Luciano R. M.
vira-latas
Nascido em 1936, no Acre Palestino (é verdade isso, não estou brincando) - na época sob o domínio Britânico - Ghassan Kanafani estudou em uma missão francesa em Jaffa (seu pai era advogado). Em 48, durante a guerra Árabe-Israelense sua família foi forçada ao exílio. Viveu primeiro no Líbano, mas logo foi para Damasco, na Síria. Lá completou sua educação, recebendo um certificado de licenciado pelo Institudo de Alívia e Trabalho da ONU para Refugiados Palestinos. No mesmo ano - em 1952 - começou a dar aulas e a estudar literatura árabe na universidade de Damasco.
Envolveu-se com o Movimento Nacionalista Árabe (MNA - uma organização pan-árabe de caráter esquerdista) e foi expulso do país antes de se formar, indo para o Kwait.
Lá tornou-se o editor do al-Ra'i, um jornal afiliado ao MNA, e começou a interessar por Marxismo e filosofia política. Em 1960 foi para Beirute como editor do al-Hurriya, outro jornal do MNA.
No ano seguinte conheceu Anni Høver, uma ativista dinamarquesa pelos direitos das crianças, com quem teve dois filhos.
Alguns anos depois, em 1967, o braço palestino do MNA tornou-se a Frente Popular pela Libertação Palestina (FPLP), que tinha em Kanafani um de seus líderes. Esse movimento adotou abertamente o Marxismo-Leninismo. Nessa época Ghassan também fundou o jornal al-Hadaf.
Em 30 de maio de 1972, três membros do 'Exército Vermelho Japonês', em nome da FPLP, realizaram um ataque terrorista ao aeroporto de Lod, em Tel Aviv, matando 24 pessoas e ferindo outras 80. Logo surgiram fotos de Ghassan com os terroristas japoneses, e no dia 8 de julho do mesmo ano ele foi assassinado com uma bomba plantada em seu carro pelo Mossad.
Sua produção literária foi extensa, e começou quando trabalhava no campo de refugiados. Escreveu alguns romances e inúmeros contos, a maioria a partir da visão de crianças. Era um escritor eminentemente político, usando suas opiniões políticas e sua vivência de refugiado como material.
Também escreveu textos acadêmicos e crítica literária, tendo sido o responsável pelo termo 'poesia de resistência', referindo-se à poesia palestina das áreas ocupadas por Israel.
Até hoje é considerado figura seminal da literatura árabe e, especialmente, palestina.
No Brasil, ao que me consta, só foi publicado 'Contos da Palestina: um povo sem terra', pela Brasiliense, na finada coleção 'Cantadas Literárias' (cujo nome é terrível, mas que tinha ótimos títulos).
Envolveu-se com o Movimento Nacionalista Árabe (MNA - uma organização pan-árabe de caráter esquerdista) e foi expulso do país antes de se formar, indo para o Kwait.
Lá tornou-se o editor do al-Ra'i, um jornal afiliado ao MNA, e começou a interessar por Marxismo e filosofia política. Em 1960 foi para Beirute como editor do al-Hurriya, outro jornal do MNA.
No ano seguinte conheceu Anni Høver, uma ativista dinamarquesa pelos direitos das crianças, com quem teve dois filhos.
Alguns anos depois, em 1967, o braço palestino do MNA tornou-se a Frente Popular pela Libertação Palestina (FPLP), que tinha em Kanafani um de seus líderes. Esse movimento adotou abertamente o Marxismo-Leninismo. Nessa época Ghassan também fundou o jornal al-Hadaf.
Em 30 de maio de 1972, três membros do 'Exército Vermelho Japonês', em nome da FPLP, realizaram um ataque terrorista ao aeroporto de Lod, em Tel Aviv, matando 24 pessoas e ferindo outras 80. Logo surgiram fotos de Ghassan com os terroristas japoneses, e no dia 8 de julho do mesmo ano ele foi assassinado com uma bomba plantada em seu carro pelo Mossad.
Sua produção literária foi extensa, e começou quando trabalhava no campo de refugiados. Escreveu alguns romances e inúmeros contos, a maioria a partir da visão de crianças. Era um escritor eminentemente político, usando suas opiniões políticas e sua vivência de refugiado como material.
Também escreveu textos acadêmicos e crítica literária, tendo sido o responsável pelo termo 'poesia de resistência', referindo-se à poesia palestina das áreas ocupadas por Israel.
Até hoje é considerado figura seminal da literatura árabe e, especialmente, palestina.
No Brasil, ao que me consta, só foi publicado 'Contos da Palestina: um povo sem terra', pela Brasiliense, na finada coleção 'Cantadas Literárias' (cujo nome é terrível, mas que tinha ótimos títulos).