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Notícias Indo longe demais? "ONG quer banir “A Divina Comédia” por racismo"

Eu ando evitando estes tópicos polêmicos. Não porque eu não goste de polêmica, (oi, eu gosto é de tumulto!) mas porque ando sem tempo para voltar aos tópicos, para continuar uma discussão, whatever (eu nem deveria estar no fórum, deveria estar tentando escrever :cry:). E, não, não uso aquele treco de tópicos acompanhados, aquilo é um saco, e me irrita. Mas, porém, contudo, entretanto, todavia, vou deixar a minha opinião aqui.

Sabem o que me preocupa? Essa ideia de que os livros precisam ser os pais que as pessoas não têm. Porque, sim, para muitas pessoas, os livros LITERÁRIOS estão sendo reduzidos ao conceito de "é bom se ensina que as crianças são nossa única esperança", blá blá blá. Quem diz que uma coisa é certa ou errada, são os pais, gente, não os livros. Céline é um FDP de ser humano, mas ler "Viagem ao fim da noite" não faz de você um FDP como o Céline, mas sim alguém que tem um bom gosto literário.

Quem ensina a criança a não ser racista, homofóbica, são os pais, gente. Os pais que, muitas vezes, fazem as piadinhas mais nojentas do universo, do tipo: "serviço de preto", dizer que não gosta do Richarlyson porque ele é uma "bicha nojenta", e não por que ele é um péssimo jogador, etc. Os professores ensinam aos alunos sobre etnocentismo, sobre o que o fato de as pessoas acreditarem em "raça superior" já fez com a humanidade, etc. E os livros (tô falando dos literários, porra!) eles são o reflexo de tudojuntomisturado, para o bem ou para o mal. Eles não têm nenhuma obrigação moral de dizer que fazer determinada coisa é certo e fazer outra coisa é errado. Eles encenam essas coisas, eles sugerem, mas eles não funcionam sozinhos, não.

Não me interessa se vocês gostam ou não do Paulo Freire. Eu gosto, e vou citá-lo, agora. Ele diz que a "leitura do mundo precede a leitura da palavra". E eu acho isso perfeito. Antes de ler a palavra, você lê o mundo (e é lido por ele). E a leitura que você faz do mundo vai influenciar MUITO a leitura que você fará da palavra. Uma pessoa que usa a expressão "serviço de preto" vai ler Sítio do Pica-Pau Amarelo com essa interpretação carregada. A pessoa que aprendeu que a melanina não interfere em porra nenhuma no caráter da pessoa, lerá Síto e entenderá que 287482797937 mil anos de racismo ainda refletem na nossa sociedade. O mesmo se aplica ao caso da Divina Comédia. Você não se tornará mais intolerante religioso por ler essa obra. É muito feio jogar a culpa da sua mediocridade para cima de um livro, assuma as merdas que faz.

Btw, papo de discrimação não é idiotice. Reduzir obras literárias a isso, é.
 
Estão completamente corretos! Óbvio que é extremamente ofensivo que um livro escrito em 1307 - mais ou menos 30 anos depois das Cruzadas, e o mesmo ano que centenas de cavaleiros de uma certa ordem estavam sendo queimados vivos com uma das principais acusações sendo sodomia, não tenha linguagem politicamente correta quando falar de muçulmanos e gays né? :blah:


Ahh politicamente correto :disgusti: não queriam fazer essa merda com Monteiro Lobato também?
 
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