Essa parte sobre as estrelas é estranha. Sobre o Sol e a Lua é falado, mas e sobre as estrelas? Morgoth conseguiria destruí-las todas? Ou esse "vento negro" significaria que elas seriam ocultadas?
Eu esqueci de perguntar ontem. Existe alguma chance dessa passagem significar que os espíritos do Rei Ar-Pharazôn e seus soldados serão trazidos de volta no dia da Última Batalha?
Essa parte sobre as estrelas é estranha. Sobre o Sol e a Lua é falado, mas e sobre as estrelas? Morgoth conseguiria destruí-las todas? Ou esse "vento negro" significaria que elas seriam ocultadas?
A neblina (que não era só neblina) sobre As Colinas dos Túmulos:
Se não me engano, a região de Bombadil foi introduzida na história com uma quantidade bem grande de elementos atípicos em relação ao resto do livro e bem acima da média dos outros lugares.
Nos capítulos de Tom o Tolkien trabalhou, conforme ele disse para a Verlyn, cruzando a fronteira desse mundo para o outro mundo, experimentando com momentos em que sonho e realidade são a mesma coisa ("Natura et revelation coeli gemini" - Em latim seria algo como "No céu a natureza e a revelação são irmãs gêmeas"), sono e morte são irmãos em capítulos feitos para encaixar um personagem baseado em um brinquedo dos filhos dele (um boneco com o nome de Tom).
Há nas passagens da floresta velha referências a "dormir" e "estrelas" de um jeito ora lúdico (igual o sono aconchegado e protegido na casa de Tom e Fruta ou mesmo o conto do cãozinho Roverandom visitando as estrelas) ora assustador (os sonhos escuros das Colinas de Túmulos).
A ideia de encantar crianças do autor me lembra de minha infância com o livro que usei na alfabetização*. A contagem de estórias visa um efeito hipnótico para entreter as crianças.
A canção de poder ou poema de poder é em si a mesma coisa que um feitiço/magia (aqui no caso foi um feitiço de aprisionamento) ou uma "música de poder" usada por quem tem magia ou poder subcriativo, principamente na primeira Era ou antes.
Quando usado, o poema comum ou canção comum ao ser vocalizado(a) por um ser humano, a mensagem tende na maioria das vezes a evocar apenas sons, imagens, sentimentos e memórias. Mas elfos e Maiar precipitam a materialização da vontade por trás das palavras e a luz e escuridão se tornam imediatamente reais envolvendo pessoas ou coisas numa dimensão de verdade (Tolkien tinha um Vala para sonhos e outro para morte e Valar para o mundo real dos vivos também).
Outras áreas afetadas por essa escuridão evocada ou invocada aparecem nos livros como os Pântanos Mortos, partes amaldiçoadas de Beleriand, etc... A representação de evocação do escultor Rodin:
O escultor Rodin estudava efeitos de luz e sombra em catedrais num trabalho muito parecido ao de Tolkien que faz o mesmo com palavras. JRR antepõe a luz perto de uma sombra, o que faz com que a luz pareça mais clara e a sombra mais negra.
No coração dos homens de Gondor a escuridão dos Nazguls usando esses feitiços enunciados por gritos (e amplificados pelos anéis) causava uma doença de adormecimento até a morte em que a alma se cobria de um frio e visões de terror e destruição ainda piores do que o que havia no mundo real.
Guerras de canções de poder são invocações:
"Invocação" é uma pintura Pré-Rafaelita de Leighton e é a imagem de cabeçalho de uma grande base de dados "Sacred Texts":
A travessia de Frodo portando o UM amplifica e atrai todo o poder disperso nos ermos do mundo por Melkor junto de Sauron despertando perigos adormecidos maiores do que poderiam esperar por onde quer que a comitiva vá.
Durante a jornada, pouco a pouco, Frodo também adoece com a contaminação da "radiação mental" do UM. E quanto maior for o nível de exposição e contaminação maior será a chance de se tornar alguém como os homens de Ar Pharazon, os Nazguls ou os homens traidores da montanha em Gondor que escolheram atrasar por rebeldia a dádiva de Eru indefinidamente enquanto viviam num inferno criado por um ser angelical decaído (Sauron).
Eu tenho pra mim que as frases dos seres tumulares são desejos ou visões do que os senhores do escuro planejam ou mentem habilmente (misturando verdade e mentira) prometendo aquele futuro aos seus escravos.
*alfabetização, histórias para crianças.
The Man in the Moon was a character that exists within the folk-tales of the Shire-hobbits, Númenóreans and Men of Gondor.
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Sobre Pharazon o que se diz da Caverna dos Esquecidos é bem pouco mesmo:
Caves of the Forgotten
The Caves of the Forgotten were formed after the hills of Calacirya fell on the army led by the Númenórean King Ar-Pharazôn.
Seduced by Sauron, he was persuaded that he had the power to take the lands of Aman from the Valar themselves. He set out with a great fleet and led an immense army into the Calacirya, ready to do battle for the Blessed Realm itself.
At that time Manwë the Elder King gave up his power over Arda and called on Ilúvatar, who then broke the world. Their fleets and even their island home were swept away.
Meanwhile, they themselves were imprisoned beneath the Earth where they still await the ending of the world. When the day of the Last Battle comes, it is said, they will be released from their caves, though the part that they have to play in the battle remains a mystery.[1]
References
↑ J.R.R. Tolkien, Christopher Tolkien (ed.), The Silmarillion, "Akallabêth: The Downfall of Númenor"
The Caves of the Forgotten were a possibly fictitious cave complex believed to have been formed out of the hills that buried the Númenórean invaders of the Blessed...
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