• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Índios baniwa criam o primeiro centro de formação para pajés do Brasil

Jeff Donizetti

Quid est veritas?
Malikai Dapana: a escola de pajés

Manoel da Silva, 75, mais conhecido pelo apelido “Mandu”, é professor da primeira escola de pajés do Brasil, localizada na aldeia onde vive, Uapuí-Cachoeira, às margens do rio Ayari, em São Gabriel da Cachoeira (a 858 quilômetros de Manaus). A escola foi criada em novembro do ano passado com a missão de evitar a morte do xamanismo entre os baniwa que, desde o início dos anos 90, lutam para revitalizar sua cultura.

Entre os antropólogos que estudam o povo baniwa, há consenso de que o pajé não é um mero curandeiro, mas uma espécie de médico com amplo conhecimento dos remédios extraídos das plantas, mas, sobretudo, um guia espiritual e mediador entre os espíritos das diversas camadas que compõem o mundo deles e o plano físico em que os índios vivem.
O risco de “extinção” do xamanismo baniwa tem explicação. Durante quase 300 anos, missionários católicos e evangélicos proibiram os índios de praticar seus rituais. Os pajés praticamente desapareceram. Desde o início dos anos 90, porém, diversas etnias iniciaram um processo de revitalização e reforço étnico que, em Uapuí-Cachoeira, culminou com a construção da Malikai Dapana.

A escola construída pelos baniwa em nada se parece com uma escola convencional. Ela tem a forma de uma grande maloca construída com vigas de madeira entrelaçadas com cipó e coberta com palha de caraná, uma palmeira da região. Tem dez metros de comprimento por cinco de largura e três de altura. “Mandu” dá aula a 15 alunos. Quase todos são jovens, parentes do professor e vivem em Uapuí-Cachoeira. Alberto diz que já mandou recado para as outras aldeias convocando novos alunos, mas até agora não recebeu resposta.

US$ 18 mil é o valor repassado pela organização não-governamental Foundation For Shamanic Studies (Fundação para Estudos Xamânicos). O valor foi utilizado na construção da maloca. Outros US$ 4,5 mil foram liberados neste ano. 5,8 mil é a população estimada pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) dos índios baniwa no Brasil.



Reportagem completa: http://acritica.uol.com.br/especiai...naus-Amazonas-malikai_dapana_0_301769875.html
 
Como se a religião deles fosse melhor!

Que critério de melhor ou pior? Os cristãos acreditam que sua religião é a VERDADEIRA. E por quê? Porque Cristo é a verdade.

Não há arrogância alguma aí, é um dogma das religiões abraâmicas.

E isso de proibir rituais parece sensacionalismo. Se os índios fosse batizados, é ÓBVIO que TINHAM SIM QUE PROIBIR. Onde já se viu? Um cristão realizando ritual pagão?

Mas a notícia é interessante, dá uma luz pros sonhadores, como eu, que querem a preservação cultural.
 
Que critério de melhor ou pior? Os cristãos acreditam que sua religião é a VERDADEIRA. E por quê? Porque Cristo é a verdade.

Não há arrogância alguma aí, é um dogma das religiões abraâmicas.

E isso de proibir rituais parece sensacionalismo. Se os índios fosse batizados, é ÓBVIO que TINHAM SIM QUE PROIBIR. Onde já se viu? Um cristão realizando ritual pagão?

Mas a notícia é interessante, dá uma luz pros sonhadores, como eu, que querem a preservação cultural.

Eu não disse que uma era melhor que a outra, mas é o que os cristãos pensaram, já que se acharam no direito de convertê-los. E quantos deles foram batizados por livre e espontânea vontade? No Brasil os que não se convertiam tinham os seus filhos tirados para serem educados como bons cristãos..
 
Com vocês o UFV (Ultimate Fighting Valinor) e mais um round de Caio Paganus X Morfindel Werwulf Rúnarmo :joy:
 
Última edição:
Eu não disse que uma era melhor que a outra, mas é o que os cristãos pensaram, já que se acharam no direito de convertê-los. E quantos deles foram batizados por livre e espontânea vontade? No Brasil os que não se convertiam tinham os seus filhos tirados para serem educados como bons cristãos..

'Batizai em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.'

Seguindo essa ordem de Jesus, a Igreja SEMPRE, SEMPRE ira procurar converter, já que é pra isso, entre outras coisas, que ela serve.

Eu creio sim que minha religião é a verdadeira, e isto faz parte da minha fé, não posso deixar de anunciar isso.

Agora, Morfindel, eu te pergunto, por quais MÉTODOS devo pregar e converter as pessoas? Infelizmente, a Igreja fez muita merda com relação aos seus métodos, muitas vezes contradizendo ou negando os valores do Evangelho.

Por isso é que hoje essa conversão, essa evangelização se pautar por métodos e até por princípios diferentes.
 
'Batizai em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.'

Seguindo essa ordem de Jesus, a Igreja SEMPRE, SEMPRE ira procurar converter, já que é pra isso, entre outras coisas, que ela serve.

Eu creio sim que minha religião é a verdadeira, e isto faz parte da minha fé, não posso deixar de anunciar isso.

Agora, Morfindel, eu te pergunto, por quais MÉTODOS devo pregar e converter as pessoas? Infelizmente, a Igreja fez muita merda com relação aos seus métodos, muitas vezes contradizendo ou negando os valores do Evangelho.

Por isso é que hoje essa conversão, essa evangelização se pautar por métodos e até por princípios diferentes.

E por que tem que converter?, eu não gosto desse proselitismo.
 
O pajé sempre foi uma figura muito importante nas tribos.

Não vejo como errado a igreja desde o século XVI ter buscado sempre catequisar os indios, mas o problema é que esse contato com homem branco com o decorrer dos séculos acabou distorcendo e até sufocando a importância de algo que sempre fez parte da cultura deles.

Menos mal que isso está sendo retomado, pois trata-se de uma tradição que merece ser respeitada.
 
Gostei da noticía, apesar de meio que mudar um pouco a forma "natural" como isso se dava antes... é uma demonstração de que há quem se preocupe com a preservação da cultura indigena.

Minha opinião sobre a discussão acima: Com certeza que aqueles que seguem religiões cristãs se vêm na obrigação de pregar e converter seus "irmãos" para o CAMINHO, VERDADE e VIDA que seria Jesus. Porém não é mentira que as religiões indigenas acabaram sumindo ao longo da História por conta dessa "ansia" que os cristãos tinham de "salvar" seus "irmãos". Acredito que a liberdade de crença e opinião é o que deve prevalecer. Essa parada de querer salvar os outros influenciando suas opiniões e mudando sua forma de pensar para mim é um tanto quanto invasivo demais. Hoje em dia não curto mais tanto discussoes sobre Deus, Jesus, Biblia e todas essas coisas... Não é algo que acredito, e respeito aqueles que acreditam. Mas por favor não tente me converter, ou me levar para a Igreja. Perda de tempo total. Cada um deve ser livre para pensar do jeito que quiser sem ninguém para dizer o que o outro deve fazer (Deixe que eles vejam teu modo de vida e decidam por si só, se é isso que eles querem), por melhor intencionados que essas pessoas estejam (ou as vezes, só pareçam).
 
Última edição:
E por que tem que converter?, eu não gosto desse proselitismo.

Mas por favor não tente me converter, ou me levar para a Igreja. Perda de tempo total. Cada um deve ser livre para pensar do jeito que quiser sem ninguém para dizer o que o outro deve fazer (Deixe que eles vejam teu modo de vida e decidam por si só, se é isso que eles querem), por melhor intencionados que essas pessoas estejam (ou as vezes, só pareçam).

Mas aí é que está o problema. A conversão, como bem coloca o Papa Bento XVI, é um processo, e um processo individual. Ninguém converte ninguém. Entender isso é a chave para se praticar uma evangelização que obedeça ao mandato do Divino Mestre sem cair no proselitismo nem ferir as culturas. recomendo lerem o livro 'Fé, Verdade, Tolerância' do cardeal Joseph Ratzinger onde relaciona fé e cultura, estuda a pretensão cristã á verdade e as diversas correntes teológicas e filosóficas que versam sobre o assunto.
 
Ninguém converte ninguém. Entender isso é a chave para se praticar uma evangelização que obedeça ao mandato do Divino Mestre sem cair no proselitismo nem ferir as culturas.

A realidade que eu conheço é outra, índios são pagãos e devem ser convertidos, umbandistas são satãnicos, kardecistas idem etc.
 
A realidade que eu conheço é outra, índios são pagãos e devem ser convertidos, umbandistas são satãnicos, kardecistas idem etc.

É difícil pra vc entender que existem diferenças nesse discurso? Não é porque a realidade que você conhece é essa que ela é a única ou absoluta.

pagão: desconhece Deus e precisa ser levado até Ele
espírita: professa falsas doutrinas

Isso segundo nossa fé católica. Agora NINGUÉM deve converter ninguém. A conversão pressupõe liberdade, aprofundamento espiritual e reflexão doutrinária.
 
O que eu disse sobre "se ver na obrigação de converter" é mais ou menos voltado para aquelas palavras de Jesus sobre fazer de seus discipulos "pescadores de homens", a maioria que tenta acredito que seja com boa intenções... E ainda existem muitos nem ligam muito para os irmãos: "Não quer acreditar... otimo... vá para o Inferno"... ninguém admite mas muitos pensam assim.

pagão: desconhece Deus e precisa ser levado até Ele
espírita: professa falsas doutrinas

... Afirmar assim tais coisas é algo que não concordo. Sei bem que é uma questão de crença e que vocês acreditam existir apenas uma verdade e levar o maximo de pessoas para essa verdade é o certo. Mas e se voces estiverem errados? E se a crença deles for a certa? E se a doutrina pregada pelos espíritas for correta? E caso exista mais de uma verdade?

Há muitas coisas que só a fé leva a voce afirmar com cem porcento de certeza que algo é bom ou ruim, certo ou errado. Eu não tenho muito disso, por isso tento apenas agir corretamente de acordo o que me foi ensinado (não faço nada para agradar a um ser, mas só por me sentir bem com isso. Sei que há muita influencia religiosa no conceito de "fazer o bem", por isso acreditoo que a filosofia não seja errada). Mas coisas como deuses, trindade santa, espiritos, Céu, Inferno... não há como se afirmar tais coisas sem a fé nelas... e eu não a tenho.
 
... Afirmar assim tais coisas é algo que não concordo. Sei bem que é uma questão de crença e que vocês acreditam existir apenas uma verdade e levar o maximo de pessoas para essa verdade é o certo. Mas e se voces estiverem errados? E se a crença deles for a certa? E se a doutrina pregada pelos espíritas for correta? E caso exista mais de uma verdade?

Mas coisas como deuses, trindade santa, espiritos, Céu, Inferno... não há como se afirmar tais coisas sem a fé nelas... e eu não a tenho.

A fé é um dom sobrenatural. O saber não é importante, importante é confiar. Um confiar mais racional é desejável, mas não obrigatório.

Agora, mais de uma verdade? Não é isso relativismo? A verdade é una, como é uno Deus. Isso eu aprendi a entender.
 
A fé é um dom sobrenatural. O saber não é importante, importante é confiar. Um confiar mais racional é desejável, mas não obrigatório.

Agora, mais de uma verdade? Não é isso relativismo? A verdade é una, como é uno Deus. Isso eu aprendi a entender.

Isso talvez seja o que me separou tanto da religião. O saber para mim é fundamental, sob qualquer aspecto. "Creia e será salvo", essa afirmação não dá para mim.

E isso da verdade ser una... Isso é uma crença.
 
Isso talvez seja o que me separou tanto da religião. O saber para mim é fundamental, sob qualquer aspecto. "Creia e será salvo", essa afirmação não dá para mim.

E isso da verdade ser una... Isso é uma crença.

Mas a verdade ser una não é uma crença. É racional, perfeitamente racional. Essa noção de verdade como algo que ligue todas as doutrinas religiosas é uma falácia, é como dizer que não existem justiça, que esta é subjetiva à consciência e culturas individuais e sociais, como se essas formas subjetivas se bastassem a si mesmas e não tivessem um referencial.

Mas quem disse que a crença, ainda que necessária, implica em obscurantismo. Leia santo Agostinho, santo Tomás, Pedro Canísio, santo Afonso Maria de Ligório, o próprio Papa Bento XVI, inteligentíssimo, grande teólogo.

Editado: lembrando de um primo de um amigo meu, foi pra IURD convencido pela esposa. Chegou lá, se separou dela porque, segundo ele, Deus disse a ele que o traía. Pff...
 
Mas a verdade ser una não é uma crença. É racional, perfeitamente racional. Essa noção de verdade como algo que ligue todas as doutrinas religiosas é uma falácia, é como dizer que não existem justiça, que esta é subjetiva à consciência e culturas individuais e sociais, como se essas formas subjetivas se bastassem a si mesmas e não tivessem um referencial.

Mas quem disse que a crença, ainda que necessária, implica em obscurantismo. Leia santo Agostinho, santo Tomás, Pedro Canísio, santo Afonso Maria de Ligório, o próprio Papa Bento XVI, inteligentíssimo, grande teólogo.

Creio que ninguém pode provar que exista apenas uma verdade em relação a esse tema. É subjetivo demais. Por mais que se possa deduzir e estudar o que já temos aqui na Terra, ninguém vai além do plano físico (caso exista algo além desse plano).

Creio sim que eles sejam grandes homens que não se basearam na pura crença para acreditar no que acreditam. Estou apenas me referindo ao livro básico no qual a cristandade se baseia: A Biblia. E nela é dito que há toda a verdade, as palavras de deus. E nela a crença e o amor são as únicas chaves para a salvação. Não é preciso logica nem racionalidade.
 
Última edição:

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo