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O que é mais louco nesse processo todo é que apesar da presidente Dilma ter sido impedida, por questões muito específicas, parece que todo o projeto político-econômico dela também está sofrendo impeachment. Por mais confuso e equivocado (na minha opinião), foi esse projeto que venceu as eleições. Esse projeto, isso sim, é que recebeu o aval dos 54 milhões de votos - com os quais a presidente tenta se defender, como isso fosse um argumento razoável. Não é razoável, pq o projeto que a elegeu não só poderia como deveria ter continuidade sem a presença dela. Essa deveria ser a lógica do vice. Qual é o sentido de fazer uma chapa se o seu vice é o seu completo oposto ideológico (embora eu ache que o PMDB não tenha ideologia alguma).

Se o povo reclamava que a Dilma estava "endireitando", agora então... todos os nomes citados para a equipe a econômica são de viés bem ortodoxo (ou "de direita", se preferirem). Por um lado eu to achando ótimo, são bons economistas e tal, mas... Realmente é muita sacanagem. A chapa Dilma-Temer deveria refletir alguma unidade de pensamento político-econômico. Se não refletisse, pq deveria ser uma chapa? O impeachment deveria ser punição pelo crime de responsabilidade fiscal, não uma alteração de projeto de governo. Isso sim é um desrespeito com os 54 milhões que votaram na Dilma - não a retirada dela, mas a aceleração do afastamento da esquerda que, bem ou não, foi o que a elegeu. Enfim, só resmungando mesmo.
 
Então, é aí que se invalida o argumento "ah você votou no Temer quando votou na Dilma". O programa era outro. O Temer está nadando contra o que Dilma estava fazendo (aqui entre nós nenhuma maravilha :lol: ). A Guinada à direita que está sendo dada vai contra o que o Temer teoricamente estava comprometido em 2014.
 
Não, Neithan, não invalida porra nenhuma. Dilma vendeu a figura do Temer como seu aliado político e alinhado com o seu projeto. Basta ver qualquer discurso com os dois juntos. Se você quiser acusar o Temer de estelionato eleitoral, lembre-se que deve fazer a mesma coisa com a Dilma.
 
A postura do Temer em 2014 era outra. No começo de 2015 também, ele dizia que:

"Só se pode pleitear impeachment em hipóteses constitucionais. Em nenhuma delas, há esta possibilidade."
"O impeachment é impensável, geraria uma crise institucional. Não tem base jurídica e nem política"

Mudou nesses meses, quando já começou a criar seu plano de governo que vai exatamente no oposto do que a chapa que defendia em 2014.
 
O que é mais louco nesse processo todo é que apesar da presidente Dilma ter sido impedida, por questões muito específicas, parece que todo o projeto político-econômico dela também está sofrendo impeachment. Por mais confuso e equivocado (na minha opinião), foi esse projeto que venceu as eleições. Esse projeto, isso sim, é que recebeu o aval dos 54 milhões de votos - com os quais a presidente tenta se defender, como isso fosse um argumento razoável. Não é razoável, pq o projeto que a elegeu não só poderia como deveria ter continuidade sem a presença dela. Essa deveria ser a lógica do vice. Qual é o sentido de fazer uma chapa se o seu vice é o seu completo oposto ideológico (embora eu ache que o PMDB não tenha ideologia alguma).

Se o povo reclamava que a Dilma estava "endireitando", agora então... todos os nomes citados para a equipe a econômica são de viés bem ortodoxo (ou "de direita", se preferirem). Por um lado eu to achando ótimo, são bons economistas e tal, mas... Realmente é muita sacanagem. A chapa Dilma-Temer deveria refletir alguma unidade de pensamento político-econômico. Se não refletisse, pq deveria ser uma chapa? O impeachment deveria ser punição pelo crime de responsabilidade fiscal, não uma alteração de projeto de governo. Isso sim é um desrespeito com os 54 milhões que votaram na Dilma - não a retirada dela, mas a aceleração do afastamento da esquerda que, bem ou não, foi o que a elegeu. Enfim, só resmungando mesmo.

Consequência de nosso catastrófico sistema político-eleitoral, no qual as pessoas votam em coligações num sistema proporcional que elas mal entendem; os partidos, de difícil criação, podem continuar existindo sendo hermeticamente fechados à população e que gera um ambiente onde a fidelidade partidária não vale nada.

Some-se a isso o centroide de espectro ideológico do brasileiro médio. Em outras palavras, estamos num país conservador e "de direita", e isso se reflete no Congresso, por mais que tenhamos um sistema eleitoral escalafobético. O povo aqui tá muito à direita do PT e mesmo da cúpula fundadora do PSDB, ao menos nos costumes. Com tanto reaça no mercado e com tamanha escassez de nomes esquerdistas no cenário político, resta ao progressismo fazer alianças, ainda que pontuais, com setores como empresários, lideranças políticas tradicionais, fazendeiros ou o clero evangélico, mesmo que o posicionamento ideológico esteja a 180 graus do cabeça da chapa (Dilma, no caso).

O PT, com esse arranjo, ganhou governabilidade e forçou a desorganização da oposição, colocando lideranças ideologicamente alinhadas (pelo menos a princípio) umas contra as outras. Por outro lado, os coronéis, pastores, ruralistas e empresários que toparam uma aliança com o governo esquerdista angariavam apoio da máquina pública, esmagando seus concorrentes que insistiam em permanecer firmes na oposição.

Deu tão certo que mais e mais pessoas destes grupos políticos passaram para a situação. Nomes que realmente não têm nada a ver com o PT, como Kassab, Kátia Abreu ou Crivella e vários empresários de sucesso.

Só que ao mesmo tempo em que essa base aumentou, os recursos para sustentá-la estagnaram, depois de 2008, e finalmente desabaram, em algum ponto de 2014. As verbas e o capital político sublimaram no ar. Fazia mais sentido a esse grupo tirar proveito da afinidade natural, dividindo o bolo em fatias finas na oposição, do que queimar o filme ficando junto ao governo. O ambiente do jogo virou do avesso.

O PT não tem salvação. A esquerda, porém, continuará existindo de alguma forma, e, se há alguma pauta indispensável para qualquer projeto político esquerdista (de QUALQUER matiz, da social-democracia às correntes marxistas em geral), eu diria que é a reforma política. Mexer nos sistemas partidário e eleitoral, de forma a gerar um ambiente com um menor número de partidos, favorecendo a consolidação de partidos políticos maiores e a fidelidade partidária. A esquerda sairia perdendo dada a cultura do Brasil de 2016, mas, com uma reforma política que estimulasse a aliança a essa ou aquela linha partidária, haveria polarização ideológica, e a tendência natural é que a população se distribuísse de forma mais equânime ao longo do espectro, com o passar do tempo.
 
O que é mais louco nesse processo todo é que apesar da presidente Dilma ter sido impedida, por questões muito específicas, parece que todo o projeto político-econômico dela também está sofrendo impeachment. Por mais confuso e equivocado (na minha opinião), foi esse projeto que venceu as eleições. Esse projeto, isso sim, é que recebeu o aval dos 54 milhões de votos - com os quais a presidente tenta se defender, como isso fosse um argumento razoável. Não é razoável, pq o projeto que a elegeu não só poderia como deveria ter continuidade sem a presença dela. Essa deveria ser a lógica do vice. Qual é o sentido de fazer uma chapa se o seu vice é o seu completo oposto ideológico (embora eu ache que o PMDB não tenha ideologia alguma).

Se o povo reclamava que a Dilma estava "endireitando", agora então... todos os nomes citados para a equipe a econômica são de viés bem ortodoxo (ou "de direita", se preferirem). Por um lado eu to achando ótimo, são bons economistas e tal, mas... Realmente é muita sacanagem. A chapa Dilma-Temer deveria refletir alguma unidade de pensamento político-econômico. Se não refletisse, pq deveria ser uma chapa? O impeachment deveria ser punição pelo crime de responsabilidade fiscal, não uma alteração de projeto de governo. Isso sim é um desrespeito com os 54 milhões que votaram na Dilma - não a retirada dela, mas a aceleração do afastamento da esquerda que, bem ou não, foi o que a elegeu. Enfim, só resmungando mesmo.
Concordo inteiramente com o seu post. E esse é outro dos pontos que dá uma faceta "golpista" ao impeachment: aqueles que se aliaram ao vice-presidente para tornar vitorioso o impeachment são a representação (até pessoal, com Aécio) daquilo que foi derrotado nas eleições. Foi uma forma encontrada para se reverter o resultado das eleições, que chama ainda mais atenção quando se percebe que o pretexto utilizado para legitimá-lo constitucionamente (pedaladas e cia) não se comunica com o que esteve em voga na grande imprensa para apelar nesse sentido e que mobilizou a população, que foram os casos de corrupção. Mas, novamente: se a Constituição permite que o presidente seja afastado por julgamento político, sem análise judicial de mérito sobre o cometimento de crimes de responsabilidade, e se não exige que o vice-presidente que assumir obedeça ao mesmo projeto de governo, não dá pra chamar de golpe.

Taí mais uma anomalia que poderia ser resolvida com aquela ideia de depósito no TSE do plano de governo apresentado em campanha, com vinculação obrigatória, se eleito. Fugir às promessas de campanha seria considerado crime de responsabilidade. A propósito, isso também teria fundamentado o impeachment de Dilma sem nenhuma celeuma.
 
Última edição:
Foi o que eu disse, a presidente caiu mais por desagradar do que pelo fato de ter cometido um crime. Se Dilma e PT tivesse feito um jogo político melhor ao invés de sair em batalha, poderia ter dado a volta por cima, reafirmado alianças e teria uma chance desse impeachment nunca ter saído da idéia.


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Se o governo tava sem mulher, agora o BNDES tem uma presidentA (só pra irritar alguns). Maria Silva é o nome.


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"Só se pode pleitear impeachment em hipóteses constitucionais. Em nenhuma delas, há esta possibilidade."
"O impeachment é impensável, geraria uma crise institucional. Não tem base jurídica e nem política"

A mudança de opinião sobre o impedimento não quer dizer absolutamente nada em termos de orientação econômica.

Concordo inteiramente com o seu post. E esse é outro dos pontos que dá uma faceta "golpista" ao impeachment: aqueles que se aliaram ao vice-presidente para tornar vitorioso o impeachment são a representação (até pessoal, com Aécio) daquilo que foi derrotado nas eleições.

Será? Por mais de 12 anos o PMDB cantou a mesma música do PT. O problema não é a aliança em si, mas a falta de mecanismos que garantam a consistência na sucessão. Que é o caso do que você fala a seguir...

Taí mais uma anomalia que poderia ser resolvida com aquela ideia de depósito no TSE do plano de governo apresentado em campanha, com vinculação obrigatória, se eleito. Fugir às promessas de campanha seria considerado crime de responsabilidade. A propósito, isso também teria fundamentado o impeachment de Dilma sem nenhuma celeuma.

E concordo especialmente com a conclusão final, já que Dilma foi a primeira a praticar o estelionato eleitoral, só que da pior forma possível, desagradando todos os setores ao mesmo tempo.

Foi o que eu disse, a presidente caiu mais por desagradar do que pelo fato de ter cometido um crime. Se Dilma e PT tivesse feito um jogo político melhor ao invés de sair em batalha, poderia ter dado a volta por cima, reafirmado alianças e teria uma chance desse impeachment nunca ter saído da idéia.

Você insiste nesse papo de que ela caiu pq desagradou não sei quem. Ela caiu pq estava fraca politicamente E pq cometeu crime fiscal. O impeachment é um julgamento político E legal.
 
Insisto pelo fato de que ela ainda vai ser julgada pelo crime, até então ela não é culpada, assim como outro presidente que foi inocentado, mas já tinha renunciado. Mas não importa, o desejo já foi cumprido e ela foi retirada do poder, e não por ter desagradado a não sei quem, mas pro ter desagrado basicamente toda a base aliada.

Vamos supor que algo improvável aconteça e ela seja inocentada, e aí? Ela volta? A população vai aceitar? Ela vai conseguir governar? A resposta é praticamente não pra tudo.

Então o fato de ter cometido crime ou não é só um argumento pra tirar alguém do poder que não é de interesse de uma parcela da população (seja ela do tamanho que for).

Nisso eu insisto, devia ter um outro mecanismo para afastar o presidente.


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Terça-feira, 17/05/2016, às 12:41, por Gerson Camarotti
Finalizada, marca do governo Temer terá 27 estrelas

Após a polêmica, a marca final do governo Michel Temer terá 27 estrelas (veja a foto ao final desta publicação). No esboço final, a marca aparecia com 22 estrelas que deixavam de representar os estados do Amapá, Rondônia, Roraima, Acre e Tocantins.

A versão desatualizada da bandeira, que contava com 22 estrelas, foi utilizada entre 1960 e 1968, período em que os cinco estados eram território nacional, e não estados.

Ao Blog, o publicitário do PMDB, Elsinho Mouco, responsável pela peça explicou que a primeira versão era apenas um esboço e que, quando for finalizada, todas as 27 estrelas estarão na marca, como enviado ao Blog nesta terça-feira (17).

Ele ressalta que o que foi apresentado inicialmente é apenas um layout e que quem cuidará da marca será uma das três agências licitadas pela Secom.

"Esta versão ainda precisa ser revisada para checar ortografia, arte, sombras, e tudo o que for necessário", explica o publicitário. "A primeira versão era apenas conceitual", complementa.


logo_temer.jpg
 
Eu fui contra o impeachment desde o início e nunca concordei com a assunção do governo Temer. Mas vocês não acham que estão procurando qualquer besteirinha para implicância, tipo essa do logotipo? Tá parecendo quando Dilma assumiu e ainda não tinham nada para criticar e invocaram com o lance da "presidenta" (que no fim das contas está correto).
 
É algo fútil. Mas não deixa de ser amadorismo. :lol: Na wikipedia já tem a bandeira correta, pô.
 
Insisto pelo fato de que ela ainda vai ser julgada pelo crime, até então ela não é culpada, assim como outro presidente que foi inocentado, mas já tinha renunciado. Mas não importa, o desejo já foi cumprido e ela foi retirada do poder, e não por ter desagradado a não sei quem, mas pro ter desagrado basicamente toda a base aliada.

Vamos supor que algo improvável aconteça e ela seja inocentada, e aí? Ela volta? A população vai aceitar? Ela vai conseguir governar? A resposta é praticamente não pra tudo.

Então o fato de ter cometido crime ou não é só um argumento pra tirar alguém do poder que não é de interesse de uma parcela da população (seja ela do tamanho que for).

Nisso eu insisto, devia ter um outro mecanismo para afastar o presidente.


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Eu acho engraçado como as pessoas falam de crime da Dilma como se fosse uma coisa tão pequena e insignificante, um 'argumento' para tirá-la do poder enquanto sacam um saco de pedras pra jogar até no sotaque do Temer. Indignação seletiva pra que te quero.
 
Eu só quero saber se alguma editora grande vai lançar os poemas do presidente agora.
Cia das Letras, oi? :think: :lol:
 
Eu acho engraçado como as pessoas falam de crime da Dilma como se fosse uma coisa tão pequena e insignificante, um 'argumento' para tirá-la do poder enquanto sacam um saco de pedras pra jogar até no sotaque do Temer. Indignação seletiva pra que te quero.
Se esse alguém sou eu, bem não taco pedra nenhum no governo do Temer, mesmo porque não há nada do governo até então, mas veja bem, a Dilma possivelmente cometeu um crime, isso só será decidido depois que o STF julgar, ou estou errado? E não estou fazendo juízo de valor no tamanho do crime, apenas dizendo que o crime não é o que motivou o impeachment, e sim o que vai justifica-lo.


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