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Histórias de fantasmas (Antigo: Aldeia de índios se muda após acidente da Gol)

Chega a um ponto que a dona do boteco se irrita com a conversa, pega um livro guardado (minha tia já contou essa história não sei quantas vezes, mas nunca aceitou dizer o título) e joga na mesa: "Vá, quero ver vocês brincarem com isso". Pois saíram folheando o livro e sacaneando, fazendo piada com as imagens etc. Quem mais brincava era ela e Jorge.

Lá pras 2 da manhã ela volta para casa. Minha avó esperava por ela na sala. Minha tia passou direto para o quarto. Pouco depois, minha avó entrou atrás, trêmula: "Quem é o homem?". Minha tia não entendeu: "Homem?". "Esse homem que entrou grudado em você, todo vestido de preto, chapéu preto, quem é?", "Que homem, minha mãe, a senhora tá louca?". Minha avó (sempre foi muito católica) saiu passando água benta na casa toda, minha tia sem entender nada.

No dia seguinte ela e os mesmos amigos iriam viajar para Itaparica. Logo cedo, uma das amigas que estavam no bar ligou para ela: "Ana, não vai ter mais não. Jorge foi atropelado na Vasco da Gama". Às 2h da manhã, naquela época, atropelado na avenida, nunca descobriram quem foi.

Enfim. :omfg:

Acho que sei qual é, Eriadan.

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Também tenho algumas histórias, depois conto aqui.
 
Ok, a história mais convincente que eu conheço é bem pesada, e até hoje eu rezo para minha tia confessar que é invenção, mas toda vez que a gente menciona ela fica séria, sem falar que a história envolve a minha avó (que já faleceu), então suponho que ela não brincaria com isso.

Isso foi lá na década de 80. Começa com ela (minha tia) e os amigos bebendo no boteco próximo ao prédio onde ela morava com meus avós. Começaram a falar e brincar com coisas sobrenaturais - pelo que entendi, mais a ver com os espíritos do Candomblé. Chega a um ponto que a dona do boteco se irrita com a conversa, pega um livro guardado (minha tia já contou essa história não sei quantas vezes, mas nunca aceitou dizer o título) e joga na mesa: "Vá, quero ver vocês brincarem com isso". Pois saíram folheando o livro e sacaneando, fazendo piada com as imagens etc. Quem mais brincava era ela e Jorge.

Lá pras 2 da manhã ela volta para casa. Minha avó esperava por ela na sala. Minha tia passou direto para o quarto. Pouco depois, minha avó entrou atrás, trêmula: "Quem é o homem?". Minha tia não entendeu: "Homem?". "Esse homem que entrou grudado em você, todo vestido de preto, chapéu preto, quem é?", "Que homem, minha mãe, a senhora tá louca?". Minha avó (sempre foi muito católica) saiu passando água benta na casa toda, minha tia sem entender nada.

No dia seguinte ela e os mesmos amigos iriam viajar para Itaparica. Logo cedo, uma das amigas que estavam no bar ligou para ela: "Ana, não vai ter mais não. Jorge foi atropelado na Vasco da Gama". Às 2h da manhã, naquela época, atropelado na avenida, nunca descobriram quem foi.

Enfim. :omfg:

8-O


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Ok, a história mais convincente que eu conheço é bem pesada, e até hoje eu rezo para minha tia confessar que é invenção, mas toda vez que a gente menciona ela fica séria, sem falar que a história envolve a minha avó (que já faleceu), então suponho que ela não brincaria com isso.

Isso foi lá na década de 80. Começa com ela (minha tia) e os amigos bebendo no boteco próximo ao prédio onde ela morava com meus avós. Começaram a falar e brincar com coisas sobrenaturais - pelo que entendi, mais a ver com os espíritos do Candomblé. Chega a um ponto que a dona do boteco se irrita com a conversa, pega um livro guardado (minha tia já contou essa história não sei quantas vezes, mas nunca aceitou dizer o título) e joga na mesa: "Vá, quero ver vocês brincarem com isso". Pois saíram folheando o livro e sacaneando, fazendo piada com as imagens etc. Quem mais brincava era ela e Jorge.

Lá pras 2 da manhã ela volta para casa. Minha avó esperava por ela na sala. Minha tia passou direto para o quarto. Pouco depois, minha avó entrou atrás, trêmula: "Quem é o homem?". Minha tia não entendeu: "Homem?". "Esse homem que entrou grudado em você, todo vestido de preto, chapéu preto, quem é?", "Que homem, minha mãe, a senhora tá louca?". Minha avó (sempre foi muito católica) saiu passando água benta na casa toda, minha tia sem entender nada.

No dia seguinte ela e os mesmos amigos iriam viajar para Itaparica. Logo cedo, uma das amigas que estavam no bar ligou para ela: "Ana, não vai ter mais não. Jorge foi atropelado na Vasco da Gama". Às 2h da manhã, naquela época, atropelado na avenida, nunca descobriram quem foi.

Enfim. :omfg:

Vampirismo. Acho. :think: Certas 'brincadeiras' com energias psíquicas, com objetos com essas energias como livros e instrumentos rituais acaba gerando certa magnetização, a alma da pessoa atrai essas energias e a própria alma acaba formando imagens dessas forças ocultas visíveis pra ela e pra outras pessoas. Almas não preparadas a lidar com certo tipo de forças acabam sendo enganadas por essas forças subpessoais.

Isso me lembra algo que meu amigo me contou, de quando foi a uma casa de praia com a namorada e uns amigos dela. Ele é cristão ortodoxo e as minas parecem que mexiam, sem iniciação ou preparação alguma, com coisas ocultas, como invocação de entidades. Eles começaram a fazer algo assim lá, entraram em transe etc. Esse meu amigo começou a observar depois que a namorada dele veio até ele e começou a beijar ele, mas ele se esquivou. Depois dos primeiros beijos começou a se sentir mal, fraco, meio zonzo, ter algumas alucinações.

Entidades se usam de seus invocadores para se manifestarem mas também se alimentam das forças psíquicas de outros para e fortalecerem e 'estenderam sua área de ação'. A melhor forma de se fazer isso é pela aborção da energia sexual das pessoas. Mulheres são suas vítimas preferidas, os instrumentos preferidos.
 
Paggy, vampirismo é um princípio de mais crenças? Pensei ser só do espiritismo. Divague.
 
Paggy, vampirismo é um princípio de mais crenças? Pensei ser só do espiritismo. Divague.

Varia de tradição pra tradição, mas é basicamente o mesmo ensinamento em toda metafísica tradicional. A diferença pro espiritismo está na antropologia.

Não são espíritos que vagam pela terra e se alimentam de resquícios (fluidos?) de espíritos ou de espíritos encarnados, porque na visão antiga o espírito é algo fixo e irredutível, o cerne da personalidade do ser. É o espírito apenas que transmigra, que permanece essencialmente imutável independente do estado de manifestação em que se encontre. Coisa diferente é a alma. A alma é um reflexo da união do espírito com o corpo, um complexo mais ou menos etéreo de influências, sensações, energias sutis diversas em contato com diversos níveis sub-lunares. É a psiquê, o subconsciente e, de certa forma, o transconsciente. Mas a alma, além de ser mais instável que o espírito, é contingente e não é una, é múltipla, caótica, informe.

Na metafísica tradicional o vampirismo seria a atuação dessas energias subpessoais que os seres trocam entre si, sejam homens ou animais (porque animais tem alma), homens e homens, homens com objetos e qualquer tipo de objeto, lugar, etc onde existam resquícios dessas energias, de objeto para objeto, lugar a lugar e alternadamente. Ou seja, essas energias permeiam todo o cosmo, existem para fora de nós, e se formam em nós a partir das nossas vivências, experiências, nos mais diversos níveis, porém, elas se alternam frequentemente.

Contra a ideia de reencarnação e certo determinismo genético, eu aprendi em metafisica oriental que o que trocamos entre nós, fenômenos sobrenaturais, principalmente de pessoas mortas, são coisas que não são 'espirituais' (o espírito segue, transmigra), mas 'psíquicas'. São resquícios que deixamos na semente que gerará nossos descendentes (assim que nossos filhos e netos 'herdam' qualidades e mesmo características físicas semelhantes às nossas, há uma identidade entre o gene e a psiquê), deixamos nas nossas casas, nos objetos que utilizamos, nas atividades que realizamos e essas influências vão continuar operando, subpessoalmente, depois de nossa morte. Os tais fenômenos então não são exatamente de gente morta realmente mas de energias que são manipuladas por certo ambiente e pela nossa própria psiquê para se formarem em imagens que se comportarão como uma projeção de nosso sub-consciente mas, mais que isso, como a manifestação de forças que, como o subconsciente, não são nem o Eu mais profundo nem o eu particular do estado corporal, mas diversos 'eus' de caráter diverso e difuso que estendem sua ação e seus efeitos, dentre outras formas, pela absorção de e invasão às nossas energias psíquicas que estão em estreito contato com o corpo. Pela nossa alma, essas energias nos desarranjam a psiquê, facilitando os casos de alucinação, alienação mental, absorção de energia sexual. Seria o que chamamos de vampirismo mas às vezes a energias podem ser ainda mais 'letais' e ocasionar verdadeiras 'possessões', instrumentalização do corpo e da alma por seres poderosos.

É por isso que os pais espirituais no Monte Athos, ilha povoada por monges ortodoxos, aconselham seus filhos a domarem seu espírito na oração incessante, recusando qualquer imagem, mesmo que seja uma aparição da Virgem ou do próprio Cristo, porque pode ser uma ilusão demoníaca. O que eles querem dizer é exatamente isso, energias subpessoais com voracidade maligna que acabam se 'formando' em imagens dependendo do tipo de experiência espiritual que a pessoa atacada experimenta (se você for hindu, aparece Vishnu =P ) e isso vai iludindo ela, que se crê avançando na vida espiritual quando só está se alimentado de ilusões e se enfraquecendo. As vidas dos santos abundam com relatos desse tipo, chamamos isso de prelest.

Fala-se muito disso em toda literatura espiritual tradicional, como nos Upanishads e Pûranas hindus, textos pali, Livro dos Mortos do Tibet etc.
 
Última edição por um moderador:
"Quem é o homem?". Minha tia não entendeu: "Homem?". "Esse homem que entrou grudado em você, todo vestido de preto, chapéu preto, quem é?", "Que homem, minha mãe, a senhora tá louca?". Minha avó (sempre foi muito católica) saiu passando água benta na casa toda, minha tia sem entender nada.

Eu acho que sei qual livro era... O livro de São Cipriano da Capa Preta possui muitas lendas desse tipo. Dizem que quem lê recebe a visita de um homem vestido de preto que fica no canto do quarto....
Achei um vídeo que mostra mais ou menos isso.. é meio tosco mas tb é meio assustador. Eu, como me cago toda, não vi o vídeo todo mas vocês assistam e me digam heheheeheh


Sobre São Cipriano

A lenda de São Cipriano - O Feiticeiro - confunde-se com um outro célebre Cipriano imortalizado na Igreja Católica, conhecido como Papa Africano. Apesar do abismo histórico que os afasta, as lendas combinam-se e os Ciprianos, muitas vezes, tornam-se um só na cultura popular. É comum encontrarmos fatos e características pessoais atribuídas equivocadamente. Além dos mesmos nomes, os mártires coexistiram, mas em regiões distintas.
Cipriano – O Feiticeiro - é celebrado no dia 2 de Outubro. Foi um homem que dedicou boa parte de sua vida ao estudo das ciências ocultas. Após deparar-se com a jovem (Santa) Justina, converteu-se ao catolicismo. Martirizado e canonizado, sua popularidade excedeu a fé cristã devido ao famoso Livro de São Cipriano, um compilado de rituais de magia.
A fantástica trajetória do Feiticeiro e Santo da Antioquia, representa o elo entre Deus e o Diabo, entre o puro e o pecaminoso, entre a soberba e a humildade. São Cipriano é mais que um personagem da Igreja Católica ou um livro de magia; é um símbolo da dualidade da fé humana.

Filho de pais pagãos e muito ricos, nasceu em 250 d.C. na Antioquia, região situada entre a Síria e a Arábia, pertencente ao governo da Fenícia. Desde a infância, Cipriano foi induzido aos estudos da feitiçaria e das ciências ocultas como a alquimia, astrologia, adivinhação e as diversas modalidades de magia.
Após muito tempo viajando pelo Egito, Grécia e outros países aperfeiçoando seus conhecimentos, aos trinta anos de idade Cipriano chega à Babilônia a fim de conhecer a cultura ocultista dos Caldeus. Foi nesta época que encontrou a bruxa Évora, onde teve a oportunidade de intensificar seus estudos e aprimorar a técnica da premonição. Évora morreu em avançada idade, mas deixou seus manuscritos para Cipriano, dos quais foram de grande proveito. Assim, o feiticeiro dedicou-se arduamente, e logo se tornou conhecido, respeitado e temido por onde passava.

Vivia em Antioquia a bela e rica donzela Justina. Seu pai Edeso e sua mãe Cledonia, a educaram nas tradições pagãs. Porém, ouvindo as pregações do diácono Prailo, Justina converteu-se ao cristianismo, dedicando sua vida as orações, consagrando e preservando sua virgindade.
Um jovem rico chamado Aglaide apaixonou-se por Justina. Os pais da donzela (também convertidos à fé Cristã) concederam-na por esposa. Porém, Justina não aceitou casar-se. Aglaide recorreu a Cipriano para que o feiticeiro aplicasse seu poder, de modo que a donzela abandonasse a fé e se entregasse ao matrimônio.
Cipriano investiu a tentação demoníaca sobre Justina. Fez uso de um pó que despertaria a luxúria, ofereceu sacrifícios e empregou diversas obras malignas. Mas não obteve resultado, pois Justina defendia-se com orações e o Sinal da Cruz.
A ineficácia dos feitiços fez com que Cipriano se desiludisse profundamente perante sua fé e se voltasse contra o demônio. Influenciado por um amigo cristão de nome Eusébio, o bruxo converteu-se ao cristianismo, chegando a queimar seus manuscritos de feitiçaria e distribuir seus bens entre os pobres.

Em um capítulo de seu livro, Cipriano narra um episódio ocorrido após sua conversão:
"Numa noite de sexta-feira, caminhava por uma rua deserta quando se deparou com quatorze fantasmas. Essas aparições eram bruxas que imploravam ajuda. Cipriano respondeu-lhes que havia se arrependido de sua vida de feiticeiro, e que havia se tornado temente a Jesus Cristo. Logo depois caiu em sono profundo, e sonhou que a oração do Anjo Custódio o livraria daqueles fantasmas. Ao despertar teve uma breve visão do Anjo. Assim, auxiliado pela oração de São Gregório e do Anjo Custódio, esconjurou e livrou a alma atormentada das bruxas."

As notícias da conversão e das obras cristãs de Cipriano e Justina, chegaram até o imperador Diocleciano que se encontrava na Nicomédia. Assim, logo foram perseguidos, presos e torturados. Frente ao imperador, viram-se forçados a negar a fé cristã. Justina foi chicoteada, e Cipriano açoitado com pentes de ferro. Não cederam.
Irritado com a resistência, Diocleciano ainda lançou Cipriano e Justina numa caldeira fervente de banha e cera. Os mártires não renunciaram, e tampouco transpareciam sofrimento. O feiticeiro Athanasio (que havia sido discípulo de Cipriano) julgou que as torturas não surtiam efeito devido a algum sortilégio lançado por seu ex-mestre. Na tentativa de desafiar Cipriano e elevar a própria moral, Athanasio invocou os demônios e atirou-se na caldeira. Seu corpo foi dizimado pelo calor em poucos segundos.
Após este fato, o imperador Diocleciano finalmente ordenou a morte de Justina e Cipriano. No dia 26 de Setembro de 304, os mártires e um outro cristão de nome Teotiso, foram decapitados às margens do Rio Galo da Nicomédia. Os corpos ficaram expostos por 6 dias, até que um grupo de cristãos recolheu e os levou para Roma, ficando sob os cuidados de uma senhora chamada Rufina. Já no império de Constantino, os restos mortais foram enviados para a Basílica de São João Latrão.

O famoso Livro de São Cipriano foi redigido antes de sua conversão, mas o mistério que envolve a vida do Santo interfere também em seu livro. Uma parte dos manuscritos foi queimada por ele mesmo. A questão é que não se sabe quando, e por quem os registros foram reunidos e traduzidos do hebraico para o latim, e posteriormente levados para diversas partes do mundo.
No decorrer dos anos, o conteúdo sofreu alterações significativas. Houve uma adaptação de acordo com as necessidades e possibilidades contemporâneas; além da adequação necessária na tradução para os vários idiomas. Esses fatores colocam em dúvida a fidelidade das versões recentes, se comparadas às mais antigas.
Atualmente, não é possível falar do Livro, mas sim dos Livros de São Cipriano. As edições capa preta e capa de aço; ou aquelas intituladas como o autêntico, o verdadeiro, ou o único, enfatizam um mesmo acervo mágico central, e ainda exaltam o cristianismo e a vitória do bem sobre o mal. Porém, existem grandes diferenças no conteúdo. Enquanto alguns exemplares apresentam histórias e rituais inofensivos, outros apelam para campos negativistas e destrutivos da magia.

Fonte
 
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São Cipriano foi um Santo Padre da Igreja e, realmente, nele a história se confunde com a lenda, como aliás é comum na vida dos santos.

Vale lembrar que a Igreja não condenava toda prática mágica, apenas que elas se submetessem à fé, que não se tornassem obsessões, que fossem auxílios contingentes e nçao o centro da vida do cristão, cujo cento deveria ser a ascese em Cristo, por Cristo, no Cristo. E na Igreja.

A alquimia por exemplo foi revalorizado pela imaginação mítica medieval e muitos santos a praticavam abertamente, como Alberto Magno (santo para a Igreja Romana) e vários mestres bizantinos se dedicavam à prática de magia hermética, assim como no Ocidente da baixa Idade média. Astrologia, a mesma coisa, embora os Padres recomendassem prudência e oração a seus praticantes.

Condenações mais pesadas de práticas mágicas começaram tardiamente, na época da Inquisição, séculos XIII-XIV, seguidas depois pelas perseguições luteranas e calvinistas. O Renascimento apresentou uma ressurreição do hermetismo por causa da recepção dos textos de Hermes através dos árabes mas não sobreviveu senão clandestinamente sob as ordens iniciáticas, como a Rosa Cruz e a maçonaria.
 
Vão achar que eu sou maluco ou que eu deliro, mas eu vou contar a experiência que acabou me levando ao Espiritismo.
Primeira de outras que viria:

Eu tinha dezessete anos e passava por uma fase de rebeldia no seguinte sentido.
Vindo de família católica, cheguei até a crismar. Mas nunca me senti religioso e começava a ter sérias dúvidas e questionamentos quanto ao catolicismo. A verdade é que eu nunca me senti à vontade nesse ambiente e me afastei. Quando meu pai tentou me pressionar, isso precipitou o desenlace final. E caminhava mais e mais para o ceticismo. Minha mãe era católica, mas frequentava palestras às segundas numa casa espírita. Eu nunca questionei isso, mas era carregado de preconceitos a respeito.
Uma noite meu pai estava em viagem. Durante o sono, sonhei que estava num campo cercado de edifícios e tomado por uma inquietação, um sentido de alerta contra algo que não sabia o que era. Então vi um vulto rondando os prédios e se aproximando. E na medida que ele ia se aproximando a inquietação ia se tornando pânico e a grama começou a crescer incessantemente. Quando meu corpo foi todo envolvido eu acordei com um arrepio horrível no corpo inteiro e aquele vulto estava no meu quarto. Não conseguia gritar ou me mover e, enquanto ele permanecia parado, eu sentia golpes, como se estivesse sendo agredido.
Então ouvi passos no corredor e de repente senti o corpo livre. Levantei e corri pra porta e girei a maçaneta ao mesmo tempo que a minha mãe. Suando muito, olhei pra trás e ainda tive um vislumbre do visitante.
Contei pra minha mãe, ela fez uma oração comigo... e fui dormir no quarto dela. No dia seguinte, uma segunda-feira, ela me levou para conversar com um médium da cidade. Conversei com esse senhor que anotou o meu nome num caderno e recomendou que eu fosse à palestra daquela noite. Eu fui. Armado de resistências como estava, não gostei da exposição. Voltei pra casa e dormi a noite mais bem dormida da minha vida. Acordei me sentindo tão bem que deliberei voltar. Assim começou minha trajetória no Espiritismo. Outros fenômenos continuaram acontecendo, recebi acompanhamento mediúnico e fui aprendendo a lidar com isso de uma maneira mais natural.

Sobre o ocorrido, eu tentei negar pra mim mesmo. Pesquisei e li sobre a chamada paralisia do sono, quando a pessoa desperta num determinado estado do sono, não consegue se mover e pode ter alucinações. Mas mesmo com o corpo liberto eu ainda vi o vulto que ali estava. A verdade é que a dúvida permaneceu por algum tempo. Só que a dúvida instalada era também um sinal de que o meu ceticismo tinha levado o primeiro golpe. E outros fenômenos de natureza diversa viriam soterrá-lo.
 
Caso de exorcismo. Mulher possuída é curada ao entrar em contato com as relíquias (o cadáver velado) de São Justino de Parvu (fev, 1919 - junho, 2013). Ele faleceu semana passada.


Reparem que ela grita 'ê sfant', 'é santo' em romeno, provavelmente a voz do demônio gritando nela, de terror. Impressionante.

Aqui há mais sobre a vida do santo monge.
 
Última edição por um moderador:
Eu sempre tive muito medo desse cara preto atrás da porta. Já perdi as contas de quantas noites eu passei sem dormir só olhando para atrás da porta.
Tinha aquelas fitas cassete com histórias sobre a Barbie e Disney que também me fizeram perder várias noites de sono.
 
Eu sempre tive muito medo desse cara preto atrás da porta. Já perdi as contas de quantas noites eu passei sem dormir só olhando para atrás da porta.
Tinha aquelas fitas cassete com histórias sobre a Barbie e Disney que também me fizeram perder várias noites de sono.

:ahn?:
 
Não cheguei a contar no tópico sobre espiritismo, mas uma das experiências mais fortes que tive com espíritos/fantasmas foi num caso de projeção astral inconsciente.

Numa noite, na casa dos meus pais, fui dormir normalmente. Sabe aquele sono tão gostoso que dá vontade de ir ao banheiro e a gente meio que levanta de olho fechado só pra não perder o embalo? Então, eu estava assim e deu a vontade de ir ao banheiro. Sentei na cama de olhos fechados e quando olho pro lado (onde fica a porta) vejo uma cabeça enorme me olhando, mas assim, bem grande e me olhando fixamente (parecia o M.A.L., computador da Dr Blight do Capitão Planeta). Na hora eu fiquei gelada e paralisada, embora conseguisse me mexer, aí olhei pra cama e eu estava lá deitada, mas, peraí, eu não estava sentada vendo aquilo tudo? Fiquei olhando praquela cabeça alguns segundos que duraram uma eternidade, sem coragem pra me mover, mas quando percebi que era "ou dá ou desce" deitei correndo de novo em cima do "meu eu". Nisso eu levanto de supetão, suando e gelada, a minha mãe vem (sem eu chamar, temos esse tipo de ligação bizarramente forte), oramos e nunca mais isso aconteceu.

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Engraçado que eu não sentia energia hostil ou amorosa do espírito-cabeça, era só alguém ~neutro~ me obsersavando, ou guardando, ou esperando, sei lá. Depois que contei isso pra um amigo estudioso espírita ele me disse que geralmente os espíritos só se materializam na quantidade exata para serem reconhecidos (tipo espírito de pai, avô, amigo, etc), por isso "fantasma nunca tem pé" e muitos deles só aparecem com rosto, tronco e abdome ou rosto, tronco, abdome e um pouco só dos membros inferiores.


Mercúcio, é muito bom ver você contando hoje a história que você citou no seu terceiro dia de fórum e, na época, não quis compartilhar por ser reservado. Isso mostra confiança, principalmente na gente. Obrigada!
 
Fenômenos psíquicos são mais comuns no estado de sono mesmo. Ou em outros estados similares de consciência.
 
Vão achar que eu sou maluco ou que eu deliro, mas eu vou contar a experiência que acabou me levando ao Espiritismo.
Primeira de outras que viria:

Eu tinha dezessete anos e passava por uma fase de rebeldia no seguinte sentido.
Vindo de família católica, cheguei até a crismar. Mas nunca me senti religioso e começava a ter sérias dúvidas e questionamentos quanto ao catolicismo. A verdade é que eu nunca me senti à vontade nesse ambiente e me afastei. Quando meu pai tentou me pressionar, isso precipitou o desenlace final. E caminhava mais e mais para o ceticismo. Minha mãe era católica, mas frequentava palestras às segundas numa casa espírita. Eu nunca questionei isso, mas era carregado de preconceitos a respeito.
Uma noite meu pai estava em viagem. Durante o sono, sonhei que estava num campo cercado de edifícios e tomado por uma inquietação, um sentido de alerta contra algo que não sabia o que era. Então vi um vulto rondando os prédios e se aproximando. E na medida que ele ia se aproximando a inquietação ia se tornando pânico e a grama começou a crescer incessantemente. Quando meu corpo foi todo envolvido eu acordei com um arrepio horrível no corpo inteiro e aquele vulto estava no meu quarto. Não conseguia gritar ou me mover e, enquanto ele permanecia parado, eu sentia golpes, como se estivesse sendo agredido.
Então ouvi passos no corredor e de repente senti o corpo livre. Levantei e corri pra porta e girei a maçaneta ao mesmo tempo que a minha mãe. Suando muito, olhei pra trás e ainda tive um vislumbre do visitante.
Contei pra minha mãe, ela fez uma oração comigo... e fui dormir no quarto dela. No dia seguinte, uma segunda-feira, ela me levou para conversar com um médium da cidade. Conversei com esse senhor que anotou o meu nome num caderno e recomendou que eu fosse à palestra daquela noite. Eu fui. Armado de resistências como estava, não gostei da exposição. Voltei pra casa e dormi a noite mais bem dormida da minha vida. Acordei me sentindo tão bem que deliberei voltar. Assim começou minha trajetória no Espiritismo. Outros fenômenos continuaram acontecendo, recebi acompanhamento mediúnico e fui aprendendo a lidar com isso de uma maneira mais natural.

Sobre o ocorrido, eu tentei negar pra mim mesmo. Pesquisei e li sobre a chamada paralisia do sono, quando a pessoa desperta num determinado estado do sono, não consegue se mover e pode ter alucinações. Mas mesmo com o corpo liberto eu ainda vi o vulto que ali estava. A verdade é que a dúvida permaneceu por algum tempo. Só que a dúvida instalada era também um sinal de que o meu ceticismo tinha levado o primeiro golpe. E outros fenômenos de natureza diversa viriam soterrá-lo.

Isso não é maluquice, pois já senti meu corpo travado durante o sono (um pouco disso que falou aí). Só que comigo foi como se eu estivesse fora do meu corpo físico ( Eu consegui me ver deitado na cama e ao mesmo tempo estava de pé). A sensação de liberdade é algo indescritível e quando "voltei" eu consegui me mover novamente, deu uma certa aflição ( é difícil explicar). Semana passada conversando com uma funcionária da biblioteca aqui na minha cidade e do nada ela me perguntou se eu era espírita,respondi que não. Não sei porque me perguntou isso, mas ela me aconselhou a participar das reuniões espíritas. Não contei pra ela essa história. Fiquei bolado com a abordagem dela.Sou meio resistente e ainda estou pensando se vou lá.Muito interessante sua história, Mercúrio.
 
Tenho varias histórias pra contar também, principalmente uma que aconteceu recentemente na minha "família", coloquei entre aspas pq aconteceu com o sobrinho do marido da minha avó, que considero meu avô mais enfim vcs entenderam... Esse sobrinho do meu Avô já e velho tem seus 50 e poucos anos, tinha uma vida normal, já viajei varias vezes com ele e toda família, só que do nada ele começou a ter alucinações, começou a fazer coisas estranhas, quebrar a casa toda, queria matar a esposa dizendo que ela tinha envenenado a comida e foi assim até ter que internar ele em uma clinica psiquiatra, a família ficou chocada! Como uma pessoa em alguns meses ficou louca, não tinha noção de nada, era agressivo e no mesmo minuto um bebe chorão... Até ai todo mundo achou que ele tinha ficado louco, mais uma amiga da família pediu autorização pra levar um pastor até ele e fazer umas orações. Não sei o que aconteceu naquela sala, mais no mês seguinte ele recebeu alta e está voltando a si, e não lembra de nada que aconteceu.

Não o vejo deis do começo do ano e não sei como está agora, também não vou perguntar! :roll:
 

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