Ok, eu estava com pressa hoje cedo e não escrevi nada, só coloquei a capa do livro. Sim, Harold Bloom já falou sobre Tolkien.
Pelo que li das críticas ao livro lá na Amazon, o saldo não é muito positivo. O que eu acho até engraçado, no meio da crítica literária, o habitual é que livros como esse só sejam organizados por críticos que apreciam (muito) a obra discutida
Mas Harold Bloom é fodão e sempre foge do comum mesmo
Antes que ataquem pedras no meu mestre

amem

, vou fazer um breve resumo do que estava falando agora pouco para o Maglor, sobre o estilo do Bloom: ele costuma analisar as obras, principalmente, por seu caráter inovador.
Tá dizendo que Tolkien não inovou em nada, Joy? E o conceito de mundo secundário?
Vamos voltar ao símile do laguinho: a Literatura é um lago, onde os escritores jogam pedras (seus livros). Toda pedra jogada agita as águas, mas algumas pedras agitam mais que outras.
No caso de um Dostoiévski, as águas estão agitadas até hoje no lugar onde ele jogou sua pedra. E as ondinhas se encontram com as ondas de vários outras pedras que foram lançadas depois (e alteram um pouco o ritmo das ondas das pedras que foram lançadas antes).
Tolkien agitou bastante as águas desse lago, disso eu não tenho dúvida. Mas as ondinhas que ele provocou bateram mais com as ondas de uma parte específica do lago, a literatura de fantasia, não foi tão abrangente, entendem?
Aff, que coisa louca. Espero que vocês tenham chegado bem até aqui

Toda essa história de laguinho foi só para ilustrar o modo "Bloom" de valorizar uma obra. Para ele, os grandes mesmo são os que agitam todo o lago até os dias de hoje (e mudaram o modo de ler o que veio antes deles também), no caso: Dante e Shakespeare.
Hm, hmm
