Melian
Período composto por insubordinação.
Sabe, Harry, algumas coisas curiosas aconteceram desde que comecei a acompanhar a sua história em Hogwarts, que, agora, chegou no terceiro ano. Uma delas é que aprendi, tanto quanto você, a odiar as suas férias de verão, porque sei que, durante elas, você tem de ficar na casa dos seus tios, Válter e Petúnia, que te odeiam. Outra é que quando vi que você precisa fazer uma dissertação na qual discutirá a afirmação “a queima de bruxas no século XIV foi totalmente despropositada”, tal qual a Hermione, comecei a escrever mil textos, em minha mente.
Quando me perguntam por que gosto de você, Harry, não sei ao certo o que responder. É uma junção de tantas coisas. Você, e muitos dos bruxos que figuram pelas páginas dos livros da J.K. Rowling, parecem corroborar alguns valores que são, para mim, inegociáveis. Dentre esses valores, gosto de destacar a amizade. Então, pense bem, quando, em um determinado período do ano letivo, Harry, você e Rony deixarem, mesmo que não seja intencionalmente, que vassoura e rato ocupem, em suas vidas, o lugar que, originalmente, pertence a Hermione.
Todos somos influenciáveis, Harry. E fico feliz de ter sido influenciada pelo senso de justiça que parece guiar não só o seu caminho ou o de Dumbledore, mas o de muitos bruxos que passaram por Hogwarts. Fico feliz de – assim como você - ter ficado indignada com a mania de Salazar (reprisada, com ênfase, por Voldemort) de eliminar bruxos que não são de família de “sangue-puro”.
Fico mais do que contente em ver que você sobreviveu a Voldemort nas três vezes em que o encontrou: quando era bebê, ocasião em que ele tentou te matar e sua mãe te protegeu com o amor, um contrafeitiço poderosíssimo; no seu primeiro ano em Hogwarts, quando você impediu que Voldemort, por intermédio do professor Quirrel, se apossasse da Pedra Filosofal; e, finalmente, no seu segundo ano em Hogwarts, quando você encontrou com Voldemort – 50 anos mais novo – na Câmara Secreta e, com a ajuda de Fawkes e a espada de Gryffindor, derrotou um basilisco e destruiu o diário de Tom Riddle (Voldemort), ou seja, o material que permitiu que o Lord das Trevas chegasse até você.
Muita coisa te aguarda nesse terceiro ano em Hogwarts. Certezas serão abaladas, a felicidade será ameaçada pelos dementadores – criaturas que se alimentam da felicidade das pessoas, deixando-as mergulhadas na mais profunda tristeza, antes de beijá-las e sugar a sua alma -, a escuridão parecerá a regra, e a luz talvez reúna forças para ser uma exceção.
É muito nobre de sua parte defender a memória dos seus pais e se indignar com as palavras duramente cruéis e inverídicas ditas pela tia Guida a respeito deles. Mas talvez não seja tão inteligente assim, mesmo que involuntariamente, fazer com que ela se encha de ar até virar um balão e grudar no teto da casa de tio Válter e tia Petúnia. Menos inteligente ainda pode ser andar por aí, à noite, quando um temido prisioneiro de Azkaban – a prisão dos bruxos – está à solta, Harry.
Então, use, sabiamente, os olhos verdes que herdou de sua mãe para ver o máximo que puder, guardando as sábias palavras ditas em um dos mais conhecidos livros de trouxas, conforme as quais, “o essencial é invisível aos olhos, só se vê bem com o coração”. E lembre-se, “é possível encontrar a felicidade nos momentos mais sombrios se você se lembrar de acender a luz”.
Quando me perguntam por que gosto de você, Harry, não sei ao certo o que responder. É uma junção de tantas coisas. Você, e muitos dos bruxos que figuram pelas páginas dos livros da J.K. Rowling, parecem corroborar alguns valores que são, para mim, inegociáveis. Dentre esses valores, gosto de destacar a amizade. Então, pense bem, quando, em um determinado período do ano letivo, Harry, você e Rony deixarem, mesmo que não seja intencionalmente, que vassoura e rato ocupem, em suas vidas, o lugar que, originalmente, pertence a Hermione.
Todos somos influenciáveis, Harry. E fico feliz de ter sido influenciada pelo senso de justiça que parece guiar não só o seu caminho ou o de Dumbledore, mas o de muitos bruxos que passaram por Hogwarts. Fico feliz de – assim como você - ter ficado indignada com a mania de Salazar (reprisada, com ênfase, por Voldemort) de eliminar bruxos que não são de família de “sangue-puro”.
Fico mais do que contente em ver que você sobreviveu a Voldemort nas três vezes em que o encontrou: quando era bebê, ocasião em que ele tentou te matar e sua mãe te protegeu com o amor, um contrafeitiço poderosíssimo; no seu primeiro ano em Hogwarts, quando você impediu que Voldemort, por intermédio do professor Quirrel, se apossasse da Pedra Filosofal; e, finalmente, no seu segundo ano em Hogwarts, quando você encontrou com Voldemort – 50 anos mais novo – na Câmara Secreta e, com a ajuda de Fawkes e a espada de Gryffindor, derrotou um basilisco e destruiu o diário de Tom Riddle (Voldemort), ou seja, o material que permitiu que o Lord das Trevas chegasse até você.
Muita coisa te aguarda nesse terceiro ano em Hogwarts. Certezas serão abaladas, a felicidade será ameaçada pelos dementadores – criaturas que se alimentam da felicidade das pessoas, deixando-as mergulhadas na mais profunda tristeza, antes de beijá-las e sugar a sua alma -, a escuridão parecerá a regra, e a luz talvez reúna forças para ser uma exceção.
É muito nobre de sua parte defender a memória dos seus pais e se indignar com as palavras duramente cruéis e inverídicas ditas pela tia Guida a respeito deles. Mas talvez não seja tão inteligente assim, mesmo que involuntariamente, fazer com que ela se encha de ar até virar um balão e grudar no teto da casa de tio Válter e tia Petúnia. Menos inteligente ainda pode ser andar por aí, à noite, quando um temido prisioneiro de Azkaban – a prisão dos bruxos – está à solta, Harry.
Então, use, sabiamente, os olhos verdes que herdou de sua mãe para ver o máximo que puder, guardando as sábias palavras ditas em um dos mais conhecidos livros de trouxas, conforme as quais, “o essencial é invisível aos olhos, só se vê bem com o coração”. E lembre-se, “é possível encontrar a felicidade nos momentos mais sombrios se você se lembrar de acender a luz”.