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História do Cristianismo E do Catolicismo

Você falou de hereges e de cismas, Morfindel, são pessoas que se DESVIARAM da fidelidade à reta doutrina, ao reto seguimento de Cristo Jesus e de Sua Igreja. Trata-se de divisões jamais desejadas, em que católicos podem ter colaborado mas foi também fruto de orgulho e até de boas intenções dos desviados. Mas é isso que heresia, é desvio da doutrina reta e da comunhão com a Santa Igreja.

O nestorianismo é desvio, heresia? Então porquê um dia desse passou na Canção Nova uma missa no rito nestoriano?
 
Caio ouvindo as homilias e formações do Pe Paulo Ricardo ... QUE ORGULHO!!!! Valeu o esforço.

Adooooooro ele, to com os podcasts no meu MP3.

Tenho esse vídeo da Escola da Fé, que eu gosto muito também tratando do relativismo religioso que nos tiraniza:


Porque tem havido um diálogo teológico para superar tais desvios, reintegrar à unidade católica as comunidades eclesiais que se desviaram da fé.
 
Última edição por um moderador:
O nestorianismo é desvio, heresia? Então porquê um dia desse passou na Canção Nova uma missa no rito nestoriano?

Anda assistindo a Canção Nova??? Esse lobinho vai se revelar logo. :lol:

Você está confundindo a "Igreja Nestoriana" (Igreja Assíria do Oriente), com o rito nestoriano praticado pela Igreja Católica Caldeia.
 
Um pequeno aparte...

Mas não há apenas uma interpretação possível, sempre há várias possibilidades de interpretação.


Achei que o Edrahil fosse advogado. A linguagem humana é imprecisa e acaba permitindo mais de uma interpretação, não? Ou não haveria conotação, figuras de linguagem, poesia, etc.

Que eu saiba, a única linguagem que admite apenas uma interpretação é a linguagem matemática.
 
Anda assistindo a Canção Nova??? Esse lobinho vai se revelar logo. :lol:

Você está confundindo a "Igreja Nestoriana" (Igreja Assíria do Oriente), com o rito nestoriano praticado pela Igreja Católica Caldeia.

Eu não trai o movimento ateu, véio. Só vi por "acidente" quando estava procurando algo para ver, já que naquele horário (não me lembro mais, faz tempo) não tinha nada que prestasse. Obrigado pelo esclarecimento.
 
Um pequeno aparte... (...)

Achei que o Edrahil fosse advogado. A linguagem humana é imprecisa e acaba permitindo mais de uma interpretação, não? Ou não haveria conotação, figuras de linguagem, poesia, etc.

Que eu saiba, a única linguagem que admite apenas uma interpretação é a linguagem matemática.

Isso se chama falta de tempo para dar uma resposta mais adequada. :mrgreen:

Eu não trai o movimento ateu, véio. Só vi por "acidente" quando estava procurando algo para ver, já que naquele horário (não me lembro mais, faz tempo) não tinha nada que prestasse. Obrigado pelo esclarecimento.

"Acidente" ... sei. :lol:
 
Agora que me toquei que to discutindo com um advogado, :lol:
mas tudo bem, eu sou viciada em Law & Order :devil:

Estamos apenas conversando, trocando informações e experiências ... :anjo:

Não assisto essa série, mas isso que Edrahil disse não é um dos clichês que os policiais (de filmes e séries) dizem para não chamarem os advogados de quem eles estão interrogando?
 
Meu Deus! Por mais digna e louvável a intenção da Aranel ter aberto este tópico pra falarmos de história e promover uma boa discussão, que bagunçado ficou na sequência hein?

Agora entendi e me solidarizo ao desabafo da Ana nesse tópico

Vamos tentar por a casa novamente em ordem e tentar fazer disso algo um pouco mais produtivo? Este é um tema do qual venho participar muito mais pra aprender, então vou simbolicamente jogar uma pedra aqui e em seguida vamos recomeçar. Tentar pelo menos né?

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Gostaria de debater e saber da opinião de vocês sobre a relação da Igreja Católica com a sociedade ao longo dos anos.

Vocês acham que essa relação que já foi muito mais estreita está num processo totalmente irreversível apesar do recente e grandioso pontificado do João Paulo II?

Historicamente essa relação igreja e sociedade sempre foi proxima ou já houve outros momentos de distanciamento?
 
Fúria, em parte era justamente pra alguns pararem de desvirtuar TODOS os outros tópicos do fórum. Talvez o título não tenha sido o melhor... mas o título foi pq eu realmente pretendo dar uma revisada em tudo que já li e vi sobre o assunto pra fazer um post completo a ser editado no primeiro post ;)

Ah, sim.... sobre a sua pergunta: sempre foi próxima, mas na minha opinião, próxima DEMAIS.
Não gosto da maneira impositiva da IC de lidar com toda e qualquer situação: desde o rei que queria só se divorciar até a velhinha doente e sem família - uma pobre coitada - que vivia sozinha numa casa isolada e acabava queimada na fogueira por acusações infundadas e sem provas.

Acho que a IC ainda exagera nas suas [im]posições, mas já melhorou muito... que ela se encarregue dos fiéis que a seguem e não da vida alheia!
 
Última edição:
A Igreja jamais se preocupou com a vida alheia, a vida dos fieis é que tem de ser coerente com os ensinamentos da Igreja, Mãe e Mestra da verdade. O que ocorre nesse diálogo entre Igreja e sociedade é que houve uma interpenetração das duas realidades, espirituais e temporais, tanto a nível eclesial quanto social, nos tempos da 'uniformização' dos dogmas e ritos a partir de Constantino. Essa interpenetração começou forçada e na Idade média isso se suavizou, digamos que a sociedade era movida pelo cristianismo e não tinha praticamente dúvidas sobre sua autenticidade com exceção de certos heresiarcas ou teólogos que se afastavam da ortodoxia, os quais a Igreja puniu. O mal dessa aliança entre poder temporal e espiritual (que acabava sempre implicando em superioridade de um sobre outro) era que, por mais orgânico que fosse esse enlace, a autoridade da Igreja se maculava por desígnios pessoais de reis, imperadores e certos papas (menos indignos do que se conta, decerto) e a Inquisição foi um exemplo dessa 'confusão de limites entre Igreja e Estado'.

A coisa torna-se mais forçada e até antinatural, diria até imperialista, com os Estados nacionais e sua gana de controlar a Igreja tornando-a braço ideológicos de suas monarquias, o que descaracterizava a Igreja, desvirtuava a fé e corrompia os costumes. Assim a Contra-Reforma acabou se saindo muito uniformizante, ainda que válida e aniumada por esforços cristãos autênticos. Mas é claro que entre esse período tenso e a Idade média tivemos um periodo ainda mais tenso de guerras religiosas que abriram os olhos da Igreja e dos próprios protestantes para o perigo de manipulação e de busca de autencticidade.

As coisas se complicaram com as ideologias ateístas do iluminismo maçônico que pretendiam subjugar a autoridade espiritual e moral da Igreja, confinando-a a mero fato da vida cotidiana e não um organismo vivo que deveria dialogar seriamente com a sociedade e movê-la através da atividade própria da religião. Em outros casos tais ideologias impediam mesmo a Igreja e até a perseguiam, tanto que o século XIX produziu muitos mártires, e isso ainda foi um prelúdio das violentas perseguições que a Igreja sofreria no século XX por causa da desconfiança nazista e do comunismo intolerante. Outros santos daí vieram, como o Papa João Paulo II.

Com as novas ideias iluministas e neo-liberais que pretendiam resgatar as forças vivificantes da fé através da liberdade religiosa, uma espécie de iluminismo católico, foi capaz de renovar tal diálogo entre Igreja e sociedade através de uma compenetração mais sadia, como ensinou o Concílio Vaticano II. O problema é que as pessoas frequentemente pensam a Igreja unicamente como uma instituição fundada pelo santinho Karol, se esquecendo que o que o Beato João Paulo fez foi, além de sua vida de santidade e esforços de diálogo e paz com as religiões, filosofias e com os jovens, foi simplesmente a aplicação correta e prudente dos princípios do Vaticano II. E mesmo o Concílio e com o Papa Beato, não podemos esquecer jamais que a Igreja existe há quase 2000 anos, não foi fundada por JPII, não é uma nova Igreja, é a mesma mas renovada. Preparada para os tempos modernos mas sem esquecer suas tradições, compromisso em anunciar e defender a verdade, apenas tendo um nível mais moderno de tolerância, coisa que faltou em séculos anteriores por motivos de mentalidade diferentes, claro.
 
Um professor de latim me disse que o termo christianus era uma alcunha depreciativa dada pelos romanos cujo significado seria como Cristozinho, arremedo de Jesus.

Não procede. "christianu" (sem s) , significa cristãos em latim; "christu" (sem s) é "para Cristo" e "christus" (com s) é traduzido como "o ungido do". Nada de "christianus" no léxico latim :dente:

Existe esse artigo do Veritatis, um site de apologética católica, retirado da Revista Pergunte e Responderemos sobre um Simpósio tratando do tema da Inquisição. Aqui temos vários pontos ignorados ou esquecidos frequentemente quanso se fala do tema:

Li, interessante o artigo. No entanto, o artigo sutilmente tenta atenuar o peso da Igreja em relação aos atos praticados pela Santa Inquisição ao dividir a culpa com os Reis e outros tiranos da Era Medieval. E não sei para qual rei o Papa Gregório VII enviou sua carta, com certeza não foi para o Rei Hakon em 1080, neste ano o governante foi Canuto IV, o Santo e é padroiro da Dinamarca, pois foi canonizado em 1300. A não ser que o site esteja se referindo aos reis de nome Haakon que governaram a Noruega e não aceitavam o cristianismo e Haroldo III foi o último dos grandes reis viking que morreu em 1066.

Foi um período bem turbulento, seus governantes tinham orgulho de seu passado viking e não admitiam substituir seus deuses nórdicos por uma única deidade e, devido a superpopulação e as invasões de outras tribos bárbaras, os nórdicos começaram a migrar para o oeste em direção a Frísia, França, Inglaterra e Constantinopla.

E nem preciso relatar o choque cultural que varreu a europa medieval sofreu com a entrada de pessoas com crenças diferentes que, para ótica de camponeses e senhores feudais, era algo demoníaco como a religião não era baseada na luta entre o bem e o mal, mas entre a ordem e o caos, sendo que nenhum deus era tido como completamente bom nem mal; a decisão do patriarca de decidir se seu filho viveria ou morreria, o concubinato e o divórcio a que a esposa tinha direito. No mais, a vida comunitária de um vilarejo viking não diferia muito do europeu: ferreiros, pescadores, pastores e agricultores.

Ou seja, para os padrões da época, os invasores eram vistos como feras demoníacas cujos os ritos fúnebres foram rapidamente taxados como bruxaria, tal como ocorreu como Pentagrama dos Pitagóricos no passado. O artigo afirma que os inquisidores se valiam somente da intimidação... ora, existe método de tortura psicológica do que ameaçar o coitado do camponês com a exomungação ou ser acusado de herege? Sim, o Santo Ofício não tinha poderes para mandar prender, torturar e executar o acusado, mas acompanhavam o processo até a vítimar admitir a culpa e aceitar a absolvição da alma... menos do corpo que deveria ser purificado.

Para finalizar, o que motivou a criação da Inquisição em 1184 (Concílio de Verona) foi a crença dos cátaros de Albi em um Deus do Bem e outro do Mal e na metempsicose da alma das pessoas más enquanto que as boas iriam para o Céu. Assim, o Papa gregório IX editou a bula Licet ad capiendos (1233) que deu plenos poderes a Ordem dos Pregadores (fundada por São Domingos de Gusmão) e aos frades dominicanos, onde está escrito:

"Onde quer que os ocorra pregar estais facultados, se os pecadores persistem em defender a heresia apesar das advertências, a privar-los para sempre de seus benefícios espirituais e proceder contra eles e todos os outros, sem apelação, solicitando em caso necessário a ajuda das autoridades seculares e vencendo sua oposição, se isto for necessário, por meio de censuras eclesiásticas inapeláveis".

E a Inquisição terminou oficialmente, em Portugal, em 1821. Aqui, uma lista de pessoas executadas por bruxaria, seja através de tribunais públicos ou eclesiásticos.
 
O choque cultural houve, não há como negar. Agora foi interessante você se lembrar dos frades dominicanos, é para um convento deles que estou fazendo acompanhamento vocacional. Gosto muito da combatividade da Ordem, da luta contra as heresias, além da vida e doutrina de muitos de seus santos como o próprio são Domingos, santo Tomás de Aquino, são Vicente Ferrer, santa Catarina de Sena além de amar o carisma dominicano de pregação e vida de pobreza, oração contemplativa, mística e fidelidade à ortodoxia.

Mas veja bem, no caso dos países ibéricos o Papa praticamente não apitava em nada na Inquisição, eram os países quem controlavam a Igreja, mais ou menos como o Brasil funcionou até a proclamação da república. E concordo que a Igreja realmente tih=nha um programa desonesto de inquirição sobre heresias, mas felizmente este foi um negro período que não durou mais que uns poucos séculos medievais. E é aquilo, outros tempos, outra mentalidade.
 
As coisas se complicaram com as ideologias ateístas do iluminismo maçônico (...)

Que eu saiba a última coisa que vai existir, ao menos oficialmente, na maçonaria, é o ateísmo - afinal é uma espécie de norma interna que os membros aceitem uma espécie, seja qual for, de deidade.
 
Que eu saiba a última coisa que vai existir, ao menos oficialmente, na maçonaria, é o ateísmo - afinal é uma espécie de norma interna que os membros aceitem uma espécie, seja qual for, de deidade.
Eu me expressei mal, há um compartilhamento de ideias entre o pensamento maçônico e o ateísmo iluminista (nem todos os iluministas eram ateus, claro, mas os teístas eram deístas, uma noção impessoal de Deus). Falo aqui da laicidade extrema, indiferença religiosa etc.
 

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