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Israel expulsa palestinos de Jerusalém Oriental, diz ONG

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
Israel está expulsando palestinos de Jerusalém Oriental, como parte de uma política deliberada que pode constituir crime de guerra, disse uma ONG israelense nesta segunda-feira.

O Comitê Israelense Contra as Demolições de Casas (CICDC) apresentou suas conclusões à Organização das Nações Unidas (ONU) e exigiu um inquérito, alegando que Israel discrimina os palestinos ao demolir imóveis, revogar vistos de residência e piorar sua qualidade de vida.

"Estamos testemunhando um processo de deslocamento étnico",
disse o advogado Michael Sfard, que participou da redação do relatório de 73 páginas.
"Israel está manifestadamente e seriamente violando o direito internacional... e a motivação é demográfica."

Não houve comentários das autoridades israelenses, exceto por uma nota da prefeitura de Jerusalém, segundo a qual a parte leste da cidade está recebendo investimentos depois de passar anos sendo negligenciada.

"Jerusalém, sob a liderança do prefeito Nir Barkat, investiu uma quantidade de recursos e esforços sem precedentes para melhorar a qualidade de vida dos moradores muçulmanos de Jerusalém, após décadas de negligência das administrações anteriores",
disse a nota.

Israel capturou Jerusalém Oriental, inclusive a Cidade Velha, na guerra de 1967 contra os vizinhos árabes. Essa área e aldeias limítrofes da Cisjordânia foram posteriormente anexadas, sem reconhecimento internacional, à prefeitura de Jerusalém, que foi declarada capital única e eterna de Israel.

Os palestinos, no entanto, continuam reivindicando Jerusalém Oriental como capital do seu eventual Estado.

BAIRROS ÁRABES


Cerca de 300 mil palestinos vivem em Jerusalém Oriental, representando cerca de 35 % da população de toda a cidade. Mas o CICDC disse que Israel impede sistematicamente o desenvolvimento de bairros árabes.

Um terço da área de Jerusalém Oriental foi reservada para a construção de bairros judaicos, e apenas 9 por cento do restante está legalmente disponível para moradias. Todos esses terrenos já estão ocupados, o que inviabiliza a expansão.

"(Os palestinos) não têm opção senão deixar Jerusalém Oriental, construir ilegalmente ou viver em condições assustadoras, superlotadas",
disse Emily Schaeffer, coautora do relatório.

Quem sai perde o visto de residência se passar pelo menos sete anos fora. Cerca de 14 mil palestinos perderam o direito à residência entre 1967 e 2010, sendo que metade disso foi desde 2006, disse o CICDC. O visto dá direito a benefícios como saúde e previdência.

Desde que tomou Jerusalém Oriental, Israel demoliu mais de 2.000 casas, sendo 771 desde 2000. Outras 1.500 ordens de demolição estão à espera de serem cumpridas.

"Os palestinos serão na prática deportados de Jerusalém Oriental, não pelo uso de armas ou caminhões, mas por não permitir que eles levem uma vida decente e normal",
disse Sfard.

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