade doente, é apenas as ansiedades, os receios e a dor dessa sociedade refletida e decorada.

Mesmo assim, não podemos negar alguns fatos históricos, como a igreja Romana obrigando Copernico e Galileu a negarem suas descobertas, a luta contra o evolucionismo, contra a celular troncos e etc...

Te dei um Gostei e te dou um Fail por conta desse trecho. Isso é um absurdo, uma tosqueira, uma ignorância e uma mentira. Dizer que todas as religiões do mundo perseguiram algum grupo, etnia, povo, a ponto de assassinato e tortura? Isso é ridículo. São os homens que se odeiam e se utilizam da fé para maquiarem suas ambições e ódios particulares, e isso em nada diminui o valor filosófico das crenças religiosas. Morro defendendo isso. Esse fundamentalismo ateu imbecil nunca vai me descer nem sou capaz de levar a sério babaquices desse tipo.
Os homens se odeiam, isso é uma verdade, mas impossivel dizer que nunca foram levados a se odiarem ainda mais por questões como a própria religião.
Não que isso seja alimentado pela religião EM SI, mas o desrespeito as crenças diversas sempre rolou, e houveram perseguições, e etc, assim como os ateus no PC Soviético agiram da mesma forma, o que eu quero dizer é que as perseguições não existem APENAS pela religião, e nem que isso esvazie as crenças de seu valor.. Po cara, eu tava até a pouco defendendo os muçulmanos! Se eu considerasse qualquer ato violento partindo de preceitos religiosos motivo para atacar as religioes essa com certeza seria o meu primeiro alvo.

PS: Dois fails em dois dias? Tá pessoal isso aqui Paganus? :lol:
 
Apesar de não seguir nehuma corrente religiosa, uma das práticas mais danosas do Século XX e começo do XXI é a informação de caráter tendencioso, como os que ocorrem em noticiários quando o assunto é Oriente Médio. E para dirimir um pouco essa aversão ao Islã, aqui um resumo do Isão:

O Islão ensina seis crenças principais:
a crença em Alá (Allah), único Deus existente;
a crença nos anjos, seres criados por Alá;
a crença nos livros sagrados, entre os quais se encontram a Torá, os Salmos e o Evangelho. O Alcorão é o principal e mais completo livro sagrado, constituindo a colectânea dos ensinamentos revelados por Alá ao profeta Maomé;
a crença em vários profetas enviados à humanidade, dos quais Maomé é o último;
a crença no dia do Julgamento Final, no qual as acções de cada pessoa serão avaliadas;
a crença na predestinação: Alá tudo sabe e possui o poder de decidir sobre o que acontece a cada pessoa.

DEUS
A pedra basilar da fé islâmica é a crença estrita no monoteísmo. Deus é considerado único e sem igual. Cada capítulo do Alcorão (com a exceção de um) começa com a frase "Em nome de Deus, o beneficente, o misericordioso". Uma das passagens do Alcorão frequentemente usadas para ilustrar os atributos de Deus é a que se encontra no capítulo (sura) 59:
"Ele é Deus e não há outro deus senão Ele, que conhece o invisível e o visível. Ele é o Clemente, o Misericordioso!
Ele é Deus e não há outro deus senão Ele. Ele é o Soberano, o Santo, a Paz, o Fiel, o Vigilante, o Poderoso, o Forte, o Grande! Que Deus seja louvado acima dos que os homens lhe associam!
Ele é Deus, o Criador, o Inovador, o Formador! Para ele os epítetos mais belos" (59, 22-24).

OS ANJOS
Os anjos são, segundo o Islão, seres criados por Alá a partir da luz. Não possuem livre arbítrio, dedicando-se apenas a obedecer a Deus e a louvar o seu nome. Maomé nada disse sobre o sexo dos anjos, mas rejeitou a crença dos habitantes de Meca, de acordo com a qual eles seriam os filhos de Deus.[17] Desempenham vários papéis, entre os quais o anúncio da revelação divina aos profetas; protegem os seres humanos e registram todas as suas acções. O anjo mais famoso é Gabriel, que foi o intermediário entre Deus e o profeta.
Para além dos anjos, o islamismo reconhece a existência dos jinnis, espíritos que habitam o mundo natural e que podem influenciar os acontecimentos. Ao contrário dos anjos, os jinnis possuem vontade própria; alguns são bons, mas de uma forma geral são maus. Um desses espíritos maus é Iblis (Satanás), também ele um jinn, segundo a crença islâmica, que desobedeceu a Deus e dedica-se a praticar o mal.

OS LIVROS SAGRADOS
Os muçulmanos acreditam que Deus usou profetas para revelar escrituras aos homens. A revelação dada a Moisés foi a Taura (Torá), a Davi foram dados os Salmos e a Jesus o Evangelho. Deus foi revelando a sua mensagem em escrituras cada vez mais abrangentes que culminaram com o Alcorão, o derradeiro livro revelado a Muhammad.

OS PROFETAS
O islamismo ensina que Deus revelou a sua vontade à humanidade através de profetas. Existem dois tipos de profeta: os que receberam de Deus a missão de dar a conhecer aos homens a vontade divina (anbiya; singular nabi) e os que para além dessa função lhes foi entregue uma escritura revelada (rusul; singular rasul, "mensageiro")
Cada profeta foi encarregado de relembrar a uma comunidade a existência ou a unicidade de Deus, esquecida pelos homens. Para os muçulmanos, a lista dos profetas inclui Adão, Abraão (Ibrahim), Moisés (Musa), Jesus (Isa) e Maomé (Muhammad), todos eles pertencentes a uma sucessão de homens guiados por Deus. Maomé é visto como o Último Mensageiro, trazendo a mensagem final de Deus a toda a humanidade sob a forma do Alcorão, sendo por isso designado como o "Selo dos Profetas". Quando Maomé começou a revelar o Alcorão, ele não acreditou que isso teria proporções mundiais, mas sim que somente reforçaria a fé no Deus.
Esses profetas eram humanos mortais comuns, o Islão exige que o crente aceite todos os profetas, não fazendo distinção entre eles. No Alcorão, é feita menção a vinte e cinco profetas específicos.
Os muçulmanos acreditam que Maomé foi um homem leal, como todos os profetas, e que os profetas são incapazes de acções erradas (ou mesmo testemunhar acções erradas sem falar contra elas), por vontade de Alá.

A PREDESTINAÇÃO
Os muçulmanos acreditam no quadar, uma palavra geralmente traduzida como "predestinação", mas cujo sentido mais preciso é "medir" ou "decidir quantidade ou qualidade". Uma vez que, para o islamismo, Deus foi o criador de tudo, incluindo dos seres humanos, e sendo uma das suas características a omnisciência, ele já sabia, quando procedeu à criação, as características que cada elemento da sua obra teria. Assim sendo, cada coisa que acontece a uma pessoa foi determinada por Deus. Essa crença não implica a rejeição do livre arbítrio, pois o ser humano foi criado por Deus com a faculdade da razão, pelo que pode escolher entre praticar acções positivas ou negativas.

OS CINCO PILARES DO ISLÃO
Os cinco pilares do Islão são cinco deveres básicos de cada muçulmano:
a recitação e aceitação da crença (Chahada ou Shahada);
orar cinco vezes ao longo do dia (Salá,Salat ou Salah);
pagar esmola (Zakat ou Zakah);
observar o jejum no Ramadão (Saum ou Siyam);
fazer a peregrinação a Meca (Haj) se tiver condições físicas e financeiras.
Os muçulmanos xiitas consideram ainda três práticas como essenciais à religião islâmica: além da jihad, que também é importante para os sunitas, há o Amr-Bil-Ma'rūf, "exortar o bem", que convoca todos os muçulmanos a viver uma vida virtuosa e encorajar os outros a fazer o mesmo; e o Nahi-Anil-Munkar, "proibir o mal", que orienta os muçulmanos a se abster do vício e das más ações, e também encorajar os outros a fazer o mesmo.[19]
Alguns grupos kharijitas existentes na Idade Média consideravam a jihad como o "sexto pilar do Islão".

O jejum no mês do Ramadão (Saum)
Durante o Ramadão (o nono mês do calendário islâmico), cada muçulmano adulto deve abster-se de alimento, de bebida, de fumar e de ter relações sexuais, desde o nascer até ao pôr-do-sol. Os doentes, os idosos, os viajantes, as grávidas ou as mulheres lactantes estão dispensados do jejum. Em compensação, essas pessoas devem alimentar um pobre por cada dia que faltaram ao jejum ou então realizá-lo noutra altura do ano. O jejum é interpretado como uma forma de purificação, de aprendizagem do auto-controlo e de desenvolvimento da empatia por aqueles que passam fome ou outras necessidades.
O mês de Ramadão termina com o dia de celebração conhecido como Eid ul-Fitr, durante o qual os muçulmanos agradecem a Deus a força que lhes foi concedida para levar a cabo o jejum. As casas são decoradas e é hábito visitar os familiares. Essa comemoração serve também para o perdão e a reconciliação entre pessoas desavindas.

O ALCORÃO
Os ensinamentos de Alá (Allah, a palavra árabe para Deus) estão contidos no Alcorão (Qur'an, "recitação"). Os muçulmanos acreditam que Maomé recebeu esses ensinamentos de Alá por intermédio do anjo Gabriel (Jibreel), através de revelações que ocorreram entre 610 e 632 d.C.. Maomé recitou essas revelações aos seus companheiros, muitos dos quais se diz terem memorizado e escrito no material que tinham à disposição (omoplatas de camelo, folhas de palmeira, pedras…).
As revelações a Maomé foram mais tarde reunidas em forma de livro. Considera-se que a estruturação do Alcorão como livro ocorreu entre 650 e 656, durante o califado de Otman.
Uma vez que os muçulmanos acreditam que Maomé foi o último de uma longa linha de profetas, eles tomam a sua mensagem como um depósito sagrado e tomam muito cuidado com ela, assegurando que a mensagem tenha sido recolhida e transmitida de uma maneira a não trair esse legado. Essa é a principal razão pela qual as traduções do Alcorão para as línguas vernáculas são desencorajadas, preferindo-se ler e recitar o Alcorão em árabe. Muitos muçulmanos memorizam uma porção do Alcorão na sua língua original e aqueles que memorizaram o Alcorão por inteiro são conhecidos como hafiz (literalmente "guardião").
A mensagem principal do Alcorão é a da existência de um único Deus, que deve ser adorado. Contém também exortações éticas e morais, histórias relacionadas com os profetas anteriores a Muhammad (que foram rejeitados pelos povos aos quais foram enviados), avisos sobre a chegada do dia do Juízo Final, bem como regras relacionadas com aspectos da vida diária, como o casamento e o divórcio.

A AUTORIDADE RELIGIOSA
Não há uma autoridade oficial que decide se uma pessoa é aceita ou excluída da comunidade de crentes. O Islão é aberto a todos, independentemente de raça, idade, género ou crenças prévias. É suficiente acreditar na doutrina central do islamismo, acto formalizado pela recitação da chahada, o enunciado de crença do Islão, sem o qual uma pessoa não pode ser considerada um muçulmano.
Embora não exista no islamismo uma estrutura clerical semelhante à existente nas denominações cristãs, existe contudo um grupo de pessoas reconhecidas pelo seu conhecimento da religião e da lei islâmica, denominadas ulemás. Os homens que se destacam pelo seu grande conhecimento da lei islâmica podem receber o título de mufti, sendo responsáveis pela emissão de pareceres sobre determinada questão da lei islâmica; em teoria esses pareceres (fatwas) só devem ser seguidos pela pessoa que o solicitou.

OS RAMOS DO ISLÃO
Há várias denominações no Islão, cada uma com diferenças ao nível legal e teológico. Os maiores ramos são o Islão sunita e o Islão xiita.
Sunismo
O islamismo sunita compreende actualmente cerca de 83% de todos os muçulmanos. Divide-se em quatro escolas de jurisprudência (madhabs), que interpretam a lei islâmica de forma diferente. Essas escolas tomam o nome dos seus fundadores: maliquita (forte presença no Norte de África), shafiita (presente no Médio Oriente, Indonésia, Malásia, Filipinas), hanefita (presente na Ásia Central e do Sul, Turquia) e hanbalita (dominante na Arábia Saudita e Qatar).
Xiismo
O muçulmanos xiitas acreditam que o líder da comunidade muçulmana - o imã - deve ser um descendente de Ali e de sua esposa Fátima.
O Islão xiita pode, por sua vez, ser subdividido em três ramos principais, de acordo com o número de imãs que reconhecem: xiitas duodecimanos, ismailitas e zaiditas. Todos esses grupos estão de acordo em relação à legitimidade dos quatro primeiros imãs. Porém, discordam em relação ao quinto: a maioria do xiitas acredita que o neto de Hussein, Muhammad al-Baquir, era o imã legítimo, enquanto que outros seguem o irmão de al-Baquir, Zayd bin Ali (zaiditas).
Os xiitas que não reconheceram Zayd como imã permaneceram unidos durante algum tempo. O sexto imã, Jafar al-Sadiq (702-765), foi um grande erudito que é tido em consideração pelos teólogos sunitas. A principal escola xiita de lei religiosa recebe o nome de jafarita por sua causa.

Assim como o Cristianismo, o Islamismo também tem suas mazelas, como as constantes disputas violentas entre sunitas e xiitas no Irã, Iraque, Turquia, Tunísia, Norte da África e Indonésia. E como cada país segue um determinado tipo de regra da suna, muitas interpretações são de caráter fanático religioso que exorta as passagens de Maomé na luta contra os infiéis para incentivar o ódio e a intolerância para com os que não sejam muçulmanos nos dias atuais. No entanto, a grande maioria segue o Alcorão sem entrar em conflito com outros povos, infelizmente, um minoria bélica acaba gerando uma imagem negativa do Islão no Ocidente que levam as pessoas a crer que todo o muçulmano é um terrorista e homem-bomba em potencial. O que é um tremendo engano.
 
Stalin matou muita gente pq era um sádico e assassino, não pera era secularista ou qualquer outra coisa.
E não sei não se ele matou tanto mais que lideres religiosos... Claro matou mais do que um em especifico, até pq ele controlou muito mais pode do que qualquer Papa imaginou ter, mas o que se foi feito nas cruzadas, na América indigena, no oriente... sei não se não se aproximam dos números do stalinismo.
Mas o que foi feito na América indigena o foi porque os índios eram pagãos? A Igreja romana fez o que pode pra evitar esses massacres, basta ler as cartas do dominicano Fr. Bartolomeu de Las Casas, conhecer os trabalhos dos jesuítas em defesa dos índios sulamericanos. A Igreja queria convertê-los também por não aceitar jamais que eles fossem todos sacrificados pela ambição muito profana da coroa espanhola. Não é a mesma coisa feita nas Cruzadas. Mas sim, não dá pra impingir os crimes stalinistas a todo o secularismo, nisso eu concordo.

Mas Paganus, como vc pode falar que a fé não é um aspecto marginal da vida? Talvez para vc não o seja, mas o que mais existe no Brasil e no ocidente é religioso "laico", cara que tá nem ai pra religião, só se diz teísta pq acredita em deus. Se isso não é sinal de que a religião está sendo, gradualmente, substituida por outra coisa, pode, pelo menos, indicar que sua importância na vida humana está diminuindo, não concorda?
Que está diminuindo isso é óbvio. O ponto é até que ponto essa frouxidão e bela e moral. Pra mim é feia e imoral.

Mas pq essa "aura" filosófica não pode ser preenchida pela filosofia NÃO religiosa? As respostas para uma existência plena no sentido filosófico só pode ser alcançado pelo preenchimento metafisico? Não acredito nisso, acredito que a solidariedade, a ciência e a politica tem capacidade para o mesmo.
Novamente, ela pode. Nada impede que os homens se identifiquem também por uma filosofia ateísta, como aliás já ocorre há séculos na Índia e com certos pensadores clássicos. Nada impede.

A minha insistência, como a de tantos outros cristãos e religiosos de outras tradições, é a de colocar a religião como uma dessas alternativas possíveis, pronta a se colocar em pé de igualdade com o ateísmo (nem considero neo-ateísmo militante, Dawkins está abaixo de Tomás de Aquino como Michel Teló está de Beethoven), comunismo, iluminismo, niilismo, enfim, qualquer ideologia ou filosofia que se apresente como possível opção de identificação existencial (metafísica ou não), em vez do conjunto de crendices desconexas, patéticas, ilógicas e irracionais que o lobby ateísta e esquerdista insiste em nos impingir, caluniar e ridicularizar desde o século XIX.

Não vejo a religião como um grande entrave de desenvolvimento cientifico ou social, como o próprio Marx disse, a religião não é a causadora de uma sociedade doente, é apenas as ansiedades, os receios e a dor dessa sociedade refletida e decorada.
Bela definição.
Mesmo assim, não podemos negar alguns fatos históricos, como a igreja Romana obrigando Copernico e Galileu a negarem suas descobertas, a luta contra o evolucionismo, contra a celular troncos e etc...
Erros do Patriarcado latino querer misturar dogmas com ciência, faltou estudo, visão, coragem, simplesmente condenaram como que a provar que o Espírito deixou de habitar aquelas paragens vaticanas há tempos.

Os homens se odeiam, isso é uma verdade, mas impossivel dizer que nunca foram levados a se odiarem ainda mais por questões como a própria religião.
Não que isso seja alimentado pela religião EM SI, mas o desrespeito as crenças diversas sempre rolou, e houveram perseguições, e etc, assim como os ateus no PC Soviético agiram da mesma forma, o que eu quero dizer é que as perseguições não existem APENAS pela religião, e nem que isso esvazie as crenças de seu valor.. Po cara, eu tava até a pouco defendendo os muçulmanos! Se eu considerasse qualquer ato violento partindo de preceitos religiosos motivo para atacar as religioes essa com certeza seria o meu primeiro alvo.
O que as pessoas não entendem é que o valor filosófico das religiões não pode ser subestimado. A Igreja Cristã é um excelente exemplo. As heresia não foram condenadas pela Ortodoxia por uma questão de poder, de supremacia política, mas pelo zelo que sempre existiu nessa religião pela sua verdade doutrinária e histórica. Um errinho, um desvio, por menor que seja, da Tradição e dos Padres, era condenado por conta disso. Outras crenças eram tão zelosas quanto, o problema é quando o zelo se desvirtua em ego ferido e as condenações eclesiásticas se transformam em guerras físicas, materiais, se esquecendo da antiga máxima eclesial: 'Odeia-se a heresia/pecado, não o herege/pecador'.
PS: Dois fails em dois dias? Tá pessoal isso aqui Paganus? :lol:
Jamais. Até gosto de você porque você não leva pro pessoal nossas divergências, diferente dos babacas que encontro aos montes no facebook, por exemplo. A Valinor nunca me desaponta nesse quesito.

E desencana dos FAILs, já levei uns 30 em um dia só e sobrevivi. :D
Até porque seu fundador tinha, ao mesmo tempo, o poder espiritual e o temporal.
O temporal presente na figurado do Imperador de Bizâncio enquanto ainda havia uma ecumene cristã. e o espiritual na figura dos bispos da Igreja Una.
 
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Não há, em toda a história do Cristianismo, nenhuma personalidade histórica que se compare a Maomé em questões temporais. ele não apenas transformou um grupo de tribos nômades em uma nação, como a governou de fato. Além, é claro, de ser o fundador da religião que promoveu a unificação das tribos citadas. Muitos estudiosos apontam este fato como o principal empecilho para a secularização do Islã.

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Não há, em toda a história do Cristianismo, nenhuma personalidade histórica que se compare a Maomé em questões temporais. ele não apenas transformou um grupo de tribos nômades em uma nação, como a governou de fato. Além, é claro, de ser o fundador da religião que promoveu a unificação das tribos citadas. Muitos estudiosos apontam este fato como o principal empecilho para a secularização do Islã.

Até porque a figura mais importante da cristandade foi Jesus, e as pessoas erroneamente acham que a importância histórica dele devia estar registrada até no papel higiênico dos imperadores romanos, quando os romanos o considerariam um arruaceiro ou curandeiro como qualquer outro que havia dentro do império, o tornando insignificante historicamente.

Bom, estão falando dos crimes cometidos em nome da religião, mas quem cometeu os crimes foram as pessoas. Se usaram a religião como desculpa? Usaram. Mas sou obrigado a lembrar todo mundo que os nazistas cometeram os crimes deles em nome da ciência, afinal, melhorar o ser humano é apenas seguir com a evolução darwinista. Alguém joga a culpa deles em cima do Darwin?
Lembro também que os romanos também destruíram muito do conhecimento antigo, ou ninguém lembra do incêndio da Biblioteca de Alexandria, que continha praticamente todo o conhecimento ocidental da antiguidade?

Como o Paganus bem disse, o clero até tentou "salvar" os índios, convertendo aqueles mais "mansos" (apesar de que na maioria das vezes era só os padres darem as costas e os índios corriam pros velhos deuses) e considerando todos humanos, coisa que os europeus não gostaram muito.
Cito as Missões Jesuíticas como exemplo. Os jesuítas construíram uma bela sociedade nas Missões, mesmo que tenham se tornado "pequenos reis". Vieram Espanha e Portugal e mataram uma cambada de índio, tacaram fogo em tudo, roubaram o gado, e tudo em nome da pura ganância humana.
Acho que já passou da hora de pararmos de culpar uma ideologia ou religião pela pura ganância imbecil do ser humano.
 
Lembro também que os romanos também destruíram muito do conhecimento antigo, ou ninguém lembra do incêndio da Biblioteca de Alexandria, que continha praticamente todo o conhecimento ocidental da antiguidade?

Mas a biblioteca não foi destruída por ordens de um sultão muçulmano?
 

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