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Indique um clássico da Literatura

E aí, como foi?
Bem... :lol:

Não posso dizer que foi uma leitura prazerosa. Quando transitei do verso para a prosa me deu uma esperança: eu pelo menos consegui entender tudo que estava se passando, e as passagens do Inferno são melhores, as metáforas particularmente interessantes; mas 1) eu definitivamente não me interesso pelos personagens da Igreja ou da Florença do século XIII/XIV, estejam no Inferno, no Purgatório ou em Mandos; 2) acho tremendamente insuportável leituras recheadas de notas de referência, mesmo em se tratando de livro físico (Contos Inacabados inclusive!): não consigo simplesmente ignorá-las, então é um vai lá-volta cá bem desagradável; 3) não suporto divagações teológicas, portanto achei a leitura do Paraíso muito, muito enfadonha.

Ainda assim, fico contente de ter lido. Foi enriquecedor, culturalmente: é, claro, uma obra-prima, sua importância e influências são incontestáveis. E o próprio enredo é bem legal: meu descontentamento tá concentrado nessas coisas que mencionei, que afetam mais a experiência da leitura do que a minha opinião sobre a obra.

E sim, deu pra entender melhor isso aqui:

Se disser que não curtiu, é culpa da prosa hein.
É uma obra de claro apelo estético, e não há dúvidas de que a conversão em prosa desagrega valor nesse aspecto. Certamente quem curte o formato (ou que aprende a forma de apreciá-lo, como ainda pretendo) tira outras impressões.
 
Última edição:
Lendo:
- Pedro Páramo (Juan Rulfo)

Quero atualização lá no tópico O que você está lendo? Já te falei que sou obcecada por esse livro (e que até dei um jeito de enfiá-lo na minha dissertação. hahahaha).

Não posso dizer que foi uma leitura prazerosa. Quando transitei do verso para a prosa me deu uma esperança: eu pelo menos consegui entender tudo que estava se passando

:rofl::rofl::rofl:

Como você já terminou a leitura, posso falar um trem, que eu não quis falar antes para não aumentar a pressão: Divina Comédia também está na minha dissertação, num capítulo sobre intertextualidade, isto é, no mesmo capítulo em que Pedro Páramo está.
 
@Eriadan, se alguém me acusar de floodar, aqui, a culpa é sua. Brinks, é inteiramente minha.

Escrevi um post sobre o livro, em 2012, no meu blog. Fui lá procurar o link, comecei a ler o texto e quase morri quando vi o tanto de erro que tem no texto, mas não vou editar. hahaha Enfim, ignore os erros, porque o post é até bonitinho. Btw, nos comentários, o @abylos me fez uma pergunta, e eu falei um cadinho sobre literatura fantástica.

Pedro Páramo (Juan Rulfo).
 
@Eriadan, se alguém me acusar de floodar, aqui, a culpa é sua. Brinks, é inteiramente minha.

Escrevi um post sobre o livro, em 2012, no meu blog. Fui lá procurar o link, comecei a ler o texto e quase morri quando vi o tanto de erro que tem no texto, mas não vou editar. hahaha Enfim, ignore os erros, porque o post é até bonitinho. Btw, nos comentários, o @abylos me fez uma pergunta, e eu falei um cadinho sobre literatura fantástica.

Pedro Páramo (Juan Rulfo).
e eu não li o livro até hoje /o\

eu faço notas mentais e alguém as rouba da minha gaveta cerebral, só pode...
enfim, agora vai pro notas do Android rs
 
@Eriadan, se alguém me acusar de floodar, aqui, a culpa é sua. Brinks, é inteiramente minha.

Escrevi um post sobre o livro, em 2012, no meu blog. Fui lá procurar o link, comecei a ler o texto e quase morri quando vi o tanto de erro que tem no texto, mas não vou editar. hahaha Enfim, ignore os erros, porque o post é até bonitinho. Btw, nos comentários, o @abylos me fez uma pergunta, e eu falei um cadinho sobre literatura fantástica.

Pedro Páramo (Juan Rulfo).
Texto maravilhoso! E a sua resposta sobre os tipos de literatura fantástica também. Mas você teria algum (seu ou pra indicar) que se aprofunde na obra, COM SPOILERS? Chamando atenção praqueles detalhes da obra que nem sempre a gente saca, sabe?

Eu resolvi adquirir esse hábito, depois de Grande Sertão Veredas. Já tinha achado o livro ótimo, mas depois que li uns artigos sobre (que vinham no final da edição), percebi que era ainda mais genial do que pensara! E aí fiquei pensando como é uma pena a gente dar uma obra por concluída sem ter extraído tudo que tem nela - ou quase tudo que foi intencional do autor, pelo menos.
 
Mas você teria algum (seu ou pra indicar) que se aprofunde na obra, COM SPOILERS? Chamando atenção praqueles detalhes da obra que nem sempre a gente saca, sabe?

Vou procurar aqui, tenho certeza de que guardei um tanto de coisa que pesquisei para escrever a minha dissertação. Aliás, eu até te passaria a minha dissertação, mas, nela, Pedro Páramo entra como um diálogo com a obra principal (que é de um escritor moçambicano; aí as coisas ficam meio confusas para quem não leu o outro livro, que, para quem não tem costume de ler literatura africana, é um cadinho complexo).

Uma coisa muito bacana sobre o Juan Rulfo é que ele fazia ficção até quando não estava escrevendo. Ele deu poucas entrevistas porque ficava deprimido quando era entrevistado. E, além disso, ele nunca falava a mesma data de nascimento, o mesmo local de nascimento. Vivia inventando fatos sobre sua vida. hahahahahah

Ahh cara, esta é uma looonga história hahaha Note o ano do post. Desencanei um pouco (não "fujo" mais de propósito), mas não é página completamente virada. Especialmente a ideia da Pós.

Vou te falar como uma pessoa que fez Letras porque ama Literatura: eu não me arrependi de ter feito o que eu amava. Mas vou te dizer que a parte financeira é complicadíssima, mesmo, o que não seria um problema para você, que é concursado e tem estabilidade. Aliás, por mais que eu ame literatura demais da conta, tenho certeza de que eu conseguiria aproveitar mais do curso se já tivesse com a vida financeira mais ou menos ajeitada.

O período do mestrado, então, foi pavoroso (evito falar sobre ele, porque me sinto mal só de lembrar toda a merda por que tive de passar naquela época): eu tinha dois empregos, cursava o mestrado em BH, e tinha de me movimentar da periferia (onde moro) para o centro da cidade (para trabalhar) e, de lá, para BH. Foi estafante.

E eu era bolsista (eu mal consigo me sustentar, como conseguiria pagar um mestrado, meu Deus do céu? Fui bolsista ProUni na graduação, btw), o que significa que eu TINHA de participar de seminários e tal, e tinha os relatórios de bolsista, e a quantidade de livros teóricos lidos, e discussões sobre eles, e os encontros de orientação, e grupo de pesquisa, e escrever a dissertação... foi pedreira.

Acho que é por isso que, mesmo oito anos depois de ter defendido o mestrado, não pensei em fazer Doutorado. Isso significa que eu deixei de amar a literatura? Não, pelo contrário. Estou contando isso só para dizer que eu acho, sim, que você deveria aproveitar a estabilidade que tem para seguir um dos seus sonhos. Sei que você se casou recentemente e tal, mas vai pensando melhor na coisa.

Tenta fazer uma disciplina isolada, para começar a conhecer professores, se familiarizar mais com os procedimentos teóricos da montagem do projeto de pesquisa em Letras, enfim. Na minha turma de mestrado tinha duas pessoas que, na graduação, cursaram História, e decidiram fazer Mestrado em Letras. Btw, uma coisa bacana é que tem linhas de pesquisa que intercalaram literatura com direito... há tantas possibilidades!

@Turgon ou @Meneldur, algum de vocês faça a gentileza de catar uns posts das duas últimas páginas, aqui, e criar um novo tópico. Não sei qual poderia ser o título. "Indique um clássico para o Eriadan"? Não. "Eriadan e os clássicos: uma história de amor pela literatura". TÁ BOM, PAREI. hahahaha Arrumem um título aí, por favor, porque essa conversa está legal e ficará perdida aqui no tópico do Censo.
 
Um coisa é certa: quando se entra com 18-20 anos numa faculdade, a cabeça é de guri, bobalhão, só quer farra, festinha, pegar os brotos e lagartear no sol depois de almoçar no RU, sem compromisso com a vida... (em muitos casos, enfim, não todos).

Quando se entra com 30 ou mais, a cabeça é outra. O aproveitamento intelectual é infinitamente superior. Em compensação, o tempo livre e energia pra gastar são reduzidos, e o contato com os colegas tende a ser mais rarefeito (inclusive pela diferença de idade). Em compensação, por outro lado, a maturidade te põe em contato mais facilmente com os professores, o que é bem melhor, na real.

(Mas ainda sonho com os brotos nas festinhas só pela nostalgia do que nunca tive...) :hxhx:
 
Ô @Béla van Tesma, eu sou uma pessoa curiosa, conta aí: cê fez qual curso antes de Letras? (Ou não fez, e trabalhava com outras coisas). Tá fazendo Letras há quanto tempo?
 
Obrigada, Turgz!

Só para não deixar o tópico morrer: Já leu Terra Sonâmbula, @Eriadan? Mia Couto, escritor moçambicano, foi muito influenciado pelo jeito "Guimarães Rosa" de fazer Literatura. Na verdade, Mia, primeiro, foi influenciado por Luandino Vieira - escritor angolano - que também foi influenciado pelo Rosa.
 
Obrigada, Turgz!

Só para não deixar o tópico morrer: Já leu Terra Sonâmbula, @Eriadan? Mia Couto, escritor moçambicano, foi muito influenciado pelo jeito "Guimarães Rosa" de fazer Literatura. Na verdade, Mia, primeiro, foi influenciado por Luandino Vieira - escritor angolano - que também foi influenciado pelo Rosa.
Mia couto é homem...

ja que o título virou indique um clássico, vou indicar a moreninha, que dos clássicos que li, é meu favorito :)
 
Obrigada, Turgz!

Só para não deixar o tópico morrer: Já leu Terra Sonâmbula

Esse Terra Sonâmbula é lindimais. Li dua vezes; é verdade que parte do tchã se perde na releitura. Mia Couto tem pelo menos dois outros livros que eu recomendaria com força para quem nunca o leu: Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra — e O fio das missangas (contos). Acho que O outro pé da sereia entraria na lista também, com menos ênfase. Mas depois de um tempo a prosa dele cansa um bocado; nem recomendo a leitura de duas obras em sequência. Vendi meus Mias todos uns anos atrás. Não cheguei a acompanhar os últimos trabalhos dele, desde 2010 mais ou menos. XD Alguém sabe se aquela trilogia é boa?
 

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