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Governo Lula: avaliação

Qual a sua opinião sobre o governo Lula?

  • a) Foi um ótimo governo

    Votos: 5 13,5%
  • b) Foi um bom governo

    Votos: 14 37,8%
  • c) Foi um governo regular

    Votos: 8 21,6%
  • d) Foi um governo ruim

    Votos: 3 8,1%
  • e) Foi um governo péssimo

    Votos: 4 10,8%
  • f) O governo Lula não se encerra, ele continuará ditando a política de governo do PT através de Dilm

    Votos: 3 8,1%

  • Total de votantes
    37
Fúria, só por informação complementar, a hiperinflação no Zimbábue acabou. O governo do Mugabe estabeleceu o dólar americano como moeda oficial do país.

O que não significa que lá ainda não esteja à beira do colapso - ou já colapsado. Aliás, a inflação foi gerada por tal realidade de colapso, e não o contrário.

Quanto ao Plano Real, foi a melhor herança do Fernando Henrique Cardoso, com certeza. Por ela, ele pode ter certeza que, após a morte, será lembrado positivamente pelos brasileiros.

A ideia foi muito radical: criar um sistema financeiro de ultrabaixa liquidez.

Nossa nova moeda trouxe a estabilidade econômica, a inflação civilizada e a possibilidade de se projetar o país. Houve certos custos altíssimos por isso.

Temos, ou tivemos, os juros mais altos do mundo. Pior que isso é o fato de que, com a Selic elevada, os bancos ganharam dinheiro de graça, o que os levaram a se consolidar, mas também deu dinheiro de graça para os banqueiros. Pareço um nanico de esquerda falando, mas isto é uma verdade parcial que eles falam. É questionável moralmente o governo fazer uma política que leve certo setor da economia a se enriquecer gratuitamente, dispensando a garantia de qualidade do serviço, a eficiência de gestão e a integridade moral como fatores para obtenção do lucro.

Poderia ter sido melhor, mas, para um desafio tão único, que, no fundo, não existiu exatamente sob as mesmas condições em outras partes do mundo, FHC fez muito.
 
O engraçado é que todo mundo esquece que FHC quase condenou o Real a falência ao insistir na paridade cambial durante seu primeiro governo.

Se a Argentina não tivesse quebrado primeiro, FHC e Malan teriam sepultado o Brasil.

Ocorreu a estabilidade econômica no governo tucano? Não. Ocorreram avanços no sentido de controle da inflação... estabilidade econômica implica em sérios fatores que passam por reservas cambiais e independência de organismos internacionais como o FMI e demais coisas que encheriam uma página.

Reconheça-se o governo FHC pelo que ele realmente fez.
 
Eu me lembro que as Vestais que criticavam o Brasil por causa da dívida externa jogaram pedra no governo Lula quando ele antecipou parcelas do pagamento dessa mesma dívida.
 
O engraçado é que todo mundo esquece que FHC quase condenou o Real a falência ao insistir na paridade cambial durante seu primeiro governo.

Se a Argentina não tivesse quebrado primeiro, FHC e Malan teriam sepultado o Brasil.

Ocorreu a estabilidade econômica no governo tucano? Não. Ocorreram avanços no sentido de controle da inflação... estabilidade econômica implica em sérios fatores que passam por reservas cambiais e independência de organismos internacionais como o FMI e demais coisas que encheriam uma página.

Reconheça-se o governo FHC pelo que ele realmente fez.

Eu concordo com você. O juros foi a 40% em 1999, a dívida pública para o espaço, e assim foi necessária a maxidesvalorização do Real. Mas este foi um aprendizado político latinoamericano, então não sei se dá para instituir o demérito, relativo às outras propostas políticas existentes.
 
Eu concordo com você. O juros foi a 40% em 1999, a dívida pública para o espaço, e assim foi necessária a maxidesvalorização do Real. Mas este foi um aprendizado político latinoamericano, então não sei se dá para instituir o demérito, relativo às outras propostas políticas existentes.

A maxidesvalorização do real ocorreu justamente porque se insistiu em uma paridade cambial que interessava a quem?

O Brasil em menos de seis meses de plano real já estava em déficit de conta corrente, em 1 ano foi obrigado a estagnar o crescimento. Os juros tiveram que ir lá em cima, o déficit das contas externas foram gigantescos, etc... Consequencias da política cambial e não vice-versa.

Essa política da primeira parte da era FHC serviu a André Lara Resende e sua turma.

Por isso que eu repito: reconheça-se os avanços de FHC pelo que ele realmente FEZ e não pelo que ele não fez ou deixou de fazer ou pelo que usualmente se atribui a ele... é MUITO temerário dizer que seu governo é o responsável pela estabilidade econômica.

Seu governo amadureceu um plano (Real) e deu os primeiros passos, mas ao longo de 8 anos, poderia ter se feito muito mais se não fossem os erros crassos cometidos pela administração econômica.

E volto a insistir que esse aspecto negativo vai desde erros de política externa até a política de fomento do investimento. As soluções apresentadas pela social democracia tucana foram nitidamente favoráveis a uma parcela da população em específico.
 
A maxidesvalorização do real ocorreu justamente porque se insistiu em uma paridade cambial que interessava a quem?

O Brasil em menos de seis meses de plano real já estava em déficit de conta corrente, em 1 ano foi obrigado a estagnar o crescimento. Os juros tiveram que ir lá em cima, o déficit das contas externas foram gigantescos, etc... Consequencias da política cambial e não vice-versa.

Essa política da primeira parte da era FHC serviu a André Lara Resende e sua turma.

Por isso que eu repito: reconheça-se os avanços de FHC pelo que ele realmente FEZ e não pelo que ele não fez ou deixou de fazer ou pelo que usualmente se atribui a ele... é MUITO temerário dizer que seu governo é o responsável pela estabilidade econômica.

Seu governo amadureceu um plano (Real) e deu os primeiros passos, mas ao longo de 8 anos, poderia ter se feito muito mais se não fossem os erros crassos cometidos pela administração econômica.

E volto a insistir que esse aspecto negativo vai desde erros de política externa até a política de fomento do investimento. As soluções apresentadas pela social democracia tucana foram nitidamente favoráveis a uma parcela da população em específico.

É bem verdade que os juros altos fizeram os bancos enriquecerem de graça, o que é muito ruim, pois concentra renda de uma forma eticamente questionável e faz com que um grupo enriqueça sem ter qualidade de gestão, o que, num setor tão crítico quanto o bancário, traz consequências muito negativas para o País.

Dizer que esta política foi criada com o intuito de beneficiar estes pequenos grupos é uma verdade parcial. Seria absoluta, se o resto da América Latina, pelos idos da década de 90, fosse usada a política econômica que combina câmbio flutuante e metas de inflação.

Mas não. O México também passou para metas de inflação em 1999. A Argentina não usa exatamente metas de inflação, mas só foi deixar o câmbio flutuar depois que a vaca já tinha ido para o brejo. O cãmbio ainda não é flutuante na Venezuela chavista e o Equador dolarizou sua economia há anos.

Era uma percepção que não existia na América Latina, aliado ao interesse de dar um maior poder de consumo da população, através da importação e em parte beneficiar as classes que você falou.

Por ser algo enraizado em nossa história econômica, acho muito difícil outro governo ter feito diferente. Poderiam até baixar os juros, mas antes os vejo deixando o capital externo saírem e também demorarem a deixar o preço da moeda flutuar a tomar uma atitude imediata nesse sentido.

O que eu diria é que o governo FHC forjou a estabilidade econômica conceitualmente, antes e durante todo o seu governo, e o governo Lula a aprimorou quantitativamente, por ter uma equipe de qualidade maior (Meirelles + Mantega >> Malan + Fraga). É indiscutível que a atual gestão tem uma mão melhor para dosar os instrumentos da política econômica, como também difícil de negar que os instrumentos em si tenham sido criados pelo governo anterior.

Quanto à política de crédito e fomento a investimento, dou-lhe total razão e méritos para o governo Lula, como aliás dei alguns posts atrás, falando na melhoria do crédito, principalmente para a agricultura, no que eu vejo um dedinho ideológico positivo do partido. A única coisa negativa é o fato de o BNDES preferir dar crédito à Petrobrás, por exemplo, que poderia buscar esse dinheiro em condições razoáveis em outro lugar, ao invés de jogar o dinheiro aos pequenos investidores, que precisam da mão visível do Estado ao lado deles.
 
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