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Índios evangélicos aumentam 42% em 10 anos e já são 210 mil

Sim povos subjugam outros ao longo dos tempos e eu concordo, mas pra ficar mais claro, pois acho que faltou da minha parte explicar melhor, porque eu estava me focando apenas uma característica que pode acontecer num grupos isolado desconhecido. Se um determinado grupo não nômade se estabelece num lugar e fica ali isolado durante centenas de anos e não se interage culturamente com absolutamente mais niguém a tendência normal é ele manter entre seus habitantes suas tradições culturais estagnadas. Eu quis me referir a "pureza" e "integridade" nesse contexto.

E desculpe a outra resposta totalmente vaga, pois eu geralmente sempre respondo quando chega o email dos tópicos que subscrevo, mas daquela vez veio incompleta na mensagem anterior e respondi apenas em cima da primeira frase.
Mas isso também inexiste, Furia. Por mais isolada que seja a tribo, ela veio de algum lugar, teve algum contato com uma tribo, mesmo parente, vizinha. Não somos todos descendentes do Australopithexus, que surgiu na África. A população humana se dividiu naquele lugar, naquele ciclo evolutivo. O que chamamos de povos e etnias são classificações mais ou menos científicas, baseadas em características físicas, geográficas etc, de grupos membros da mesma família humana. Então, não importa se os pigmeus da casa-do-cacete nunca tiveram contato com o homem branco ou outra tribo. Eles tem 'história', memória, suas crenças não surgiram do nada, não foram inventadas e nem apareceram por ideia de um homem, grupo etc. Brotaram do inconsciente coletivo da humanidade, da etnia, do povo, da tribo, e de seu passado genético-espiritual.
 
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A raiz de todo este mal é a visão politicamente correta de que o índio só é índio, se viver como tal, ou seja, pouco importam a expectativa de vida de 30 anos, o infanticídio etc. O que importa é que eles não sejam "corrompidos" pelo capitalismo patriarcal ocidental.

Enojante...

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pouco importam e expectativa de vida de 30 anos,
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Com garimpeiros envenenando um rio com mercúrio, matando seus peixes ou até secando-o por completo a vários quilômetros de distância, mais a frente a desgraça chega até eles.

Realmente nem é preciso o homem branco ter contato físico bem próximo com eles pra dizima-los por completo.
 
Com garimpeiros envenenando um rio com mercúrio, matando seus peixes ou até secando-o por completo a vários quilômetros de distância, mais a frente a desgraça chega até eles.

Realmente nem é preciso o homem branco ter contato físico bem próximo com eles pra dizima-los por completo.

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Em vez de arcos e flechas, índios com laptops, celulares, e aparelhos de GPS para defender a terra do desmatamento. Na comunidade estão 1300 mil dos mais de 800 mil índios que hoje vivem em nosso país. Eles ficaram conhecidos no mundo pela maneira como defendem sua história, sua cultura e sua terra.
Nas mãos dos índios suruis, os equipamentos cada vez mais comuns nas cidades tem outras funções na floresta. Para qualquer movimentação estranha ou presença hostil, eles receberam treinamento especializado para fazer a imagem e rastrear via satélite, com a ajuda do GPS, saber a posição exata, por exemplo, de um madeireiro ilegal. Esses dados são enviados para as autoridades competentes como Polícia Federal e Funai.
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Ver índios que mal falam o português manuseando celulares, filmadoras, GPS no meio do mato. Eles se dividem em grupos e passam até cinco dias na floresta. Monitorar invasões não é o único trabalho. Outros índios registram todas as espécies animais e vegetais. É o biomonitoramento da reserva surui.
A ideia nasceu do líder da comunidade, Almir Surui. Em 2007 ele visitava os Estados Unidos quando decidiu bater na porta de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, a Google.
“A gente estava passando a frente da sede do Google e eu tinha muito curiosidade como funcionava então lá nós fomos e apresentei minha vontade de que o Google fizesse sua parte tecnológico ao junto ação do povo surui”, conta o líder Almir Surui.
O projeto deu certo por causa da persistência do líder, que já foi ameaçado de morte por isso. “Os suruis se juntaram e começaram a impedir a retirada de madeira nessa região e isso teve um impacto. Teve um impacto sobre quem estava ganhando, lucrando com essa madeira ilegal. Eles começaram a responder. Colocando muita pressão em cima do Almir, mandando ameaças”, fala Vasco Roosmalen, diretor da equipe de conservação da Amazônia.
A gerente da Google Earth, Rebecca Moore, conta que ao questionar sobre como Google e índios poderiam trabalhar, Almir respondeu: os suruis não sabem de tecnologia, mas a Google não sabe de floresta. Foi aí que ela entendeu que a parceria daria certo.
“Pessoalmente é projeto mais poderoso que fiz para o Google. Tem uma palavra que aprendi em português: socioambiental. Nós não temos essa palavra em inglês, deveríamos ter. Eles são um povo pequeno, mas muito esperto”.
A parceria com a Google não se resume a colocar imagens no Google Earth. Numa sala, os mais jovens demonstram que tecnologia não é mais segredo.
Uma plataforma digital inédita, inspirada num pedido dos índios, foi idealizada pela empresa.
É uma espécie de mapa cultural dos suruis que será disponibilizado de graça para o mundo até o final do ano. Em cada ícone estará um pedaço da história desse povo. “Tem contos, tem a histórias do contato, tem sobre as nossas comidas, tem de tudo um pouco”, fala a estudante Walelasoepilemãn Surui.
“É importante porque ali vai ficar guardado e não só nós vamos poder ver como todas as pessoas que acessarem a internet”, diz o estagiário Oyexiener Surui.
Os suruis também são os primeiros no mundo a receber a certificação de carbono, prova de que estão contribuindo para a preservação da floresta. Motivo de orgulho e festa para todos. Ao final do curso, os alunos receberam um diploma e como retribuição, os suruis celebraram relembrando antigos rituais.
“Graças essas parcerias que pessoas estão vendo como é uma comunidade indígena e para nós é um grande orgulho de também criar um consciência mais que tecnologia é para construir, mas sim que podemos refletir como podemos melhorar ou criar um novo modelo de fazer o nosso planeta mais sustentável, mais aliado com nosso povo”, completa Almir.
Nas últimas semanas, aumentou a tensão entre os madeireiros e os índios surui. Um documento assinado por 35 entidades pediu providências, e a Força Nacional de Segurança foi deslocada para Rondônia para dar proteção ao líder da comunidade Almir surui e à família dele. A Secretaria Nacional de Direitos Humanos disse que acompanha a situação e que vai mandar uma missão à reserva indígena logo depois da Rio+20.

Fonte: http://g1.globo.com/jornal-da-globo...ogia-para-defender-terra-do-desmatamento.html

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Vou concordar com o Paganus quanto a um ponto...

Temos uma falsa idéia relativa a determinadas etnias. Uma idéia museulógica de que devemos preservá-los a qualquer custo, inclusive deles mesmos. Não existe nenhuma sociedade sem historicidade. Diversas tribos de índios interagiram com a civilização e hoje tomam Coca Cola e têm acesso à internet. Vamos privá-los disso visando a preservação de antigas tradições? Eu não tenho nada contra preservar tradições, mas isso deve partir de uma auto-consciência étnica. É um tanto hipócrita que pensemos que a civilização judaico-cristã deva passar por progressos técnicos e mudanças no âmbito da cultura, da política e da sociedade, enquanto quer que as sociedades indígenas permaneçam engessadas, como uma prateleira numa exposição... a qual olhamos quando temos vontade.
Eu vejo isso em alguns trabalhos realizados em comunidades remanescentes de quilombos já cristianizadas, em que alguns acadêmicos estúpidos vão lá ensinar o Jongo ou a Congada. É a arrogância e a estupidez de acharem que podem ensinar os negros a serem negros.
 
Eu não tenho essa falsa ideia. Entretanto...

Concordo que índio é um cidadão como todos nós somos, é um ser de direito e até com mais direitos que todos nós, principalmente pelo histórico dos ultimos 500 anos de usurpação, perda de identidade, genocídio e etc e etc...

Mas índio deve ser índio sim com suas crenças, vivências dentro de seus próprios territórios. Nos dias de hoje ele pode se integrar com toda a sociedade? Claro que pode. Pode ter celular e cameras digitais? Claro que pode. Pode usar seu short na cor vermelha ou calça jeans? Claro que pode. Pode ter carro, tv, e tudo mais...

O índio seguir qualquer outra religião significa perder sua identidade. Como ele vai seguir Jeová e ao mesmo tempo as entidades de suas crenças? Não há como seguir dois senhores. Se o índio perder a essência de suas tradições religiosas é perde na sua identidade aí sim se há perda de identidade deixa de ser índio.

Aliás, eles estavam muito bem na América antes de nós ocidentais aqui chegarmos e enfiarmos goela abaixo as crenças ocidentais.
 
Nossa, me desculpa, Elessar, mas esse post é de um besteirol tão grande e tosco que nem sei como posso começar a criticar.

De onde você tirou que um ser humano TEM, ou DEVE ser obrigado a seguir a religião de seus pais???? Vc segue a crença dos seus pais, avós? 'Essência' :roll: QUE essência? Não existe essa história de essência religiosa,a religião muda e se transforma, absorve e é absorvida com os tempos. Se não fossem os europeus, seriam outro povo a causar essas mudanças, ok, talvez não tão drásticas.

'Não se pode servir a dois senhores', afffffff, isso não é mais discussão, é repetição de jargão, e dos mais mofados e idiotas que nossos ideólogos já cunharam.

Em que os índios deixam de ser como nós??? Então nós deixamos de ser 'essenciais', 'puros, por perdermos a religião.

Nossa, avisem aos ateus que eles são criaturas essencialmente deficientes.

E eu também, porque mudei de crença várias vezes. Inclusive hoje estou na fé que a Igreja dos meus ancestrais classifica como cismática e herética.

Queima eu, Roma.
 
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Aliás, eles estavam muito bem na América antes de nós ocidentais aqui chegarmos e enfiarmos goela abaixo as crenças ocidentais.

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Os povos escravizados pelos aztecas, cujos deuses exigiam sacrifícios, adoraram o "deus espanhol" (ou cristão, branco, ocidental, etc) que, em vez de exigir sacrifícios, se sacrificava por eles.

A triste real é que a vida na América pré-colombiana estava mais para "Apocalypto" do que para "Pocahontas".

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Eu vejo isso em alguns trabalhos realizados em comunidades remanescentes de quilombos já cristianizadas, em que alguns acadêmicos estúpidos vão lá ensinar o Jongo ou a Congada. É a arrogância e a estupidez de acharem que podem ensinar os negros a serem negros.

Porque arrogância? Isso era um ensino forçado na marra onte todos eram obrigados?

Bom quanto a questão a troca de cultura eu não sou absolutamente contra, tanto que eu fiquei encantado e feliz de ter conhecido a 7 anos atrás uma cidade no norte do Amazonas chamada São Gabriel da Cachoeira. A principio eu tinha ido lá pra fazer uma trilha que fiquei sabendo quando visitei em minhas férias a cidade de Manaus, mas São Gabriel me surpreendeu em vários outros aspectos

É a cidade brasileira que pra mim é onde atualmente acontece a troca cultural entre sociedade índigena e a "civilizada" de forma mais justa e igualitária e que serve de exemplo pro país inteiro. Até hoje nao vi nada igual.

Os índios tem acesso a escola, igreja, hospital, poder livremente comprar e ter em suas casas artigos materiais (computadores, celular, TV, CD, DVD)? Sim

Mas lá o diferencial é que é um município onde além do português tem mais 3 idiomas nativos como oficiais, pois mais de 80% da população é de origem indigena ou mestiça e não tem essa da cultura de um ter devorado totalmente a cultura do outro. Todas as crenças dividem espaço de forma igual. As crianças vão a escola aprendem o nosso idioma pátrio, mas não deixam de estudar o que sempre foi da região delas e isso pra mim é digno de :clap:

Só a lamentar que esse é apenas um caso isolado, mas pra quem puder recomendo demais ir conhecer um dia essa cidade, pois é uma verdadeiro exemplo praqueles que acham que somente os indios devem receber a cultura da sociedade dita civilizada, mas achando que eles tem pouco ou quase nada a nos oferecer em troca.
 
Podem achar o maior besteirol meu camarada não tem problema. Se quiser aplicar uns mils fails ou péssimos fique a vontade, ok.

Não estou discutindo a obrigatoriedade de crenças religiosas estou dizendo sobre a perda de identidade de um grupo, onde as questões religiosas influenciam nisto. Agora, se vc entende ou sei lá o quê que a religião não é um fator determinante para isso. Apenas isso, sem ofensas, ou querer dizer que seus argumentos são besteirol. Aliás, foi mal de me expressei de forma equivocada.

Eu tive o privilégio de coordenar o Projeto Rondon por três anos na Puc Minas e visitando comunidade indigena dos Krenak e quilombolas do norte de Minas puder perceber como que a questão da igreja ajudou no disse logo acima.
 
Mercucio disse:
Temos uma falsa idéia relativa a determinadas etnias. Uma idéia museulógica de que devemos preservá-los a qualquer custo, inclusive deles mesmos.

É o que a FUNAI faz. Indígena, também chamado de silvícola, não é cidadão brasileiro, ele tem etnia própria, porém por estar em "terrtório brasileiro" (o que é muito questionado quando o assunto são povos indígenas) recebem tutela do estado, representado no caso pela FUNAI. Mas não está contemplado nos mesmos direitos e deveres dos cidadãos brasileiros, inclusive, se cometerem crimes são tidos como inimputáveis. O que é de extrema contradição em muitos casos, um índio evangélico inimputável? Pode acontecer.
 
Fúria, independente de ser forçado ou não, penso que a iniciativa em si é arrogante. Ora, identidades nascem (sejam elas políticas ou culturais), se rearticulam constantemente e, eventualmente, morrem. É a arrogância intelectual de achar que podemos fazer dessas comunidades uma prateleira, organizada da forma como achamos que deva ser, como um museu cultural. Ora, essas sociedades têm vida própria, tem historicidade. Elas interagem de diversas formas entre si e com a nossa cultura... o que se torna um campo de permuta. O exemplo que você citou é fantástico, mas isso parte de uma auto-consciência... em que os órgãos públicos constituídos organizaram os serviços públicos de maneira a respeitar o apego à tradição da parte desses povos. Não houve imposições ou constrangimentos, pelo que entendi do seu relato.
No caso do exemplo a que me referi, tratamos de comunidades que se cristianizaram... em que há pessoas agarradas a uma fé cristã. Só posso considerar arrogante a iniciativa de querer ensinar os negros que ali residem a serem negros, como é o caso... buscando construir algo artificial. E pelo que acompanho por aqui, essas pessoas são muito receptivas à Universidade por terem esperança de que trará melhorias de vida à comunidade. E na forma como eu vejo, são de certa maneira constrangidas a participar disso tendo em vista um retorno. Porque eu visitei algumas comunidades como essas e as condições de infra-estrutura em alguns casos são muito ruins (quando não inexistentes).
 
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A raiz de todo este mal é a visão politicamente correta de que o índio só é índio, se viver como tal, ou seja, pouco importam a expectativa de vida de 30 anos, o infanticídio etc. O que importa é que eles não sejam "corrompidos" pelo capitalismo patriarcal ocidental.

Enojante...

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Opa, mas pera lá.
Se o índio não passa dos 30 é muito por causa da severidade com que vivem por conta da especulação agrônoma no Brasil. O que tem de pau entre índio e fazendeiro no norte do Brasil nao ta escrito.

Eu vou dar um exemplo meu: Eu trabalhei com tribos guaranis aqui no estado de SP e com outras tribos em Roraima junto com o pessoal da faculdade. Existem pontos a ressaltar em toda essa discussão.

1: Existem MUITOS indios, jovens e velhos, que lutam contra a ocidentalização do indio. Eles ensinam as línguas nativas, mantém os costumes, os ritos e a religião. Isso tudo é muito dificil, até mesmo por causa da tentação da "vida facil"ocidental que é vendida para os indios. Mas essa "vida facil"é aquela mesma propaganda falsa vendida nas nações do bloco europeu do oriente. Que no capitalismo tudo é fartura, tudo é prazer, e que se conquista tudo apenas por esforço. A triste realidade é que quando os indios vão para a sociedade eles são alvos de racismo, preconceito, agressão e acabam vitimas do alcoolismo e da mendigagem.

2: Os indios não são "cidadão plenos" não. Eles são tutelados pela FUNAI e não respondem aos mesmo códigos eticos da constituição brasileira por razões culturais. Voce não pode prender um indio que toma uma mulher a força, por ex. para muitos indios esse costume é comum e natural, os nossos olhos ocidentais que se espantam com isso.

3: É necessário manter o indio consciente e atualizado com o que acontece no país e na ciencia. Muitas tribos são vacinadas e recebem remédios do governo e de ONGs variadas. Isso não afeta tão gravemente a sua cultura como distribuir TVs, por ex.

Quando eu fui fazer os trabalhos lá em Roraima eu era proibido de dar nome as coisas. Eu não podia chamar um passarinho de passarinho, nem fogo de fogo, pq corria risco dos indios começarem a nos imitar e perderem elementos do seu vocabulo.
Eu acho preciosismo exagerado, mas são as "normas" para pesquisadores dentro de tribos mais isoladas.

Sobre a igreja. Bom, eu sou contra a proliferação de crenças nessas tribos, mas apenas pelo fato de não ser fã da fé cristã. O que o paganus e os outros camaradas comentaram aqui ta certinho: Não existe povo sem historicidade, nem cultura sem influencia. Existem as que se sobressaem, claro, mas sempre existirão essas invasões/doutrinações entre os povos.

E o mais curioso é que uma cacetada de grupos antropológicos são apoiados e financiados pela igreja católica. Grupos extremamente preocupados com a manutenção da cultura dos indígenas e de sua conservação, sem muito proselitismo nem missionarismo em exagero.

Mas eu gosto d epensar que existem pessoas e grupos preocupados com a manutenção da diversidade cultural brasileira (assim como no mundo). É trsite pensar que o mudno todo possa um dia ser tragado para uma mesmice cultural em que os povos só vão se diferenciar pela sua história e cor de pele.

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PS: quem tiver interesse, assista o filme "enterre meu coração na curva do rio" sobre o espolio das terras indigenas nos EUA. É bem bacana para analisar o pensamento evolucionista antropológico do século XIX, XX.
 
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Nada tenho contra a preservação cultural, mas eu só posso chamar o que o Felagund descreveu, em seu post, de autoritarismo.

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Nada tenho contra a preservação cultural, mas eu só posso chamar o que o Felagund descreveu, em seu post, de autoritarismo.

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Como assim, Tar Mairon?

O Felagund deu uma problematizada bacana e atentou pra algumas questões que não estavam sendo contempladas nas nossas postagens. Acho que enriqueceu o debate, em especial no que tange o avanço do agronegócio sobre terras indígenas.


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Inclusive esse filme que ele indicou é baseado num livro de mesmo nome, escrito por Dee Brown. Já tive oportunidade de lê-lo. É uma belíssima obra (e triste) que dá dimensão do espólio e da opressão dos indígenas americanos. Fica a indicação também.
 
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Felagund,

não dá sua parte, mas da parte das pessoas que idealizaram estas políticas, algo como: "Vocês serão os índios que nós queremos que vocês sejam.". Parece coisa do "O'Brien" ("1984") com sua frase clássica: "Nossa ordem é: 'Tu és.'".

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Felagund,

não dá sua parte, mas da parte das pessoas que idealizaram estas políticas, algo como: "Vocês serão os índios que nós queremos que vocês sejam.". Parece coisa do "O'Brien" ("1984") com sua frase clássica: "Nossa ordem é: 'Tu és.'".

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Quem são esse idealizadores?

Quais seriam os fatores que criam ou facilitam a perda de identidade de uma sociedade indígena por exemplo? Não existe?
 
Podem achar o maior besteirol meu camarada não tem problema. Se quiser aplicar uns mils fails ou péssimos fique a vontade, ok.

Não estou discutindo a obrigatoriedade de crenças religiosas estou dizendo sobre a perda de identidade de um grupo, onde as questões religiosas influenciam nisto. Agora, se vc entende ou sei lá o quê que a religião não é um fator determinante para isso. Apenas isso, sem ofensas, ou querer dizer que seus argumentos são besteirol. Aliás, foi mal de me expressei de forma equivocada.
Eu sei que posso, os botões estão aí pra isso.

O seu post foi um besteirol, IMO, pela falta de argumentos. Você apenas disse sem fundamento que a conversão dos índios gera perda de identidade. Isso chega a ser uma ofensa aos índios, contra sua liberdade intelectual, social e até espiritual. Principalmente espiritual.

Fúria, independente de ser forçado ou não, penso que a iniciativa em si é arrogante. Ora, identidades nascem (sejam elas políticas ou culturais), se rearticulam constantemente e, eventualmente, morrem. É a arrogância intelectual de achar que podemos fazer dessas comunidades uma prateleira, organizada da forma como achamos que deva ser, como um museu cultural. Ora, essas sociedades têm vida própria, tem historicidade. Elas interagem de diversas formas entre si e com a nossa cultura... o que se torna um campo de permuta. O exemplo que você citou é fantástico, mas isso parte de uma auto-consciência... em que os órgãos públicos constituídos organizaram os serviços públicos de maneira a respeitar o apego à tradição da parte desses povos. Não houve imposições ou constrangimentos, pelo que entendi do seu relato.
No caso do exemplo a que me referi, tratamos de comunidades que se cristianizaram... em que há pessoas agarradas a uma fé cristã. Só posso considerar arrogante a iniciativa de querer ensinar os negros que ali residem a serem negros, como é o caso... buscando construir algo artificial. E pelo que acompanho por aqui, essas pessoas são muito receptivas à Universidade por terem esperança de que trará melhorias de vida à comunidade. E na forma como eu vejo, são de certa maneira constrangidas a participar disso tendo em vista um retorno. Porque eu visitei algumas comunidades como essas e as condições de infra-estrutura em alguns casos são muito ruins (quando não inexistentes).

Esse é o ponto básico. Não dá pra colocar seres humanos em redomas de vidro para observação ou preservação. Isso é contrariar os próprios pressupostos sobre os quais a modernidade se tem erguido: respeito aos direitos humanos, etc etc. É um retrocesso, digno de século XIX.
 

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