J.R.R. Tolkien disse:
Em todo caso uma confrontação de Frodo e Sauron teria acontecido logo, se o Anel estivesse intato. Seu resultado era inevitável. Frodo teria sido totalmente subjulgado: transformado em poeira, ou preservado em tormento como um escravo. Sauron não teria temido o Anel! Era seu e estava sob sua vontade. Até mesmo de longe ele tinha poder sobre ele, para fazê-lo trabalhar em seu benefício. Em sua presença ninguém mas muito poucos de igual poder teriam esperança de tomá-lo. Dos “mortais” ninguém, nem mesmo Aragorn. Na competição com o Palantír Aragorn era o dono legítimo. Também a competição aconteceu a uma distância, e em um conto que permite a encarnação de grandes espíritos em uma forma física e destrutível o poder deles deve ser muito maior quando realmente presentes fisicamente. Sauron deveria ser resistente como muito terrível. A forma que ele assumiu era de um homem maior que a estatura humana, mas não gigantesco. Na sua encarnação anterior ele pôde ocultar o poder dele (como Gandalf fez) e poderia aparecer como uma figura dominante de grande força física e de conduta e aparência supremamente reais.
Dos outros poderia-se esperar que só Gandalf fosse capaz de enfrentá-lo - sendo emissário dos Poderes e uma criatura da mesma ordem, um espírito imortal que tem uma forma física visível. No “Espelho de Galadriel”, 1381, parece que Galadriel pensava-se capaz de controlar o Anel e suplantar o Senhor do Escuro. Se fosse, então também eram os outros guardiães dos Três, especialmente Elrond. Mas esta é outra questão. Era parte do artifício essencial do Anel encher as mentes com imaginações de poder supremo. Mas este o Grande tinha considerado bem e tinha rejeitado, como é visto nas palavras de Elrond ao Conselho. O rejeição de Galadriel da tentação foi fundada em pensamento e resolução prévios. Em todo caso Elrond ou Galadriel teriam procedido na política agora adotada por Sauron: eles teriam construído um império com grandes e absolutamente servis generais e exércitos e máquinas de guerra, até que eles pudessem desafiar Sauron e destruí-lo à força. Confrontação com Sauron sozinho, sem ajuda, cara a cara não era considerada. Pode-se imaginar a cena em que Gandalf, digamos, fosse colocado em tal posição. Seria um equilíbrio delicado. Em um lado a verdadeira submissão do Anel à Sauron; no outro força superior porque Sauron não estava de fato de posse, e talvez também porque ele estivesse mais fraco pela longa corrupção e despêndio de vontade dominando inferiores. Se Gandalf fosse o vencedor, o resultado teria sido para Sauron igual à destruição do Anel; este teria sido destruído para ele, levado para sempre dele. Mas o Anel e todos seus trabalhos teriam resistido. Este teria sido o mestre no final.
Gandalf como o Senhor do Anel teria sido muito pior que Sauron. Ele teria permanecido “correto”, mas correto em seu ponto de vista. Ele teria continuado a governar e ordenar coisas para o “bem”, e o benefício de seus assuntos de acordo com sua sabedoria (que era e teria permanecido grande).