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Hálldor Laxness

Luciano R. M.

vira-latas
Hálldor Laxness, cujo nome de batismo era Hálldor Guðjónsson, foi um escritor islandês do século XX. Nasceu em Reykjavik em 1902, em 1905 sua família mudou-se para Mosfellsbær, na fazenda Laxness (cujo nome ele adotaria mais tarde).
Começou a escrever bastante jovem, e aos 14 anos de idade teve seu primeiro artigo publicado no jornal islandês Morgunblaðið, assinado como 'H.G.'. Pouco depois publicaria - no mesmo jornal, mas agora assinando seu nome completo - um ensaio sobre um velho relógio.
Na década de 20, em viagens pela Europa, Hálldor converteu-se ao catolicismo e entrou para uma abadia em Luxemburgo. Foi em seu batismo que adotou o nome de Hálldor Kiljan Laxness. Kiljian era o nome de um santo e mártir irlandês, e Laxness a fazenda onde passara a infância. Lá escreveu a novela 'Undir Helgahnjúk'. Sua experiência com o catolicismo originou também o livro 'Vefarinn mikli frá Kasmír' (O Grande Tecelão da Caxemira).
Seu cristianismo, no entanto, não duraria muito. Depois disso Laxness foi para os Estados Unidos, tentar a sorte escrevendo para o cinema. Lá trocou a religião pelo socialismo.
De volta a Islândia, continuaria sua extensa produção literaria, que incluiu 51 romances, além de livros de poemas, peças para teatro, ensaios e artigos. Demonstrava sua inclinação política em seus escritos, mas não deixava de cultuar a natureza e sua força.
Em 1955 recebeu o prêmio Nobel, em detrimento de autores que escreviam em idiomas mais universais (o islandês, um dos idiomas oficiais da Islândia, e idioma em que ele escrevia, só é falado por 300 mil pessoas).
Morreu em 1997, aos 95 anos.

Algumas de suas obras mais importantes:

A Estação Atômica: Ugla, uma moça humilde do norte da Islândia, muda-se para Reykjavik para trabalhar como empregada na casa de um senador e aprender a tocar acordeon. Em meio a um clima político agitado que incluía reuniões socialistas secretas, o translado - por motivos políticos - dos restos mortais de J. Hallgrímsson, poeta nacional da Islândia, que estavam na Dinamarca e a instalação de uma base nuclear americana - ameaçando a recém conquistada independência do país - Ugla conhece dois deuses (o Deus Atômico e o Deus Brilhantina). É um dos únicos romances narrados em primeira pessoa que Laxness escreveu.

Gente Independente: Um camponês cuja família libertou-se dos laços de servidão a apenas uma geração luta para sobreviver e sustentar os seus, devendo mostrar-se independente e livre como homem, ao mesmo tempo que é castigado pela natureza inóspita, que sempre subjuga o homem.

O Sino da Islândia: Um romance histórico, publicado em três partes. Na primeira, 'Sino da Islândia', Jón Hreggviðsson, um fazendeiro mata um oficial do governo dinamarquês (na época em que a história se passa, a Islândia era parte do Reino da Dinamarca) e foge para a Dinamarca para tentar falar com o Rei e obter seu perdão. Em 'A Jóia Brilhante', a segunda parte, Snæfríður Íslandssó é casada com um bêbado, mas apaixona-se por Arnas Arnæus, um colecionador de manuscritos. Na terceira e última, 'Fogo em Kopenhägen' o mesmo Arnas Arnæus vai para a capital da Dinamarca e casa-se com uma rica mulher que lhe financia os trabalhos com os manuscritos. [/b]
 
Iei, finalmente o luciano começou a postar aqui \o/
Pessoal, prestem bem atenção nas sugestões dele, valem ouro, viu? No caso do Laxness, eu fiquei curiosíssima, até porque não conheço lhufas de literatura da Islândia. Aqui aproveito para deixar a pergunta: a dificuldade em conhecermos escritores de outros países que não os "clássicos" (EUA, Inglaterra, França, Rússia, etc.) tem alguma relação com a tradução?

Porque eu fui procurar pelo Halldor Laxness em livrarias virtuais e só achei o Gente Independente em português (aliás, caríssimo, 65 royals!).
 
Nossa, nunca ouvi falar, mas fiquei super curioso com essas mini-resenhas. Anica, por acaso você achou na Saraiva? tenho um crédito lá e tals...
 
Si si. Tem na Livraria Cultura também (mas, como disse, só o Gente Independente)
 
haha Brigado pelo 'valem ouro' viu Ana?
E é o seguinte... Lançados no Brasil, só existem o 'Gente Independente' e o 'A Estação Atômica'. O segundo é uma edição antiga, não me lembro a editora, mas é daquela coleção que saiu há muito tempo, com os ganhadores do prêmio Nobel. Não é tão difícil de achar em sebos, e o preço deve ficar entre 7 e 15 reais.
Em Portugal saiu bem mais coisa, e em inglês e francês eu acho que dá pra encontrar toda a obra dele.
 
Nossa, eu nunca tinha sequer ouvido falar do Laxness. Se bem que eu pouco ouvi falar da Islândia também... acho que a única coisa que conhecia mais ou menos de lá era a Bjork!

Mas fiquei curioso pra ler A estação atômica!
 
Escute Sígur Ross também, Marco. E coma tubarão podre. Ah, a Islândia é cheia de coisas legais (além de gelo). Ainda vou pra lá.
 
Ah, os prazeres da Islândia...

A estação atômica é maravilhoso. Mescla muito bem sucedida de romance político e humor. Tenho Independent People pro Kindle desde o início do ano, mas ainda não tive tempo pra ler. O momento é bom, terminei recentemente a Poetic Edda, mas gosto de variar bastante entre uma leitura e outra. De qualquer forma, a Ugla me fez rir tanto que não teve como não querer ler tudo do Laxness imediatamente. Grande autor.
 

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