Anica
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Começaremos hoje a nova fase do I Concurso de Poesias Meia Palavra, a escolha do público. Nesse tópico serão apresentadas as poesias do concurso, lembrando que sem identificação do autor para não afetar o julgamento dos membros do Meia Palavra. A ordem das poesias foi definida através de sorteio e em caso de poesia enviada sem título, adotou-se o padrão de coletâneas de poesias colocando as primeiras palavras do poema seguidas de reticências.
Justamente por causa disso, pedimos para que os autores tentem, se possível, manter o anonimato sobre a autoria, pelo menos até o resultado (que será dia 09 de junho).
Da premiação:
Da enquete:
A enquete será aberta, assim como também será visível quem votou em qual conto. Essa medida busca não só a transparência por parte da organização, mas também inibir tentativas de manipulação (uma vez que não apenas eu, mas todos os usuários estarão acompanhando os votos).
*********************************************************
Pra ela que só eu vi
Como posso saber de quem gosto?
Se da menina com nome diferente,
Que gosta de falar ma chérie
Ou da poetisa que fala das cachoeiras,
E me ensina sempre mais com o seu coração?
Ela gosta de palavras difíceis,
Imagino sua boca fazendo biquinho pra falar
E mesmo não sendo em minha língua
Consigo entender quando diz Je t'aime
Em que idioma me encaixo?
Em qualquer um,
Posso levá-la a Paris, como um guia atrapalhado,
Posso levá-la pelo litoral do Brasil,
Mas desta vez como um perfeito apaixonado
Revejo tuas lembranças, tuas histórias,
Vejo tua foto na alta torre da França,
Tão linda, tão distante,
E nós? ... amantes...
Na beira da praia,
Na beira do rio,
Não se esqueça:
Eu te amo e te quero,
Minha princesa, minha francesa
*******************
aeroporto
palavras estranhas
sons difusos
desentendimento
ele atravessou o oceano
ela aguardou ansiosa
um frances
uma brasileira
duas línguas
um amor
na hora do abraço
a confusão passou
são latinos os dois
se entregaram à paixão
com o romantismo de um um
e a cadência de outro
sem fronteiras para o coração.
*******************
Cidade Luz
Acordei, de madrugada
com o telefone tocando.
Fumei dois cigarros: o primeiro
para acordar e o segundo
para deixar de sonhar.
Dirigi-me, então,
à cena do crime.
Em frente à biblioteca Manzarine
estava o corpo. Parecia uma mulher
vestida em trajes de catecismo.
Porém com seios voluptuosos
e o vestido avermelhado
pela morte.
Marguerite Duras desaprovava
que putas se vestissem assim,
a inocência trajada pela vilania.
Mas a vítima não era
uma mulher, e sim um travesti.
No mesmo momento percebi
que o assassinato fora cometido
não por ela ter um pau
mas pelo seu sotaque brasileiro.
*******************
À Alvorada
Num Paris, Curitba
um parisiense paulista
entre Beauvoir, Satre, Manet
Sou Rosa, Assis e Tietê
Ta bouche
Minha boca
C’ est vache comme Il pleut
quando beijamos o céu azul
Tu est là
au Paris prodigieux
Azul, Branco e Vermelho
Vert, jaune
Pourquoi amar?
ao mar de Cannes
para pôr o sol no Mangue.
*******************
O antigo centro...
O antigo centro do antigo mundo
e o atual centro do antigo novo mundo,
à uma distância temporal e espacial,
por mais que digam que o tempo e/ou espaço é uma força colossal,
que para uns é banal.
Livros e filmes aproximam a Torre Eiffel do Corcovado.
Mas não me incluo nesse cenário:
Bonjuor; monsieur; merci beaucoup. É onde termina o meu extenso [sic] vocabulário.
*******************
Os mais altos vôos
Ri um riso lindo quando me mostro sonhador, abrasador
Vivo de promessas, liberdades e futuros jamais imaginados
Somos alados, amigos do vento e alçamos os melhores vôos
Confiamos, partilhamos sonhos todos manifestados...
Tiramos todos os príncipes do caminho e transformamos a realidade
E, um menino já homem, planta a realeza nos corações e
ninguém o repudia, tudo com a nossa permissão e um ar de felicidade
Apreciamos interações íntimas, audaciosas, sem receios...
O melhor acorde, a mais linda expressão, a mais bela imagem...
A sensação de sermos povo — Que sonho! Cafés, boemia e aproximação
Conservaste espaços para os melhores e eles... Enamorados!
Criativa e adoravelmente sedutora, sigo seus passos quase com paixão
O homem em seus espaços não teme ser meigo: ele questiona, experimenta
A ternura com que ensina a amar revela-me um mundo participável
Ah, a delícia das diferenças, sedução, vaidade, a cumplicidade!
Conheci acordes sutis e transporte direto ao inimaginável
Sob seu olhar virei pássaro e você fada de encantos, doçura palpável
como um corpo e sua entrega: tátil, humano, deliciosa e terna morada
Sou a juventude, de braços abertos, um convite a alegria imensurável!
Tudo com o que me semeaste minha quase mãe, França amada!
Justamente por causa disso, pedimos para que os autores tentem, se possível, manter o anonimato sobre a autoria, pelo menos até o resultado (que será dia 09 de junho).
Da premiação:
O três primeiros colocados terão suas poesias publicadas no blog Meia Palavra. O primeiro colocado também ganhará o livro O amor do Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry.
Da enquete:
1. O participante que de alguma forma tentar relacionar o próprio nome de usuário no Fórum Meia Palavra com a poesia a ser votada será desclassificado. Essa medida visa garantir que a poesia vencedora será escolhida não por popularidade do autor no Fórum Meia Palavra, mas por ser o que de fato agradou a maioria dos usuários.
2. Se ficar evidente qualquer tentativa de manipulação do resultado através de contas fantasmas (criadas só para votar), os votos em questão serão anulados. Casos omissos serão resolvidos pela administração.
A enquete será aberta, assim como também será visível quem votou em qual conto. Essa medida busca não só a transparência por parte da organização, mas também inibir tentativas de manipulação (uma vez que não apenas eu, mas todos os usuários estarão acompanhando os votos).
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Pra ela que só eu vi
Como posso saber de quem gosto?
Se da menina com nome diferente,
Que gosta de falar ma chérie
Ou da poetisa que fala das cachoeiras,
E me ensina sempre mais com o seu coração?
Ela gosta de palavras difíceis,
Imagino sua boca fazendo biquinho pra falar
E mesmo não sendo em minha língua
Consigo entender quando diz Je t'aime
Em que idioma me encaixo?
Em qualquer um,
Posso levá-la a Paris, como um guia atrapalhado,
Posso levá-la pelo litoral do Brasil,
Mas desta vez como um perfeito apaixonado
Revejo tuas lembranças, tuas histórias,
Vejo tua foto na alta torre da França,
Tão linda, tão distante,
E nós? ... amantes...
Na beira da praia,
Na beira do rio,
Não se esqueça:
Eu te amo e te quero,
Minha princesa, minha francesa
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aeroporto
palavras estranhas
sons difusos
desentendimento
ele atravessou o oceano
ela aguardou ansiosa
um frances
uma brasileira
duas línguas
um amor
na hora do abraço
a confusão passou
são latinos os dois
se entregaram à paixão
com o romantismo de um um
e a cadência de outro
sem fronteiras para o coração.
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Cidade Luz
Acordei, de madrugada
com o telefone tocando.
Fumei dois cigarros: o primeiro
para acordar e o segundo
para deixar de sonhar.
Dirigi-me, então,
à cena do crime.
Em frente à biblioteca Manzarine
estava o corpo. Parecia uma mulher
vestida em trajes de catecismo.
Porém com seios voluptuosos
e o vestido avermelhado
pela morte.
Marguerite Duras desaprovava
que putas se vestissem assim,
a inocência trajada pela vilania.
Mas a vítima não era
uma mulher, e sim um travesti.
No mesmo momento percebi
que o assassinato fora cometido
não por ela ter um pau
mas pelo seu sotaque brasileiro.
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À Alvorada
Num Paris, Curitba
um parisiense paulista
entre Beauvoir, Satre, Manet
Sou Rosa, Assis e Tietê
Ta bouche
Minha boca
C’ est vache comme Il pleut
quando beijamos o céu azul
Tu est là
au Paris prodigieux
Azul, Branco e Vermelho
Vert, jaune
Pourquoi amar?
ao mar de Cannes
para pôr o sol no Mangue.
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O antigo centro...
O antigo centro do antigo mundo
e o atual centro do antigo novo mundo,
à uma distância temporal e espacial,
por mais que digam que o tempo e/ou espaço é uma força colossal,
que para uns é banal.
Livros e filmes aproximam a Torre Eiffel do Corcovado.
Mas não me incluo nesse cenário:
Bonjuor; monsieur; merci beaucoup. É onde termina o meu extenso [sic] vocabulário.
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Os mais altos vôos
Ri um riso lindo quando me mostro sonhador, abrasador
Vivo de promessas, liberdades e futuros jamais imaginados
Somos alados, amigos do vento e alçamos os melhores vôos
Confiamos, partilhamos sonhos todos manifestados...
Tiramos todos os príncipes do caminho e transformamos a realidade
E, um menino já homem, planta a realeza nos corações e
ninguém o repudia, tudo com a nossa permissão e um ar de felicidade
Apreciamos interações íntimas, audaciosas, sem receios...
O melhor acorde, a mais linda expressão, a mais bela imagem...
A sensação de sermos povo — Que sonho! Cafés, boemia e aproximação
Conservaste espaços para os melhores e eles... Enamorados!
Criativa e adoravelmente sedutora, sigo seus passos quase com paixão
O homem em seus espaços não teme ser meigo: ele questiona, experimenta
A ternura com que ensina a amar revela-me um mundo participável
Ah, a delícia das diferenças, sedução, vaidade, a cumplicidade!
Conheci acordes sutis e transporte direto ao inimaginável
Sob seu olhar virei pássaro e você fada de encantos, doçura palpável
como um corpo e sua entrega: tátil, humano, deliciosa e terna morada
Sou a juventude, de braços abertos, um convite a alegria imensurável!
Tudo com o que me semeaste minha quase mãe, França amada!