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História do Cristianismo E do Catolicismo

Gostei do tópico. É interessante, já que podemos ver as diferenças entre as ramificações do cristianismo e, claro, a maior semelhança: o próprio Jesus Cristo.

Sou cristão e nasci em um lar evangélico. Sempre fui ensinado a olhar o católico como um pagão, não como um crente. Eu me mantive no protetantismo, só que comecei a ter várias dúvidas sobre por que católicos e protestantes são tão separados entre si, se Cristo é o tema central de suas crenças.

Comecemos o debate:
[...]
Sobre o erro protestante de considerar as Escrituras como única regra de fé, excluindo a Tradição e o Magistério:
Desde a Reforma Protestante do séc. XVI, os irmãos separados seguem uma doutrina que a verdadeira Igreja de Cristo jamais aceitou em seu meio: a "Sola Scriptura", ou seja, a falsa idéia de que somente a Bíblia é a fonte de autoridade e fé para o cristão, refutando a Sagrada Tradição e a autoridade da Igreja.

Adotando tal conceito, as igrejas de tradição protestantes multiplicam-se tão rapidamente quanto as células de uma criança... Hoje, existem mais de 20 mil denominações evangélicas, cada qual pregando sua "verdade particular", como se esta não foi Única.

O erro consiste em querer limitar a Palavra de Deus e crer que é o Espírito Santo que os dirigem em suas interpretações da Sagrada Escritura. Os testemunhos abaixo demonstram que a adoção da "Sola Scriptura" nunca foi defendida pela Igreja Primitiva pois levava às piores heresias... É, assim, um recado vivo para o mundo de hoje onde a multiplicidade de doutrinas leva a fé cristã ao descrédito dos infiéis.
[...]
Isto é uma coisa que me preocupa.
Sim, um grupo de irmãos se unirem e levantarem uma doutrina estranha sobre o pretexto de "Inspiração do Espírito Santo" pode nos enganar - não conhecemos o coração destes irmãos para sabermos se foi o Espírito ou se foi algo meramente emocional e carnal.
Sim, há muitas igrejas hereges hoje em dia, onde uma congregração tem uma doutrina totalmente anti-cristã, por interpretar um ou dois versículos à seu bel-prazer;
E sim, a idéia de uma entidade principal concentrar e controlar a interpretação das escrituras é tentadora e interessante.
Só que a questão (uma delas) é no momento em que esta grande entidade começar a se desvirtuar daquilo que foi pregado na Palavra. Já que ela possui uma grande força e influência, por causa de seu poder de controle, seria muito difícil ou impossível corrigí-la. E como ela está no controle do pensamento cristão, ela levará todos que a seguem ao erro.

Perceba, permitir que cada um tenha a sua interpretação da Bíblia consigo é muito perigoso. Mas tão perigoso que isto é um grupo, apenas um grupo, controlar a sua interpretação.
 
A grande questão é você perceber, com os olhos da fé, até que ponto a Igreja se desvia do seu caminho e se tais desvios desvirtuam a Igreja como um todo. Eu confio sim na unicidade da mensagem de Cristo na Igreja Católica apesar dos erros de vários de seus membros e líderes.

É complicado porém ter tais olhos, saber se você os possui. Eu creio que apenas confio na Igreja porque ela me dá razões para tal. Foi pela razão aliás que o cristianismo me consquistou.
 
A grande questão é você perceber, com os olhos da fé, até que ponto a Igreja se desvia do seu caminho e se tais desvios desvirtuam a Igreja como um todo.

Esse pra mim é o ponto chave. E, aos meus olhos... sim, desvirtua ao Igreja como um todo e foi o motivo de eu sair dela.
Acho que é um bom resumo pra tudo que eu penso a respeito.

Só pra avisar: não to querendo convencer ninguém do mesmo... não quero que ninguém concorde comigo... só estou explicando os meus motivos.
 
Creio que não deva ser algo assim tão drástico, eu tenho esperança quando vejo, por exemplo, vidas de santos como são Franscisco de Assis, são Domingos, são Pio de Pietrelcina, Beato João Paulo II, entre tantas outras coisas boas que encontro na Igreja.
 
Esse pra mim é o ponto chave. E, aos meus olhos... sim, desvirtua ao Igreja como um todo e foi o motivo de eu sair dela.
Acho que é um bom resumo pra tudo que eu penso a respeito.

Só pra avisar: não to querendo convencer ninguém do mesmo... não quero que ninguém concorde comigo... só estou explicando os meus motivos.

:think:

Caio, tu já foi meu principal alvo ... encontrei outro!!! :hanhan:

Minha qurida Elriowiel Aranel, precisamos conversar mais. :yep:
 
Perceba, permitir que cada um tenha a sua interpretação da Bíblia consigo é muito perigoso.

Mas não há apenas uma interpretação possível, sempre há várias possibilidades de interpretação.

Mas tão perigoso que isto é um grupo, apenas um grupo, controlar a sua interpretação.

Não é tão perigoso, é muito mais perigoso, foi o que aconteceu por muito tempo e sabemos no que deu.
 
Mas não há apenas uma interpretação possível, sempre há várias possibilidades de interpretação.

Discordo.

Não é tão perigoso, é muito mais perigoso, foi o que aconteceu por muito tempo e sabemos no que deu.

Meu caro, aí se entra em um critério em que a fé suplanta esta idéia. A fé em que os cabeças da Igreja Católica são conduzidos pelo Espírito Santo é maior do que o eventual risco que se corre.
 
Minha conversão foi motivado por uma leitura racional e espiritual das Confissões de santo Agostinho e ele tem sido meu protetor desde sempre, o santo que sempre intercede por mim e por minha contínua conversão. O fato é que caí muitas vezes por causa de dúvidas filosóficas e por mais que minha cabeça ainda tenha dúvidas meu coração se mantém fiel (ou quase) muito também graças à paciência e à dedicação do meu amigo Edrahil. Deus abençoe o MSN. :hihihi:

Agora, Morfindel, sabemos sim no que deu: fé una e indivisa, as primeiras universidades, as fundações dos primeiros hospitais, obras caritativas de séculos, espiritualidade profunda e enfim, nem tudo foi perfeito mas tem muita coisa boa.

Não existem várias interpretações porque não existem vários Cristos. Existe o Um, Um Cristo, Uma fé, Uma esperança, Uma caridade, Um Deus, Uma Igreja, Um Papa. Mas essa unidade respeita e ama a diversidade, desde que ela não provoque divisão.
 
Meu caro, aí se entra em um critério em que a fé suplanta esta idéia. A fé em que os cabeças da Igreja Católica são conduzidos pelo Espírito Santo é maior do que o eventual risco que se corre.

Só por eles acreditarem nisso não os faz estar certos.

Agora, Morfindel, sabemos sim no que deu: fé una e indivisa, as primeiras universidades, as fundações dos primeiros hospitais, obras caritativas de séculos, espiritualidade profunda e enfim, nem tudo foi perfeito mas tem muita coisa boa.

Fé una e indivisa? Se esquece dos Nestorianos, Protestantes, Ortodoxos? Também surgiram universidades no mundo islâmico (não é argumento), Galeno e Hipócrates já tratavam de doentes, doenças sempre existiram, os hospitais foram criados para tratar dos cristãos doentes (pura conveniência), caridade sempre existiu (não é mérito cristão, contrariamente ao que os cristãos pensam), e espiritualidade já existia. Não são argumentos, com ou sem cristianismo essas coisas existiriam.

Não existem várias interpretações porque não existem vários Cristos. Existe o Um, Um Cristo, Uma fé, Uma esperança, Uma caridade, Um Deus, Uma Igreja, Um Papa.

Não existem interpretações? Novamente você se esquece dos Protestantes, dos Nestorianos, dos Ortodoxos.

Mas essa unidade respeita e ama a diversidade, desde que ela não provoque divisão.

Essa frase resume bem o amor cristão! Me faz lembrar o episódio de hoje d'Os Simpsons (Globo) onde o Reverendo diz que Deus nunca desiste de ninguém e Flanders pergunta: - mas Sodoma e Gomorra? E o reverendo responde: - Deus as destruiu com muito amor (?)
 
Agora, Morfindel, sabemos sim no que deu: fé una e indivisa, as primeiras universidades, as fundações dos primeiros hospitais, obras caritativas de séculos, espiritualidade profunda e enfim, nem tudo foi perfeito mas tem muita coisa boa.

Os primeiros hospitais não foram criados pelos cristãos:
Em ordem cronológica, vários autores indicam a existência de hospitais: anexos aos mosteiros budistas, em 543 a.C. (Puech); existentes no Ceilão, entre os anos 437 e 137 a.C. (Garrison); vários hospitais mantidos em diferentes lugares, "providos de dieta conveniente e de medicamentos para os enfermos, preparados por médicos", por Dutha Gamoni, em 161 a.C (Robinson); 18 hospitais, providos pelo rei Gamari, no Ceilão, em 61 a.C. (Puech). Da mesma forma, aparecem as primeiras referências a enfermeiros (geralmente estudantes de medicina): eles deveriam ter "asseio, habilidade, inteligência, conhecimento da arte culinária e de preparo de medicamentos. Moralmente deveriam ser puros, dedicados, cooperadores" (Paixão, 1960:13). Na Índia existiam ainda hospitais reservados ao tratamento de animais. Dentre os médicos hindus sobressaem-se Chakara (primeiro século da era cristã), que se especializou no uso de drogas anestésicas e é autor de uma enciclopédia médica; e Susrata, cirurgiã, que realizava operações de hérnias, cataratas e cesáreas.
Fonte Pró Saúde

E a universidade foi "fundada" pelos árabes com as madraças.
A Universidade de Al-Zahar, no Cairo, foi fundada como madraça em 970 D.C.
A base curricular habitual de uma madraçal inclui cursos de língua árabe, tafsir (interpretação do Alcorão), charia (lei islâmica), hadith (narrações do profeta Maomé), mantiq (lógica) e história do Islão.
Fonte Wikipédia
 
Em primeiro lugar, não defendi a originalidade católica em tais questões mas que ela muito fez nesses pontos. Só isso.

Você falou de hereges e de cismas, Morfindel, são pessoas que se DESVIARAM da fidelidade à reta doutrina, ao reto seguimento de Cristo Jesus e de Sua Igreja. Trata-se de divisões jamais desejadas, em que católicos podem ter colaborado mas foi também fruto de orgulho e até de boas intenções dos desviados. Mas é isso que heresia, é desvio da doutrina reta e da comunhão com a Santa Igreja.

E peço que não nos desviemos dizendo que tal desvio (pleonasmo detected) é desvio da doutrina que nós achamos correta. Isso é descambar no relativismo.

Obviamente eu falei das universidades e hospitais em estilo moderno, com estrutura curricular, metodológica que abriu o caminho para as versões modernas e atuais de tais lugares.
 
Essa frase resume bem o amor cristão! Me faz lembrar o episódio de hoje d'Os Simpsons (Globo) onde o Reverendo diz que Deus nunca desiste de ninguém e Flanders pergunta: - mas Sodoma e Gomorra? E o reverendo responde: - Deus as destruiu com muito amor (?)

Quem diz que Deus é só Amor é um imbecil acefalado. Sim, Deus é amor, mas ele também é Santo,Santo,Santo. Isso está na Bíblia e resume bem a posição de Deus como Pai, que deve punir e amar os Filhos.

Enfim, não sou muito versado na religião em sí, apesar de ser um cristão devoto.

Em primeiro lugar, não defendi a originalidade católica em tais questões mas que ela muito fez nesses pontos. Só isso.

Tu mesmo se contradiz, já que afirmou que a Igreja Católica foi "pioneira":
Agora, Morfindel, sabemos sim no que deu: fé una e indivisa, as primeiras universidades, as fundações dos primeiros hospitais, obras caritativas de séculos, espiritualidade profunda e enfim, nem tudo foi perfeito mas tem muita coisa boa.

Obviamente eu falei das universidades e hospitais em estilo moderno, com estrutura curricular, metodológica que abriu o caminho para as versões modernas e atuais de tais lugares.

A estrutura curricular de uma madraça bem metodológica com estudos da lei islãmica e história do Islã. Assim como a estrutura dos hospitais budistas, já que:
[...]vários autores indicam a existência de hospitais: anexos aos mosteiros budistas, em 543 a.C. (Puech); existentes no Ceilão, entre os anos 437 e 137 a.C. (Garrison); vários hospitais mantidos em diferentes lugares, "providos de dieta conveniente e de medicamentos para os enfermos, preparados por médicos"[...]

Assim como haviam enfermeiros para auxiliarem os médicos:
Da mesma forma, aparecem as primeiras referências a enfermeiros (geralmente estudantes de medicina): eles deveriam ter "asseio, habilidade, inteligência, conhecimento da arte culinária e de preparo de medicamentos. Moralmente deveriam ser puros, dedicados, cooperadores"

Estruturas bem parecidas com as instituições modernas.
 
Última edição:
Isso me lembrou o Pe. Paulo Ricardo em uma homilia falando do amor de Pai que protege e pune. Pensemos por nós mesmos: odiamos o que faz mal para nossos entes queridos. Se eu tivesse um filho drogado, eu odiaria as drogas exatamente pela destruição que causa ao meu filho. O mesmo vale para o pecado.
 

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