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Guinada à direita

Aproveitando o tópico, mostro um exemplo de agenda libertária (ou seja, sócio-economicamente liberal):

1) Reforma tributária: ninguém aguenta mais tantos impostos e, principalmente, tamanha complexidade de tributos. Leva-se 2.600 horas para pagar impostos por aqui, e trabalhamos até maio só para bancar o estado. É preciso simplificar e reduzir a carga tributária, urgentemente. Para tanto, é necessário cortar gastos públicos;

2) Reforma previdenciária: nosso modelo atual é uma bomba-relógio, e não há elo algum entre o que foi poupado e o que é recebido de aposentadoria, especialmente no setor público. Precisamos de contas individuais em um modelo de capitalização, de preferência privado, como é no Chile. Os brasileiros precisam ser sócios do capitalismo;

3) Reforma trabalhista: nossas leis trabalhistas são anacrônicas, ultrapassadas e inspiradas no fascismo. É hora de flexibilizá-las, de dar mais autonomia para os acordos individuais entre trabalhadores e patrões, enfrentando as máfias sindicais com coragem e tornando a adesão aos sindicatos voluntária, sem o imposto indecente que pagamos;

4) Privatizações: é preciso retomar o projeto de privatizações, que foi tão importante para nossa economia. O atual governo criou mais estatais, e as privatizações que fez foram malfeitas. É preciso pulverizar o capital da Petrobras, do Banco do Brasil, dos Correios, da Eletrobrás e da Caixa entre o povo brasileiro. Afinal, o petróleo é nosso ou não é?

5) Reforma educacional: o modelo atual custa caro e não educa quase ninguém. Precisamos de vales-educação que garantam a liberdade de escolha dos mais humildes, que passariam a colocar seus filhos em escolas particulares. A meritocracia precisa ser adotada também. Os melhores professores devem receber mais, e os melhores alunos devem se destacar, sem o fardo dessa mentalidade igualitária dos fracassados, que querem nivelar tudo por baixo. É hora de acabar com as cotas raciais também, pois a segregação apenas fomenta o racismo;

6) Segurança: não dá mais para o país ser refém dessa visão ideológica que trata bandidos como se fossem vítimas da “sociedade”. Há que se cobrar responsabilidade individual pelos atos de cada um, e punir com severidade aqueles que desrespeitam as leis. A impunidade é o maior convite ao crime. Bandidos mascarados que fingem ser jovens idealistas também precisam ser enfrentados com todo o rigor da lei, não importa o quanto recebam de apoio dos artistas e intelectuais da esquerda caviar;

7) Reforma política: nosso federalismo existe apenas no nome, e o governo central concentra poder demais. É preciso devolver o poder para mais perto dos cidadãos, retirando-o de Brasília. O voto deve ser distrital e facultativo. Deve-se acabar com o financiamento público de campanha que existe por meio de “horário gratuito” e “fundo partidário”. Somente indivíduos devem financiar partidos. Empresas não votam;

8) Paternalismo: o Estado não é papai de ninguém, e o povo não é súdito. É necessário acabar com essa tutela paternalista do Estado, e delegar mais liberdade, cobrando responsabilidade. Não cabe ao governo nos proteger de nós mesmos, mas sim de terceiros;

9) Assistencialismo: programas de ajuda aos mais pobres podem existir, desde que de forma descentralizada e sem se configurar compra de voto. Ou seja, devem ser estaduais, não federais, e programas de Estado, não de governo. Deve ter uma clara porta de saída. É absurdo celebrar um programa que, a cada ano, incorpora mais dependentes das esmolas estatais;

10) Política externa: o Mercosul virou uma camisa de força ideológica, atrasando nossa abertura comercial. É preciso fechar vários acordos bilaterais, reduzir as barreiras protecionistas e mergulhar, de vez, na globalização, abandonando esse infantil ranço antiamericano.

Fonte

Infelizmente essa agenda é de difícil implementação e, mais ainda, de difícil aceitação. Gastar é mais fácil que poupar. De qualquer forma, a agenda acima é de direita e parece bem distante do artigo no começo do tópico.

Para não ser simplista, além de discordar sobre algumas coisas (como a história da reforma educacional), falar que precisa cortar gastos é fácil, difícil é dizer onde e como. No vídeo abaixo, Rodrigo Constantino (autor da tal agenda) toma uma surra de Ciro Gomes justamente nesse ponto. A Direita brasileira hoje é isso aí: Ou muito preconceituosa, ou muito no mundo das ideias.

 
A meritocracia precisa ser adotada também. Os melhores professores devem receber mais, e os melhores alunos devem se destacar, sem o fardo dessa mentalidade igualitária dos fracassados, que querem nivelar tudo por baixo. É hora de acabar com as cotas raciais também, pois a segregação apenas fomenta o racismo;

"Rosas são vermelhas,
Violetas são azuis.
Termine esse poema você mesmo,
Seu parasita dependente!"
- Ayn Rand (de acordo com Stephen Colbert) :lol:
 
@Bruce Torres, apesar da brincadeira fazer todo sentido, o trecho do texto que você citou resume bem parte da mentalidade da Direita: As pessoas são são diferentes e devem tirar o melhor proveito dessas diferenças. A questão, no entanto, é que esse raciocínio parte do pressuposta da igualdade de oportunidade (que falei em outro post). Ou seja, sem algum grau de igualdade de oportunidades, é muito difícil falarmos de meritocracia, né?
 
@Bruce Torres, apesar da brincadeira fazer todo sentido, o trecho do texto que você citou resume bem parte da mentalidade da Direita: As pessoas são são diferentes e devem tirar o melhor proveito dessas diferenças. A questão, no entanto, é que esse raciocínio parte do pressuposta da igualdade de oportunidade (que falei em outro post). Ou seja, sem algum grau de igualdade de oportunidades, é muito difícil falarmos de meritocracia, né?

Pois é. Mas ocorre que muitos têm a mentalidade do "self-made man" como visto por Benjamin Franklin - alguém que conseguiu superar todas as adversidades e se estabeleceu de facto. Mas isso não existe. Sério. Se alguém não te abre as portas, se não se dispõe a te dar uma chance, você não chegará a lugar nenhum. Aliás, para conseguir chegar a algum lugar num meio competitivo, igualdade de condições e de oportunidades de faz muito, mas muito necessário.
 
Para não ser simplista, além de discordar sobre algumas coisas (como a história da reforma educacional), falar que precisa cortar gastos é fácil, difícil é dizer onde e como. No vídeo abaixo, Rodrigo Constantino (autor da tal agenda) toma uma surra de Ciro Gomes justamente nesse ponto. A Direita brasileira hoje é isso aí: Ou muito preconceituosa, ou muito no mundo das ideias.


O Rodrigo Constantino quase sempre é simplista e idealista demais. Acaba apnahando em todos os cantos por causa disso, é impressionante. Até o Mainardi sabe medir melhor, com seu próprio tamanho, a altura do mato em que tá entrando.

Segue abaixo um debate sobre Oriente Médio, com a participação dos dois, mais o Caio Blinder e o Guga Chacra (focado em Oriente Médio, Estadão/Globo News Em Pauta - um dos jornalistas mais ponderados que eu conheço na atualidade).


Em certo ponto do vídeo, ele tenta reduzir a questão Israel x Palestina + outros árabes à inveja! Segundo ele, o principal fator (ou o que ele destacou) é o fato de Israel, como o resto do Ocidente, ser mais avançado nas tais liberdades individuais, por ter mais influência iluminista.

Assistam um documentário chamado Budrus. Lembrem-se que Israel controla toda Jerusalém - inclusive a mesquita de Al-Aqsa. No mais, há, é verdade, fundamentalistas dentre os palestinos - que não querem curtir Iluminismo individualista não.

Então, como assim, inveja? Na modernidade, gostamos de comparar nosso país com o dos outros. Mas isso é uma parte muito pequena do quebra-cabeça, pelamordedeus.

@Grimnir, quanto à reforma da educação, sabe que é um ponto que eu até concordo? Tem um bom tempo que eu sou a favor, de uma maneira bem restrita, do voucher, à maneira como a Suécia faz.

Sou a favor porque um dos grandes problemas do nosso sistema educacional é ainda não termos um, consolidado. Uma alternativa privada ajudaria o Brasil a pensar a educação - essas escolas teriam mais facilidades de testar outros arranjos estruturais, outros métodos de ensino, etc.

Outro ponto a favor é o fato de isso conferir à família certa liberdade - se eles quiserem matricular o filho numa escola religiosa, ou numa escola-cursinho, ou numa escola libertária que dê foco às artes, ou o que for, eles podem, desde que esteja ao alcance do vale-educação.

Mas minhas restrições a isso são grandes.

Em primeiro lugar, o valor é o mesmo para todo mundo - para o meu filho, o da minha empregada ou o do Eike, e corresponde aos custos variáveis da educação pública, por aluno.

Segundo, é oito ou oitenta. O voucher não pode servir para papai rico ganhar desconto em mensalidade. A escola que aceitá-lo não pode cobrar mais nada do aluno, e, pelo valor do voucher, deve oferecer tudo que a escola pública oferece: além das aulas, todo o material didático, uniforme (dependendo do estado/município), merenda escolar, certos atendimentos de saúde básica, etc.

A princípio isso não fundaria tantas novas escolas, mas criaria condição de as particulares oferecerem mais bolsas. Isso também seria uma maneira muito superior de financiar escolas filantrópicas, mantidas por ONG's, com muito mais accountability
 
Se alguém não te abre as portas, se não se dispõe a te dar uma chance, você não chegará a lugar nenhum.

Eu concordo com a frase em si, mas o problema é quais implicações cada um tira dela. Alguém pode, por um lado, falar que cabe ao Estado apenas tentar corrigir alguns distorções de "dotações iniciais": pessoas com grandes habilidades, mas que vivem em extrema pobreza, por exemplo. Feitas essas correções, é cada um por si, meritocracia na veia. Outras pessoas, no entanto, podem argumentar que o Estado deve dar um passo além, de modo a garantir igualdade de resultado, já que mesmo pessoas habilidosas com acesso a crédito barato não conseguiriam crescer por causa de diversos outros fatores.

Enfim, é tudo uma questão de interpretação.

@ExtraTerrestre: Eu acho ótima a ideia dos vouchers escolares, mas discordo que seja algo para colocar na pauta atualmente. A ideia da educação pública está muito enraizada e seria necessário muito tempo e muita argumentação para provar que o vale-educação não tira do Estado o papel de redistribuir renda para a educação. Além disso, acho bem válido o debate sobre a como os recursos públicos são usados na educação. Há um questionamento, por exemplo, se o Estado deveria gastar tão mais no ensino superior do que no fundamental e básico (e mais importante ainda, na pré-escola).

Os pontos para debate estão aí. Agora, se as pessoas querem continuar com esse papo furado de que a Direita é somente essa coisa raivosa e preconceituosa, então tá. Que fiquem batendo boca com os fanáticos e achando que "venceram a batalha cultural".
 
Agora, se as pessoas querem continuar com esse papo furado de que a Direita é somente essa coisa raivosa e preconceituosa, então tá. Que fiquem batendo boca com os fanáticos e achando que "venceram a batalha cultural".

O problema é que "essa coisa raivosa e preconceituosa" é o que aparece. Se quem se identifica com a Direita dá ouvidos a um Olavo de Carvalho, por exemplo, dificilmente o debate prossegue. O problema não parece ser as diferenças ideológicas, mas quais são os "herois" nomeados pelos lados da discussão.
 
A meritocracia é a cocaína liberal. Eles realmente acham que com meras políticas particulares de redução de desigualdades e aumento de oportunidades dentro do que consideram ser o capitalismo possa servir para oferecer de fato as mesmas oportunidades. Mas isso é mentira.
É mentira e loucura.

E mesmo se não fosse insanidade, essa é uma moral torpe, que se fundamenta em outras torpezas, em outras imoralidades, como o valor sacrossanto que o liberal dá ao trabalho e, através dele e seus condicionamentos, a toda uma estrutura espiritual e simbólica desumana e, claro, metafisicamente satânica.

Todo o projeto liberal, ou leque de projetos liberais que circula pelo Brasil não passa de reformismo barato com uns toques um pouco mais ousados de ideologia liberal aqui e ali, uma economia aberta, uma mente mais 'aberta' caminhando lado a lado com a erosão de todos os valores morais e espirituais.

Sobre essas diferenças entre liberalismo e conservadorismo, elas são óbvias, mesmo para quem, como eu, que tem uma ideologia radical demais para ser chamado de conservador (somos conservadores de esquerda).

Mas o que me chama mais a atenção aqui é o Grimnir chamar à baila a igualdade de oportunidade como contraponto à desigualdade essencial entre os seres. Não é diferente do esquerdista apelando para a igualdade de 'dignidade'.

Ocorre, porém, que ambas as igualdades são quimeras, sonhos, são coisas sem substância, que só existem concretamente nas mentes dos ideólogos que as cunharam e hoje são objeto de uma veneração supersticiosa, veneração que não deixa de se transformar em ódio por tudo aquilo que se opõe a esses delirios, o delírio da meritocracia em um mundo essencialmente demeritório e desumanizante e o delírio de uma dignidade que não tem sua base em nada verdadeiro e transcendente, mas no ego de pensadores, uma dignidade fantasma, idolatrada simplesmente por ignorar a realidade, desmenti-la, apelando para um sonho, uma utopia, uma egocentrismo do individualismo mais infantil e masturbatório.

Pelo menos ninguém duvida da desigualdade, mas todos parecem crer que há algo 'errado' nela e que, por força, deve ser corrigido e ousam mesmo levar seus gloriosos esforços à categoria de realidade ontológica!

Ocorre, porém, que não há igualdade. Congratulo os niilistas pela coragem e honestidade de enxergarem a verdade e a ela aderirem fielmente, sem cair nesses abismos mesmo que ignorem a verdadeira realidade por trás daquilo que creem e amam estoicamente.

Só há a desigualdade. Essa é a ordem natural das coisas, do universo manifestado, das realidades sutis, de todo o cosmo criado, da vida e da morte. Tudo é desigual e só pode Ser enquanto for desigual.

A igualdade é a morte metafísica de toda verdadeira realidade. A igualdade é a matéria, o subpessoal e inférnico, o shúdrico e inferior, só pode defender a igualdade e ainda construir castelos no ar em cima dela quem abandonou não apenas toda verdade, como toda moral, honra, verdadeira espiritualidade. O sonho de igualdade e igualdades cada vez mais iguais levarão os últimos ideólogos da Kali Yuga para o mais profundo dos sete infernos e multidões irão com eles.

Talvez seja hora de acordar.
 
Última edição por um moderador:
A meritocracia é a cocaína liberal. Eles realmente acham que com meras políticas particulares de redução de desigualdades e aumento de oportunidades dentro do que consideram ser o capitalismo possa servir para oferecer de fato as mesmas oportunidades. Mas isso é mentira.
É mentira e loucura. (...)

Isso aí é um espantalho da ideologia liberal. O liberalismo não tem nem de longe todo esse compromisso e essa meta com relação à igualdade ou à meritocracia, ele aceita que haja pessoas bem mais ricas que outras, e com a vida bem mais fácil, tendo assim grande desigualdade que não passa pelo mérito. Comprometimento maior é com a liberdade, especialmente da ação do Estado, vista tanto como imoral quanto ineficiente para com os fins que ele próprio se coloca (combate à pobreza, prestação de serviços básicos, etc). Um segundo ponto que é fortemente defendido é que ele aumentaria a riqueza e o bem-estar, tanto em seus valores médios quanto em seus valores mínimos, mas esse aumento também não equivale a implantar meritocracia ou igualdade. O que as vezes se defende é que ele seja, talvez, o sistema MAIS meritocrático, mas não significa que ele almeje a meritocracia como fim último ou que esse seja um pilar do liberalismo.



Esse vídeo aí do Constantino talvez ele tenha faltado com um jogo de cintura, o que é normal já que ele tava discutindo com um político, função muito mais afeita ao sofisma, à força de expressão e à retórica do que à razão, mas no fundo ele tava certo, Ciro só contou com a falta de conhecimento quantitativos do Constantino das finanças do governo e com o fator televisivo do debate, enfim, viu um argumento que ia colar porque o Constantino não saberia responder satisfatoriamente no curto espaço de tempo ali colocado. Mas decerto aquele argumento não é um argumento forte o bastante para ser usado fora dali.
 
Isso aí é um espantalho da ideologia liberal. O liberalismo não tem nem de longe todo esse compromisso e essa meta com relação à igualdade ou à meritocracia, ele aceita que haja pessoas bem mais ricas que outras, e com a vida bem mais fácil, tendo assim grande desigualdade que não passa pelo mérito. Comprometimento maior é com a liberdade, especialmente da ação do Estado, vista tanto como imoral quanto ineficiente para com os fins que ele próprio se coloca (combate à pobreza, prestação de serviços básicos, etc). Um segundo ponto que é fortemente defendido é que ele aumentaria a riqueza e o bem-estar, tanto em seus valores médios quanto em seus valores mínimos, mas esse aumento também não equivale a implantar meritocracia ou igualdade. O que as vezes se defende é que ele seja, talvez, o sistema MAIS meritocrático, mas não significa que ele almeje a meritocracia como fim último ou que esse seja um pilar do liberalismo.



Esse vídeo aí do Constantino talvez ele tenha faltado com um jogo de cintura, o que é normal já que ele tava discutindo com um político, função muito mais afeita ao sofisma, à força de expressão e à retórica do que à razão, mas no fundo ele tava certo, Ciro só contou com a falta de conhecimento quantitativos do Constantino das finanças do governo e com o fator televisivo do debate, enfim, viu um argumento que ia colar porque o Constantino não saberia responder satisfatoriamente no curto espaço de tempo ali colocado. Mas decerto aquele argumento não é um argumento forte o bastante para ser usado fora dali.

O Constantino simplesmente não tem jogo de cintura. Vai apanhar do Ciro, vai apanhar do Olavo, do Guga (indiretamente, no apelo à plateia), vai continuar apanhando geral de gente dos mais diferentes perfis se não ficar mais cabreiro. Talvez ele seja melhor mesmo na mídia escrita.

O liberalismo que você está expondo parece ser o de verten mais radical em sua argumentação, ou, no mínimo, o mais "puro", a la Escola Austríaca. Algo meio hayekiano, na linha do "o capitalismo é uma ordem gerada espontaneamente, e por isso é o que melhor pode atender ao anseio da população em geral. Interferir nessa ordem em nome de justiça ou de qualquer outro ideal é bobagem". Um Milton Friedman já é algo mais ameno em suas formulações - não digo isso para fazer juízo de valor.

Eu concordo que pegar um livreto e achar que ele contém a receita de uma sociedade infinitamente mais complexa é sandice.

Mas acho que, da mesma forma que distorcem o liberalismo econômico, fazem o mesmo com a exigência que qualquer ideologia esquerdista ou antiliberal em geral faz no sentido da igualdade, em formas e doses diferentes. Julgam-na como se fosse simples inveja, sendo que a parte material é apenas um dos componentes de toda a demanda. A parte maior de tudo é a atenuação das hierarquias, a ruptura com as relações de poder, quer sejam criadas por alguma cosmologia religiosa, quer pela tradição, quer pelo capital ou por qualquer outra coisa que estratifique a sociedade. Acho que para os socialistas a distribuição da riqueza é muito mais uma consequência que uma premissa.
 
@Paganus: Sinceramente acho que você está confundindo os argumentos. De forma bem objetiva (e eu já disse isso várias vezes), as pessoas tem algumas capacidades inatas diferentes e elas não devem ser privadas do direito de tirar o máximo dessas capacidades. O espírito da meritocracia, pra mim, é esse.

Já foi dito em outro tópico, mas o pensamento de direita, diferente da esquerda, encara que algum nível de desigualdade é aceitável, pois refletirá justamente o fato de algumas pessoas tem mais habilidades do que outras. Não é possível ensinar tudo a todos, de modo a padronizar conhecimento e habilidades. De que adianta a meritocracia, se alguém super habilidoso não tem dinheiro pra compar um chinelo? O perigo dessa pergunta é que ela pode ser respondida de várias formas: Algumas defendendo a maior atuação do Estado e outras defendendo a maior atuação da iniciativa privada (seja através de mercado de capitais ou de grupos não-governamentais).

Sinceramente, Pagz, eu não entendi o seu argumento.

@Heberus Stormblade: Já postei esse vídeo umas dez vezes aqui no fórum, mas é bom ver mais alguém postando. :g:

@Haran Alkarin: Constantino apanhou pq ele é um filósofo, ele quer estar certo e só. Ele não soube responder a pergunta do Ciro e até hoje não sabe. O partido que ele diz que ajudou a criar (o Novo), possivelmente também não sabe responder a pergunta. O fato é que essa agenda liberal que eu postei precisa ser desdobrada em ações concretas. Tem que falar quais ministérios devem ser cortados, por exemplo.
 

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