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infância élfica

piergiorge

Usuário
Eu procurei na busca e não achei nada a respeito. Caso já exista algum tópico relacionado me desculpem.


Na obra de Tolkien existem referências a alguns nascimentos élficos (ex: Fëanor), mas não lembro de ter lido algo sobre a infância do elfos.
Eu fiquei em dúvida se os elfos só se tornam adultos depois de vários anos (pois envelheceriam lentamente) ou se a infância seria tão curta quanto dos humanos.

Considerando uma criança humana e uma elfa. Caso as duas tenham idades próximas, elas aparentariam a mesma idade?
 
Tem um trecho (suponho que no Silma, mas preciso confirmar) que diz que em certa idade as crianças humanas e as élficas eram muito parecidas (referindo-se principalmente as crianças das três casas).

Mas as crianças humanas não podiam esperar muito tempo na infância e envelheciam rápido na direção da vida adulta. Também tem no site Valinor mais alguns detalhes em um texto sobre a juventude élfica mas é pouca coisa que ficou registrado nos livros SDA, OH, Silma e CI.

Para o caso da emancipação e independência (como ocorria com os Hobbits na idade da maioridade), os elfos realmente demoravam um tempo extremamente mais dilatado do que os homens para alcançar a plenitude da mente de um adulto, atestado pelo caso de Arwen e seus irmãos perto de Elrond, Legolas e outros elfos mais jovens mantidos em casa até que um candidato predestinado (como devia ser com os elfos) fizesse a corte.

A permanência longa entre os pais fazia das crianças élficas extremamente favoráveis a preservação de tradições e as crianças viviam cercadas de relíquias históricas antiquíssimas (Principalmente Feanor) e carregavam uma porção de poder subcriativo relativa a sua geração e família no mundo. A ligação que tinham com o mundo se demonstrava pela afinidade por algum tipo de habilidade ou destino (em parte pela força do sangue) como ocorria com Elros e Elrond na época de crianças.

As crianças, principalmente as élficas, significando o futuro e uma parte do mundo, eram um dos elementos da criação de Eru as quais possuíam cada uma a sua música ou trecho de música (da mesma forma que Bombadil conhecia a música para controlar o Salgueiro ou das canções de poder geradoras de frutos de Yavanna).

No caso de Mandos, era proibido de se pronunciar sem a permissão de Manwë, que o fazia por algumas razões, entre elas as quais:

-Não conhecer a maior parte da visão de criação do mundo que desapareceu antes de os Valar enxergarem.
-Misericórdia/prudência para com os outros e consigo mesmo (não estragar a gestação do futuro).
-Existência de elementos novos inseridos por Eru e apenas conhecidos por ele.

É fato que todos os Valar (Melkor incluído) não poderiam prever o aparecimento de alguns tipos de crianças do destino como Elros e Elrond ou mesmo Lúthien que era uma criança meio-maiar com uma infância ainda mais incomum que a élfica.

É interessante especular que se fosse possível dizer ela deve ter sido praticamente uma criança "x-men" diferente de tudo que já houve, com características amadurecidas ao extremo em tudo que concerne uma criança, desde a passagem da fase cruel (instintiva) para a fase do despertar da própria humanidade e caráter, sob cuidados de super-pais (Thingol e Melian).
 
Última edição:
Não sei se esse (Elfos de Tolkien) é o artigo que o Neoghoster Akira se refere, mas tem alguma coisa nele sobre as crianças élficas:

Ciclo de Vida

Como dito em History of Middle-earth e nas Cartas de Tolkien, Elfos tinham um ciclo de vida diferente do ciclo dos Homens. Muito das informaçõs a seguir refere-se somente aos Eldar, como encontrado em seu ensaio Leis e Costumes entre Eldar, encontrado em O Anel de Morgoth.

1 – Início da Vida.

Elfos nascem após um ano de gestação. O dia de sua concepção é celebrado, não o dia de seu nascimento em si. Suas mentes se desenvolvem mais rápido do que seus corpos; em seu primeiro ano, eles já conseguem falar, andar e até mesmo dançar e o rápido alcance de maturidade mental faz com que os jovens Elfos pareçam, para os Homens, mais velhos do que realmente são. Puberdade física acontece entre seus 50 ou 100 anos (aos 50 eles atingem sua estatura adulta), e aos seus 100 anos de vida fora do ventre todos os Elfos estão completamtne desenvolvidos. Os corpos dos Elfos deixam de envelhecer fisicamente enquanto os corpos de Humanos continuam.
 
Exatamente esse Elendil. Eu estava tentando me lembrar de onde estava.

Outra curiosidade sobre os casos de infância disfuncional de alguns elfos aparece com Aredhel e Eol ao gerarem Maeglin.

Segundo os livros, todo defeito, débito ou fraqueza élfica de caráter produz uma consequência ligada ao destino. Se Aredhel temia uma gaiola (semelhante a Eowin), então o medo dela tenderia a atrair uma calamidade sobre sua casa baseada no medo, arrastando a prole e o povo junto com ela (como houve com Fëanor).

Para os de sangue Numenoriano também havia esse efeito (pelo sangue élfico e Aragorn tinha sangue bastante forte de sua raça como nunca havia aparecido em anos anteriores) e foi uma das razões para Aragorn ter que escolher com muito cuidado evitar se juntar a Éowin (além do fato de Arwen ter chegado primeiro e ter seu direito natural sobre ele). Uma das primeiras coisas que Faramir ressalta para conquistar Eowin foi o de não ser um Rei, considerando o fato do peso de herança genética e subcriativa que Aragorn suportava fazendo com que pensasse sempre no seu povo ao invés de pensar no seu medo como houve com Aredhel, atormentada pela falha que a levou a fugir de Aman até o fim de seus dias, criando um filho que apesar de amado por grandes pessoas de seu tempo recebeu de herança um futuro atormentado dado por sua mãe.

Quanto maior o poder do casal, pior poderia ser a calamidade atrelada ao defeito élfico. Com a morte de Míriel e Finwe houve a única mácula na felicidade de Aman do tipo, enquanto que com Aredhel (também de sangue nobre forte) ocorreu o horrível desenrolar da morte de Eol cravando uma farpa em Maeglin.

Ou seja, a personalidade da criança élfica podia crescer instável e irrascível se tornando uma pária, solitária e orgulhosa, em alguns casos alienada do mundo real ou de irmãos mais afortunados. Nas famílias nobres a prole e o povo sofriam diretamente o efeito das escolhas dos pais (ou super-pais).
 
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E há ainda a interferência (ou Providência) sobre o destino do recém-nascido e Fëanor é o exemplo mais claro. Mesmo cercado de amor e dedicação que Finwë deu e, posteriormente Nerdanel, nada conseguia demover o noldor de suas decisões. Autodidata, apefeiçoou ao máximo as runas de Rumil e outras maravilhas que todos estão carecas de saber.

Mas é curioso que um personagem tão marcante não tenha um maior desenvolvimento sobre o passado como foi feito com Túrin Turambar; como o noldo era em seus primeiros anos? Fëanor já era temperamental? Tinha o gênio criativo aos cinco, seis ou dez anos de idade?
 
E há ainda a interferência (ou Providência) sobre o destino do recém-nascido e Fëanor é o exemplo mais claro. Mesmo cercado de amor e dedicação que Finwë deu e, posteriormente Nerdanel, nada conseguia demover o noldor de suas decisões. Autodidata, apefeiçoou ao máximo as runas de Rumil e outras maravilhas que todos estão carecas de saber.

Mas é curioso que um personagem tão marcante não tenha um maior desenvolvimento sobre o passado como foi feito com Túrin Turambar; como o noldo era em seus primeiros anos? Fëanor já era temperamental? Tinha o gênio criativo aos cinco, seis ou dez anos de idade?

Temperamental e tão capaz de maldades quanto qualquer humano, ô fulaninho ruim, sô! Bastou um pouco de sofrimento e o orc que havia nele veio à tona. Mas é um dos poucos elfos dos quais gosto. Senhor personagem.
 
Temperamental e tão capaz de maldades quanto qualquer humano, ô fulaninho ruim, sô! Bastou um pouco de sofrimento e o orc que havia nele veio à tona. Mas é um dos poucos elfos dos quais gosto. Senhor personagem.

É o personagem que mais gosto. É um elfo com comportamento impulsivo, um tanto quanto bizarro para um elfo (louco para alguns leitores), criou as Silmarils, arrumou um nome mais legal para o Melkor :mrgreen:, queimou barcos (acho q foi o ato mais cruel de Fëanor), caiu no braço com balrogs...
 
Uma das questões mais misteriosas sobre Fëanor é a escolha da concepção (que iria influir muito na infância).

Muitas perguntas podem ser feitas a partir do dado de que Finwë estava predestinado a gerar um filho de enorme envergadura em qualquer cenário possível uma vez que carregava material genético excepcional, com potencial de mudar a história élfica.

Perguntas como por exemplo, se ele tomasse uma mulher Vanya, como se comportariam o corpo e as relações familiares diante de um desafio diferente daquele de tomar uma mulher Noldor deixam espaço para muitos mistérios.

No caso dos Vanyar mais que um desejo e um destino direto para luz possuíam também tolerância e resistência o bastante para suportar viver aos pés dos poderes e diante de desafios "além mundo" eram capazes de diferente dos Noldor de destrincharem profundamente um mistério poderem dar o passo seguinte e encarar outras realidades (e os problemas delas) com uma naturalidade própria apenas do primeiro povo. Eu penso que seria possível para um Vanya mesmo aceitar melhor o amor entre um fantasma de um elfo e um elfo encarnado, digerindo a situação devido às maravilhas que viviam diariamente ao estar tão perto da morada dos poderes.

Em uma passagem do Silma se diz que em Aman o "outro mundo" era visto com mais naturalidade pelos elfos, diferente dos humanos, de modo que Legolas no capítulo da companhia cinzenta não fica apavorado com a presença dos fantasmas dos homens.

A forma rígida de encarar o lado oculto do mundo estava mais presente nos Noldor e principalmente em Miriel Serinde que devia ser uma grande representante do pensamento noldor de seu tempo, com grande influência sobre o povo. Não obstante, se a ela fosse permitido ver o futuro que lhe aguardava ela poderia ter se afastado imediatamente de Finwë pois o futuro lhe custou um preço altíssimo de não querer voltar para o mundo dos vivos, nem poder ver nem amar o marido e o filho e é muito pesado para uma esposa ser conhecida como a única a ter conhecido tamanha infelicidade no reino abençoado.

Por outro lado, gosto de pensar que se Finwe escolhesse uma esposa que ressoasse com seu destino primordial (o de amar e seguir os Vanyar em seus passos), poderia ocorrer de o corpo de uma Vanyar estar protegido por este outro destino (o segundo povo deve seguir o primeiro) e de ela se sair melhor gerando o que com certeza seria sempre um filho de enorme poder e isto traria algo novo ao mundo pois o pensamento deste filho estaria fundamentado no amor a duas famílias. Eu imagino quão grandioso seria um Feanor com sua mãe viva, com um pai não amargurado, aprendendo novidades aos pés dos poderes com a família de sua mãe, habitando um mundo sem Morgoth. A força de união que ele geraria seria tanta que corria-se o risco de as mentiras de Melkor nunca conseguirem penetrar no reino abençoado ( não haveria guerra das jóias). Talvez rolasse até uma aliança entre os maiar, Vanyar e Noldor, um tipo de unificador que marcaria a história.
 
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