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Eriadan, quando os opositores de Bolsonaro falam em "fascismo", eles estão observando um único aspecto: esta confluência de ideias intolerantes, violentas e antidemocráticas em torno de um candidato que as representa com esse discurso. As pessoas que são de fato intolerantes; as pessoas que apoiariam um regime autoritário sob pretextos delirantes; as pessoas envolvidas em episódios cada vez mais frequentes e despudorados que nem preciso aqui mencionar são hoje os apoiadores de Bolsonaro. É óbvio que gente com esta mentalidade - que eu tenho certeza de que não é o caso de nenhum dos eleitores aqui do fórum - sempre existiu e sempre teve seus favoritos. Mas agora vejo concentrada em torno de um candidato que, com seus próprios posicionamentos, lhes traz identificação.

E este é um sinal perigosíssimo, porque, com uma legitimidade popular que não é real - porque a maioria dos eleitores de Bolsonaro tem outras motivações, principalmente um anti-esquerdismo difuso -, esta mentalidade está correndo risco real de erodir a democracia brasilera. E taí mais uma semelhança com as ditaduras nazistas, fascistas e até comunistas: a maioria do povo apoiou um homem forte e com discurso moral, e queria uma reação contra aquilo a que atribuíam o seu estado penoso (França e Inglaterra, aristocracia russa, imperialismo americano, enfim); o discurso intolerante e o autoritarismo latente, secundarizaram.
 
Eriadan, quando os opositores de Bolsonaro falam em "fascismo", eles estão observando um único aspecto: esta confluência de ideias intolerantes, violentas e antidemocráticas em torno de um candidato que as representa com esse discurso. As pessoas que são de fato intolerantes; as pessoas que apoiariam um regime autoritário sob pretextos delirantes; as pessoas envolvidas em episódios cada vez mais frequentes e despudorados que nem preciso aqui mencionar são hoje os apoiadores de Bolsonaro. É óbvio que gente com esta mentalidade - que eu tenho certeza de que não é o caso de nenhum dos eleitores aqui do fórum - sempre existiu e sempre teve seus favoritos. Mas agora vejo concentrada em torno de um candidato que, com seus próprios posicionamentos, lhes traz identificação.

E este é um sinal perigosíssimo, porque, com uma legitimidade popular que não é real - porque a maioria dos eleitores de Bolsonaro tem outras motivações, principalmente um anti-esquerdismo difuso -, esta mentalidade está correndo risco real de erodir a democracia brasilera. E taí mais uma semelhança com as ditaduras nazistas, fascistas e até comunistas: a maioria do povo apoiou um homem forte e com discurso moral, e queria uma reação contra aquilo a que atribuíam o seu estado penoso (França e Inglaterra, aristocracia russa, imperialismo americano, enfim); o discurso intolerante e o autoritarismo latente, secundarizaram.
Concordo tanto com você que eu poderia ter escrito esse mesmo post haha - aliás, há alguns dias quase escrevi, em outro contexto. Eu entendo as razões para os rotularmos desta forma, porque as semelhanças são mesmo notórias. Mas me incomoda dar o mesmo nome a coisas que são diferentes. E sei lá, soa tão infantil. É a mesma sensação que tenho com os minions resumindo seus opositores em comunistas.
 
Na verdade você escreveu esse post... :lol: Em 2018, quando eu também criticava essa tendência de chamar o Bolsonaro de nazista, daí você veio com esse texto. Mas na época você tava passando um pano para essa tendência... :aham:

Concordo que categorizar o bolsonarismo de fascismo é errado conceitualmente. É só notar que os ditadores militares brasileiros não são considerados fascistas... então por que Bolsonaro o seria? E também é errado estrategicamente, já que só afasta os eleitores de Bolsonaro.
 
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Na verdade você escreveu esse post... :lol: Em 2018, quando eu também criticava essa tendência de chamar o Bolsonaro de nazista, daí você veio com esse texto. Mas na época você tava passando um pano para essa tendência... :aham:
Eu nunca conto com a sua astúcia. :lol: Bem que eu achei estranho as palavras me parecerem tão familiares, e mais estranho ainda concordar tanto contigo off-Tolkien... mas otimista que sou acreditei que já tinha chegado o tempo de você pensar cada vez mais como eu. :-( Ainda tem uma estrada pela frente até 2022, você e eu marchando juntos na passeata Todos com Ciro.

Mas você não acha que eu fui contraditório, né? Eu não "passei pano" ali, tampouco interpretei desta forma o seu post quando achei que era realmente seu. Eu entendo as rotulações "nazista", "fascista", porque reconheço os caracteres em comum e como é sedutora essa simplificação; o que não me impede de achá-la grosseira. O contexto geral do meu post ali era outro, não de eventual validação da terminologia, mas de crítica a alguma comparação que foi feita (ou deduzi errado de alguma insinuação) entre Ciro Gomes e Bolsonaro com relação a tendência autoritária.

Concordo que categorizar o bolsonarismo de fascismo é errado conceitualmente. É só notar que os ditadores militares brasileiros não são considerados fascistas... então por que Bolsonaro o seria? E também é errado estrategicamente, já que só afasta os eleitores de Bolsonaro.
Agreed.
 
Eu nunca conto com a sua astúcia. :lol: Bem que eu achei estranho as palavras me parecerem tão familiares, e mais estranho ainda concordar tanto contigo off-Tolkien... mas otimista que sou acreditei que já tinha chegado o tempo de você pensar cada vez mais como eu. :-( Ainda tem uma estrada pela frente até 2022, você e eu marchando juntos na passeata Todos com Ciro.

Mas você não acha que eu fui contraditório, né? Eu não "passei pano" ali, tampouco interpretei desta forma o seu post quando achei que era realmente seu. Eu entendo as rotulações "nazista", "fascista", porque reconheço os caracteres em comum e como é sedutora essa simplificação; o que não me impede de achá-la grosseira. O contexto geral do meu post ali era outro, não de eventual validação da terminologia, mas de crítica a alguma comparação que foi feita (ou deduzi errado de alguma insinuação) entre Ciro Gomes e Bolsonaro com relação a tendência autoritária.


Agreed.
Hahaha... Pois é, você deveria ter notado que eu tava muito "lúcido". :lol: E apoiar Ciro Gomes sem chances, eu tava até considerando votar no Haddad só pra tirar o Ciro do segundo turno, se a disputa ficasse apertada entre os dois...:ahhh: Os ciristas é que deviam deixar Ciro Gomes de lado e, sei lá, apostar num Geraldo Alckmin, Marina Silva ou algo do tipo, aí assim rolava uma frente ampla. Isso se o cirismo fosse mais do que o Ciro Gomes, do que, de minha parte, ainda duvido.

Bem, o contexto ali era o uso exagerado, por Ciro Gomes e por pessoas do fórum, de termos como "nazista" para Bolsonaro e eleitores (veja página anterior ao post da época). O grosso do seu texto, com esse respeito, foi defender semelhanças entre o nazismo e o fenômeno do bolsonarismo, trazendo plausibilidade àquele uso exagerado do termo. Não chega a ser "contradição", mas ali você só frisou um lado da história, o que só favoreceu seus correligionários que faziam uso do termo "nazista". Seria diferente se você também reconhecesse, como agora fez, que esse uso é grosseiro ou infantil.
 
Eu acho que o governo vem numa toada meio martingale. Conforme vai ficando mais acuado, vai dobrando as apostas, sendo menos temerário em suas ações. É um jogo perigoso, evidentemente, para ele e para a sociedade. As provocações mais recentes me parecem uma tentativa de instigar a oposição a radicalizar mesmo, o que, apesar do risco, pode lhe trazer algumas respostas desejadas: i) ter uma noção do estado/capacidade de mobilização da oposição, que pode lhe dar um parâmetro para saber limites de ação; ii) colocar sua base de apoio em estado de alerta redobrado contra o "golpe" do STF, da esquerda, da mídia, de quem lhe convir; iii) justificar, em última instância, ações violentas e/ou rupturas institucionais diante de uma "evidente ameaça à ordem" ou qualquer equivalente. Enfim, é um engodo. É preciso prudência e sobretudo paciência para não cair nele, e continuar acossando o governo com as todas as armas institucionais legalmente possíveis.
 
Contra o populismo
Órgãos policiais não podem ficar sujeitos ao arbítrio do mandatário de ocasião​
Sergio Fernando Moro​
03/06/2020 - 01:00 - O Globo - Link original
O imperador romano, na tradição política e jurídica da época, era considerado dominus mundi e legibus solutus. Era o senhor do mundo e estava acima da lei, mais do que isso, era a própria lei.​
Na evolução histórica, passamos pelas monarquias absolutistas do “Estado sou eu” dos séculos XVII e XVIII e pelo totalitarismo de direita e de esquerda na primeira metade do século XX, mas avançamos, desde então, com o reconhecimento de direitos fundamentais, separação de poderes e supremacia da Constituição.​
Dentro do modelo do estado de direito o governo é de leis, não do arbítrio do governante ou de interesses especiais.​
Dessa forma, é essencial separar o Estado da pessoa do governante. As instituições de Estado, ainda que sujeitas a algumas orientações políticas, estão vinculadas à aplicação neutra e apartidária da lei.​
Isso é especialmente relevante para as agências de aplicação da lei que também têm um papel de controle das ações dos próprios governantes.​
É fundamental, assim, para o modelo do estado de direito, garantir a independência das Cortes de Justiça e do Ministério Público.​
Também é preciso garantir a autonomia funcional até mesmo de órgãos vinculados ao Poder Executivo.​
Os órgãos policiais, por exemplo, encarregados de apurar crimes, por vezes, dos próprios governantes, não podem ficar sujeitos ao arbítrio do mandatário de ocasião. O mesmo raciocínio é válido para vários outros setores nos quais demanda-se a aplicação neutra da lei por agentes públicos, como em matéria fiscal, sanitária ou ambiental.​
Os órgãos do Estado, afinal, têm sua atuação regrada pela lei e por finalidade atender o bem-estar comum e não cumprir os caprichos e arbítrios do governante do momento.​
Políticos populistas tendem a ignorar tal distinção.​
Não é o caso de falar em totalitarismo ou mesmo em ditadura, no presente momento, mas o populismo, com lampejos autoritários, está escancarado.​
Judiciário e Legislativo são inconvenientes quando não se dobram à vontade do Executivo.​
Órgãos vinculados ao Executivo devem cumprir acriticamente a pauta do Planalto e estão sujeitos a interferências arbitrárias.​
Os exemplos se multiplicam. Radares devem ser retirados das rodovias federais, ainda que isso leve ao incremento dos acidentes e das mortes; agentes de fiscalização ambiental devem ser exonerados se atuarem efetivamente contra o desmatamento ou queimadas; médicos devem ser afastados do Ministério da Saúde pois a pandemia do coronavírus atrapalha a economia, e agentes policiais federais não podem cumprir “ordens absurdas” quando dirigidas contra aliados político-partidários.​
O quadro é muito ruim. Mas quero deixar claro: o populismo é negativo por si mesmo, seja de direita, seja de esquerda. Manipular a opinião pública, estimulando ódio e divisão entre a população é péssimo. Temos mais coisas em comum do que divergências. Democracia é tolerância e entendimento.​
Há espaço para todos. Não há problema na presença de militares no governo, considerando seus princípios e preparo técnico. Não há espaço, porém, para ameaçar o país invocando falso apoio das Forças Armadas para aventuras.​
Combater a corrupção continua sendo um objetivo primário para fortalecer a economia e a democracia, mas não se pode fazer isso enfraquecendo as instituições de controle com ameaças e interferências arbitrárias. Tampouco servem a esse objetivo a celebração de algumas questionáveis alianças políticas e a retomada de velhas práticas.​
Precisamos no momento de união. Há uma pandemia com número assustador de vítimas. Há a necessidade de planejar e buscar a recuperação econômica.​
Para tanto, políticas públicas racionais e previsíveis são imperativas. Crises diárias, ameaças autoritárias, instabilidade, ódio, divisões, nada disso é positivo.​
Diante dos recentes questionamentos contra o governo federal, há algumas opções em aberto. Insistir no populismo, que até agora nada ajudou contra a pandemia ou para recuperar a economia, não parece ser o melhor caminho. É melhor, como outros já disseram, “colocar a bola no chão”, agir com prudência, observar a lei, respeitar as instituições, buscar o consenso necessário para combater a pandemia, assim protegendo as pessoas, bem como para recuperar empregos e a economia.​
Não é difícil unir as pessoas em um momento de crise e em prol de um objetivo comum, especificamente salvar vidas e empregos e fazer do Brasil um grande país. Para tanto, é necessário fazer a coisa certa, sempre, sem tentações populistas ou autoritarismo. Há tempo para o governo se recuperar e é o que todos desejam. Mas precisa começar, já que a crise é grave e não permite perder mais tempo do que já foi perdido.​

Enquanto muita gente tá caindo em radicalismo e tentando reabilitar o petismo com a impopularidade do governo Bolsonaro, Moro tá preparando seu terreno no centro político, terreno que não existiu (com força) em 2018. E enquanto isso Paulo Guedes, mais pragmático, procura segurar as pontas no governo, mas a impressão que eu tenho é que seria bem recebido em eventual governo do Moro. Huck e Globo também embarcariam nesse projeto...
 
Última edição:
Confesso que tenho dificuldades de entender o papel de Paulo Guedes em "segurar as pontas" do governo, realizações pífias, discurso que não saiu do papel (concordando ou não com o speech) e "delargou" ao congresso basicamente tudo relacionado a atual crise, atuando como um coadjuvante.
 
Pazuello vira meme após ligar inverno europeu ao Norte e Nordeste do Brasil

Brasileiros foram ao Twitter pedir Olímpiada de Inverno no Nordeste - Reprodução/Twitter

Brasileiros foram ao Twitter pedir Olímpiada de Inverno no Nordeste Imagem: Reprodução/Twitter

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, tem sido motivo de memes irônicos nas redes sociais desde ontem quando ele cometeu a gafe de ligar as regiões Norte e Nordeste do Brasil ao inverno do Hemisfério Norte.

Em seu discurso, Pazuello sustentou a afirmação de que o Norte e Nordeste já passaram por sua pior fase da pandemia do coronavírus, pois as regiões representam o Hemisfério Norte na posição geográfica e sofreram mais com o inverno. A gafe não passou despercebida pela web.

Isso porque o inverno em todas regiões do Brasil começa em junho, diferentemente de países do Hemisfério Norte que começam a ter o clima mais frio a partir de dezembro.

A frase do general repercutiu de forma instantânea e foi um prato cheio para que piadas e memes irônicos lotassem as timelines com o clima "frio" dos estados do Norte e Nordeste.
 
Tudo bem o milico lá não ser médico e não manjar muuuito de SUS e coisa e tal,
mas daí a não saber de geografia nem o que se pede no Ensino Fundamental já é complicado né?
 
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