Orion
Jonas
texto e trechos tirados da entrevista concecida por Godard à revista Época. o material de apoio sobre o cineasta pode ser visto no site da revista, e está muito bem escrito, por sinal.
Godard acima do bem e do mal
foto colocada por mim
O mais importante, amado e odiado cineasta em atividade ataca Tarantino e fala da incapacidade de usar tanto as palavras quanto as imagens
A metralhadora verbal de Godard continua atirando em todo mundo. Depois de martelar o documentarista Michael Moore (Fahrenheit 11 de Setembro) e o cineasta Gus Van Sant (Elefante), Quentin Tarantino é o atacado da vez. Godard também não tem poupado Hollywood de sua artilharia. Em Elogio ao Amor, um personagem diz que o cinema americano está contando a história de todos os povos e, assim, altera os contextos conforme necessidades de ocasião. Em Nossa Música, volta à bateria. Alguém afirma que ganha as guerras quem ganhar o relato sobre elas.
segundo a revista, Jean-Luc Godard é o último grande contestador do cinema.
ÉPOCA - O nome da produtora de Quentin Tarantino é Band a Part, título de um de seus filmes. O que pensa dele?
Godard - Eu acho o trabalho dele nulo. Ele escolheu o título de um dos meus piores filmes para dar nome a sua produtora. Isso não me surpreende em nada.
ÉPOCA - Godard é um mito?
Godard - De jeito nenhum. As pessoas assistem pouquíssimo a meus filmes e mesmo assim eu sou um pouco conhecido. Um mistério.
ÉPOCA - As imagens estão muito parecidas hoje?
Godard - Todo mundo é parecido no cinema. Se alguém filma um carrasco nazista em um campo de concentração e filma sua vítima, vai filmá-los da mesma maneira. É o que as pessoas chamam de democracia.
''Perdemos a capacidade de usar a palavra. Falamos muito hoje, mas isso é sinal de impotência. A palavra não está mais ligada ao pensamento e à reflexão''
"Spielberg e A Lista de Schindler
''Não o conheço, mas não sou muito admirador de seus filmes. Critiquei-o muito quando ele decidiu reconstruir Auschwitz em cenário. Acho que não é uma coisa que se deva fazer, sob o risco de transformar o gás mortal que saía dos chuveiros numa espécie de fonte da juventude. Achei que era meu dever apontar o dedo para ele.''
site da revista - http://revistaepoca.globo.com/
url da entrevista e material extra - http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,,EPT917190-1661,00.html
Godard acima do bem e do mal
foto colocada por mim
O mais importante, amado e odiado cineasta em atividade ataca Tarantino e fala da incapacidade de usar tanto as palavras quanto as imagens
A metralhadora verbal de Godard continua atirando em todo mundo. Depois de martelar o documentarista Michael Moore (Fahrenheit 11 de Setembro) e o cineasta Gus Van Sant (Elefante), Quentin Tarantino é o atacado da vez. Godard também não tem poupado Hollywood de sua artilharia. Em Elogio ao Amor, um personagem diz que o cinema americano está contando a história de todos os povos e, assim, altera os contextos conforme necessidades de ocasião. Em Nossa Música, volta à bateria. Alguém afirma que ganha as guerras quem ganhar o relato sobre elas.
segundo a revista, Jean-Luc Godard é o último grande contestador do cinema.
ÉPOCA - O nome da produtora de Quentin Tarantino é Band a Part, título de um de seus filmes. O que pensa dele?
Godard - Eu acho o trabalho dele nulo. Ele escolheu o título de um dos meus piores filmes para dar nome a sua produtora. Isso não me surpreende em nada.
ÉPOCA - Godard é um mito?
Godard - De jeito nenhum. As pessoas assistem pouquíssimo a meus filmes e mesmo assim eu sou um pouco conhecido. Um mistério.
ÉPOCA - As imagens estão muito parecidas hoje?
Godard - Todo mundo é parecido no cinema. Se alguém filma um carrasco nazista em um campo de concentração e filma sua vítima, vai filmá-los da mesma maneira. É o que as pessoas chamam de democracia.
''Perdemos a capacidade de usar a palavra. Falamos muito hoje, mas isso é sinal de impotência. A palavra não está mais ligada ao pensamento e à reflexão''
"Spielberg e A Lista de Schindler
''Não o conheço, mas não sou muito admirador de seus filmes. Critiquei-o muito quando ele decidiu reconstruir Auschwitz em cenário. Acho que não é uma coisa que se deva fazer, sob o risco de transformar o gás mortal que saía dos chuveiros numa espécie de fonte da juventude. Achei que era meu dever apontar o dedo para ele.''
site da revista - http://revistaepoca.globo.com/
url da entrevista e material extra - http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,,EPT917190-1661,00.html