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Intelectualóides, hipócritas e outros bichos.

O cumunismo naum é perfeito simplesmente pelos motivos que citaram a cima que se referem como inerentes ao ser humano. Ou seja como um sistema social que exclui as caracteristicas humanas e que fica fragilizados perante possiveis falhas humanas pode ser perfeito? Nuam pode. Quanto a delegaçaum de poder, o grande problema e a filosofia ocidental de hierarquia que mostra de maneira falha que se uma pessoa esta acima de vc no poder, consequentemente ela naum precisa levar em concideraçaum os seus subordinados, quando devia ser exatamente o contrario. Por exemplo, um general do exercito, por mais que ele tenha mais poder do que um soldado, ele naum passa de um funcionario do mesmo, pois se estourar uma guerra, quem vai realmente mover a maquina militar vai ser o soldado. Portanto se nenhum soldado for pra guerra, naum tem como o general ganha-la. Outro exemplo é a visaum que as pessoas costuman ter de um presidente. Elas acham que o fato de uma pessoa ser presidente ela deve prestar contas de maneira especial, quanto é justamente o contrario, ele naum passa de um funcionario do povo ao qual preside, e quanto mais poder ele tiver, mais ele deve prestar contas para qeules a quem seu pode presta. Entaum, talvez um sistema social mais justo, fosse um no qual desse a obrigaçaum de quanto mais poder vc detem, mais vc deve se responsabilizar pelos seus atos, senaum perde o direito ao mesmo. No capitalismo é exatamente o contrario. Vc pode até morar com seus pais, mas te garanto que isto só acontece porque eles suprem seus deveres como pai, senaum vc ja tinha fujido de casa.
 
Resumir tudo o que foi postado até aqui é uma tarefa um pouco inglória, pois os pontos de vista apresentados são extremamente válidos.Porém, tentarei ajudar os que estão confusos o Treebeard criou o tópico com o intuito de nós fazer discutir como há pessoas ditas intelectualóides e hipócritas que se acham no direito de se achar superiores e criticarem quem não haje como eles, os que seguem moda, são consumistas, fazem uso de tecnologia etc, entretanto o que dizem não reflete suas ações-proclamam o comunismo,mas usufruem do capitalismo e vivem a criticar o que é "popular", mas vão ver o que a dita cultura popular produz. Ninguém está querendo que eles sejam marginalizados ou alvo de preconceitos, eu acho que todos tem direito a ter suas ideologias desde que sua personalidade e seu caráter não sejam agredidos em virtude dela, deve haver Respeito entre os grupos para que um dia a paz e harmonia e juntos através de discussões construtivas possamos construir uma humanidade melhor.
 
oi

3o. da LICC ( lei de Introdução ao código civil)
princípio da obrigatoriedade da lei
"ninguém se escusa de cumprir a lei alegando que não a conhece"
não lembro, mas os artigos de determinaçào de nacionalidade ( ius soli e o direito de sangue)
não importa que vc não queria, não importa que vc não reconheça o Estado, vc está usando de suas fontes, vc habita seu território, vc é cidadão desse Estado, mesmo que vc tenha nascido no meio do mato, qnd for encontrado será declarado Absolutamente incapaz e posto sobre tutela do Estado ( acho que com um curador, de novo não lembro).
Não importa o íntimo. Eu posso viver no âmago da sociedade, me utilizar dos recursos do Estado , ser até funcionário público, e no meu íntimo não reconhecer o Estado como fenômeno social, acreditar que a propriedade é um roubo e chamar a Teoria do contrato Social de piada, mas mesmo assim, mesmo q no meu âmago eu acredite que não , eu estou sujeito à um autoridade, a do Estado.


----------ao passo que o comunismo é propriamente um sistema, o qual deve ser obedecido, mas não há como coagir as pessoas a lhe obedecer, pois não há poder ou qualquer outra arte de força cogente capaz de submeter a população aos ditames comunistas. ----------
É uma forma de Estado diferente, não o Estado de Hobbes, mas um estado sim. É um sistema, pode não ser regulamentado, há determinação do que fazer ou não, há necessidade de se obedecer a algo, sempre na figura de alguém ( vc tem de obedecer Ente consciente, não pode obedecer coisa, então esta há de ser representado por alguém). A anarquia de Bakunin peca por ser extremamente esquerdista. Muitos já me jogaram pedra nisso aqui, mas a anarquia de bakunin e o comunismo de Engels, na minha opinião é tão esquerdista que se torna uma arma a ser usada contra si. Deve ser apolítica, atemporal, inerente à relação de poder, à relação Estado X cidadão. Este é um tema que não posso discursar agora, preciso de dias.


------------Caso contrário, psicólogos e psiquiatras, que se dedicam exclusivamente à análise de comportamentos, seriam pessoas ontologicamente de caráter definhado, porquanto analisam empiricamente comportamentos e procuram fórmulas para evitar condutas potencialmente nocivas à sociedade e/ou ao próprio paciente. O que fiz foi o mesmo que eles, mas de uma forma leiga e sem supedâneo científico.---------------

Nada a ver, vc não fez dotado de base científica, mas sim dotado pela emoção, vc comparando-se a psicólogos e psiquiatras desrespeita a profissãoe os profissionais ( é pesado, mas no fundo é isso) , vc está considerando que uma análise deles é superficial. Sua análise é superficial, claro que não quanto da maioria das pessoas, mas como a minha, como a da prímula. Não digo que nossa é maior, mas nesse caso estamos buscando as respostas mais fundo só. Nao estou me sobrepondo a ninguém. Bom, estes profissionais tem embasamento teórico e científico para tal, formação catadrática para tal ( não digo que por ter isso tem as perfeitas conclusões, longe disso), eles buscam muito mais a fundo , nós não. Sem comparações desse tipo.

Vc qnd fala das atidudes de alguém para outrem e não diz na frente de alguém ttbm vc está sim, segregando e "falando pelas costas" , mesmo que seja só uma crítica construtiva.
Não estou comparando crítica jornalística nem a crítica impossível por falta de contato direto com a pessoa muito menos a crítica à personalidades públicas, não a pessoa, mas à personalidade em si.

Vc fala que não pode condenar o estrupador por ser seu semelhante e por vc não estar acima dele e depois enumera razões para justificar os atos dele. Não entendi. Me expressei mal, mas notei incoerência aí. Vc condena a atidude, mas não a pessoa. Concordo e discordo, mas isso não vem ao caso agora. Vc não pode condenar uma atitude e avaliar a atitude ante à conduta anterior da pessoa, isso é classificar a pessoa. Vc está tomando por base atos individuais ( se foi molestado na infância etc) para atenuar a ação ( o estupro), e isso é incoerênte no seu texto.


ufa, hhehe :D

espero resposta

nhotö batünrë :roll:
 
Continuando...

Olá nhoto, vamos lá de novo!


1.

Objeção: 3o. da LICC ( lei de Introdução ao código civil) princípio da obrigatoriedade da lei
"ninguém se escusa de cumprir a lei alegando que não a conhece"
não lembro, mas os artigos de determinaçào de nacionalidade ( ius soli e o direito de sangue)
não importa que vc não queria, não importa que vc não reconheça o Estado, vc está usando de suas fontes, vc habita seu território, vc é cidadão desse Estado, mesmo que vc tenha nascido no meio do mato, qnd for encontrado será declarado Absolutamente incapaz e posto sobre tutela do Estado ( acho que com um curador, de novo não lembro).
Não importa o íntimo. Eu posso viver no âmago da sociedade, me utilizar dos recursos do Estado , ser até funcionário público, e no meu íntimo não reconhecer o Estado como fenômeno social, acreditar que a propriedade é um roubo e chamar a Teoria do contrato Social de piada, mas mesmo assim, mesmo q no meu âmago eu acredite que não , eu estou sujeito à um autoridade, a do Estado.

Resposta: Novamente, você está sendo positivista e seguindo os ditames da teoria pura do direito de Hans Kelsen. Se você não reconhece as leis, o Estado, sua autoridade e soberania, não vai reconhecer a LICC, a constituição e nem qualquer outra norma emanada do Estado. No Brasil o direito da nacionalidade provém do solo, ao passo que na Itália provém do Jus Sanguinius. Mas nacionalidade também você só tem quando se encaixa em uma sociedade e acredita que faz parte de uma nação, você tem direito à nacionalidade quando nasce, mas não dever de nacionalidade. De novo, isto é mera questão legal. E o nosso hipotético cidadão não está preocupado com estes preceitos criados por um legislador (seja ele ordinário, constituinte originário ou derivado, infraconstitucional ou complementar). Se você é cidadão e vota, logicamente você aceita tacitamente todas as normas produzidas pelo poder legiferante, mas se você nega as leis, o Estado e a nacionalidade, você não é mais que um ser humano excluído da sociedade. Não importa se te acharem perdido e te impuserem um curador que responderá por seus atos da vida civil, pois você não reconhecerá a sua legitimidade. Se o Estado começar a regular a sua vida e você não aceitar e tentar voltar à sua vida bucólica e desprovida de vida social, o que acontecerá não é mais que tirania e autoridade ilegítima, pois não é você que quis participar da sociedade, você foi obrigado a entrar nela e, na primeira oportunidade, você dela fugirá e voltará a seu próprio mundo, ao mundo natural. É o que São Tomás de Aquino pregava: o Estado não é mais que uma criação do homem e todos reconhecem-no apenas por interesse em viver em uma sociedade segura e humanamente organizada. Se houvesse alguém que não reconhecesse a lei, a soberania do Estado e não quisesse integrar-se na sociedade, desde que fugisse da sociedade humana e fosse viver em um ambiente longe das criações do homem, este alguém não seria parte da sociedade, pois como não vive nela, nem por ela, nem dela, não poderia ser compelido a contribuir com ela, e daí surge a inferência de que ele não seria dela, mas da natureza, como os animais, as plantas e todas as formas de vida natural. Ele continuaria a ter o direito à vida, à incolumidade física, ao alimento e à subsistência, pois estes são direitos naturais inalienáveis do homem, que podem até ser reconhecidos por lei, mas não é exclusivo dela. Mas para isso, teria este homem que prover sua subsistência com seu próprio trabalho em meio à natureza inexplorada, e não poderia, quisesse estar fora da sociedade humana, tomar vantagem de nada produzido pela civilização. Disto tudo inferimos que se o Estado pega este cidadão e o toma violentamente para si, fazendo com que se submeta aos seus ditames, ele estaria fazendo o mesmo que os escravistas faziam: incluindo a pessoa em sua sociedade à força, de forma ilegítima. Ele não será um cidadão, mas um ser escravizado sedento para fugir daquele mundo e voltar ao seu.

Neste caso, falamos de Jusnaturalismo e não de Positivismo, não há leis, mas sim direitos naturais e escolhas do homem. Se as leis não são legítimas elas não existem para àqueles que não a reconhecem. Mas não pode ser um reconhecimento condicional ou limitado, tem de ser completo. Ou não se reconhece nada, ou só se reconhece tudo. Este nosso homem árcade hipotético, não reconhece nada, quer fugir e viver em um mundo sem leis, quer achar sua própria subsistência em um ambiente que não foi criado e nem modificado pelo homem, a não ser por ele mesmo. Ele não se integra a nenhuma sociedade, pode até terem feito uma certidão de nascimento dele, mas a partir do momento que ele foge, ele não pertence mais à sociedade e todos os registros que a civilização tem dele para ele não têm qualquer valor.


2.


Parte do Texto: ao passo que o comunismo é propriamente um sistema, o qual deve ser obedecido, mas não há como coagir as pessoas a lhe obedecer, pois não há poder ou qualquer outra arte de força cogente capaz de submeter a população aos ditames comunistas.

Objeção: É uma forma de Estado diferente, não o Estado de Hobbes, mas um estado sim. É um sistema, pode não ser regulamentado, há determinação do que fazer ou não, há necessidade de se obedecer a algo, sempre na figura de alguém ( vc tem de obedecer Ente consciente, não pode obedecer coisa, então esta há de ser representado por alguém). A anarquia de Bakunin peca por ser extremamente esquerdista. Muitos já me jogaram pedra nisso aqui, mas a anarquia de bakunin e o comunismo de Engels, na minha opinião é tão esquerdista que se torna uma arma a ser usada contra si. Deve ser apolítica, atemporal, inerente à relação de poder, à relação Estado X cidadão. Este é um tema que não posso discursar agora, preciso de dias.

Resposta: Bom meu amigo, acho que você tem uma visão própria de anarquia, eu só conheço - e conheço parcamente - da anarquia idealizada por Bakunin. Se você quer classificar como Estado o sistema comunista, você está formando um conceito seu, uma classificação sua, a qual eu sequer posso contrariar, pois são produções intelectuais suas e não de cientistas políticos que escreveram sobre isso e fundamentaram seus pensamentos em escritos publicados. De qualquer forma, no comunismo não há força cogente que submete os cidadãos à uma vontade, e é isto que eu chamo de poder. Poder pra mim - e diga-se, não só para mim como para a ciência jurídica - é submeter, fazer com que as pessoas obedeçam uma vontade e sigam suas vidas de acordo com um paradigma ou com uma ordem. Isto não há no comunismo.


3.


Parte do texto: Caso contrário, psicólogos e psiquiatras, que se dedicam exclusivamente à análise de comportamentos, seriam pessoas ontologicamente de caráter definhado, porquanto analisam empiricamente comportamentos e procuram fórmulas para evitar condutas potencialmente nocivas à sociedade e/ou ao próprio paciente. O que fiz foi o mesmo que eles, mas de uma forma leiga e sem supedâneo científico.

Objeção: Nada a ver, vc não fez dotado de base científica, mas sim dotado pela emoção, vc comparando-se a psicólogos e psiquiatras desrespeita a profissãoe os profissionais ( é pesado, mas no fundo é isso) , vc está considerando que uma análise deles é superficial. Sua análise é superficial, claro que não quanto da maioria das pessoas, mas como a minha, como a da prímula. Não digo que nossa é maior, mas nesse caso estamos buscando as respostas mais fundo só. Nao estou me sobrepondo a ninguém. Bom, estes profissionais tem embasamento teórico e científico para tal, formação catadrática para tal ( não digo que por ter isso tem as perfeitas conclusões, longe disso), eles buscam muito mais a fundo , nós não. Sem comparações desse tipo.

Resposta: Sim, eu não estou amparado por nenhuma base científica, mas também não estou imbuído apenas de emoção, mas também, e principalmente, de uma lógica própria criada por meio da comparação, da análise e do empirismo.

Não estou, também, desrespeitando ou subvertendo a psiquiatria ou a psicologia, pois nunca quis me sobrepor a elas ou dizer que minhas opiniões têm mais valor do que os postulados médicos ou científicos.

Também, não estou dizendo que a análise deles é superficial, tampouco quero deixar a entender que a minha análise é mais profunda e mais valorosa que a produzida por profissionais da área. Nunca disse isso.

Só comparei a ação, e não o resultado. É aí que você se confundiu. Todos têm o direito de pensar, de analisar e de elaborar conceitos próprios de visão de vida e de entendimento da sociedade. A diferença é que os profissionais citados fazem isto com supedâneo científico, e nós fazemos isso por empirismo, limitados que estamos em nossa lógica leiga e comparativa.

Assim, se a ação é ruim para nós, é também ruim para eles. Se analisar comportamentos é ruim para nós, também é ruim para eles. Se analisar é, necessariamente, julgar pessoas ou condená-las, a análise deles também o é. Você disse que eu estava falando das pessoas pelas costas ao analisar suas atitudes sem sequer identificá-las, pois bem, se analisar atitudes é falar das pessoas pelas costas ou simplesmente julgá-las, eu faço uma coisa imoral assim como um psiquiatra também faz. Não interessa que a análise deste seja mais profunda, científica e muito provavelmente mais certeira do que a minha, ele estaria julgando pessoas e falando delas pelas costas tanto quanto eu, pois não estamos preocupados com o resultado da análise, mas sim com o ato de analisar as condutas das pessoas. Disto dessume-se que, se analisar pessoas é um ato imoral, as profissões de psiquiatra e de psicólogos são também, ontologicamente, imorais.

E sabemos que isto está distante anos-luz de ser verdade.


4.


Objeção: Vc qnd fala das atidudes de alguém para outrem e não diz na frente de alguém ttbm vc está sim, segregando e "falando pelas costas" , mesmo que seja só uma crítica construtiva.
Não estou comparando crítica jornalística nem a crítica impossível por falta de contato direto com a pessoa muito menos a crítica à personalidades públicas, não a pessoa, mas à personalidade em si.

Resposta: Discordo, discordo, discordo. Aliás, discordo veementemente e com todas as minhas forças. O - falar pelas costas - como eu já disse, só é ruim se você tem a intenção deliberada de diminuir a pessoa, de rebaixá-la e de manchar a honra dela. Se você não oferece elementos para que esta pessoa seja identificada, não, e não mesmo, você não está fazendo algo de ruim ou de imoral, já que a honra e a imagem desta pessoa com isso não foi sequer arranhada.

Aliás, se eu quisesse diminuí-la ou manchar sua reputação eu falaria mal dela, abertamente, citando o seu nome e julgando-a pessoalmente, e só me dirigiria a pessoas do círculo social dela, e não a pessoas que sequer a conhecem e que nunca poderão descobrir quem ela é.

Muito menos cheguei a segregar esta pessoa. Ora, segregar é afastá-la da sociedade, e eu só estaria segregando-a se começasse a propalar difamações contra ela no próprio círculo social em que ela vive. Ao que consta, esta pessoa não conhece ninguém aqui do fórum e, ainda que conheça, a pessoa conhecida nunca a identificará, pois que impossível. Ela continua vivendo no círculo de amizades dela, sossegada e imune a esta idéia que ora veiculo exclusivamente aqui.

Críticas construtivas não podem significar nunca o mesmo que falar dela pelas costas. Ora, mesmo que a crítica tenha fundamento, ela só é construtiva se se destina à pessoa criticada. Desta feita, se você criticar alguém, ainda que com toda razão do mundo, mas não direcioná-la a pessoa criticada, ou sua crítica é destrutiva (caso você cite o nome dela ou dê elementos para que seja identificada) ou é apenas um comentário analítico sobre o comportamento de determinada pessoa, uma consideração indolor, impessoal, despretensiosa e com o fim de gerar discussões a respeito de uma conduta, e não a respeito da pessoa donde a conduta emanou.

Tudo isso é para dizer que, sim! As pessoas podem julgar e condenar comportamentos, desde que tenham fundamentos lógicos para fazê-lo. E não! As pessoas não podem julgar e condenar as outras, mesmo que delas tenham advindo comportamentos ou condutas reprováveis ou equivocadas. E por quê? Porque todos cometem erros e não é por causa de um erro que toda a pessoa pode ser condenada.

Julga-se o comportamento, e não a pessoa. E isto é a coisa mais humana a se fazer, pois devemos ter juízo de reprovação para que nós mesmos possamos nos policiar e impedir que façamos estas coisas que nós mesmo condenamos quando praticadas por terceiros.

Isso é da própria natureza humana. A toda hora estamos condenando condutas, imprimindo nossas opiniões e tecendo considerações a respeito de comportamentos humanos. Elogiamos as condutas benéficas e reprovamos aquelas que podem gerar um mal no seio da sociedade.

Sem embargo, nunca podemos confundir isto com o ato de condenar pessoas. Uma pessoa é um universo inteiro, ela tem uma história e um passado de alegrias e frustrações, fatos muito significativos podem ter acontecidos com elas, coisas que nem sequer poderemos imaginar ou entender, dada a complexidade dos sentimentos humanos. Desta forma, se você não é capaz de entender por completo toda a complexidade de uma pessoa, é impossível prolatar um decreto condenatório a respeito dela. E não, ninguém nunca conseguirá entender uma outra pessoa suficientemente para poder julgá-la de uma forma justa, pois ninguém é tão intelectualmente superior para poder desvendar todos os caminhos de uma mente humana. Nem médicos, nem psiquiatras, nem Phds, Mds, LLMs, doutores, mestres, livre docentes, professores, honoris causa e prêmio nobéis conseguirão decifrar precisamente uma outra pessoa, ainda que se dediquem a vida toda a isto.

Só uma pessoa pode entender suficientemente outra para poder julgá-la de forma justa: ela mesma. Com efeito, há pessoas muito elevadas que se conhecem o suficiente para julgaram a si mesmas de forma bastante justa. Mas ainda assim, nenhuma pessoa pode julgar outra que não seja ela mesma.

Gostaria apenas que você entendesse essa diferenciação e o que me propus a fazer quando escrevi este tópico: julgar comportamentos e analisá-los em nada tem a ver com julgar pessoas. Eu reprovo muitos comportamentos meus, como reprovo de meus amigos, de meus familiares e de pessoas que sequer conheço. Pois sei que roubar não pode ser bom, nem matar, nem estuprar, nem difamar, nem achar-se superior a outra pessoa. Mas nunca, nunca poderei julgar uma pessoa que não seja eu mesmo. E sabe de uma coisa? Estou longe de ser evoluído o suficiente para poder me julgar.


5.


Objeção: Vc fala que não pode condenar o estrupador por ser seu semelhante e por vc não estar acima dele e depois enumera razões para justificar os atos dele. Não entendi. Me expressei mal, mas notei incoerência aí. Vc condena a atidude, mas não a pessoa. Concordo e discordo, mas isso não vem ao caso agora. Vc não pode condenar uma atitude e avaliar a atitude ante à conduta anterior da pessoa, isso é classificar a pessoa. Vc está tomando por base atos individuais ( se foi molestado na infância etc) para atenuar a ação ( o estupro), e isso é incoerênte no seu texto.

Resposta: Bom, acho que talvez não me expressei de maneira clara o suficiente. Vamos lá. Toda a ação deliberadamente protagonizada por alguém tem uma razão de ser, um motivo, uma intenção. Quando eu escrevo aqui e procuro iniciar uma discussão, não o faço porque não tenha nada para fazer, mas o faço porque quero compartilhar minha opinião e procurar entender melhor o assunto sobre o qual trato. Esta é a minha intenção.

Da mesma forma, quando um estuprador mantém conjunção carnal com uma mulher mediante violência ou grave ameaça, também tem uma razão, um porquê. Pode ser alguma seqüela psíquica fruto de um abuso sexual ocorrido na infância. É cediço que tal fato afeta o equilíbrio psicossexual da pessoa, erradicando de sua mente o juízo de valor necessário para que ele não venha a cometer com outras a mesma coisa que sofreu. Por outro lado, pode ser também um desvio de caráter fruto de uma sociedade com pensamentos machistas que coisificam a mulher e não tem respeito nem por ela, nem pelo seu corpo. Pode ser também por qualquer outro motivo, sendo impossível esgotar aqui a enumeração das causas possíveis que levam alguém a praticar tal barbárie.

Nada disso justifica o ato, isto é, não dá a pessoa um salvo-conduto para poder praticar a barbárie que quiser e, ainda assim, não ver seus atos julgados por isto. Tal se verifica porque, caso a sociedade tolere tais condutas, elas crescerão como uma bola de neve que atingirá toda civilização e a levará ao caos. E é por isto que um abuso sofrido no passado não exclui a reprovação ao crime de estupro.

Contudo, não se pode condenar a pessoa do estuprador, porquanto muitas vezes ele não teve escolha. É como se fosse um trem, o qual não pode sair do caminho dos trilhos, sob pena de descarrilhar e de se auto-destruir. É muito fácil eu, que nunca sofri qualquer sorte de violência sexual, dizer em altos brados e no alto de minha autoridade moral - temos de matar os estupradores, eles são perversos! Eu nunca estuprei ninguém e um homem não precisa disso para satisfazer a sua concupiscência - sim, é muito fácil. Mas eu nunca sofri nenhuma sorte de abuso sexual, minha mente é equilibrada o suficiente para eu procurar satisfazer a minha lascívia com mulheres que se disponham a tal, e não delas arrancar à força sua dignidade por meio de um estupro ou de um atentado violento ao pudor.

Então que autoridade eu tenho para julgá-lo? Nenhuma! Pois eu não sei como agiria caso eu também fosse vítima de um atentado sexual. Eu poderia, sim, vir a tornar-me um estuprador, um violentador ou qualquer outro tipo de criminoso sexual se, claro, eu tivesse sofrido algum abuso. Ou não teria me tornado, simplesmente eu não sei. Eu não sofri e pronto! Não há como saber como eu agiria caso eu tivesse passado por isto também. E se eu não sei o que eu faria, como eu posso julgá-lo? Simples: não posso.

Antes de você julgar alguém você tem de se colocar na pele da pessoa. Mas como é impossível imaginar como você seria se você fosse o outro?

Não é possível. Então não há como julgar, ou melhor, não há como proferir uma sentença justa a respeito da pessoa.

Mas eu posso julgar o estupro, ah sim, isso eu posso! Pois eu sei que o ato em si é abjeto, asqueroso e que impinge na vítima seqüelas psicológicas muitas vezes perenes, ou no mínimo difíceis de se curar.

Sei que é um mal pois atenta contra a liberdade de disposição do próprio corpo, sei que não gostaria de sofrer um atentado violento ao pudor, sei que meu coração explodiria se eu soubesse que minha mãe foi estuprada, sei de tudo isso, e sei também que não há vantagens no estupro. Assim, eu condeno o ato, condeno com todas as minha forças, mas só posso sentir pena do estuprador, pois sei que ele tem algum problema sério e que, se fosse equilibrado, nunca teria feito isso.

Eu também queria deixar claro que a ação não se torna mais ou menos perversa em virtude dos antecedentes pessoais do seu autor, ela continua tendo a mesma gravidade e a mesma perversão. Contudo, seria possível achar o motivo que induziu o autor a perpetrar a ação se tivéssemos como saber, exatamente, de todos os fatos de sua vida pregressa. Mas como o motivo pode estar tão escondido no inconsciente do autor a ponto de se tornar impossível desvendá-lo, não podemos condenar ninguém pelos seus atos.

Aliás, dificilmente estes atos grotescos tem um motivo só. Em geral é a combinação de vários e vários fatos e acontecimentos que levam a pessoa a praticar tal ato, a agir de uma certa forma e a comportar-se de um determinado modo.

Conseguintemente, não há como condenar pessoas, pois você não sabe dos motivos que as levaram a comportar-se da forma pela qual se comportam, a agir da forma que agiram e a praticar os atos que praticaram, ainda que seja possível condenar apenas os atos, a conduta e o comportamento.

Quanto ao que você disse de - classificar pessoas - não há nada de errado. A todo o tempo somos classificados: sexo masculino, maior de idade, nível de escolaridade superior, branco, 1,72m, 75 kg, advogado, brasileiro, solteiro, social-democrata, contrário ao governo, natural de Santos, domicílio em São Paulo, descendente de italianos, espanhóis e americanos, heterossexual, etc.

Não há nada de errado em classificar, o que não pode é usar de classificações para discriminar pessoas. A classificação é a sua identidade, tudo nela diz respeito a você, mas não é porque há outras diferentes que você irá discriminar.

Aliás, esse é um pensamento infantil: tudo que é igual a mim é bom, o que é diferente é ruim. E é desta falácia ridícula que nascem os preconceitos.

Não se pode evitar o preconceito evitando as classificações, como não se pode evitar os roubos acabando com o dinheiro. O que se deve fazer é utilizar as coisas para o bem, e não deturpar suas finalidades para empregá-las em atos vis.

Por fim, não vislumbrei nenhuma incoerência no texto, mormente sobre o ponto que você destacou. Qualquer coisa, especifique melhor da próxima vez.

É isso.



Obrigado nhoto! Acho que estamos desenvolvendo o tema com cada vez mais profundidade! Está ótimo!

Espero ansiosamente pelas suas próximas considerações!

Grande abraço.
 
Nossa, tentei ler um poukinho, li os dois ou tres primeiros posts, mas depois desisti, o assunto tava legal, mas nao tava entendendo quase nada... :oops: :oops:
 
Obrigado Thy Treebeard por colocar o que, na minha icapaciade como escritor, tentei colocar varias e varias vezes aqui sobre julgar os outros. Só tenho a acresentar que em muitos dos casos, se fosse feita uma analise dos meios aos quais levaram a pessoa em questaum a cometer tais atos, talvez ouvesse uma chance de se combater a causas e impedir que outras pessoas venham a praticar tais atos, e se trabalhassem nesta pessoa mostrando perspectivas e uma realidade diferente daquela que a levaram a tal atitude, aumentarim as chances de tal pessoa se reitegrar a sociedade. É muito facil acusar e excluir, dificio é enteder( e naum concordar) e tentar muda-la( muda-la no sentido de mudar realmente a pessoa, e naum obrigar a nada).
 
Meu...tem certeza que vcs naum tinham mais nada pra postar naum??? :D :D :D :D :D
E eu que achava que meus posts eram grandes! :) :)

Tipow, me perdoem se estou fugindo do assunto, mas eu só li o primeiro post do Thy Treebeard (Teu Barbarvore, e naum Meu Barbarvore para quem perguntou ai... :D ) e tipow, eu acho que cada um tem um tem sua opnião, só naum gosto dakeles kras que criticam tal coisa e dps fazem a tal coisa! Ou entaum falam pra vc q detestam X e dps viram pra outra pessoa e dizem que adoram X! Isso é falta de personalidade, a pessoa que mostrar que é inteligente e que naum é absorvido pelo sistema, mas na verdade esta perdido no meio dele.

Uma outra coisa que eu naum gosto(fugindo um pouco do assunto) é dakelas pessoas que criticam uma coisa, sem ao menos saber do que ela se trata. (Né Relgal??? Q fala q Live Action é uma merda pq pensa que é brincar de lutinha.) Se informe, analise e dps de sua opnião. Ai sim vc vai ser inteligente.
 
Aragorn II

Nada a ver com o assunto, mas só para descontrair.

O - Thy - de Thy Treebeard é uma bricadeira. Seria mais ou menos se disséssemos - Seu Barbávore - da mesma forma que se fala - Seu Antônio, Seu Zé, Seu Adamastor, etc. Thy é pronome possessivo em inglês arcaico.

Uma pergunta: Esse seu avatar é sua cara mesmo?

Abraços.
 
Valeu!

Obrigado Conan, pelo toque!

Realmente, não poderia ser o Aragorn, era muito feio pra isto.

Também achei, não sei porquê, que não era o rosto do próprio Aragorn II.

Nunca ouvi Blind Guardian, mas sei que é uma banda que, em suas letras, mencionam a obra de Tolkien. Que tipo de música eles tocam?

Abraços.
 
Texto super-legal!

Olá pessoas, sou eu de novo.

Olha a coicidência: hoje, quando abri minha caixa-postal, recebi um texto que fala examente sobre... INTELECTUALÓIDES!

Ele parte daquela música do Legião Urbana, intitulada Eduardo e Mônica. A partir daí, o autor analisa os comportamentos de Eduardo e da Mônica e conclui que Mônica é uma intelectualóide.

Desta premissa ele elabora todo um texto de protesto contra essas condutas pedantes e mostra um ponto de vista bem interessante.

Não concordei com tudo, mas tem muita coisa que ele fala que faz muito sentido. Vale a pena ler!

É comprido, longo e prolixo, tal qual os meus posts. Mas se você leu tudo o que foi escrito neste tópico até aqui, vai ser muito fácil. Ah, e é bastante divertido também!

Ei-lo:

Análise comportamental

Crítica sobre "Eduardo e Mônica" (Renato Russo)
O falecido Renato Russo era, sem dúvida, um ótimo músico e um
excelente letrista. Escreveu verdadeiras obras de arte cheias de
originalidade e sentimento. Como artista engajado que era, defendia
veementemente seus pontos de vista nas letras que criava. E por isso mesmo,
talvez algumas delas excedam a lógica e o bom senso. Como no caso da música
Eduardo e Monica, do álbum "Dois" da Legiao Urbana, de 1986, onde a figura
masculina (Eduardo) é tratada sempre como alienada e inconsciente enquanto a
feminina (Monica) é a portadora de uma sabedoria e um estilo de vida
evoluidíssimos. Analisemos o que diz a letra.
Logo na segunda estrofe, o autor insinua que Eduardo seja
preguiçoso e indolente (Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar;
Ficou deitado e viu que horas eram) ao mesmo tempo que tenta dar uma imagem
forte e charmosa à Mônica (enquanto Mônica tomava um conhaque noutro canto
da cidade como eles disseram.). Ora, se esta cena tiver se passado de manhã
(como é provável), Eduardo só estaria fazendo sua obrigação: acordar. Já
Mônica revelar-se-ia uma alcoólatra(cachaceira) profissional, pois virar um
conhaque antes do almoço, é só para quem conhece muito bem o ofício! Mais à
frente, vemos Russo desenhar injustamente a personalidade de Eduardo de
maneira frágil e imatura (Festa estranha, com gente esquisita...). Bom,
"Festa estranha" significa uma reunião de porra-loucas bichos-grilo atrás de
qualquer bagulho, (para poderem fugir da realidade com a desgastadíssima
desculpa esfarrapada de que são contra o "sistema". "Gente esquisita" é
basicamente, um bando de sujeitos apalermados, que têm o hábito gozado de
dar a bunda (para qualquer um) após cinco minutos de conversa. Também são as
garotas mais horrorosas da Via-Láctea. Enfim, esta era a tal "festa legal"
em que Eduardo estava. O que mais ele podia fazer? Teve que encher a cara
pra agüentar aquele pesadelo, como veremos a seguir. Assim temos ( - Eu não
estou legal. Não agüento mais birita.). Percebe-se que o jovem Eduardo não
está familiarizado com a rotina traiçoeira do álcool. É um garoto puro e
inocente, com a mente e o corpo sadios. Bem ao contrário de Mônica, uma
notória bêbada sem-vergonha do underground. Adiante, ficamos conhecendo o
momento em que os dois protagonistas se encontraram (E a Mônica riu e quis
saber um pouco mais Sobre o boyzinho que tentava impressionar). Vamos por
partes: em "E a Monica riu" nota-se uma atitude de pseudo-superioridade
desumana, um "clichê" batido, misto de feminismo e "papo cabeça", de Mônica
para com Eduardo. Ela, ainda, ri de um bêbado inexperiente! Mais à frente, é
bom esclarecer o que o autor preferiu maquiar, usando uma figura de estilo.
Onde se lê "quis saber um pouco mais" leia-se "quis dar para"! É muita
hipocrisia tentar passar uma imagem sofisticada da tal Mônica. A verdade é
que ela se sentiu bastante atraída pelo "boyzinho" que tentava
impressionar"! É o máximo do preconceito leviano se referir ao singelo
Eduardo como "boyzinho". Não é verdade. Caso fosse realmente um playboy, ele
não teria ido se encontrar com Mônica de bicicleta, como consta na quarta
estrofe (Se encontraram então no parque da cidade A Mônica de moto e o
Eduardo de camelo.). Se alguém aí age como boy, esta seria Monica, que vai
ao encontro pilotando uma ameaçadora motocicleta. Como é sabido, aos 16 (Ela
era de Leao e ele tinha dezesseis) todo boyzinho já costuma roubar o carro
do pai, principalmente para impressionar uma maria-gasolina como Monica. E
tem mais: se Eduardo fosse mesmo um playboy, teria penetrado com sua galera
na tal festa, quebraria tudo e ia encher de porrada o esquisitão mais
fraquinho de todos na frente de todo mundo, valeu? Porém, como o garoto foi
de bicicleta, denota-se uma personalidade calma, respeitadora da lei e
preocupada com exercícios e saúde corporal. Na ocasião do seu primeiro
encontro, vemos Mônica impor suas preferências, uma constante durante toda a
letra, em oposiçao a uma humilde proposta do afável Eduardo (O Eduardo
sugeriu uma lanchonete Mas a Mônica queria ver o filme do Godard.). Atitude
esta, nada democrática para quem se julga uma liberal, aliás típico de quem
foi seduzido pelo canto da sereia proselitista da dialética socialista
(arghh). Na verdade, Monica é o que se convencionou chamar de P.I.M.B.A
(Pseudo Intelectual Metido à Besta e Associados, ou seja, intelectuerdas,
alternativos, cabeças e viadinhos vestidos de preto em geral), que acham
que todo filme americano é ruim e o que é bom mesmo é filme europeu, de
preferência francês, preto e branco, arrastado para caralho e com bastante
cenas de baitolagem, que preferem impor sua vontade de maneira ditatorial.
Em seguida Russo utiliza o eufemismo "menina" para se referir suavemente à
Mônica (O Eduardo achou estranho e melhor não comentar Mas a menina tinha
tinta no cabelo.). Menina? Pudim de cachaça seria mais adequado. Há pouco
vimos Mônica virar um Dreher goela abaaixo, logo no café da manha e ele
ainda a chama de menina? Além disso, se Mônica pinta o cabelo é porque é uma
balzaca querendo fisgar um garotao viril ou porque é uma baranga mesmo. O
autor insiste em retratar Mônica como uma gênia sem par. (Ela fazia Medicina
e falava alemão) e Eduardo como um idiota retardado (E ele ainda nas
aulinhas de inglês.). Note a comparaçao de intelecto entre o casal: ela
domina o idioma germânico, sabidamente de difícil aprendizado, já tendo
superado o vestibular altamente concorrido para medicina. (Credo e vai ser
médica?!!!! Deus me livre!) Ele, miseravelmente, tem que tomar aulas para
poder balbuciar "iéis", "nou" e "mai neime is Eduardo"! Incomoda como são
usadas as palavras "ainda" e "aulinhas", para refletir idéias de atraso
intelectual e coisa sem valor, respectivamente. Coitado do Eduardo, é um
jumento mesmo... Na seqüência, ficamos a par das opçoes culturais dos dois
(Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus, De Van Gogh e dos Mutantes, De
Caetano e de Rimbaud). Temos nesta lista um desfile de ícones dos
P.I.M.B.As, muito usados por quem acha que pertence a uma falsa elite
cultural. Por exemplo, é tamanha uma pretensa intimidade com o poeta Manuel
de Souza Carneiro Bandeira Filho, que usou-se a expressao "do Bandeira".
francamente, "Bandeira" é aquele juiz que fica apitando impedimento na
lateral do campo. O sujeito mais normal dessa moçada aí, cortou a orelha por
causa de uma sirigaita qualquer. Já viu o nível, né? Só porra-louca de
primeira. Tem um outro peroba aí que tem coragem de rimar "Eta" com "Tiêta"
e neguinho ainda diz que ele é gênio! Mais uma vez insinua-se que Eduardo
seja um imbecil acéfalo (E o Eduardo gostava de novela) e crianção (E jogava
futebol de botão com seu avô). A bem da verdade, Eduardo é um exemplo! Que
adolescente de hoje costuma dar atenção a um idoso? Ele poderia estar
jogando videogame com garotos de sua idade ou tentando espiar a empregada
tomar banho pelo buraco da fechadura, mas não. Preferia a companhia do avô
em um prosáico jogo de botões! É tocante!. E como esse gesto magnânimo foi
usado na letra? Foi só para passar a imagem de Eduardo como um paspalho
energúmeno. É óbvio, para o autor, o que homem não sabe de nada. Mulher
sim, é maturidade pura. Continuando, temos (Ela falava coisas sobre o
Planalto Central, Também magia e meditaçao.). Falava é merda, isso sim!
Nesses assuntos esotéricos é onde se escondem os maiores picaretas e
charlatães do mundo. Qualquer chimpanzé lobotomizado pode grunhir qualquer
absurdo que ninguém vai contestar. Por quê? Porque não se pode provar
absolutamente nada. Vale tudo! É o samba do crioulo doido. E quem foi cair
nessa conversa mole jogada por Mônica? Eduardo é claro, o bem intencionado
de plantão. E ainda temos mais um achincalhe ao garoto (E o Eduardo ainda
estava no esquema "escola-cinema-clube-televisão".). O que o Sr. Russo
queria? Que o esquema fosse bar da esquina - terreiro de macumba ? sauna gay
? delegacia? E qual é o problema de se ir a escola, catso?!? Logo em
seguida, já se nota que Eduardo está dominado pela cultura imposta por
Mônica (Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia, teatro, artesanato e
foram viajar.). Por ordem: 1) Teatro e artesanato não costumam pagar muito
imposto. 2) Teatro e artesanato não são lá as coisas mais úteis do mundo.
3) Quer saber? Teatro e artesanato é coisa de viado!!! Agora temos os
versos mais cretinos de toda a letra (A Mônica explicava pro Eduardo Coisas
sobre o céu, a terra, a água e o ar.). Mais uma vez, aquela lengalenga
esotérica que não leva a lugar algum. Vejamos: Mônica trabalha na previsão
do tempo? Não. Mônica é geóloga? Não. É professora de química? Não. Mônica
é alguma aviadora? Também não. Então que diabos uma motoqueira tresloucada,
alucinada e abestada pode ensinar sobre céu, terra, água e ar que uma
muriçoca não saiba? Novamente, Eduardo é retratado como um debilóide
pueril, capaz de comprar alegremente a Torre Eiffel após ser convencido
deste grande negócio pelo caô mais furado do mundo. Santa inocência...
Ainda tem, (Ele aprendeu a beber,), não precisa ser muito esperto pra sacar
com quem... é claro, com Mônica, a campeã do alambique! Eduardo poderia ter
aprendido coisas mais úteis como o código morse ou as capitais da Europa,
mas não. Acharam melhor ensinar para o rapaz como encher a cara de
pinga.Muito bem, Mônica! Grande contribuição! Depois, temos (deixou o
cabelo crescer). Pobre Eduardo. Aquela altura, estava crente que deixar
crescer o cabelo o diferenciaria dos outros na sociedade. Isso sim é que é
ativismo pessoal. Já dá pra ver aí o estrago causado por Mônica na cabeça do
iludido Eduardo. Sempre à frente em tudo, Mônica se forma quando Eduardo, o
eterno micróbio, consegue entrar na universidade (E ela se formou no mesmo
mês em que ele passou no vestibular.). Por esse ritmo, quando Eduardo
conseguir o diploma, Mônica deverá (segundo a estreita visão do autor) estar
ganhando o seu oitavo prêmio Nobel. Outra prova da parcialidade do autor
está em ("porque o filhinho do Eduardo tá de recuperaçao".). É interessante
notar que é o filho do Eduardo e não da Mônica, que ficou de segunda época.
Em suma, puxou ao pai e é burro que nem uma porta. O que realmente
impressiona nesta letra é a presença constante de um sexismo estereotipado.
O homem é retratado como sendo um simplório alienado que só é salvo de uma
vida medíocre e previsível graças a uma mulher naturalmente evoluída e
oriunda de uma (contra) cultura alternativa redentora. Nesta visão está
incutida a idéia absurda que o feminino é superior e o masculino, inferior.
Bem típico de algum recalque (diria que Freudiano) do autor, talvez magoado
com a natureza masculina. É sabido que em todas culturas e povos existentes,
o homem sempre oprimiu a mulher. Porém, isso não significa, em hipótese
alguma, que estas sejam melhores que os homens. São apenas diferentes. Se
desde o começo dos tempos o sexo feminino fosse o dominador e o masculino o
subjugado, os mesmos erros teriam sido cometidos de uma maneira ou de
outra. Por que? Ora, porque tanto homens, mulheres e colunistas sociais
fazem parte da famigerada raça humana. E é aí que sempre morou o perigo. Não
importa que seja Eduardo, Mônica ou até... Renato!

(Autor desconhecido. Fonte: e-mail que eu recebi).
 
sinceramente, eu ri pra caraio com este texto. depois eu ponho minhas contextaçoes sobre ele porque vai ficar grande, mas ja posso te adiantar que vou falar sobre a ultima parte.
 
Poxa COnan, tô esperando as suas considerações! QUando você vai postá-las?

QUalquer coisa, no Clube da Insônia eu reavivei este tópico!

É só ir no Hilário, Muito Engraçado! Vale a pena conferir!

Está lá!

Até mais!
 
Sobre a análise de "Eduardo e Mônica"
Eu comecei gostando do texto, criticando o preconceito do Renato Russo em relação ao tipo de pessoa que Eduardo representa, e quebrando o glamour que ele constrói sobre a Mônica, a classificando como pedante e pretensiosa. Conforme eu lia o texto, percebi alguns erros. Ele acaba sendo preconceituoso também, construindo de maneira estereotipada tipos diferentes de pessoa. Para mim seria fácil concordar com ele, uma vez que não gosto de Renato Russo e também não gosto de certos tipos de pessoas "intelectualoides" que ele faz menção. Mas é impossível passar meus olhos sobre o texto sem perceber preconceitos infundados que destruem a argumentação dele. Só porque supostamente Eduardo é diminuído na música de Renato Russo isso faz dele uma boa pessoa? Pintar o cabelo é sinônimo de feiura? Teatro é coisa de viado? (esse cara é maluco) Tem muito mais no texto ... Ele supõe demais:
"Porém, como o garoto foi de bicicleta, denota-se uma personalidade calma, respeitadora da lei e preocupada com exercícios e saúde corporal" ... Eu não pude evitar o riso ...
A respeito da última parte, realmente, querer diminuir o gênero masculino (seja biologicamente ou culturalmente) por erros passadas (discuto se houve um erro, eram culturas diferentes, o termo "machismo" é moderno, as sociedades em questão eram masculinizadas) seria apenas repetir o tal erro. Se há, em nossa sociedade, uma oportunidade de eliminar a superioridade de um gênero, seja o masculino ou o feminino, vamos aproveitar ... :D
 

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