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Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil

Omnius disse:
Só achei o termo pseudociência (apliacado da forma que foi), inadequado.

Não, não é inadequado. É a real. Só falei sem eufemismos o que é insinuado de forma cínica por muita gente.



Não entendi as aspas no ciências exatas! ¬¬

Porque essa ideia de ciência exata está cheia de poeira e teia de aranha. Desde que obras como A Arqueologia do Saber, História da Loucura e Vigiar e Punir(que, inclusive, eu soube outro dia estava sendo parte de ementa até de curso de Medicina) foram publicadas não dá pra encarar mais nenhuma ciência como exata.

Quanto ao método, Popper o postulou exatamente para sistematizar a forma com que a ciência é tratada. Criar métodos distintos para cada tipo de ciência seria um retrocesso.

Criar métodos distintos pra cada ciência é uma necessidade. Você não pode tratar de Sociologia e Física utilizando os mesmos paradigmas metodológicos. São ciências muito diferentes.


O que quis dizer desde o início é que o fato de ser jornalista não o descredência a escrever sobre o que quer que seja. Desde que (como você disse) estude e tenha competência para tal.

Vamos por partes: um jornalista noticiar um fato sobre qualquer assunto é uma obrigação de qualquer jornalista. Pra isso, ele precisa ter um conhecimento relativamente profundo sobre o que vai falar. São feitas pesquisas(entrevista, internet, livros, documentos), mas essas pesquisas são feitas dentro de lógicas do Jornalismo. Não são coisas aprofundadas e mais densas como uma pesquisa histórica.

É diferente de eu que sou jornalista e não tenho nenhum tipo de formação em História(especialização, mestrado ou graduação ou seja lá o que for), com aparato metodológico próprio da minha área, ir fazer minhas pesquisas pra escrever um livro sobre determinado período histórico ou vários(o que é mais insano ainda) como é o caso do Narloch. Neste aspecto eu não sou apta e digo que em tais condições, nenhum jornalista também esteja.

Quanto a natureza do livro, sendo curiosidades ou não, pelos trechos transcritos que li, só traz conjecturas para legitimar os posicionamentos políticos do jornalista e por que não dizer posturas racistas? Ora, teve um trecho lá que me fez rir, sobre índios. Pelo que entendi, ele procura justificar a barbárie dos colonizadores com a barbárie dos índios. Qual a lógica nisso? É de um irracionalismo sem tamanho.
 
Omnius disse:
Quanto ao método, Popper o postulou exatamente para sistematizar a forma com que a ciência é tratada. Criar métodos distintos para cada tipo de ciência seria um retrocesso.

[align=justify]É preciso lembrar que é errado conceber a teoria antes da praxis. Não podemos "encaixar" a empiria na teoria, pois estaríamos incorrendo em alteração de fatos situados no "real" para comprovação de esquemas "abstratos". Estaríamos estendendo interpretações a priori.
Me desculpe, mas vejo como extremamente necessária a existência de especificidades em cada um dos campos de estudo, ou áreas de pesquisa ou como quer que queira chamar. Querer aplicar a teoria de forma mecânica em toda e qualquer questão só pode resultar em resultados imprecisos.
[/align]
 
Diva disse:
Não, não é inadequado. É a real. Só falei sem eufemismos o que é insinuado de forma cínica por muita gente.

Não generalize, não é porque certos pontos de determinada área não passam pelo crivo dos métodos científicos que deve-se jogar tudo na vala comum de pseudociências.

Diva disse:
Porque essa ideia de ciência exata está cheia de poeira e teia de aranha. Desde que obras como A Arqueologia do Saber, História da Loucura e Vigiar e Punir(que, inclusive, eu soube outro dia estava sendo parte de ementa até de curso de Medicina) foram publicadas não dá pra encarar mais nenhuma ciência como exata.

Definições à parte
Aponte algum postulado físico que não se enquadre ao método ciêntifico e ganhe um Nobel.

Diva disse:
Criar métodos distintos pra cada ciência é uma necessidade. Você não pode tratar de Sociologia e Física utilizando os mesmos paradigmas metodológicos. São ciências muito diferentes.

Novos métodos implicam em uma nova definição para ciência, observe:
“Toda hipótese tem que ser falseável ou refutável” (princípio metodológico ciêntifico)
Tudo que se enquadra fora dessa máxima é um axioma ou por consequencia é relativo / subjetivo. O primeiro é uma ferramenta matemática, já o segundo é tudo menos ciência.


Diva disse:
Vamos por partes: um jornalista noticiar um fato sobre qualquer assunto é uma obrigação de qualquer jornalista. Pra isso, ele precisa ter um conhecimento relativamente profundo sobre o que vai falar. São feitas pesquisas(entrevista, internet, livros, documentos), mas essas pesquisas são feitas dentro de lógicas do Jornalismo. Não são coisas aprofundadas e mais densas como uma pesquisa histórica.

É diferente de eu que sou jornalista e não tenho nenhum tipo de formação em História(especialização, mestrado ou graduação ou seja lá o que for), com aparato metodológico próprio da minha área, ir fazer minhas pesquisas pra escrever um livro sobre determinado período histórico ou vários(o que é mais insano ainda) como é o caso do Narloch. Neste aspecto eu não sou apta e digo que em tais condições, nenhum jornalista também esteja.

Quanto a natureza do livro, sendo curiosidades ou não, pelos trechos transcritos que li, só traz conjecturas para legitimar os posicionamentos políticos do jornalista e por que não dizer posturas racistas? Ora, teve um trecho lá que me fez rir, sobre índios. Pelo que entendi, ele procura justificar a barbárie dos colonizadores com a barbárie dos índios. Qual a lógica nisso? É de um irracionalismo sem tamanho.

Putz....assim como não espero ler um livro de divulgação científica e aprender a teoria dos quanta. Não espero aprender história em um guia onde o cara se propôs a questionar (concordo que com certo sensacionalismo) fatos históricos aceitos como verdades por muitos.
O mundo de Sofia, por exemplo, é cheio de distorções filosóficas para parecer mais agradável ao leitor... não é por esse motivo que deixa de ser válido a quem nunca teve contato com filosofia. Agora se o cara que o escreveu é pedreiro, carpinteiro, açogueiro...... náo o faz melhor ou pior em nada.
 
Lucas_Deschain disse:
Omnius disse:
Quanto ao método, Popper o postulou exatamente para sistematizar a forma com que a ciência é tratada. Criar métodos distintos para cada tipo de ciência seria um retrocesso.

[align=justify]É preciso lembrar que é errado conceber a teoria antes da praxis. Não podemos "encaixar" a empiria na teoria, pois estaríamos incorrendo em alteração de fatos situados no "real" para comprovação de esquemas "abstratos". Estaríamos estendendo interpretações a priori.
Me desculpe, mas vejo como extremamente necessária a existência de especificidades em cada um dos campos de estudo, ou áreas de pesquisa ou como quer que queira chamar. Querer aplicar a teoria de forma mecânica em toda e qualquer questão só pode resultar em resultados imprecisos.
[/align]

Concordo que a especificidade de cada campo de estudo deve ser respeitada. No entanto é o que disse antes. O método ciêntifico foi criado visando evitar relativismos.
Criar métodos específicos para cada área, além de abrir precedentes para que qualquer porcaria como a astrologia, por exemplo, seja considerada ciência, tornaria a própria definição de ciência questionável
 
o cara deve ter base científica para fazer tais afirmações,a história de uma nação muitas vezes é contruida de acordo com interesses de quem governa.:sim:
 
Omnius disse:
Diva disse:
Não, não é inadequado. É a real. Só falei sem eufemismos o que é insinuado de forma cínica por muita gente.

Não generalize, não é porque certos pontos de determinada área não passam pelo crivo dos métodos científicos que deve-se jogar tudo na vala comum de pseudociências.

Eu não acredito que as ciências humanas são pseudociências. Acho que você não entendeu o que eu quis dizer. No meio acadêmico(e fora dele) é que elas são tidas como tal. E é a isso que me refiro.

Diva disse:
Porque essa ideia de ciência exata está cheia de poeira e teia de aranha. Desde que obras como A Arqueologia do Saber, História da Loucura e Vigiar e Punir(que, inclusive, eu soube outro dia estava sendo parte de ementa até de curso de Medicina) foram publicadas não dá pra encarar mais nenhuma ciência como exata.

Definições à parte
Aponte algum postulado físico que não se enquadre ao método ciêntifico e ganhe um Nobel.

Por favor... Se alguém merecia um Nobel póstumo esse alguém é o Michel Foucault que questionou a razão científica como instrumento de poder. E demonstrou através da historiografia que a verdade é a de um tempo. Ela muda de acordo com a época. E toda e qualquer ciência está dentro de um contexto social, histórico, econômico e cultural, inclusive as "exatas", e é dentro desse contexto que ela se move.

Diva disse:
Criar métodos distintos pra cada ciência é uma necessidade. Você não pode tratar de Sociologia e Física utilizando os mesmos paradigmas metodológicos. São ciências muito diferentes.

Novos métodos implicam em uma nova definição para ciência, observe:
“Toda hipótese tem que ser falseável ou refutável” (princípio metodológico ciêntifico)
Tudo que se enquadra fora dessa máxima é um axioma ou por consequencia é relativo / subjetivo. O primeiro é uma ferramenta matemática, já o segundo é tudo menos ciência.

Sim, esse é um princípio metodológico que se adequa, mas nem todos são assim. Um exemplo é que nas ciências exatas basicamente se fazem pesquisas quantitativas e elas são as que merecem mais crédito. Pois veja bem: nas ciências humanas as pesquisas mais dignas de desconfiança(atente, desconfiança e não descrédito) são justamente as pesquisas quantitativas. Tanto é que não raro aparece alguém que não faz parte desse universo: "mostre-me dados.". Por dados entenda-se números. E não é bem assim. Amostragem é importante em pesquisa nas humanas, mas para dar maior segurança a hipótese que se quer provar. Eu por exemplo faço pesquisa com revistas e NUNCA fiz uma apresentação enfatizando o número de revistas que analisei, mas sempre o período em que elas circularam. Porque isso é mais importante naquilo que está sendo investigado.

Vou falar o óbvio: é muito fácil manipular uma pesquisa pra ter determinados dados. Quando se trata de estatísticas em humanas, a coisa fica cabulosa. Porque existe a possibilidade de o pesquisador manipular deliberadamente, ingenuamente e ainda existe a possibilidade de terceiros manipularem aqueles dados a seu bel-prazer. Acontecem coisas como pesquisadores diferentes pegarem um mesmo dado estatístico e provarem por A + B coisas diametralmente opostas.


Diva disse:
Vamos por partes: um jornalista noticiar um fato sobre qualquer assunto é uma obrigação de qualquer jornalista. Pra isso, ele precisa ter um conhecimento relativamente profundo sobre o que vai falar. São feitas pesquisas(entrevista, internet, livros, documentos), mas essas pesquisas são feitas dentro de lógicas do Jornalismo. Não são coisas aprofundadas e mais densas como uma pesquisa histórica.

É diferente de eu que sou jornalista e não tenho nenhum tipo de formação em História(especialização, mestrado ou graduação ou seja lá o que for), com aparato metodológico próprio da minha área, ir fazer minhas pesquisas pra escrever um livro sobre determinado período histórico ou vários(o que é mais insano ainda) como é o caso do Narloch. Neste aspecto eu não sou apta e digo que em tais condições, nenhum jornalista também esteja.

Quanto a natureza do livro, sendo curiosidades ou não, pelos trechos transcritos que li, só traz conjecturas para legitimar os posicionamentos políticos do jornalista e por que não dizer posturas racistas? Ora, teve um trecho lá que me fez rir, sobre índios. Pelo que entendi, ele procura justificar a barbárie dos colonizadores com a barbárie dos índios. Qual a lógica nisso? É de um irracionalismo sem tamanho.

Putz....assim como não espero ler um livro de divulgação científica e aprender a teoria dos quanta. Não espero aprender história em um guia onde o cara se propôs a questionar (concordo que com certo sensacionalismo) fatos históricos aceitos como verdades por muitos.
O mundo de Sofia, por exemplo, é cheio de distorções filosóficas para parecer mais agradável ao leitor... não é por esse motivo que deixa de ser válido a quem nunca teve contato com filosofia. Agora se o cara que o escreveu é pedreiro, carpinteiro, açogueiro...... náo o faz melhor ou pior em nada.

O fato de alguém ter graduação ou pós num determinado assunto não implica que esse mesmo alguém o abordará de maneira hermética. Estou lendo um livro da Mary del Priore neste momento que é acessível a um estudante secundário, por exemplo.

Segundo ponto: Você pode não esperar aprender história, mas espera adquirir algum conhecimento. Assim como muitas outras pessoas que irão ler o livro do Narloch.

Terceiro ponto: Você não se preocupa se está lendo um livro de alguém que tem propriedade pra falar sobre aquilo a que se propõe ou de um picareta? XD E eu fico extremamente chocada com a sua insinuação de que sou preconceituosa. :O Mais ainda pela citação de profissões como pedreiro, açougueiro, carpinteiro. Não acho que dê pra comparar alguém que não teve as mesmas oportunidades de acesso ao saber(supondo-se que todos os pedreiros, açougueiros e carpinteiros não tenham tido, é claro) com alguém que teve.

Bem, o que penso é o seguinte: isso pode até parecer, mas não é pensar democraticramente porque a igualdade de saber não existe no Brasil. Ainda mais quando se sabe que muitos analfabetos ganham um carimbo de alfabetizados para diminuir estatísticas negativas ou quando o Estado paga um pseudocurso de graduação de férias pros professores que ainda não têm curso superior. Eles ganham um diploma e não aprendem nada ao final.
 
ponto 1: Mary Del Priore é fantástica...

ponto 2: Não me deu muita vontade de ler,

ponto 3: Em termos de reescrever a história com interpretação pessoal, acho que eu prefiro o livro de história escrito pelo Jovane Nunes...
 
Antecipadamente deixo claro que analisando os vídeos e as resenhas postadas...me parece que realmente o livro não é dos melhores.


Diva disse:
Eu não acredito que as ciências humanas são pseudociências. Acho que você não entendeu o que eu quis dizer. No meio acadêmico(e fora dele) é que elas são tidas como tal. E é a isso que me refiro.

Hum....além do meio acadêmico (e fora ele)....existe algo mais? :)
Pseudociência pra mim é astrologia, homeopatia, cromoterapia...
Não conheço seu contexto acadêmico, mas onde estudo (unicamp) não há esse ranço de humanas x exatas.

Diva disse:
Por favor... Se alguém merecia um Nobel póstumo esse alguém é o Michel Foucault que questionou a razão científica como instrumento de poder. E demonstrou através da historiografia que a verdade é a de um tempo. Ela muda de acordo com a época. E toda e qualquer ciência está dentro de um contexto social, histórico, econômico e cultural, inclusive as "exatas", e é dentro desse contexto que ela se move.

Não sou louco para discordar de Foucault... Quando tratamos de história da ciência e suas motivações sem dúvida que é bem por aí mesmo.

Diva disse:
Sim, esse é um princípio metodológico que se adequa, mas nem todos são assim. Um exemplo é que nas ciências exatas basicamente se fazem pesquisas quantitativas e elas são as que merecem mais crédito. Pois veja bem: nas ciências humanas as pesquisas mais dignas de desconfiança(atente, desconfiança e não descrédito) são justamente as pesquisas quantitativas. Tanto é que não raro aparece alguém que não faz parte desse universo: "mostre-me dados.". Por dados entenda-se números. E não é bem assim. Amostragem é importante em pesquisa nas humanas, mas para dar maior segurança a hipótese que se quer provar. Eu por exemplo faço pesquisa com revistas e NUNCA fiz uma apresentação enfatizando o número de revistas que analisei, mas sempre o período em que elas circularam. Porque isso é mais importante naquilo que está sendo investigado.


O fato de hipóteses científicas terem que ser falseáveis ou refutáveis. Implica que qualquer pessoa se utilizando das mesmas técnicas e nas mesmas condições possa reproduzir tal hipótese...isso hoje amanhã ou daqui cem anos. O fato de história, por exemplo, não se enquadrar em tais métodos. Não a imputa diretamente no hall das pseudociências (na minha opinião).


Diva disse:
Vou falar o óbvio: é muito fácil manipular uma pesquisa pra ter determinados dados. Quando se trata de estatísticas em humanas, a coisa fica cabulosa. Porque existe a possibilidade de o pesquisador manipular deliberadamente, ingenuamente e ainda existe a possibilidade de terceiros manipularem aqueles dados a seu bel-prazer. Acontecem coisas como pesquisadores diferentes pegarem um mesmo dado estatístico e provarem por A + B coisas diametralmente opostas.

Também vou dizer o óbvio....dados não mentem, pessoas sim. È exatamente por isso que as ciências humanas não passam pelo crivo dos métodos científicos Popperianos... O que quero que entenda é que o “status” de ciência não torna uma matéria / área melhor do que outra. Cada área tem sua importância. Todas as áreas acabam se complementando de alguma forma.


Diva disse:
O fato de alguém ter graduação ou pós num determinado assunto não implica que esse mesmo alguém o abordará de maneira hermética. Estou lendo um livro da Mary del Priore neste momento que é acessível a um estudante secundário, por exemplo.

Segundo ponto: Você pode não esperar aprender história, mas espera adquirir algum conhecimento. Assim como muitas outras pessoas que irão ler o livro do Narloch.

Terceiro ponto: Você não se preocupa se está lendo um livro de alguém que tem propriedade pra falar sobre aquilo a que se propõe ou de um picareta? XD E eu fico extremamente chocada com a sua insinuação de que sou preconceituosa. :O Mais ainda pela citação de profissões como pedreiro, açougueiro, carpinteiro. Não acho que dê pra comparar alguém que não teve as mesmas oportunidades de acesso ao saber(supondo-se que todos os pedreiros, açougueiros e carpinteiros não tenham tido, é claro) com alguém que teve.

Bem, o que penso é o seguinte: isso pode até parecer, mas não é pensar democraticramente porque a igualdade de saber não existe no Brasil. Ainda mais quando se sabe que muitos analfabetos ganham um carimbo de alfabetizados para diminuir estatísticas negativas ou quando o Estado paga um pseudocurso de graduação de férias pros professores que ainda não têm curso superior. Eles ganham um diploma e não aprendem nada ao final.


Sim me preocupo....porém faço uma análise prévia do que o autor tem a dizer (resumos /resenhas)...procuro não fazer juízo de valor acerca da formação do sujeito.
Os Irmãos Villas Boas (para dar um exemplo de ciências humanas), soube a pouco tempo que não tinham nenhuma formação acadêmica, nem por isso perdem seu valor.
 
Omnius disse:
Hum....além do meio acadêmico (e fora ele)....existe algo mais? :)
Pseudociência pra mim é astrologia, homeopatia, cromoterapia...
Não conheço seu contexto acadêmico, mas onde estudo (unicamp) não há esse ranço de humanas x exatas.

É claro que você não vê esse ranço. Ele é implícito. Se dá mais através de brincadeiras, piadinhas, ironias. Nenhum pesquisador sério vai chegar pra outro e dizer na lata que tal ciência é uma pseudociência(quer dizer... nunca se sabe). Quanto à discussão sobre a cientificidade das Ciências Humanas, isso é discutido a todo momento em qualquer centro de humanas de qualquer universidade.


O fato de hipóteses científicas terem que ser falseáveis ou refutáveis. Implica que qualquer pessoa se utilizando das mesmas técnicas e nas mesmas condições possa reproduzir tal hipótese...isso hoje amanhã ou daqui cem anos. O fato de história, por exemplo, não se enquadrar em tais métodos. Não a imputa diretamente no hall das pseudociências (na minha opinião).

Bem, você chegou ao ponto do porquê das Ciências Humanas terem a necessidade de uma metodologia à parte. As hipóteses que construímos são contestáveis, mas os caminhos para a reprodução de um experimento em humanas são infindáveis, mesmo que se utilize a mesma técnica. Daí, você chegar a resultados diferentes que mesmo sendo contraditórios, acabam por se complementar e agregar algum conteúdo. Eu não creio que este seja um aspecto negativo ou que tire a cientificidade das Humanas.


Também vou dizer o óbvio....dados não mentem, pessoas sim. È exatamente por isso que as ciências humanas não passam pelo crivo dos métodos científicos Popperianos... O que quero que entenda é que o “status” de ciência não torna uma matéria / área melhor do que outra. Cada área tem sua importância. Todas as áreas acabam se complementando de alguma forma.

Ahá! Mas acontece que tanto em Humanas como em Exatas, são pessoas que manipulam os dados. São pessoas que dão uma significação a eles. Não se trata de mentir. O sentido é sempre heterogêneo.


Sim me preocupo....porém faço uma análise prévia do que o autor tem a dizer (resumos /resenhas)...procuro não fazer juízo de valor acerca da formação do sujeito.
Os Irmãos Villas Boas (para dar um exemplo de ciências humanas), soube a pouco tempo que não tinham nenhuma formação acadêmica, nem por isso perdem seu valor.

Nunca li nada deles. Por isso não vou dar uma opinião. Acredito que devam existir exceções, mas isso não é usual.
 
Vejo que estamos chegando a um consenso.

Diva disse:
É claro que você não vê esse ranço. Ele é implícito. Se dá mais através de brincadeiras, piadinhas, ironias. Nenhum pesquisador sério vai chegar pra outro e dizer na lata que tal ciência é uma pseudociência(quer dizer... nunca se sabe). Quanto à discussão sobre a cientificidade das Ciências Humanas, isso é discutido a todo momento em qualquer centro de humanas de qualquer universidade.

Provocações entre alunos realmente são comuns.

Diva disse:
Bem, você chegou ao ponto do porquê das Ciências Humanas terem a necessidade de uma metodologia à parte. As hipóteses que construímos são contestáveis, mas os caminhos para a reprodução de um experimento em humanas são infindáveis, mesmo que se utilize a mesma técnica. Daí, você chegar a resultados diferentes que mesmo sendo contraditórios, acabam por se complementar e agregar algum conteúdo. Eu não creio que este seja um aspecto negativo ou que tire a cientificidade das Humanas.

Diva disse:
Ahá! Mas acontece que tanto em Humanas como em Exatas, são pessoas que manipulam os dados. São pessoas que dão uma significação a eles. Não se trata de mentir. O sentido é sempre heterogêneo.

Observe o enunciado da segunda lei da termodinâmica:
"A quantidade de entropia de qualquer sistema isolado termodinamicamente tende a incrementar-se com o tempo, até alcançar um valor máximo". (wikipedia)
Não há subjetividade alguma...no momento em que alguém nas mesmas condições conseguir provar o contrário.... a lei cai por terra. O princípio é observável independente das convicções (políticas, religiosas, históricas, futebolistacas) da pessoa que o observa. Não há o que manipular.


Diva disse:
Nunca li nada deles. Por isso não vou dar uma opinião. Acredito que devam existir exceções, mas isso não é usual.

Caso tenha curiosidade A Marcha para o Oeste: a Epopéia da Expedição Roncador-Xingu – é um relato rico em detalhes da vida dos índios com os quais tiveram contato no decorrer dos 42 anos de expedições.

Só lembrando que Machado de Assis era mulato, pobre (filho de lavadeira) e não cursou o ensino regular... ainda bem que não pediram o curriculo dele no momento de publicar suas obras. XD
 
Omnius, você está citando apenas o modelo positivista da ciência em sua afirmação de que Ciências Humanas são Pseudo-Ciências.
A corrente moderna é outra, por exemplo, como dizer que a linguística não é uma ciência? que o estudo do Gerativismo de Chomsky, que se baseia em precisos cálculos matemáticos para o desenvolvimento do estudo das propriedades das línguas naturais não é uma ciência?

Te recomendo um livro, chama-se "Introdução a Teoria da Ciência" de Luiz Henrique De A. Dutra.
O livro é excelente e trata com teoria essa velha discussão da humanas X ciência ele pode ser comprado bem baratinho nesse link aqui.
 
R.Kruppa disse:
Omnius, você está citando apenas o modelo positivista da ciência em sua afirmação de que Ciências Humanas são Pseudo-Ciências.
A corrente moderna é outra, por exemplo, como dizer que a linguística não é uma ciência? que o estudo do Gerativismo de Chomsky, que se baseia em precisos cálculos matemáticos para o desenvolvimento do estudo das propriedades das línguas naturais não é uma ciência?

Te recomendo um livro, chama-se "Introdução a Teoria da Ciência" de Luiz Henrique De A. Dutra.
O livro é excelente e trata com teoria essa velha discussão da humanas X ciência ele pode ser comprado bem baratinho nesse link aqui.

Olá R.Kruppa.

Se ler meus posts verá que em nenhum momento disse que ciências humanas são psdeuciências. Não faria uma generalização tola como essa.
Lhe agradeço pela indicação....vou ver se adquiro!
 
Omnius disse:
Provocações entre alunos realmente são comuns.

Entre alunos, vírgula. Eu pouco interajo com alunos de Exatas por questões espaciais... Mas todo ano quando vou apresentar meu resumo expandido no seminário de iniciação científica, o CNPq manda um professor de Exatas que não entende nada de Análise de Discurso pra me avaliar. Como ele não entende nada mesmo, devia se limitar a me avaliar apenas quanto ao aspecto metodológico. Mas não, ele fica lá, com um arzinho de superioridade, fazendo as perguntas mais esdrúxulas do mundo e insinuando que estou sendo manipulada pelo meu professor e seus vieses políticos. Como se a nossa pesquisa não tivesse seriedade alguma.

Observe o enunciado da segunda lei da termodinâmica:
"A quantidade de entropia de qualquer sistema isolado termodinamicamente tende a incrementar-se com o tempo, até alcançar um valor máximo". (wikipedia)
Não há subjetividade alguma...no momento em que alguém nas mesmas condições conseguir provar o contrário.... a lei cai por terra. O princípio é observável independente das convicções (políticas, religiosas, históricas, futebolistacas) da pessoa que o observa. Não há o que manipular.

Será que não há mesmo? Nem no uso que você está fazendo agora? Ou numa possível contestação que possa vir a ocorrer do enunciado? Deixe eu te dizer: a subjetividade que eu entendo não é a mesma que você entende. Pra você e pra maioria das pessoas, é algo como ter opinião. Pra mim, subjetividade vem de sujeito. E todo sujeito ocupa um lugar no mundo. Qualquer coisa que ele diga denuncia esse lugar no qual ele se encontra. Todos nós estamos emitindo nossas próprias visões de mundo(opiniões, como você queira) até quando não queremos ou temos esta intenção.

Caso tenha curiosidade A Marcha para o Oeste: a Epopéia da Expedição Roncador-Xingu – é um relato rico em detalhes da vida dos índios com os quais tiveram contato no decorrer dos 42 anos de expedições.

Aceitarei a sugestão.

Só lembrando que Machado de Assis era mulato, pobre (filho de lavadeira) e não cursou o ensino regular... ainda bem que não pediram o curriculo dele no momento de publicar suas obras. XD

Na época de Machado de Assis não havia a mesma configuração que hoje. Estudo formal era privilégio de quem tinha dinheiro. Então a comparação fica um tanto quanto tortuosa. É praticamente inconcebível, hoje, um autodidatismo. E eu não acredito mesmo nisso. Principalmente depois da abordagem histórico-cultural de Vygotsky. E, mais uma vez, eu jamais disse ou insinuei que cor da pele ou classe social rima com o intelecto de alguém. Você fala como se eu estivesse aqui sendo racista ou esbanjando um certo preconceito social. E não se trata disso: evocar um exemplo isolado de alguém que conseguiu se sobressair intelectualmente não anula todas as outras pessoas negras e pobres que, por razões culturais, econômicas e sociais, não têm acesso ao saber e provavelmente não conseguirão chegar ao mesmo patamar de Machado de Assis.

R.Kruppa disse:
Omnius, você está citando apenas o modelo positivista da ciência em sua afirmação de que Ciências Humanas são Pseudo-Ciências.

Que é um modelo que pelo menos dentro das ciências humanas já está na berlinda porque não são poucas as teorias e os autores que mostram como a objetividade é um ideal e não algo real.
 
Diva disse:
Entre alunos, vírgula. Eu pouco interajo com alunos de Exatas por questões espaciais... Mas todo ano quando vou apresentar meu resumo expandido no seminário de iniciação científica, o CNPq manda um professor de Exatas que não entende nada de Análise de Discurso pra me avaliar. Como ele não entende nada mesmo, devia se limitar a me avaliar apenas quanto ao aspecto metodológico. Mas não, ele fica lá, com um arzinho de superioridade, fazendo as perguntas mais esdrúxulas do mundo e insinuando que estou sendo manipulada pelo meu professor e seus vieses políticos. Como se a nossa pesquisa não tivesse seriedade alguma.

Sem noção esse professor, hein?
Na unicamp isso talvez seja mais velado.

Diva disse:
Será que não há mesmo? Nem no uso que você está fazendo agora? Ou numa possível contestação que possa vir a ocorrer do enunciado? Deixe eu te dizer: a subjetividade que eu entendo não é a mesma que você entende. Pra você e pra maioria das pessoas, é algo como ter opinião. Pra mim, subjetividade vem de sujeito. E todo sujeito ocupa um lugar no mundo. Qualquer coisa que ele diga denuncia esse lugar no qual ele se encontra. Todos nós estamos emitindo nossas próprias visões de mundo(opiniões, como você queira) até quando não queremos ou temos esta intenção.

Se hipoteticamente viermos a tomar uma pedrada...essa experiência pode levar n interpretações da nossa parte como experiência pessoal única.
Já a física da coisa é mesma. (considerando as mesmas condições)
A conclusão que posso chegar do nossa discussão é que você tem uma visão mais humana dos acontecimentos e eu uma visão mais quantitativa. A mais correta depende muito do contexto.

Diva disse:
Aceitarei a sugestão.

Não se arrependerá.

Diva disse:
Na época de Machado de Assis não havia a mesma configuração que hoje. Estudo formal era privilégio de quem tinha dinheiro. Então a comparação fica um tanto quanto tortuosa. É praticamente inconcebível, hoje, um autodidatismo. E eu não acredito mesmo nisso. Principalmente depois da abordagem histórico-cultural de Vygotsky. E, mais uma vez, eu jamais disse ou insinuei que cor da pele ou classe social rima com o intelecto de alguém. Você fala como se eu estivesse aqui sendo racista ou esbanjando um certo preconceito social. E não se trata disso: evocar um exemplo isolado de alguém que conseguiu se sobressair intelectualmente não anula todas as outras pessoas negras e pobres que, por razões culturais, econômicas e sociais, não têm acesso ao saber e provavelmente não conseguirão chegar ao mesmo patamar de Machado de Assis.

Tenho que admitir que o exemplo não foi dos melhores!

Lembrando que a discussão teve início quanto foi feita uma análise da obra tomando-se em conta somente a formação acadêmica do autor. O que na minha opinião não é a forma mais justa de avaliar um trabalho.


ps: Minhas sinceras desculpas se deixei a entender que lhe considero preconceituosa. Gosto muito de suas opiniões, obrigado por expo-las.
 
Sem falar que o que um jornalista aprende na faculdade é a interpretar fatos. Tá, o cara foi lá, fez uma pesquisa enorme sobre a História do Brasil, mas o resultado do livro é uma interpretação pessoal do que ele encontrou. Não que na História ninguém interprete nada, até porque são a partir de análises e pesquisas de documentos que se forma os relatos históricos. Mas como disseram, falta ao jornalista certos aspectos que um historiador tem para fazer um relato próximo daquilo que realmente aconteceu.

Ah, mas esse não é o trabalho do jornalista? Olha, um jornalista pode dar múltiplos focos para um fato, e embora prega-se que ele deve ser imparcial, sabemos que ele não é. Porque até afirmações do "outro lado da notícia" ele consegue virar para seu lado, afim de favorecer a ideia que ele quer. Infelizmente é isso o que se vê no jornalismo.

É o que penso também. Eu até creio que a nossa história não seja exatamente tudo o que lemos e aprendemos na escola, mas quem contesta tem que ser totalmente imparcial pra não correr o risco de também ser contestado.
 

Valinor 2023

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