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Notícias Ídolo eterno do Verdão, Djalma Santos morre aos 84 anos em MG

Neithan

Ele não sabe brincar. Ele é joselito
Ídolo eterno do Verdão, Djalma Santos morre aos 84 anos em MG


O Palmeiras perdeu nesta terça-feira (23) um dos maiores ídolos de sua história. O ex-lateral-direito Djalma Santos, bicampeão mundial pela Seleção Brasileira e um dos melhores jogadores de todos os tempos, não resistiu à longa batalha contra os problemas de saúde que o afligiram nas últimas semanas e morreu às 19h30 em decorrência de uma pneumonia grave e de instabilidade hemodinâmica culminando em parada cardiorrespiratória. Eternizado na história do Verdão pelos anos de glória em que defendeu a camisa alviverde (1959 a 1968), Djalma deixa um legado de vitórias e muita saudade nos corações palestrinos.


Nascido em Uberaba-MG, no dia 27 de fevereiro de 1929, Djalma Santos atuou por apenas três clubes: Portuguesa de Desportos, Palmeiras e Atlético-PR. Pela Seleção, disputou quatro Copas do Mundo (1954, na Suíça; 1958, na Suécia; 1962, no Chile; e 1966, na Inglaterra), tendo conquistado duas delas. Ao longo de sua carreira, jamais foi expulso de campo, fato que lhe rendeu uma das mais dignas condecorações: o troféu Belfort Duarte.


Início de carreira


Desde 1948, com apenas 19 anos, Djalma Santos já fazia sucesso defendendo a Portuguesa. Na primeira metade dos anos 50, aliás, o esquadrão da Lusa contava com grandes nomes do futebol – um deles era o craque Julio Botelho, à época conhecido como Julinho. Mais tarde, Djalma Santos e Julinho seriam eternizados por terem formado uma das melhores “alas direitas” já vistas na história do futebol. Juntos, fizeram história na Portuguesa, na Seleção Brasileira e no Palmeiras.


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Consagração


Visto como um dos principais destaques da Lusa, Djalma Santos foi convocado pelo treinador Zezé Moreira para disputar a Copa de 1954 (Suíça), na qual ocupou o posto de titular. Apesar da eliminação precoce da Seleção Canarinho, o lateral-direito foi considerado pela imprensa da época um dos melhores jogadores da competição.


Quatro anos depois, sob comando de Vicente Feola, Djalma novamente defendeu a Seleção em uma Copa. Reserva de De Sordi durante a maior parte da competição, assumiu a titularidade justamente na final contra a Suécia e, após a vitória brasileira por 5 a 2, foi eleito o melhor lateral-direito do torneio.


Supercampeonato e Primeira Academia


Djalma Santos defendeu a Lusa de 1948 a 1959. Quando se transferiu ao Palmeiras, portanto, já era uma estrela mundial. Em reformulação, o Alviverde havia vendido o craque Mazzola para a Itália e embolsado uma quantia capaz de mudar a equipe praticamente inteira. No ano anterior, em 1958, vários jogadores haviam chegado ao Palestra Itália – entre os quais, Romeiro, Chinesinho, Julinho Botelho, Geraldo Scotto, Zequinha, Américo, Ênio Andrade e Valdir de Morais. Integrado ao grupo logo após sua formação, Djalma Santos foi o componente que faltava para o Verdão atingir a forma perfeita e se transformar em uma verdadeira máquina de jogar futebol.


Logo em seu primeiro ano envergando a camisa alviverde, Djalma levantou o primeiro troféu no clube: o Paulistão de 1959, cuja final aconteceu em janeiro de 1960, diante do poderoso Santos de Pelé. Tanto ele quanto Julinho, embora já consagrados, almejavam muito o inédito titulo paulista pela importância da competição na época. Eles declaravam isso repetidas vezes e, ao apito final do árbitro, ambos se abraçaram emocionados no campo e gritavam: "Conseguimos"!


Após a conquista em cima do time de Pelé, Djalma Santos continuou escrevendo sua história com brilhantismo no Palmeiras. Ao longo de quase dez anos, foi campeão paulista mais duas vezes, campeão brasileiro três vezes e, a cada ano que passava, parecia ter mais disposição.

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Eterno ídolo


Em 1963, o lateral-direito foi o primeiro jogador brasileiro a ser chamado para integrar a Seleção da FIFA, em um jogo contra a Inglaterra. Dois anos depois, o craque esteve presente em uma das mais memoráveis partidas da história do Palmeiras e da Seleção Brasileira, e deixou seu nome registrado na súmula da partida que inaugurou o estádio Magalhães Pinto, o Mineirão. Na ocasião, o Palmeiras foi convidado para representar a Seleção Brasileira por completo, do goleiro ao ponta-esquerda, do técnico ao massagista, inclusive os reservas, num amistoso diante da Seleção Uruguaia. Naquela oportunidade, o Palmeiras (Brasil) venceu a Seleção Celeste por 3 a 1.


Mestre na arte de jogar, produzir, sentir, recompor e recriar o esporte. Genial e vitorioso, conseguia com seu espírito natural de líder manter a concentração de todo o grupo, estruturando e organizando a sua genialidade e a dos outros. Ele alimentava a fé e a confiança na vitória de sua equipe diante das dúvidas e dos obstáculos. Para ele não existia derrota nem bola perdida.


Djalma Santos era imbatível em jogadas no ombro a ombro e em divididas. Não dava chutão. Era daqueles defensores que encaravam os atacantes e saíam jogando com a bola dominada. Seus arremessos laterais com a mão eram como cruzamentos para a área adversária. Simplesmente incrível.


Neste próximo dia 28, o craque completaria 45 anos de sua despedida do Palestra Italia (vitória por 4 a 3 sobre o Cianorte-PR). Deixou a vaga no time para Eurico. Mas jamais foi esquecido. E jamais esqueceu o Palmeiras. No último dia 6, na vitória por 4 a 0 sobre o Oeste, o time alviverde inteiro entrou em campo com uma mensagem de apoio ao ídolo na camisa, com os dizeres #forzadjamasantos. O ex-lateral, emocionado, respondeu: “Saibam que, de certa forma, o Palmeiras nunca deixará de ser a minha casa”.


O Palmeiras se orgulha de contar com Djalma Santos em sua galeria de grandes craques, agradece ao ex-atleta pelos anos de serviço ao clube e presta solidariedade aos familiares e amigos.


"A comunidade palmeirense está mais triste pela perda de um dos maiores jogadores que vestiram o manto alviverde. Desejamos toda a força aos familiares neste momento difícil", declarou o presidente Paulo Nobre.


Números de Djalma Santos pelo Palmeiras:


Jogos: 501
Vitórias: 299
Empates: 105
Derrotas: 97
Gols: 12


Principais títulos pelo Verdão:


Campeonato Brasileiro: 1960, 1967 (Taça Brasil) e 1967 (Roberto Gomes Pedrosa)
Campeonato Paulista: 1959, 1963 e 1966
Torneio Rio-São Paulo: 1965



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Fonte

Um mito, um dos maiores de todos os tempos, uma perda imensa para o nosso futebol. Mas sinto orgulho de saber que esse monstro jogou pelo meu Palmeiras. E honrou essas cores como MUITO poucos jogadores honraram. Que descanse em paz, e muito obrigado! :clap:

PS: Tópico com atraso, culpa das minhas filhas.
 
Neithan veio correndo porque eu ameacei de abrir o tópico. :lol:
Spartacco, que sorte tê-lo visto jogar! Infelizmente essa época é pobre em imagens, mas sabemos que foi um grande craque. Sempre foi muito lúcido em suas participações em programas esportivos. Mesmo rival, meu pai sempre falou muito bem dele, e certamente deve ter ficado triste com a notícia também, até porque meu pai foi lateral-direito na juventude também.
Descanse em paz, Djalma!
 

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