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Internet via rede elétrica

Roy Batty

"Inconsertável"
Não vou falar muito a respeito (pela falta de conhecimento aprofundado do assunto), mas há algum tempo vem sendo discutida a questão da implementação da internet via energia elétrica, cuja dependência de testes conclusivos sobre a funcionalidade e estabilidade do serviço faz com que essa "modalidade" de internet (considerada bem mais barata que qualquer outro tipo) atrase um pouco em seu funcionamento pleno.

Segue a informação:



Teresa Vernaglia, da AES Eletropaulo Telecom, está colocando a Internet na tomada.

A mesma tomada em que você liga o carregador de bateria do notebook, o micro-ondas e a TV também começa a trazer a conexão de banda larga. Pelo menos nos 150 apartamentos que estão testando a internet por rede elétrica no piloto da AES Eletropaulo Telecom, em São Paulo. É a tecnologia BPL (Broadband Power Line), na sigla usada nos Estados Unidos, ou PLC (Power Line Communication), na da Europa, um novo concorrente para o ADSL, o cabo, o satélite e o 3G. Parte do grupo de energia AES, a empresa pretende fornecer a solução para as operadoras, que comercializarão o serviço nas casas. Sob a coordenação da engenheira Teresa Vernaglia, 43 anos, diretora-geral da AES Eletropaulo Telecom, a companhia investiu 20 milhões de reais no projeto. Veja o que ela contou a INFO.

INFO - Como a banda larga por rede elétrica vem sendo testada?

Teresa - Iniciamos os testes em 20 prédios na região de Moema, em São Paulo, em novembro de 2007. Na fase seguinte, ampliamos a cobertura para 300 prédios, com 15 mil domicílios, em mais dois bairros: Cerqueira César e Pinheiros. São regiões já atendidas principalmente por ADSL e cable modem e com usuários bastante críticos.

Quantos usuários vocês têm hoje?

São mais de 150 apartamentos, todos residenciais. Eles não pagam pelo serviço, estão nos ajudando a avaliar a tecnologia na vida real, para que a gente possa ter certeza, por exemplo, que o modem funciona em qualquer tomada.

O uso de banda larga na rede elétrica trará aumento na conta de luz?

Não, só o que consome energia é o modem. O fato de os dados estarem
passando pela rede elétrica não afeta o consumo de energia. Eles simplesmente usam a mesma rede.

Houve casos de interferência na transmissão de dados quando alguém liga um secador de cabelos ou um liquidificador, por exemplo?

Avaliar a performance do serviço no ambiente real foi justamente um dos objetivos dos testes. Observamos que existem situações em que um ou outro eletrodoméstico influencia na performance. Mas, quando isso acontece, existe um filtro que é colocado na tomada e elimina a interferência.

Quando começará a oferta comercial da banda larga por rede elétrica?

Estamos conversando com várias operadoras e acreditamos que essa solução estará sendo vendida no primeiro trimestre deste ano.

Tecnicamente, como funciona o BPL?

Os dados vêm pela rede de fibra óptica e, ao chegar embaixo de um transformador, passam por um gateway, que modula o sinal óptico e injeta na rede elétrica de baixa tensão. Cada transformador alimenta um grupo de residências ou prédios. No edifício, o sinal é transferido para a rede elétrica interna, de forma que todas as tomadas de todos os apartamentos passam a ter esse sinal disponível. Com o modem que fica plugado na tomada, o sinal é extraído da rede elétrica e convertido novamente em dados, que vão para o computador por meio do cabo de rede Ethernet.

Foi preciso instalar mais fibra óptica para atender aos 300 prédios do teste?

Instalamos 70 quilômetros de fibra óptica. Foi um complemento para estender a fibra da nossa rede até o transformador, que fica na rua. Do transformador até o prédio usamos a rede de baixa tensão, que ilumina as residências.

Qual é a velocidade oferecida hoje?

O gateway tem capacidade de 100 Mbps. Mas, na prestação do serviço, a velocidade real que chega no prédio é de 80 Mbps, que são compartilhados. Conforme a demanda aumenta, é possível ir acrescentando gateways para ampliar essa velocidade.

O modem já vai configurado na velocidade contratada?

Sim, o usuário contrata o serviço da operadora – que é o nosso cliente – especificando a velocidade desejada e o nosso técnico configura o modem. Se for 5 Mbps, por exemplo, aquele modem passa a ter essa velocidade em qualquer lugar que o usuário vá – seja quando muda de quarto ou quando vai à casa de um amigo no mesmo prédio. É só levar o modem, espetar na tomada e usar: onde houver cobertura BPL, a portabilidade está garantida.

Quem paga a conta?

A conta é do dono do modem. É como no celular: quando o usuário faz uma ligação e passa pela estação radiobase, é feita uma verificação do número de celular e do que ele pode fazer.

A rede de fibra óptica utilizada para transportar os sinais é da AES Eletropaulo Telecom?

Sim, temos uma rede de fibra óptica com mais de 2 mil quilômetros de extensão, que cobre 24 municípios na região metropolitana de São Paulo. Detectamos que a demanda por banda larga no mercado residencial estava crescendo e que as operadoras tinham dificuldade para chegar a alguns clientes. Por isso, em 2006, começamos a estudar a tecnologia BPL. Para nós, era mais uma alternativa de banda larga – como o ADSL, o cable modem, o satélite e, agora, o 3G.

Qual será o preço da banda larga para o consumidor?

A nossa premissa é que o preço seja compatível com o que já existe no mercado. A operadora que vender um serviço baseado nessa infra-estrutura, por exemplo, não precisará agendar uma visita do técnico à casa do usuário, uma vez que o acesso não exige nenhum tipo de configuração. O usuário só precisa colocar o modem na tomada e ligar o cabo Ethernet na placa de rede do micro.


Fonte: info.abril.com.br
 

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