O gráfico ilustra o que seria a estrutura psíquica, física e espiritual do ser humano, e as relações dessa estrutura com o seu ser-no-mundo manifestado e com a sua caminhada ascensional em direção ao Imanifestado. Em outras palavras, é um gráfico ilustrando a hierarquia espiritual.
No nível mais baixo temos aquilo em que se especializa a demonologia e, igualmente, a psicanálise, a saber, o 'reino' das influências mais baixas, dos poderes e forças de matiz mais negro, inferior, pertencente às esferas mais baixas e grosseiras da manifestação corporal, o reino da matéria em si, da pura potencialidade informe. A nível mágico, cá temos a pura magia negra, necromancia e outras formas de manipulação de forças sutis incontroláveis, ou seja, de possessão mesmo.
Acima temos o corpo, que mais que o corpo físico é o estado condicionado individual que, em si, compõe corpo, alma e espírito. Porém, como é compreensível a relação que o Eu estabelece consigo mesmo, nesse estado, não vai além das esferas mais baixas da corporalidade e das paixões mais inferiores. Em nível mágico, esse estado pode ser comparado às formas frágeis de magia necromântica, controle de duplos alheios, ativação de energias psíquicas cadavéricas e coisas como 'sessões espíritas', onde os chamados mediuns se entregam extaticamente, totalmente inconscientes e se entregando a essas influências, ao contato com os mortos. Não os mortos, claro, mas aos seus traços psíquicos, seus restos de alma deixados após o fim da existência corporal. A essa relação entre espiritismo e neo-espiritualismo com as formas mais baixas de magia dos mortos, se referir ao livro 'O erro espírita', do esoterista e pensador tradicionalista René Guenon.
Claro, porém, que a existência corporal, heteróclita por si mesma, não pode ser reduzido a apenas isso. Daí vem as sub-divisões. O
atheismos não se refere a uma determinada filosofia ateísta ou à mera negação da existência de um Deus pessoal, concebido teísticamente, mas a um estado existencial, a uma forma de se colocar no mundo que abarca mais religiosos que ateus. O atheismos se trata da vida vivida, pensada e assumida tendo como referenciais unicamente os aspectos quantitativos, materiais,mais baixos e inferiores da existência e relativizar todas as esferas e experiências mais profundas, em termos psíquicos e espirituais. Não se trata de ignorância pura e simples, mas de um fechamento às possibilidades superiores, mas ao mesmo tempo o atheismos tem uma vantagem, principalmente nos dias atuais.
Para compreender essa vanatgem, basta se remeter à comparação que Guenon faz, no seu 'Crise do mundo moderno' entre o mundo moderno com o seu materialismo e racionalismo e o pós-moderno com seu irracionalismo e 'espiritualidade new-age'. Segundo ele, o primeiro seria um ovo fechado, o segundo seria um ovo aberto por baixo. O mundo tradicional, um ovo aberto por cima.
O primeiro ovo se fecha às potencialidades superiores, mas se fecha, na sua ignorância, também às influências inferiores, de 'baixo', o que já é uma proteção, um tipo de galvanização. O segundo ovo, por outro lado, crê superar a cegueira materialista apelando às formas mais baixas de espiritualidade (espiritismo, neo-espiritualismo, new age etc), se abre ao que há de mais caótico, destrutivo, desagregador, ao inferno. O mundo tradicional, por outro lado, através de uma série de ritos, se protege das influências inferiores e na preservação e transmissão do segredo iniciático, mantém viva a chama da Tradição Primordial, podendo sempre (embora cada vez menos frequente e essencialmente), reatualizar o Deus no homem.
Já o
logismos se refere a outra ordem de postura dentro do mesmo estado, a saber, quando da abertura a possibilidades superiores através da consciência, dos rudimentos da ciência. Antes mesmo da estruturação do pensamento em palavras, em linguagem, em um sistema simbólico altamente significativo e capaz, por si só, de reintegrá-lo a ordens acima, existe um brilho da centelha divina que se desperta no homem. Por outro lado, como tudo que é instável nesse reino, o logismos é frequentemente desviado da contemplação das energias divinas e leva o espírito, o nous, como ensinam os Santos Padres da Igreja, a se refestelar nas possibilidades baixas, na fruição dos desejos e instintos mais animalescos. Pode-se dizer que se o Tartaros é a entrega total da consciência e da liberdade ao reino das paixões mais tenebrosas, o atheismos é menos pior pela liberda e consciência, ainda que reduzida, que se preserva. Os logismoi, a que os Santos Padres acusam de serem os responsáveis pelas paixões, são os pensamentos impuros, a frequência da mente a ideias e campos pecaminosos, onde expõem a alma à escravidão e o nous, à prisão. Toda a tradição ascética da Igreja tem por princípio a luta contra as paixões através de um rígido sistema de disciplina e controle sobre os logismoi. Se o logismos é a espiritualização da matéria em certo sentido, esta pode ser sublimada pela direção correta dada pela ascese e purificação pelas energias divinas incriadas.
Philosophia é também mais que o que se convenciona chamar hoje, no mundo acadêmico, de saber ou tradição filosófica, mas se trata já daquele que, ao 'mestrar' suas paixões, controlar os impulsos corporais e se manter no 'centro' da própria personalidade, é filósofo, amante da sabedoria. O filósofo é ainda um homem, é ainda preso a esses condicionamentos corporais que conhecemos mas ele, o verdadeiro filósofo, tem um centro, uma noção existencial, viva, orgânica de um Ser que é o fundamento do ser de todas as coisas e seres, de uma Ordem que a tudo regular. A isso ele chega pela mera especulação inicialmente mas progride, da esfera diacrítica à esfera noética, pelo estado quase supra-humano a que chegou, devido ao controle sobre suas paixões.
Encerrando, temos o contrário do que poderiam pensar nossos racionalistas e progrssistas de forma geral, o
mythos é tudo menos um estágio preparatório à filosofia. O contrário é que é verdade. Negativamente, o mito é uma versão degenerado do rito, algo como que uma intelectualização (no que o intelecto tem de 'attached' aos objetos corporais) do rito, do símbolo. Ainda assim, o mito preserva seu caráter se de 'história sagrada', 'história santa', que contém não apenas os relatos de origem supra-humana de eventos fantásticos ou mesmo banais na história dos povos, mas ele, por si mesmo, é carregado de significações simbólicas, de um sentido oculto, anagógico, por trás de suas palavras.
Anagogicamente, os Santos Padres podem se referir aos textos da Sagrada Escritura como figuras e tipos. Assim, se fala da Arca de Noé como figura da Igreja, o dilúvio como símbolo da regeneração espiritual trazida pelo Batismo. Maria figurada na Arca da Aliança, os Apóstolos como o retorno dos Profetas. E existe toda uma tradição exegética que trata exatamente de apontar os eventos do Antigo Testamento como profecias e pre-figurações do Novo Testamento. E, de forma alguma isso é exclusividade do mundo judaico-cristão, embora seja neste que a decadência do rito para o mito se tenha operado com mais força.
Lembro que esses significados ocultos podiam ter sentido ascético e esotérico, ou seja, se referir a transformações psíquicas advindas das práticas acéticas e, a um nível mais profundo, de rupturas ontológicas que, dentro de uma estrutura iniciática, se poderia vincular a uma tradição escriturística. Assim, os Santos Padres podem comparar as mulheres de Abraão, Sara e Agar, aos espíritos de humildade e orgulho que habitam em todas as almas e devem ser por estas, confrontadas. Deve-se encarnar Sara e expulsar Agar para o deserto. Da mesma forma, há referências de sábios da escola hindu de Samkhya-Yoga que identificavam nos textos védicos alusões mitológicas a estados mais e mais incondicionados do ser.
Os mitos, porém, fazem mais que desvelar significados ocultos, eles reatualizam o conteúdo daquilo que revelam. A recitação de mantras hindus, a prática do dikhr islâmico, e a invocação do Logos na leitura do Evangelho nas missas católcias e liturgias ortodoxas o atestam: mais que uma anamnese, uma mera rememoração dos eventos descritos e seus sentidos ocultos, a leitura dos textos sagrados tornava presente novamente, re-presentava aquilo que era lido. Assim é que o poema babilônico 'Enuma Elish' era recitado anualmente na festa do Ano Novo da Babilônia: acreditava-se que a recitação do poema que narrava a Criação, a cosmogonia, rejuvenesceria o mundo, o faria, a ele e aos homens, ontologicamente o mesmo da época das origens.
Essa 'nostalgia das origens', fenômeno amplamente observável nas culturas arcaicas, e estudado por gerações de estudiosos da religião, como van deer Leew, Mircea Eliade, Levy-Bruhl e tantos outros pesquisadores, está na origem e na essência não só de todas as mitologias como de toda escatologia e cosmologia. O mundo que existe, assim como tudo que vive e morrer, há de perecer e atrelada a essa percepção trágica do ser-cósmico está a necessidade eventual de reatualizar, reviver, através do rito e do mito, o mesmo mundo das origens. Essa nostalgia está, aliás, totalmente entranhada no sub-consciente humano, como se atesta em inúmeras pesquisas psicanalíticas, por mais que se possa discordar das abordagens de Jung.
------------------------------------------
Saindo dessa esfera 'corporal', avançamos em direção ao 'reino intermédio', o estado onde se adentra o mundo direto das influências psíquicas, o mundo extra-corpóreo, porém, ainda lunar, não-espiritual. Aqui o corpo-alma-espírito deixa de estar preso ao estado condicionante da manifestação corporal, ele á experimenta diretamente das fontes de água viva. Por isso o símbolo do mundo intermédio é o da Água, que, em seu eterno devir, lembra o sangue do mundo que corre por suas veias e o alimenta, o vivifica. Esse estado é aquele onde as limitações corporais se desvanecem e já se vislumbram, como por um espelho sujo, a Luz pura que brilha do outro lado do Mar do Oeste. Aqui se reconhece facilmente a espiritualidade telúrico-ctônica e sua exaltação do papel da Mulher enquanto Amante e Mãe, a primeira e seus necessários desenlaces com toda a tradição da metafísica do sexo, a segunda, enquanto geradora das energias de vida que, ao mesmo tempo que a garantem, simbolizam seu declínio e renascimento em um ciclo eterno.
É o ciclo atlântico, da civilização da Mãe, com tudo aquilo que ela tem de melhor e vivificante com o que tem de mais cruel. O ciclo dos antepassados, do retorno da alma e seus dejetos a novas existências, sem sentido nem rumo, o samsara. Lua, magia menstrual, magia e poder daquilo que é ainda informe, do devir e das potencialidades. O reino da imanência.
Magicamente, essa esfera é aquela onde se opera a chamada magia telúrica e mesmo, nos aspectos mais altos, a alta magia, como a teurgia neoplatônica e mais alta tradição hermético-alquímica. Cá se percebe, através da relação entre o homem e o cosmo, o homem como microcosmo e o cosmo como macrantropo, a unidade fundamental que existe entre a manifestação, em seus mais diversos aspectos, com os aspectos mais condicionados do homem. Cá se ativam essa chaves que, longe de recorrerem unicamente, às forças corporais e mesmo infracorporais, reintegram o homem, senhor da esfera corporal e supra-homem, em um mundo superior de essências e formas que condicionam o mundo corporal. Assim, essas chaves permitem não apenas o acesso a essas realidades mas permite que, através delas, o acesso ao puro éter, ào mundo das essências puras e inteligíveis se descortine, rumo ao fim do condicionamento. Eis o fim de toda iniciação.
Tratando do
symbollo, o mesmo raciocínio do mito se aplica. O rito não é nada menos que a atualização de realidades transcendentes e suas consequentes rupturas e transfigurações metafísicas, mudança de nível ontológico. Isso é particularmente visível na etimologia da palavra: sym-ballein, compor o sinal, isto é, reunir duas partes de um mesmo objeto, com o fito de gerar entendimento e comunhão. O contrário do symbollo é exatamente: dia-ballein, diabolos, o que divide, gera discórdia, espalha mentira. É o contrária da liberdade espiritual e da Unidade metafísica, é o poder da escravidão do instinto daemônico, da mutiplicidade desagregadora.
Muito se poderia dizer sobre o símbolo, tanto sobre o que ele é em si mesmo, quanto sobre suas deturpações modernas e pós-modernas e as relações do símbolo e do anti-símbolo (ou símbolo invertido) com as realidades espirituais mais profundas.
Cá prefiro me focar apenas na relação do símbolo enquanto unificador de significado político, algo superior a ideologias de massa e sugestionamentos psíquicos, mas algo que fala e realiza algo de ordem totalmente supra-humana. Não se trata de convencer racionalmente ou emocionar as massas, mas de preparar e formar indivíduos ontologicamente para o mando, o governo tradicional, ao mesmo tempo que forma civilizações e suas castas em todos orgânicos, conscientes de seu papel social e espiritual, político e econômico. Essas são as premissas so Imperium, de toda a atividade política e entendimento político da realidade: política enquanto metafísica, enquanto palco da divinização do homem através da ação impessoal e transfigurante, a guerra como ascese viril e via de libertação das paixões e condicionamentos. A vida enquanto símbolo.
A isso se pode reduzir o símbolo: todas as atividades humanas são simbólicas no sentido de representar e tornar sempre presentes e atuantes as mesmas forças que atuaram ab origine, tudo que é humano é símbolo porque o próprio homem é símbolo. Toda a história, suas instituições, eventos, personagens, tudo é simbólico para que tudo se reintegra, tudo seja base para o retorno da multiplicidade manifestada à Indistinção Imanifestada.
Quando tratamos de
eidos tratamos, como no nível inferior, de uma sublimação do símbolo, de sua transformação, de algo exterior a uma forma. Comparativamente, o eidos é a forma que atualiza a matéria em um ser que, por ser, é inteligível, acabado, formado. Assim, o eidético se opõe diretamente ao informe, ao irracionalizável, embora ainda não seja o reino das influências celestes, é aqui que se vê o princípio do Olimpo, a unificação dos seres iniciados em uma força, uma potência una, formada, indestrutível, espiritual.
Do eidos partimos para a
Ideia, como a sua máxima virilização, a energia atualizada se torna completamente formada. Essa Ideia pode ser considerada como as fases mais avançadas e críticas de toda iniciação e ascensão, é aqui que o iniciado penetra nas esferas mais olímpicas, angélicas, incorpóreas, é o mundo dos anjos, dos seres puramente intelectuais. É o céu dos filhos de Mitra, a corte de Odin em Asgard, o poder da romanitas imperial e o basileios de Bizâncio. Aqui se manifesta a forma mais límpida e cristalina de contemplação perfeita do que há de mais espiritual na manifestação, o que há de mais sutil nas experiências mágico-esotéricas.
P. -Por onde andaste? R. -A percorrer o céu e a terra. P. -O que viste? R. -O caos. P. -Quem o criou? R. -Deus. P. - Quem o produziu? R. -A Natureza. P. -Quem o aperfeiçoou? R. -Deus, a natureza e a arte. P. -O que entendes por caos? R. -A matéria universal sem forma e susceptivel de adquirir toda a forma. P. -Qual é a sua forma? R. -A luz encerrada nas sementes de toda a espécie. P. - Qual é a sua ligação? R. -O espirito universal cido. P. - Sabes trabalhar a matéria universal? R. -Sim, Sapientissimo. P. -De que é que te serves para esse fim? R. -Do fogo interno e externo. P. -O que é que resulta disso? R. -Os quatro elementos que são os princípios principiantes e mediantes. P. -Como é que eles se denominam? R. -O fogo, o ar, a água e a terra. P. -Quais são as suas qualidades? R. -0 quente, o seco, o frio e o húmido. Acopuladas duas a duas, dão respectivamente: a terra, seca e fria; a água, fria e húmida; o ar, húmido e quente; o fogo, quente e seco, o qual se vem a conjugar com a terra, pois os elementos são circulares como o vento, o nosso pai Hermes. P. -O que é que produz a mistura dos quatro elementos? E as qualidades de que tudo é composto? R. -Os trés princípios principiantes mediatos. P. -Que nome Ihes dás? R. -Mercúrio, enxofre e sal. P. -0 que entendes por mercúrio, enxofre e sal? R. -Eu entendo-os como mercúrio, enxofre e sal filosóficos e não vulgares. P. - O que é o mercúrio filos6fico? R. -É uma água e um espírito que dissolve e sublima o sal. P. -E o que é o enxofre? R. -É um fogo e uma alma que o guia e o colora. P. -O que é o sal? R. -É uma terra e um corpo que se congela e se fIXa e tudo isso se faz mediante o veiculo do ar. P. -O que decorre destes três princípios? R. -Os quatro elementos rodopiados como diz Hermes, ou os grandes elementos como diz Raimundo Lúlio, que são o mercúrio, o enxofre, o sal e o vidro, dos quais dois voláteis, a saber a água e o ar, que é o óleo, porque toda a substância liquida pela sua natureza dissipa o fogo, e a terra pura que é o vidro sobre o qual o fogo não tem acção (...) P. -O que entendem por mixtos? R. -os animais, os vegetais e os minerais. P. -Quem dá aos mixtos o movimento, o sentimento, o alimento e a substância? R. - os quatro elementos: o fogo dá o movimento, o ar dá o sentimento, a água, o alimento, e a terra, a substância. P. - Para que servem os quatro elementos redobrados? R. -Para engendrar a Pedra Filosofal se se for bastante industrioso para Ihes dar o fogo conveniente e Ihes dar os pesos da natureza. P. -Qual é o grau de fogo? R. -Trinta e duas horas para a putrefacção, trinta e seis para a sublimação, quarenta para a putrefacção...
"Ritual alquímico secreto do grau de verdadeiro maçon académico" (1770)
Finalmente, temos o
Logos, o termo da caminha ascensional, a partir do qual o Deus-em-Si se torna Deus-em-nós, isto é, as possibilidades dos estados múltiplos do ser são todas completadas no espírito, aqui a alma é totalmente purificada dos substratos inferiores, ignificada pelo fogo imaterial, transformada em materia-prima e em essência das essências. Quem cá chegou escapi do devir, já não mais gira com a roda, mas está imóvel, sobre a roda, se pode mesmo dizer que a roda é que gira ao seu redor. Não se trata mais de ter um centro. Quem cá se encontra já é um centro. É o centro daquele que trouxe à violência o Reino dos Céus para si, daquele que derrubou os gigantes de fogo e gelo da natureza, é o dominador, o guerreiro, o imperador. Se toda a caminhada ascensional, é uma bataha espiritual, o Logos é o Centro do Mundo, o referencial único de todo rito e de toda mitologia, a base de toda iniciação, o fim de toda ascese.
Quem cá chegou reina com o Cristo. É ele próprio Rei, Imperador, Basileus. Reina sobre a roda do samsara, domina o cicli de renascimentos, já não mais torna por sobre o vale de lágrimas, já está desperto, livre de todo condicionamento. Iluminado.
----------------------
Chega por hoje né. Amanhã tentarei falar sobre as fases da esfera do puro espírito, da metafísica pura que, de forma interessante, se identifica à sacra teologia. Veremos como a metafísica não se opõe à teologia, mas antes ela prepara o iniciado para, liberto e iluminado, progredir infinitamente no conhecimento da treva divina, onde já não há mais Mundo, Eu ou Ser.