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Inferno na Torre (The Towering Inferno, 1974)

Fúria da cidade

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Sinopse e detalhes
Em São Francisco, Doug Roberts (Paul Newman), um arquiteto, retorna de longas férias e encontra quase terminado o arranha-céu que projetou. Na verdade, se trata do maior edifício do mundo, com 138 andares de escritórios e residências, além de ter um restaurante de luxo e um heliporto na cobertura. No dia da festa de inauguração, descobre que as especificações da instalação elétrica não foram seguidas e que o prédio está sujeito a curtos-circuitos. E o pior acontece quando um incêndio começa, deixando vários convidados presos no andar de cima, sendo esta a principal preocupação de Michael O'Hallorhan (Steve McQueen), o chefe dos bombeiros, pois além da coragem da sua equipe não existe equipamento contra incêndio que consiga atingir os andares mais altos desta colossal construção e, se o fogo não estiver logo controlado, o número de vítimas será imenso. Além disto, alguns convidados se apavoram, dificultando o resgate.


O filme mostra um edifício de 138 andares que sofre um grande incêndio no dia de sua inauguração. A tragédia foi causada por uso de material fora das especificações, crime cometido por um dos parentes do proprietário (William Holden) e descoberto pelo arquiteto feito por Paul Newman.

Steve McQueen faz o líder dos heróicos bombeiros. O.J. Simpson em uma famosa participação, é um segurança que salva o gato de uma das vítimas, e ao final o entrega a Fred Astaire.


Apesar da culpa da tragédia ter sido jogada sobre a corrupção, no final o bombeiro McQueen faz uma recomendação ao arquiteto: que ele e seus companheiros de profissão devessem ouvir os bombeiros antes de projetar prédios daquela natureza, sugestão que é prontamente aceita por Newman.




Decidi abrir um tópico em homenagem ao que pra mim é talvez o maior clássico do cinema-catástrofe que na época conseguiu reunir um elenco de ponta que pouquíssimos outros filmes de mesma grandeza e gênero conseguiram.

Steve McQueen , Paul Newman (no auge da carreira), William Holden, Faye Dunaway, Fred Astaire, Richard Chamberlain, O.J. Simpson, Robert Wagner (do seriado Casal 20) são só alguns.

Apesar de ser um filme de 35 anos atrás, pros padrões de conservação de grande parte dos edificios brasileiros, o que acontece no edificio deste filme está bem atual.

O curioso é que foi lançado bem na época que o famoso edificio Joelma em S. Paulo havia sofrido um grande e trágico incêndio guardadas as devidas proporções. Esse filme é como se fosse um Titanic só que de fogo ao invés de água.

Fala-se muito nos bastidores de Inferno na Torre estar bem cotado para ser refilmado. Se rolar espero que não deturpem muito o roteiro original.
 
Última edição:
Cinema e Arquitetura: "Inferno na Torre"



"Quantos mais estarão mortos amanhã? Acreditei que havíamos construído algo onde as pessoas pudessem trabalhar, viver e estarem seguras. Se queria reduzir os custos por que não diminuiu o número de pavimentos em vez da qualidade?"

Com esta frase, o arquiteto Doug Roberts (Paul Newman) recrimina o construtor da sua "Torre de Vidro" - edifício mais alto do mundo em 1974 - depois que um enorme incêndio acaba com a vida de quase 200 pessoas durante sua festa de inauguração.

Este incrível filme enfrenta o cidadão dos ano 70 - não acostumado a arquitetura em grande escala - com um enorme arranha-céu que é visto tanto como atrativo quando como ameaçador. Hoje em dia, quando nossas cidades estão inundadas de torres de grande altura, o filme parece ter uma especial relevância, apresentando uma série de interessantes temáticas relacionadas com nossa profissão.

Como a figura e a relevância do arquiteto mudou nos últimos 40 anos? Até onde chega nossa responsabilidade após desenhar um projeto? Tem sentido continuar enchendo nossas cidades de arranha-céus?

+ 14

O filme realizado me meio ao boom imobiliário que sofreu a cidade de São Francisco entre 1960 e 1980, uma "onda de Manhattanização" que mudou definitivamente o seu skyline. De alguma maneira, seus criadores (o filme é baseado em dois livros de diferentes autores) estavam à frente do que viria.

Atualmente, São Francisco é a segunda cidade com edifícios mais altos da costa oeste dos Estados Unidos, depois de Los Angeles, e a sétima a nível nacional, depois de Nova Iorque, Chicago, Los Angeles, Houston e Dallas

O arranha-céu fictício do filme se apresenta como uma torre de 138 pavimentos e 550 metro de altura, um equivalente ao One World Trade Center (541 metros de altura), inaugurado em 2014 em Manhattan. O edifício mais alto do mundo em 2015, continua sendo o Burj Khalifa, inaugurado em 2010 em Dubai, com 828 metros de altura. Seria este o caminho certo?


Skyline de São Francisco em 2009. Imagem © Leonard G. Vía Wikipedia CC




CENAS CHAVE

1.O Skyline de São Francisco em 1974


O protagonista retorna das suas férias sobrevoando a cidade de São Francisco em helicóptero. Isto nos permite ver o skyline que mostrava a cidade no ano de 1974, com mais ou menos 17 edifícios de grande altura (evitando a "Torre de Vidro", claramente distinguível na imagem inferior). Hoje em dia, São Francisco possui 410 arranha-céus, dos quais, 44 possuem altura superior aos 122 metros.

2. A Figura do Arquiteto, 40 anos atrás

Já nas primeira cenas, é possível notar como o arquiteto da torre é esperado ansiosamente para a inauguração do edifício. É recebido no heliporto e é - excessivamente - respeitado pelos seus colegas e por sua equipe de trabalho. O arquiteto se apresenta como uma figura de importância na hora de resolver problemas, utilizando um vocabulário muito técnico e enfatizando seu conhecimento relativo às instalações e mecanismos dos edifício.

3. Os cidadãos impressionados com a arquitetura

A inauguração do edifício é o evento do ano. Os cidadãos se impressionam com sua altura e suas modernas instalações; a alguns, a obra lhes causa desconfiança, enquanto que outros sonham em viver nele. Um grande tapete vermelho espera os convidados da inauguração - convocando um grande número de jornalistas - e em reiteradas ocasiões mostra-se as pessoas olhando para cima. Continuamos nos assombrando com este tipo de arquitetura no dia de hoje?

4. Uso Misto: diferentes programas em um só edifício

O arranha-céu se apresenta como uma espécie de cidade, multi-programático e aparentemente autossuficiente. Os espaços são amplos, luminosos e modernos, incluindo escritórios, moradias e até mesmo ateliês de arte para as crianças. Os diferentes programas da torre são separados por níveis, para funcionar em paralelo, porém de forma independente.

5. A Maquinaria por trás do arranha-céu (e a importância da parte técnica)

Através do roteiro do filme, enfatiza-se o mecanismo que permite o funcionamento do edifício. Em repetidas ocasiões, são mostradas as salas de máquinas e seus operários trabalhando (inclusive se vê o arquiteto revisando as caixas elétricas). A história enfatiza o trabalho específico de diferentes envolvidos na sua construção e coloca em discussão a responsabilidade de cada um deles, em relação ao incêndio.



6. O Arquiteto como um Herói

"Todos querem saber por que o melhor arquiteto do mundo não está aqui". Enquanto a festa de inauguração começa no andar 135, o arquiteto procura resolver um problema elétrico que logo causará o grande incêndio que dá nome ao filme. Doug não somente busca o responsável por não seguir suas especificações técnicas, mas também se envolve completamente; trabalha junto com os bombeiros, auxilia seus companheiros e inclusive apaga o fogo com suas próprias mãos.

7. Locações reais utilizadas para dar vida a "Torre de Vidro"

Para a entrada da torre foi utilizada a praça de acesso dos escritórios centrais do Bank of America, conhecida atualmente como 555 California Street e localizada no Distrito Financeiro da cidade. As cenas no hall e seus espetaculares elevadores de vidro, foram filmadas no Hyatt Regency San Francisco. As áreas de vigilância da torre foram filmadas no subterrâneo do Century City, enquanto a mansão do engenheiro elétrico está localizada no endereço 2898 Vallejo Street, no bairro Pacific Heights.


8. A Maquete da "Torre de Vidro"

Para a realização de algumas cenas exteriores do arranha-céu, foi construída uma maquete de 21 metros de altura, isto permitiu a equipe criar pequenos incêndios na torre para serem incluídos no filme, sem perder o realismo. Entre estas cenas, também incluiu-se o momento da inauguração em que se acende todas as luzes do edifício.
 

Meio século da tragédia que indiretamente deu força pro roteiro desse filme. Se ao menos o Edifício Joelma tivesse uma caixa d' água tão grande que pudesse ser destruída pra apagar as chamas como no edifício do filme, o destino final poderia ter sido menos desastroso.
 
(Vide linha direta Mistério)
Eu já fui no antigo Edifico Joelma, por pura curiosidade. Ainda em pé, na 9 de Julho, se não me engano.


O centro de modo geral, é bem mórbido.
Você está na Liberdade/Largo da pólvora, onde centenas de pessoas eram enforcadas.
Anda algumas, quadras, vai pro antigo Joelma, ou o Andraus.
O Matinelli suas tragédias e assassinatos.
Vai na Catedral da Sé, toda neo gótica.
 
(Vide linha direta Mistério)
Eu já fui no antigo Edifico Joelma, por pura curiosidade. Ainda em pé, na 9 de Julho, se não me engano.


O centro de modo geral, é bem mórbido.
Você está na Liberdade/Largo da pólvora, onde centenas de pessoas eram enforcadas.
Anda algumas, quadras, vai pro antigo Joelma, ou o Andraus.
O Matinelli suas tragédias e assassinatos.
Vai na Catedral da Sé, toda neo gótica.

Se puxar a história do entorno do edifício (Crime do poço, pelourinhos, etc) o bicho pega feio.
 

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