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Homero

Lucas_Deschain

Biblionauta
[size=medium][align=center]Homero[/align][/size]

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[align=justify]Homero (em grego, ?????? - Hóm?ros, na transliteração) foi um lendário poeta épico da Grécia Antiga, ao qual tradicionalmente se atribui a autoria dos poemas épicos Ilíada e Odisseia.

Os gregos antigos geralmente acreditavam que Homero era um indivíduo histórico, mas estudiosos modernos são céticos: nenhuma informação biográfica de confiança foi transmitida a partir de antiguidade clássica,[1] e os próprios poemas manifestamente representam o culminar de muitos séculos de história contadas oralmente e um bem desenvolvido sistema já muitas vezes usado de composição poética. De acordo com Martin West, "Homero" não é "o nome de um poeta histórico, mas um nome fictício ou construído".[2]

A data da existência de Homero foi controversa na antiguidade e não o é menos hoje. Heródoto disse que Homero viveu 400 anos antes de seu próprio tempo, o que o colocaria em torno de 850 a.C., mas outras fontes antigas deram datas muito mais próximas da suposta época da Guerra de Troia.[3] A data da Guerra de Troia foi dada como 1194-1184 a.C. por Eratóstenes, que se esforçou para estabelecer uma cronologia científica dos eventos e esta data tem obtido apoio por causa de pesquisas arqueológicas mais recentes.[carece de fontes?]

Para a ciência moderna, "a data de Homero" refere-se à data de concepção dos poemas tanto quanto à vida de um indivíduo. O consenso dos estudiosos é que "a Ilíada e a Odisseia datam dos últimos anos do século IX a.C., ou a partir do século VIII a.C., a Ilíada sendo anterior à Odisseia, talvez por algumas décadas",[4] ou seja, um pouco mais cedo do que Hesíodo,[5] e que a Ilíada é o trabalho mais antigo da literatura ocidental. Ao longo das últimas décadas, alguns estudiosos têm defendido uma data do século VII a.C. Aqueles que acreditam que os poemas homéricos desenvolveram-se gradualmente durante um longo período de tempo, entretanto, geralmente dão uma data posterior para os poemas: de acordo com Gregory Nagy, tornaram-se textos fixos apenas no século VI a.C.[6]

Alfred Heubeck afirma que a influência formativa dos trabalhos de Homero modelando e influenciando todo o desenvolvimento da cultura grega foi reconhecido por muitos dos próprios gregos, que o consideravam seu instrutor.[7]

Além dessas duas grandes obras, mas sem respaldo histórico ou literário, são a ele atribuídas as obras Margites, poema cômico a respeito de um herói trapalhão; a Batracomiomaquia, paródia burlesca da Ilíada que relata uma guerra fantástica entre ratos e rãs, e os Hinos homéricos.

Já antes do início do pensamento filosófico, as riquíssimas obras de Homero (Ilíada e Odisseia) tendem a aproximar os deuses dos homens, num movimento de racionalização do divino. Os deuses homéricos, que viviam no Monte Olimpo, possuíam uma série de características antropomórficas.[/align]

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Homero

[align=justify]Pesquisei e vi que não havia um tópico especificamente sobre esse importante autor. Já li uma adaptação da Íliada e uma da Odisséia, mas agora estou querendo mesmo é pegar a obra integral, em verso mesmo. Alguém recomendo alguma tradução ou edição em especial?[/align]
 
Olá Lucas

Como você, também só lí adaptações. A obra integral de Homero me parece muito densa, porém como todo admirador de arte literária, um dia pretendo ler essa obra.
Quanto a edições, há um belissimo box da Ediouro que vem com a Iliada e a Odisseia.
 
sobre as traduções o Gabriel fez um comentário no tópico sobre a Odisséia que ao meu ver está bem completo:

Gabriel disse:
A tradução dele (Carlos Alberto Nunes) das duas obras é a melhor, sim, em todos os níveis possíveis. Ele chegou ao ponto de manter a ordem sintática grega para ficar o mais fiel possível ao gosto do original - o que deu certo, embora obviamente cause uma estranheza em quem está acostumado só com a ordem direta em português. As estruturas e o vocabulário também estão de acordo, sendo que em vários momentos ele cria palavras em português na falta de uma adequada para o equivalente em grego.

Em suma, é o mais próximo de Homero que dá pra chegar em português.

A tradução do Haroldo de Campos é mais um poema do próprio Haroldo do que um de Homero. É o problema de poetas traduzirem poemas: claro que o resultado final vai ser bonito, mas já será uma outra coisa totalmente e o menos relacionada possível com a obra original. Poetas têm que compor poemas próprios, não se meter a traduzir os de outros poetas. Por isso sou mais fã das traduções de especialistas, pois visam se manter mais próximos do original. O resultado obviamente varia dependendo da competência do especialista: às vezes ele é um ótimo estudioso do autor e dos textos dele, mas péssimo tradutor.

O Carlos Alberto Nunes (não Mendes: provavelmente tu confundiu com Odorico Mendes, que também traduziu os dois poemas na segunda metade do século XIX) usa "Aurora dos dedos-de-rosa". "Rosidáctila" tem toda cara de ser coisa do Odorico. As traduções dele também são ótimas, não dá pra negar (ele traduziu também a Eneida, do Virgílio, e essa provavelmente é a tradução padrão até hoje), mas usam um português consideravelmente hermético: perto das traduções dele as do Carlos Alberto são tão fáceis como livros do Harry Potter, hehe. A Ateliê Editorial já relançou as três obras em edições muito bonitas e amplamente comentadas, notas essas que são mais do que bem-vindas dado o arcaísmo e a "truncagem" do português usado nas traduções.

Minha birra com as traduções do Odorico é de haver uma latinização extrema, traduzindo todos os nomes dos deuses para suas versões romanas (Zeus = Júpiter, Ares = Marte, etc.), além de heróis como Odisseu, que obviamente aparece como Ulisses. Mas isso vai mais de um gosto pessoal e do fato de esses deuses não serem exatamente os mesmos em ambas as culturas, já que o que houve foi um sincretismo da parte dos romanos, que se apropriaram de deuses e conceitos gregos e deram a esses nomes de deuses que eles já possuíam baseados nas similaridades de papéis e personalidades das divindades (afinal, alguém acha que antes da assimilação da cultura grega os romanos não tinham deuses? Pois é). Mas dá até pra defender esse tipo de escolha se partimos do princípio de que, como é uma tradução e o português é uma língua latina, nada mais lógico que usar formas latinas para vários nomes. Ainda assim acho que é forçar a barra.
 
[align=justify]Valeu pela dica. Realmente é difícil avaliar uma tradução sem conhecer o idioma original e dar ao menos uma olhada em algumas passagens da obra original. Me considero extremamente ignorante no que tange a avaliação de traduções, normalmente procuro optar por traduções que ouço falar com não sendo plágio ou que acabam sendo as mais clássicas. A Denise Bottmann costuma acrescentar bastante nessa área.[/align]
 
Como eu não entendo grego, não faço ideia de qual é melhor, e como cada um diz uma coisa, quando eu for ler vai ser pela tradução de Odorico Mende e Haroldo Campos, que foi elogiada por Boris Schnaiderman - que entende alguma coisa de tradução.

Manter a sintaxe do grego, imagino, não significa uma boa tradução. É como o caso das traduções Russas, que estão aí tão populares por traduzirem o que de fato a obra quer dizer, como um todo, e não apenas a estrutura. Tanto que, o próprio Boris elogiou quando Augusto Campos incluiu um verso em um poema de Maiakovski que não existia no original, mas que era necessário para manter a intenção do poema.

E poetas são os melhores tradutores, porque são só as palavras, como também todo o sentimento é transpassado; além de dedicarem-se à palavra perfeita, que melhor se encaixa no texto. Por isso Mario Quintana, Carlos Drummond e Manuel Mandeira então entre nossos melhores tradutores - bem como Rachel de Queirós e Érico Veríssimo, que eram romancistas.
 
[align=justify]Lembro de ter lido duas versões, ambas adaptadas: uma em prosa, que confesso, era bem ruinzinha e não faço a mínima idéia de que editora era; e outra em verso, que, por ser adaptação em verso, deve ser uma seleção muitíssimo particular, que pode fazer sentido para alguns e nenhum para outros, já que toda escolha é subjetivíssima.
Falando sobre esse assunto de poetas tradutores, me lembro que meu tio tem duas versões d'A Divina Comédia, em uma a tradução é digamos assim "literal", não contempla as rimas e a construção poética em geral; na outra a estrutura rítmica e poética foi mantida, sendo que, para isso, fico imaginando que tipo de adaptações tiveram de ser feitas. Não sei dizer de que tipo de experiência literária estaria o leitor sendo privado ao escolher qualquer uma dessas duas opções. [/align]
 

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