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Greve nas Universidades Federais

MelWolter

Usuário
Re: Vestibular: eu TENHO QUE PASSAR !!!!!!!!!!!

Eu sei q vestibular é um saco... vc se desespera, se estressa, deixa de ir a um lugar mto legal pq tem q estudar (sim, eu fazia isso, pq? q idiota!) e aquelas malditas horas q não terminam nunca ou q passam rápido d+ durante a prova. Tá, passei por td isso, tá ótimo...mas agora o q me preocupa mesmo são as porcarias das greves nas federais. Diante delas todo o seu esforço pra entrar numa pública parece inútil!
alguém aí me entende?
 
Re: Vestibular: eu TENHO QUE PASSAR !!!!!!!!!!!

MelWolter disse:
mas agora o q me preocupa mesmo são as porcarias das greves nas federais. Diante delas todo o seu esforço pra entrar numa pública parece inútil!
alguém aí me entende?

Nao, nao te entendo. Porque voce considera porcaria a greve nas universidades publicas? Eu considero porcaria a atuacao do governo na area da educacao, tanto de base como superior. A condicao financeira e juridica dos professores e tecnicos, somada ao estimulo dado ao ensino, pesquisa e extensao de modo geral é pressuposto para que o ambiente universitario seja algo BOM.

É muito mesquinho olhar para o proprio umbigo e reclamar do fato, que vai prejudicar uma viagem sua no fim do ano. Olhe para cena educacional brasileira ao inves do proprio umbigo.

Por mim, as UF entravam em greve, suspendiam o processo de selecao do vestibular até que o governo alterasse sua politica educacional.
 
Re: Vestibular: eu TENHO QUE PASSAR !!!!!!!!!!!

ombudsman disse:
Nao, nao te entendo. Porque voce considera porcaria a greve nas universidades publicas? Eu considero porcaria a atuacao do governo na area da educacao, tanto de base como superior. A condicao financeira e juridica dos professores e tecnicos, somada ao estimulo dado ao ensino, pesquisa e extensao de modo geral é pressuposto para que o ambiente universitario seja algo BOM.

É muito mesquinho olhar para o proprio umbigo e reclamar do fato, que vai prejudicar uma viagem sua no fim do ano. Olhe para cena educacional brasileira ao inves do proprio umbigo.

Por mim, as UF entravam em greve, suspendiam o processo de selecao do vestibular até que o governo alterasse sua politica educacional.

E já começaram. A UFF está pra adiar a prova da 2ª fase. Iria ser dia 8 de janeiro, se isso for concreto então deve adiar lá pra fevereiro no minimo. Chego a chutar que começa em março.
 
Re: Vestibular: eu TENHO QUE PASSAR !!!!!!!!!!!

Acho que a resposta ideal a greves seria a demissão sumária. Não se tenta negociar, mas extorquir os governos, federal e estadual. E os alunos, grandes interessados na pendenga, são os únicos que sofrem.
 
Re: Vestibular: eu TENHO QUE PASSAR !!!!!!!!!!!

Morpheu disse:
Acho que a resposta ideal a greves seria a demissão sumária. Não se tenta negociar, mas extorquir os governos, federal e estadual. E os alunos, grandes interessados na pendenga, são os únicos que sofrem.
e depois de tudo isso, use a CLT como papel higienico né?!

vai na UnB ver como são as coisas antes de reclamar... Vai numa escola nas cidades satelites de brasilia, ou qq outra do país (com raras exceções)... o local para dar aula caindo aos pedaços, infraestrutura 0, reconhecimento ao PROFESSOR menor ainda....
o aluno deve calar a boca e ficar satisfeito com isso..

o professor ao menos, tem como reclamar para ELE se sentir valorizado para poder trabalhar na situação de merda que é o ensino publico brasileiro.

mas gostei da sua lógica morpheu... "a não.. demite que intimida e quem quiser lecionar que tome no rabo"

a greve não ajuda os professores.
vc acha que eles gostariam de ter parado?
ELES AVISARAM, AVISARAM... ignoraram, eles tb param de trabalhar para ver se alguem escuta eles.
 
Re: Vestibular: eu TENHO QUE PASSAR !!!!!!!!!!!

Balela. A infra-estrutura que um professor necessita é giz, quadro-negro, cadeiras e alunos. E acredito que na grande maioria das escolas e faculdades eles existem. Se eles desejam elementos de apoio, tal qual computadores, projetores, laboratórios, etc. não me parece razoável que interrompam as aulas para exigi-los, existem meios legais para isto.

Alguém precisa ensiná-los que "sindicato" é organismo de negociação, e não um organizador de greves. Mas é muito mais fácil receber benefícios quando se interrompe um serviço essencial. Os sistemas de saúde e segurança pública funcionam apenas porque seus integrantes tem consciência da importância do que fazem e esgotam todas as vias antes de uma solução drástica, mas ao que parece logo os professores optam pelo egoísmo.

Avisar uma greve? É o mesmo que avisar seu chefe que você está indo embora por achar que recebe pouco - sem sequer tentar uma negociação.

O sistema de ensino brasileiro é uma merda devido à falta de empenho e dedicação do corpo docente. Ou por acaso o governo ordena que os conteúdos devam estar atrasados em relação às particulares, ou que os professores faltem para que os alunos saiam mais cedo? Não, mas acusemos o Estado, a massa inchada e falida que atazana vida de todos os brasileiros.
 
Re: Vestibular: eu TENHO QUE PASSAR !!!!!!!!!!!

Morpheu disse:
Balela. A infra-estrutura que um professor necessita é giz, quadro-negro, cadeiras e alunos. E acredito que na grande maioria das escolas e faculdades eles existem. Se eles desejam elementos de apoio, tal qual computadores, projetores, laboratórios, etc. não me parece razoável que interrompam as aulas para exigi-los, existem meios legais para isto.

wow! wow!

Será que você vive no mesmo mundo que eu? Porque no meu mundo as coisas não são simples. No meu mundo o Governo Federal não tem recursos para equipar uma Universidade apesar de toda uma movientação "em busca de"... Isso fica comprovado pelo simples fato de que algumas Universidades tem sua LUZ cortada por falta de pagamento. Joinha, não? Será que nenhum Conselho Diretor que se preze não foi buscar vias de solução junto ao âmbito público? Eu te asseguro que foram sim... e que nenhuma greve de Professores se dá sem que, por exemplo, passem alguns anos com professores sem ao menos ganho de inflação sobre seus salários. Não é fantástico?

Balela é essa história de meio legal.

Parece aquela outra balela de flexibilização da CLT... não é óbvio para nós que somos pessoas razoavelmente cabeça aberta e com certo grau de instrução que o lado mais fraco sempre vai perder na queda de braço? Como lutar com a suposta massa falida? huh? Como lutar contra um Orçamento que, infelizmente, precisa ser contingenciado?

Eu acho que você esuqeceu alguns pontos na sua mensagem, portanto.

Morpheu disse:
Alguém precisa ensiná-los que "sindicato" é organismo de negociação, e não um organizador de greves. Mas é muito mais fácil receber benefícios quando se interrompe um serviço essencial. Os sistemas de saúde e segurança pública funcionam apenas porque seus integrantes tem consciência da importância do que fazem e esgotam todas as vias antes de uma solução drástica, mas ao que parece logo os professores optam pelo egoísmo.

Alguém precisa te ensinar que uma negociação é feita em etapas e a greve faz parte dela, logo não é incoerente que um Sindicato organize uma. Nada mais democrático. Não vivemos em um fórum que defende amplamente a via democrática? Pois então, devia-se bater palmas para a Greve. :clap:

O SUS já entrou em greve, bem como alguns setores da Segurança Pública (função federativa, diga-se de passagem). A questão é que sem esses setores o colapso é imediato, logo, a solução tem que ser arranjada em pouco tempo, etc... Senso Comum, meu caro Turka.

Morpheu disse:
Avisar uma greve? É o mesmo que avisar seu chefe que você está indo embora por achar que recebe pouco - sem sequer tentar uma negociação.

Não.

Você está redondamente enganado.

Morpheu disse:
O sistema de ensino brasileiro é uma merda devido à falta de empenho e dedicação do corpo docente. Ou por acaso o governo ordena que os conteúdos devam estar atrasados em relação às particulares, ou que os professores faltem para que os alunos saiam mais cedo? Não, mas acusemos o Estado, a massa inchada e falida que atazana vida de todos os brasileiros

Não.

O corpo docente é despreparado, em grande parte. Além de não ganhar o que deveria ganhar. Wtf! Educação é a base para qualquer nação, a medida que você não dá estrutura (infra e supra) a um sistema de ensino me parece óbvio que tudo vire uma merda... e culpar o Corpo Docente por ser egoísta é no mínimo ridículo em uma sociedade de molde capitalista. As pessoas precisam de dinheiro para viver... não se vive de altruísmo social or something.

E o papel do Estado é sim o de dar "base" a essa educação, pagamos impostos para isso... é questão de Constituição Federal. Lei. Saca?

E não existe a desculpa das "particulares" porque é função do Estado presar também pela igualdade de condições sociais. Ou seja, que ao menos a máquina pública propicie ao joãozinho, o zezinho e a mariazinha uma oportunidade igual de subir dentro da hierarquia social atual... é o que chamamos de "bem-estar social".
 
Re: Vestibular: eu TENHO QUE PASSAR !!!!!!!!!!!

Resumindo, você afirma que os fins justificam os meios; e que é legítimo o desejo de buscar uma melhor situação, a despeito de quem saia prejudicado, certo? Discordo completamente.

Na grande maioria das instituições, creio que o salário, embora não seja justo, é suficiente para prover as necessidades. Não há real necessidade de interromper um serviço tão importante, mas pelo vejo a oportunidade de faturar mais alguns reais não pode ser desperdiçada...

Em cinco anos vou me formar professor, daí você pode me cobrar o que estou dizendo. :mrgreen:
 
Re: Vestibular: eu TENHO QUE PASSAR !!!!!!!!!!!

Morpheu disse:
Resumindo, você afirma que os fins justificam os meios; e que é legítimo o desejo de buscar uma melhor situação, a despeito de quem saia prejudicado, certo? Discordo completamente.

Na grande maioria das instituições, creio que o salário, embora não seja justo, é suficiente para prover as necessidades. Não há real necessidade de interromper um serviço tão importante, mas pelo vejo a oportunidade de faturar mais alguns reais não pode ser desperdiçada...

Em cinco anos vou me formar professor, daí você pode me cobrar o que estou dizendo. :mrgreen:
A despeito de quem saia prejudicado?

Será que você não percebeu que a situação do jeito que tá não é apenas manobra pública do corpo docente? Mas sim em prol de toda a instituição? Que são fatores interligados? Que precisa-se de professor + estrutura + alunos? Que não podemos levianamente separar os fatores?

Você coloca a desvalorização progressiva durante anos de uma classe como "possibilidade de faturar". Você não percebe que não faz sentido?


Mas eu não vou ficar gastando fosfato com você, entra na Fasubra, leia e vê se entender melhor a situação.
 
eu bem que gostaria de amarrar um saco na cabeça do morpheu e jogar ele de uma ponte com uma bigorna amarrada ao pé dele...

Balela. A infra-estrutura que um professor necessita é giz, quadro-negro, cadeiras e alunos. E acredito que na grande maioria das escolas e faculdades eles existem. Se eles desejam elementos de apoio, tal qual computadores, projetores, laboratórios, etc. não me parece razoável que interrompam as aulas para exigi-los, existem meios legais para isto.
vc nunca teve um aula. só pode.
ou melhor, vc nunca viu a preparação de uma aula.

bom, o giz brasileiro é de péssima qualidade, esfarela facilmente e causa alergias em professores ao longo do brasil todo, diminuindo a capacidade imunológica, deixando-o mais sucetivel a doenças respiratórias e talz..
cadeira.. vou fazer uma com angulos retos, colocar vc em um anfiteatro da UnB, com um professor roco, e o quadro lá na frente...a claro, a turma bagunçando..

vc não sabe das necessidades de uma Universidade pq provavelmente, nunca entrou em nenhuma sala de aula para ver o estado precario que estão as universidades, e mais precario ainda o salário do professor.
imagina vc ser um profissional extremamente qualificado (com mestrado, doutorado) nas costas, recebendo uma mixaria por hora aula, sendo ignorado nas suas reclamações... sem condições de trabalho...
mas que se dane né. eles são burros e merecem ser demitidos.
mas vc não pensou na consequencia disso.
QUEM seria a criatura imbecil que iria voltar a trabalhar numa situação dessa
A) Recebendo Mal
B) Reclamar não é uma Opção
C) Local de Trabalho caindo aos pedaços
D) Risco de Demissão caso ameace greve.
:roll:

Na grande maioria das instituições, creio que o salário, embora não seja justo, é suficiente para prover as necessidades. Não há real necessidade de interromper um serviço tão importante, mas pelo vejo a oportunidade de faturar mais alguns reais não pode ser desperdiçada...
olha, se o professor recebesse um salário condizente com a sua qualificação, não pelo que vc ACHA que merece, vc pode ter certeza. Não haveria greve em universidade brasileira.
e não, o salario não da para prover...a não ser que vc more com sua mãe, ela te leve para a faculdade, e leve um lanxe para vc... e te busque, é claro.

Será que você não percebeu que a situação do jeito que tá não é apenas manobra pública do corpo docente? Mas sim em prol de toda a instituição? Que são fatores interligados? Que precisa-se de professor + estrutura + alunos? Que não podemos levianamente separar os fatores?

Você coloca a desvalorização progressiva durante anos de uma classe como "possibilidade de faturar". Você não percebe que não faz sentido?


Mas eu não vou ficar gastando fosfato com você, entra na Fasubra, leia e vê se entender melhor a situação.
hmm
é
ditto paçoca
 
Na UFPR foi lançado um curso de Ensino Técnico a distância, os mesmos cursos oferecidos na Escola Técnica da Universidade. São 4 aulas (4 aulas e não 4 dias) por semana e no fim de 2 anos o aluno do ensino a distância está com o mesmo diploma do aluno que vai 5 dias por semana durante 2 anos na Escola para conseguir o mesmo.

Gastaram quase 1 milhão nesse projeto, enquanto a estrutura da Escola Técnica tá caindo aos pedaços.

Os professores merecem sim melhores condições de trabalho e melhores salários, mas esses mesmos professores, no caso da UFPR, são os que dão aula nesse Ensino a distância, que pra variar, uma hora aula é igual a 150 reais no bolso. O problema da estrutura muitas vezes não é porque o governo não repassa a verba, e sim porque os diretores desviam a mesma...
 
É aquele problema né...

Quem faz parte do Conselho Diretor de uma Universidade?

Bem... eu não sei como funciona direito em Federais, a questão é que parte das Particulares (filantrópicas) recebem também auxínio a nível de federação e a nível de Estado... Quem decide, por exemplo, na Universidade de Caxias do Sul o que fazer com o dinheiro é um conselho aonde entram mitra, elite, prefeitura e *insira aqui toda a politicagem possível* e um ou dois representantes da população... Ou seja, o esquema todo fica prejudicado por isso.

A politização de uma instituição pública, dado o atual contexto, só gera problemas de ordem político social. E isso é um problemão pro Brasil (não para a máquina, mas sim para a população).
 
Lordpas disse:
É aquele problema né...

Quem faz parte do Conselho Diretor de uma Universidade?

Bem... eu não sei como funciona direito em Federais, a questão é que parte das Particulares (filantrópicas) recebem também auxínio a nível de federação e a nível de Estado... Quem decide, por exemplo, na Universidade de Caxias do Sul o que fazer com o dinheiro é um conselho aonde entram mitra, elite, prefeitura e *insira aqui toda a politicagem possível* e um ou dois representantes da população... Ou seja, o esquema todo fica prejudicado por isso.

A politização de uma instituição pública, dado o atual contexto, só gera problemas de ordem político social. E isso é um problemão pro Brasil (não para a máquina, mas sim para a população).

Na UFPR se não me engano quem decide o destino do dinheiro é o Conselho Universitário, formado pelo REitor, Vice-Reitor, Diretor da Escola Técnica, Diretor do Hospital de Clinicas, etc.

A grande maioria dos integrantes do Conselho Diretor da UFPR apoiam o atual reitor, que foi reeleito com praticamente nenhum apoio dos alunos (parece que foram 27%), tanto que tá um rolo no prédio da Reitoria ali, a Joy deve saber mais :mrgreen:.

Enquanto houver essa politização dentro das Universidades, o problema de estrutura nunca será resolvido, esse é mais um problema interno do que de falta de dinheiro, já o problema dos salários é diretamente com o governo.
 
Segue abaixo a carta oficial dos estudantes que tomara o predio da Reitoria na UFPR.
Às/Aos Companheiras de Movimentos Sociais
Mandamos para divulgar e fazer um convite à solidariedade pela ocupação da Reitoria da UFPR, realizada pelos estudantes hoje em virtude dos resultados do Conselho Universitário e em defesa da democracia interna à nossa Universidade.
Nós, estudantes da Universidade Federal do Paraná, em ato legítimo de contestação do processo homologação da eleição para Reitor e Vice-reitor desta Universidade, através ocupação da sala dos conselhos, no edifício Central da Reitoria, vimos por meio deste expor nossas razões políticas e pautas de reivindicação.
Contexto
É preciso esclarecer que desde o início, o movimento estudantil organizado da UFPR, através do DCE e dos Centros e Diretórios Acadêmicos pelo Conselho de Entidades de Base, deliberou pela autonomia frente ao processo eleitoral, ou seja, sem vinculação do Diretório ou do CEB à qualquer comitê de campanha.
Temos uma avaliação crítica da gestão administrativa que se encerra agora e que teve como reitor o atual candidato a reeleição Carlos Augusto Moreira Jr. Entendemos que essa gestão contribuiu de forma expressiva para o avanço das medidas internas e externas de privatização da UFPR através da abertura e renovação dos cursos pagos, do fortalecimento da captação de recursos privados através da fundação privada (FUNPAR), aplicação do ENADE aos estudantes da UFPR, convênio acrítico para instalação de ensino a distância, falta de democracia interna, falta de assistência estudantil, além do apoio declarado às propostas do Governo para Reforma Universitária. Para nós, esses são sinais claros de que a gestão não refletiu os interesses dos estudantes em defesa do ensino público.
As eleições
O processo eleitoral direto e paritário quase não aconteceu. Foi necessário pressionar para que o processo eleitoral para Reitor e Vice-reitor da UFPR se realizasse através da consulta à comunidade, contra a proposta do então Reitor Carlos Moreira de retomada de clausulas regimentares do período FHC que orientam as eleições para Reitor como internas ao Colégio Eleitoral. Durante a campanha, uma série de irregularidades foram levantadas e denunciadas em relação a todas as chapas: uso de veículos de comunicação de massa de forma indevida; envio de material dirigido para cotistas e estudantes do PROVAR (Processo de Ocupação de Vagas Remanescentes), sendo que esses dados são de uso exclusivo da Universidade; coerção de técnicos, professores e estudantes para garantia do voto. A própria Comissão Paritária de Consulta, designada para conduzir o processo eleitoral, entregou relatório com parecer contrário à divulgação dos resultados e pela abertura de sindicâncias.
O processo de homologação e a pressão dos estudantes
Levando em conta que a UFPR se identifica enquanto bem público, mesmo que o regimento interno aos Conselhos atribua caráter fechado a esses espaços de decisão, a importância do tema discutido credenciava a abertura das sessões para acompanhamento pelos estudantes e comunidade. Questionamos ainda a composição dos espaços de decisão da UFPR, para colocar a contradição da não-paridade entre professores, técnicos e discentes.
Apesar de nossas ponderações, a votação em Conselho, no último dia 30 de novembro, aprovou a não entrada de estudantes na sessão. Em seguida, houve confronto de quem tentava entrar com a Polícia Federal e da Universidade, com direito a spray de pimenta e choques pelos policiais. A pressão que se seguiu, e que teve momentos de confronto direto com a polícia que guardava o prédio, fez com que o Colégio Eleitoral suspendesse seus trabalhos e o Conselho Universitário (COUN) foi convocado para estudar os encaminhamentos da Comissão Paritária de Consulta (a "comissão eleitoral" da eleição para Reitor e Vice-reitor) em relação abertura de sindicâncias para averiguar irregularidades em campanha. Nada sem conflito, ameaças e o risco de perseguições internas de estudantes na UFPR.
Ontem, 02 de dezembro de 2005, houve sessão do COUN. Os estudantes conselheiros tentaram aprovar uma sindicância paritária que investigasse os responsáveis políticos acerca das irregularidades. Porém, a mesa sequer acatou a proposta de encaminhamento. Foi aprovada uma sindicância institucional (que visa punir os funcionários envolvidos nas denuncias, e não os seus responsáveis!) acerca do processo eleitoral, porém sem sequer participação estudantil. E ainda: mesmo com todas as denúncias, a sessão do COUN deliberou que o Colégio Eleitoral se reunirá na próxima terça feira, com o indicativo de homologação da consulta irregular para reitor.
Nós, estudantes, há dias estamos mobilizados. Hoje, vivemos a dura realidade da repressão e falta de diálogo para negociação. Estamos "presos" no prédio, pois estudante que sai não volta. Muit@s companheir@s se feriram no confronto com a polícia. Reivindicamos a nossa segurança e integridade, assim como a não punição dos estudantes mobilizados pois se trata de um ato político que não pode ser criminalizado.
Para a saída do prédio, nossas pautas são:
- Suspensão do colégio eleitoral até março de 2006
- Que seja instaurada uma sindicância, para averiguar as denúncias relativas ao processo de consulta para reitor dessa universidade, que seja política e paritária cuja a composição seja indicada pelas entidades organizadoras da consulta
- paridade nos conselhos
- voto universal para reitor
- contra seguranças privados no campus
- sessões públicas nos conselhos
- que o restaurante universitário seja aberto nas férias
- pelo debate da pena alternativa para os estudantes que atrasar a entrega de livros para a biblioteca


Curitiba, 03 de dezembro de 2005.
DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES UFPR
CENTRO ACADEMICO DE CIENCIAS SOCIAS – CACS UFPR
CENTRO ACADEMICO DE NUTRIÇÃO – CAN UFPR
CENTO ACADEMICO DE PSICOLOGIA – CAP UFPR
CENTRO ACADEMICO DE FARMACIA- CAF UFPR
DIRETORIO ACADEMICO DE ENGENHARIA QUÍMICA – DAEQ UFPR
CENTRO ACADEMICO DE PEDAGOGIA – CAAT UFPR
DIRETORIO ACADEMICO DE ENGENHARIA DO PARANA- DAEP
DIRETORIA DE MULHERES DA UPE- ANDRESSA LEWANDOWSKI
EXECUTIVA DA UPE – BERNANDO PILOTTO
FEDERAÇÃO DOS ESTUDANTES DE AGRONOMIA DO BRASIL- FEAB
CENTRO DE ESTUDOS DE QUÍMICA – CEG UFPR
CENTRO ACADEMICO HUGO SIMAS – CAHS UFPR
CONLUTE
CONLUTAS
NUCLEO DE APOIO A REFORMA AGRARIA – NARA
 
Última edição:
Arnostalion ¥ disse:
Na UFPR se não me engano quem decide o destino do dinheiro é o Conselho Universitário, formado pelo REitor, Vice-Reitor, Diretor da Escola Técnica, Diretor do Hospital de Clinicas, etc.

(...)
Enquanto houver essa politização dentro das Universidades, o problema de estrutura nunca será resolvido, esse é mais um problema interno do que de falta de dinheiro, já o problema dos salários é diretamente com o governo.

Na UFF a entidade máxima de deliberação é a o Conselho Universitário, também.

E quando você disse "politização" era no sentido de "partidarização", né? Política em si é essencial.

Lord, além da Fasubra, acompanhe também o Andes.
 
Maglor disse:
E quando você disse "politização" era no sentido de "partidarização", né? Política em si é essencial.

Sim era algo assim, se você não apoia o reitor ou diretor de algum setor você está fadado ao fracasso...
 
Re: Vestibular: eu TENHO QUE PASSAR !!!!!!!!!!!

ombudsman disse:
Nao, nao te entendo. Porque voce considera porcaria a greve nas universidades publicas? Eu considero porcaria a atuacao do governo na area da educacao, tanto de base como superior. A condicao financeira e juridica dos professores e tecnicos, somada ao estimulo dado ao ensino, pesquisa e extensao de modo geral é pressuposto para que o ambiente universitario seja algo BOM.

(...)

Por mim, as UF entravam em greve, suspendiam o processo de selecao do vestibular até que o governo alterasse sua politica educacional.

:clap::clap::clap::clap:

(Incluo aqui também os posts de Lordpas, apesar de não citá-los).

Morpheu, eu não devia nem lhe dar atenção, você provavelmente desconhece muito da realidade das IFES. Deve desconhecer que 90% da pesquisa no Brasil é realizada dentro delas. Deve desconhecer que os professores não estão lutando por um aumento de salário, mas pela reposição de anos sem reajustes, pela adaptação do plano de carreira à realidade brasileira (muitos professores ainda em início de carreira, por já entrarem no serviço público com Doutorado, possuem poucas perspectivas de progressão, pois já entram no segundo nível mais alto - Prof. Adjunto - e para se tornar Prof. Titular, muitas vezes, é necessário um novo concurso e sob um regime jurídico pior que o original, podendo até ser celetista). Lutam também pela incorporação das "gratificações" ao salário base, que foram dadas como um meio de aumentar o valor do salário e que é uma verdadeira vergonha - entendo gratificação como gorjeta do Governo Federal.

Talvez você não saiba, mas todo prof. universitário deve sustentar o tripé Ensino-Pesquisa-Extensão. Ensino e Extensão é relativamente fácil e estão bastante correlacionados, mas Pesquisa demanda tempo, demanda leitura, experimentação (conforme a área) e a publicação de artigos. Com salas abarrotadas ou com uma carga horária em sala de aula, muitos professores não conseguem publicar. Quem não publica não consegue nem mesmo lutar por uma bolsa de Iniciação Científica para um aluno, uma bolsa para fazer um doutorado ou até mesmo criar um curso de Mestrado em sua instituição.

Para você ter uma idéia, um professor substituto (geralmente graduado apenas) ou um professor com Mestrado ganham em média R$ 850,00 aqui na instituição que trabalho (incluindo auxílio transporte e alimentação). Na verdade, quem tem Mestrado ganha um pouquinho a mais por causa de uma gratificação extra, que os substitutos não possuem direito. Quando fui contratado como substituto, o edital informava R$ 381,71 e foi preciso unir esforços de outros substitutos para provar ao DRH que estavam pagando o valor errado, de acordo com a tabela do próprio Ministério do Planejamento.

O ensino nas IFES é superior a quase todas as instituições particulares que pipocaram na Era FHC e que obrigam o professor a passar o aluno mesmo que não saiba nada "para não afetar a planilha de receitas da instituição" (ouvi isso em uma faculdade particular em que lecionei, em uma turma em que menos de 30% mereciam aprovação (em 50 alunos), foi deixado bem claro que não poderiam ser reprovados mais que 5 alunos! Professores de IFES fazem milagre com a falta de infra-estrutura (vá dar uma aula em um laboratório sem equipamentos ou reagentes, haja imaginação). A verba que é enviada para a instituição mal dá para o primeiro semestre.

É aí que entra a EaD (Educação à Distância), para já fazer um gancho com o post de Arnostalion. Primeiro, cursos em EaD, dependendo da metodologia adotada, podem ser mais pesados que o curso presencial e podem sim ter qualidade. Atuo em um curso de EaD e posso garantir que muitos alunos reclamam que o curso é muito mais puxado que o presencial. Em geral, esses cursos não envolvem verbas públicas, são mantidos por fundações de apoio das IFES que cobram o valor do curso oferecido (pelo menos aqui, a fundação cobra apenas o custo para manter o curso e sua logística). São essas fundações que permitiram que as IFES sobrevivam até hoje. Minha Universidade recebe do governo R$ 3,5 mi (em média) para se manter. Essa verba não dá nem para terminar o primeiro semestre, pagando água, luz, telefone, giz, papel, etc. (para não contar as terceirizações, já que não temos concurso para pessoal administrativo há muitos anos e até a limpeza é feita por pessoal terceirizado). A fundação garante no mínimo o dobro dessa quantia para conseguirmos terminar o ano. Existem professores que entram na EaD com o propósito apenas de melhorar seus salários, sem se preocupar com a qualidade: sim, mas estão se tornando minoria. Se não fosse a fundação, por exemplo, nosso programa de bolsas para alunos carentes (recebem R$ 150,00/mês para cumprir 12h de atividades junto com professores e funcionários em todo o campus) não poderia existir, pois não há verba para auxílio estudantil. Muito menos nosso restaurante universitário ou o alojamento estudantil. Esses 3 elementos reduziram nosso índice de evasão a valores bem pequenos, já que o mais difícil não é entrar em uma Universidade, mas manter-se nela.

Como podem ver, a realidade é mais dura do que pode parecer. :eek:

Ah, sim, quanto ao vestibular, já cogitamos aqui em suspender todo o processo seletivo para o primeiro semestre de 2006, mas o material de divulgação já tinha sido produzido e distribuído e não havia como voltar atrás.

Só um detalhe que faz toda a diferença: não sou favorável ao uso de greve como meio de pressão, mas é o meio mais eficaz (alguém já viu greve do pessoal da limpeza urbana durar mais que alguns dias?). Eu gostaria que houvesse outro meio para negociar, mas vale destacar que foi o MEC quem saiu primeiro da mesa de negociação e mandou um projeto de lei para o Congresso sem que o Comando Nacional de Greve sequer conhecesse o conteúdo.
 
Professores substitutos ganham bem ai em Erulasto? Na UFPR professor substituto com Mestrado ganha R$550,00.

Quanto ao ensino a distância concordo com você, existem alguns excelentes, mas não é o caso do ministrado pela Escola Técnica da UFPR. Por azar, o meu curso superior é ministrado pela Escola Técnica, a estrutura é ridicula, a biblioteca é a mais pobre de toda a universidade, mas se você vai na área do Ensino a Distância, que era pra fazer parte do curso superior de Tecnologia em Informática/Tecnologia em Sistemas de Informação que é o que eu faço, vai ver 3 sevidores de informática de 40 mil cada, uma televisão de 42 polegadas, 3 computadores de call center quando só existe 1 pessoa fazendo atendimento e coisas do tipo...
 
Eu acho que não existe como culpar o governo.

Sério.

Não existe o que fazer.

A Constituição de 88 nos diz que o Ensino Básico é função da Prefeitura municipal, o Médio da Unidade da Federação e o Superior da União. A questão é que isso nunca entrou em prática. Caso contrário, teríamos uma verba em dobro para as Federais e nada disso aconteceria.

É aquela velha questão, levará longo tampo até que possamos esquecer o contingenciamento do orçamento, mas por ora ele é essencial para evitar que castrofes ocorram como a que ocorreu entre 94 e 2002, quando a dívida pública passou de 23% do PIB para 51% sobre praticamente o mesmo PIB, visto o crescimento pífio de tal época...

Adiantou não ter austeridade quanto a dívida?

Não.

Logo, temos que antes de mais nada entender a situação.
 

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