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Greve nas Universidades Federais

Arnostalion ¥ disse:
Professores substitutos ganham bem ai em Erulasto? Na UFPR professor substituto com Mestrado ganha R$550,00.
De acordo com a tabela do MP. O que varia de um lugar para outro são os auxílios alimentação e transporte. Os substitutos da UFPR podem olhar na tabela para garantir que não há algo errado (e já imagino que sim: o salário base é aprox. R$ 141, ninguém pode receber um valor menor que um salário mínimo, logo, há um complemento até completar o salário vigente. Sobre esse valor aplicam a GAE - 160% e assim por diante). Não conheço uma instituição que siga a planilha corretamente, pelo menos, não sem brigas com o DRH e idas e vindas à procuradoria jurídica, que foi nosso caso aqui :)

Arnostalion ¥ disse:
Quanto ao ensino a distância concordo com você, existem alguns excelentes, mas não é o caso do ministrado pela Escola Técnica da UFPR. Por azar, (...) 3 computadores de call center quando só existe 1 pessoa fazendo atendimento e coisas do tipo...
Eca... :blah:

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Lordpas, você tem razão, a culpa do sucatemento não pode ser atribuída ao governo atual, é algo que vem acumulando ao longo de vários anos. No entanto, tínhamos muitas esperanças e o quadro não teve uma reversão ou uma sinalização disso. A política econômica lida com investimentos de uma forma que não concordo: não são os investimentos em saúde e educação que devem ser mínimos, mas os gastos públicos, infelizmente, seria necessário um choque de gestão para organizar isso mas poucos querem meter o dedo na ferida.
 
Última edição:
Lordpas disse:
Eu acho que não existe como culpar o governo.

Sério.

Não existe o que fazer.

A Constituição de 88 nos diz que o Ensino Básico é função da Prefeitura municipal, o Médio da Unidade da Federação e o Superior da União. A questão é que isso nunca entrou em prática. Caso contrário, teríamos uma verba em dobro para as Federais e nada disso aconteceria.

É aquela velha questão, levará longo tampo até que possamos esquecer o contingenciamento do orçamento, mas por ora ele é essencial para evitar que castrofes ocorram como a que ocorreu entre 94 e 2002, quando a dívida pública passou de 23% do PIB para 51% sobre praticamente o mesmo PIB, visto o crescimento pífio de tal época...

Adiantou não ter austeridade quanto a dívida?

Não.

Logo, temos que antes de mais nada entender a situação.

Tenho que discordar. Eu sei que voce no caso defende o governo petista Rodrigo, mas essa historia de herança maldita nao cola. Nao cola porque nao houve movimento inverso por parte desta gestao.
Se a politica publica de gastos com a educacao tivesse sido alterada, e nao perpetuada neste esquema de cortes sucessivos em nome de um superavit primario, eu concordaria. Mas o que vemos é um FHC 2.0. Aí nao dá para defender :tsc:


E antes que eu me esqueça, para os malandrinhos que defendem a pressao mas acham inaceitavel a greve, já que existem "meios legais", a Constituicao Brasileira PREVE a greve.
 
ombudsman disse:
E antes que eu me esqueça, para os malandrinhos que defendem a pressao mas acham inaceitavel a greve, já que existem "meios legais", a Constituicao Brasileira PREVE a greve.

E ela não foi deflagrada sem antes haver outras tentativas de negociação.

Eu queria ter embasamento para argumentar sobre política econômica. :disgusti:
 
ombudsman disse:
Tenho que discordar. Eu sei que voce no caso defende o governo petista Rodrigo, mas essa historia de herança maldita nao cola. Nao cola porque nao houve movimento inverso por parte desta gestao.
Se a politica publica de gastos com a educacao tivesse sido alterada, e nao perpetuada neste esquema de cortes sucessivos em nome de um superavit primario, eu concordaria. Mas o que vemos é um FHC 2.0. Aí nao dá para defender :tsc:
Eu discordo em partes, ombudsman. O problema não pode ser atribuído totalmente ao governo atual, mas há um descaso que vem se prolongando ao longo dos anos. Veja em outro post meu que eu critico o investimento pequeno em saúde e educação sem um corte das contas públicas em nome do superávit. As coisas continuam distorcidas, mas é um efeito em cascata. Os professores estão com uma defasagem salarial muito anterior ao governo Lula.

ombudsman disse:
E antes que eu me esqueça, para os malandrinhos que defendem a pressao mas acham inaceitavel a greve, já que existem "meios legais", a Constituicao Brasileira PREVE a greve.

Você me fez reler meu post:

Erulasto disse:
não sou favorável ao uso de greve como meio de pressão, mas é o meio mais eficaz (alguém já viu greve do pessoal da limpeza urbana durar mais que alguns dias?). Eu gostaria que houvesse outro meio para negociar

Não reli os outros posts para ver mais exatamente a quem você se refere, mas pelo menos eu não me enquadro na categoria dos "malandrinhos": eu não nego a legalidade da greve nem sua eficácia. No entanto, não sou favorável à greve por um simples motivo: ela se volta contra nós mesmos, afinal, quem vai ter que repetir a matéria iniciada há 3 meses? Quem vai ter que dar aula em janeiro em salas apertadas e quentes? Quem vai ter 3 "semestres" em um ano e uma previsão de regularização do calendário escolar (pelo menos aqui) apenas para 2008? Isso não vai afetar o governo, afinal, a greve termina, ele vai ter uma despesa maior na folha de pagamentos mas fica por aí. Enquanto isso, os alunos e professores vão se espremer para dar conta de tudo.

É o efeito colateral que a greve possui que não me agrada, por isso eu gostaria que houvesse outro meio para negociar, sem efeitos colaterais e até hoje não dispomos de qualquer outro meio mais eficaz, portanto, a greve é o último recurso que temos que lançar mão.
 
ombudsman disse:
Tenho que discordar. Eu sei que voce no caso defende o governo petista Rodrigo, mas essa historia de herança maldita nao cola. Nao cola porque nao houve movimento inverso por parte desta gestao.
Se a politica publica de gastos com a educacao tivesse sido alterada, e nao perpetuada neste esquema de cortes sucessivos em nome de um superavit primario, eu concordaria. Mas o que vemos é um FHC 2.0. Aí nao dá para defender
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E antes que eu me esqueça, para os malandrinhos que defendem a pressao mas acham inaceitavel a greve, já que existem "meios legais", a Constituicao Brasileira PREVE a greve.
Ummm, mas veja que é diferente. (Eu tô vendo que vou me atrasar horrores hoje por aqui
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)

O governo FHC e o Senhor Paulo Renato (Ex-Ministro da Educação) possuem algumas peculiaridades que podem ser ressaltadas nesse tópico, acho até que seja pertinente.

A grande questão é que durante 8 anos o ensino Federal Superior foi sucateado porque Paulo Renato entrou promentendo reformar o ensino Básico. Não tiro o relativo mérito dele... (é difícil reformar o ensino fundamental brasileiro, admitamos) e para isso que existiu o tal do Fundeb que vai virar Fundef ou vice-versa, algo do tipo, já que me deu um branco quanto as siglas.

No final tivemos um Ensino Fundamental meia-boca, um Ensino Médio levado aos trancos e barrancos por cada unidade da Federação e um Ensino Superior surreal, com falhas estruturais de todos os níveis (até mesmo físico).

Mas juntando isso com a Política econômica de FHC... Não creio que possamos comparar de maneira tão leviana a ponto de dizer que Lula é um FHC 2.0... Isso é pelo simples fato de que não podemos coparar um governo que pede emprestado e renova suscessivos acordos com entidades monetárias Internacionais além de elevar a dívida de maneira grotesca com um que tem metas a seguir:

1) Controle Inflacionário
2) Desenvolvimento continuo
3) Progressiva diminuiçao da dívida e de seus juros, para que um dia o Superavit possa ser inferior a 3% do PIB e o Orçamento não seja mais contigenciado.

Ou seja, a desculpa da herança maldita cola sim... Porque não adianta tapar o sol com a peneira e sair gastando o que não se tem... simplesmente porque a economia só se desenvolve em um país como o Brasil se tiver um quê de planificação. Não somos um mercado forte para nos darmos ao prazer de saciar o Sr. Presidente da Fiesp e deixar a inflação comer solta... ou ainda descuidarmos da inflação e sermos obrigados a dar um aumento surreal de Salário Mínimo em maio do ano que vem. O que causaria impacto diretamente na nossa surrada Previdência.

E não digo que algumas ações do Governo FH foram equivocadas... eu até acho certo que o crédito seja subsidiado em valores menores do que a taxa de juros definida pelo Copom, crédito importante para o desenvolvimento como o agrário e o habitacional, ligados ao BNDES, etc... Isso deve dar quase metade do Crédito na praça e explica o furor das empresas de grande porte em relação a política econômica.

E ouve um movimento inverso sim nessa gestão.

Um movimento simples de planejamento estrutural a longo prazo. Não podemos crescer 10% em um ano através de metas desenvolvimentistas a lá JK e depois de 2 ou 3 anos entrar em colapso.

Não podemos apostar em uma intervenção estatal no controle monetário para salva guardar a exportação da soja se isso já se provou ser ineficaz em governos passados que não planejaram com antecedência não apenas medidas econômicas como uma série de medidas estruturais (apagão, alguém?).

É... olhando por todos esses lados eu começo achar que Paulo Renato foi o menos pior de todos, talvez tenha feito menos marketing que o Serra-enfrenta-multinacional-farmaceutica, mas pelo menos ele tinha algum plano e deve ter gastado um tanto de fosfato, etc.
 
Última edição:
Erulasto disse:
Eu discordo em partes, ombudsman. O problema não pode ser atribuído totalmente ao governo atual, mas há um descaso que vem se prolongando ao longo dos anos. Veja em outro post meu que eu critico o investimento pequeno em saúde e educação sem um corte das contas públicas em nome do superávit. As coisas continuam distorcidas, mas é um efeito em cascata. Os professores estão com uma defasagem salarial muito anterior ao governo Lula.

Eu concordo, em partes:

A maior crítica que pode ser feita ao Governo Lula, na minha opinião, é justamente em relação ao não enxugamento da máquina pública.

Mas é no mínimo um ponto reflexivo: como?

E nesse quesito entram legislativo junto na balança, já que temos seguidamente poêmicas sobre salários e criação de Carcos Comissionados e o escambal, ou seja... dindin público.
 
Primeiramente, meu perdao ao Erulasto: o recado nao era para voce, visto que voce questionou a eficacia das greves, mas sim para alguns outros que de vez em quando nós lemos e que dizem que a greve é ilegal etc etc ou que existem meios juridicos para tanto...

Rodrigo e Erulasto, vou tentar me fazer claro.

Eu discordo em partes, ombudsman. O problema não pode ser atribuído totalmente ao governo atual, mas há um descaso que vem se prolongando ao longo dos anos. Veja em outro post meu que eu critico o investimento pequeno em saúde e educação sem um corte das contas públicas em nome do superávit. As coisas continuam distorcidas, mas é um efeito em cascata. Os professores estão com uma defasagem salarial muito anterior ao governo Lula.
Mas juntando isso com a Política econômica de FHC... Não creio que possamos comparar de maneira tão leviana a ponto de dizer que Lula é um FHC 2.0... Isso é pelo simples fato de que não podemos coparar um governo que pede emprestado e renova suscessivos acordos com entidades monetárias Internacionais além de elevar a dívida de maneira grotesca com um que tem metas a seguir:

1) Controle Inflacionário
2) Desenvolvimento continuo
3) Progressiva diminuiçao da dívida e de seus juros, para que um dia o Superavit possa ser inferior a 3% do PIB e o Orçamento não seja mais contigenciado.

Ou seja, a desculpa da herança maldita cola sim... Porque não adianta tapar o sol com a peneira e sair gastando o que não se tem... simplesmente porque a economia só se desenvolve em um país como o Brasil se tiver um quê de planificação. Não somos um mercado forte para nos darmos ao prazer de saciar o Sr. Presidente da Fiesp e deixar a inflação comer solta... ou ainda descuidarmos da inflação e sermos obrigados a dar um aumento surreal de Salário Mínimo em maio do ano que vem. O que causaria impacto diretamente na nossa surrada Previdência.

E não digo que algumas ações do Governo FH foram equivocadas... eu até acho certo que o crédito seja subsidiado em valores menores do que a taxa de juros definida pelo Copom, crédito importante para o desenvolvimento como o agrário e o habitacional, ligados ao BNDES, etc... Isso deve dar quase metade do Crédito na praça e explica o furor das empresas de grande porte em relação a política econômica.

Concordo em partes com ambos. Mais com o Erulasto, menos com o Paçoca.
Nao nego que as coisas de hoje sao consequencia em parte de 8 anos, eu diria 10, de governo FHC/Itamar. Mas o que nao dá é para lavar a mao deste governo quando o mesmo nao mostra esforços para alterar a realidade. Nao estou pedindo milagres nao, mas apenas uma mostra de que outro caminho está sendo trilhado.
Mas aí eu vejo que é a mesma coisa. É um governo primordialmente neoliberal, que busca o ajuste estrutural do Estado, atraves de suscessivas privatizacoes/enxugamento de entidades estatais, voltado principalmente para a promocao do capital especulativo, atraves de altas taxas de juros e que demonstra a cada reuniao sobre o Copom que essa realidade nao será alterada.
Veja só, o superavit primario só sobe - se isso fosse bom os paises ditos de 1ºmundo nao teriam politicas de deficit, e em troca disto gastos sociais sao reduzidos já que "o Estado nao sabe gerir os recursos", os movimentos sociais marginalizados - que absurdo é esse da CPMI da Terra? - e o ensino e a saude sao praticamente descartadas da pauta governamental, a nao ser é claro, quando se trata da Reforma Universitaria e do PROUNI, coisas hediondas e que nao deveriam sequer passar perto de concretizacao.

O FHC tambem pretendia o superavit baixo, mas é aquela historia.. "nao podemos assustar os investidores.. o mercado está nervoso..". Nas palavras do Stedille, a exploracao de todo o Brasil colonia nao chega perto da exploracao financeira de um ano fiscal atual.
 
Não se preocupe, ombudsman, em nenhum momento fiquei ressentido, só aproveitei para deixar mais claras as minhas idéias ;)
Como eu disse em outro post, eu concordo com o que você expôs porque toda a categoria esperava mais do governo atual. Não estou fazendo uma caça às bruxas, o governo apresenta as justificativas dele, nós apresentamos nosso descontentamento e o bonde vai andando. Não é fácil mudar, mas estou achando tudo muito lento.

Em termos mais práticos, vamos lá:
Lordpas disse:
Mas é no mínimo um ponto reflexivo: como?
Eu diria que do mesmo jeito que funcionou em Minas: choque de gestão. Redução do salário do governador, enxugar a máquina pública, contrariar interesses. Lord, veja bem uma frase de um conhecido meu em Brasília, ligado a uma entidade que tem uma certa intimidade com todos os setores da Praça dos Três Poderes: "na administração pública, tem que esgotar o orçamento ou deixar dívida, caso contrário, não há aumento do orçamento seguinte". Trocando em miúdos é o seguinte: se você não gastar o que tem e o que não tem, ninguém vê com bons olhos quem consegue economizar e seu orçamento pode ser reduzido no ano seguinte ou, na melhor das hipóteses, ficar congelado. É essa mentalidade que deve ser quebrada. De certa forma, manter um superávit é fazer uma economia sim, mas minha crítica é que estão minguando os investimentos em setores básicos e fazem pouco em outras coisas (basta lembrar que a população em geral ficou indignada com o Aerolula e ainda assim as planilhas de gastos do governo como um todo só com passagens e diárias é altíssimo, só não me lembro onde vi a planilha agora). Algumas vezes é necessário radicalizar, não chegando a extremos, mas quebrar paradigmas. Caso contrário, vamos ficar sempre com as mãos atadas com medo da reação daquela senhora estressada que vive com os nervos à flor da pele, a D. Economia.
 
Erulasto disse:
Não se preocupe, ombudsman, em nenhum momento fiquei ressentido, só aproveitei para deixar mais claras as minhas idéias ;)
Como eu disse em outro post, eu concordo com o que você expôs porque toda a categoria esperava mais do governo atual. Não estou fazendo uma caça às bruxas, o governo apresenta as justificativas dele, nós apresentamos nosso descontentamento e o bonde vai andando. Não é fácil mudar, mas estou achando tudo muito lento.

Em termos mais práticos, vamos lá:

Eu diria que do mesmo jeito que funcionou em Minas: choque de gestão. Redução do salário do governador, enxugar a máquina pública, contrariar interesses. Lord, veja bem uma frase de um conhecido meu em Brasília, ligado a uma entidade que tem uma certa intimidade com todos os setores da Praça dos Três Poderes: "na administração pública, tem que esgotar o orçamento ou deixar dívida, caso contrário, não há aumento do orçamento seguinte". Trocando em miúdos é o seguinte: se você não gastar o que tem e o que não tem, ninguém vê com bons olhos quem consegue economizar e seu orçamento pode ser reduzido no ano seguinte ou, na melhor das hipóteses, ficar congelado. É essa mentalidade que deve ser quebrada. De certa forma, manter um superávit é fazer uma economia sim, mas minha crítica é que estão minguando os investimentos em setores básicos e fazem pouco em outras coisas (basta lembrar que a população em geral ficou indignada com o Aerolula e ainda assim as planilhas de gastos do governo como um todo só com passagens e diárias é altíssimo, só não me lembro onde vi a planilha agora). Algumas vezes é necessário radicalizar, não chegando a extremos, mas quebrar paradigmas. Caso contrário, vamos ficar sempre com as mãos atadas com medo da reação daquela senhora estressada que vive com os nervos à flor da pele, a D. Economia.
Nao se esqueça do marido dela, aquele beberrão mau humorada chamado Sr.Mercado :lol:
 

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