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George Orwell [Eric Arthur Blair]

Vergonhosamente adaptado de um tópico meu em outras bandas:

Biografia do Autor
(by Wikipédia)

George Orwell, pseudónimo de Eric Arthur Blair, nascido em Bengala, na Índia Inglesa, em 25 de Junho de 1903, morreu em Londres, em 21 de Janeiro de 1950. Poucas pessoas, mesmo entre as que lhe eram próximas, conheciam o seu verdadeiro nome, de tal forma o pseudónimo se tornou a sua segunda natureza. A adopção deste "nom de plume" correspondeu a uma profunda alteração na vida e nos ideais do homem - de uma figura do sistema no Império Britânico, ele tornar-se-á num rebelde, constantemente crítico. Morreu de tuberculose, na miséria.


Principais Obras:

(Contém spoilers, mas pequenos e de pouca importância)

1984: No livro conta-se a história de Winston, um apagado funcionário do Ministério da Verdade de Oceânia e de como ele parte da indiferença perante a sociedade totalitária em que vive, passa à revolta, levado pelo amor por Júlia e incentivado por O'Brian, um membro do Partido Interno com quem Winston simpatiza; e de como acaba por descobrir que a própria revolta é fomentada pelo Partido no poder. E também de como, no Quarto 101, todo o homem tem os seus limites.

A trama se passa na Pista No.1, o nome da Inglaterra sob o regime totalitário do Grande Irmão (no original, Big Brother) e sua ideologia IngSoc, e conta a história de Winston Smith, funcionário do Ministério da Verdade, um órgão que cuida da informação pública do governo. Diariamente, os cidadãos devem parar o trabalho por dois minutos e se dedicar a atacar histericamente o traidor foragido Emmanuel Goldstein e, em seguida, adorar a figura do Grande Irmão. Smith não tem muita memória de sua infância ou dos anos anteriores à mudança política e, ironicamente, trabalha no serviço de retificação de notícias já publicadas, publicando versões retroativas de edições históricas do jornal The Times. Estranhamente, ele começa a se interessar por sua colega de trabalho Julia, num ambiente em que sexo é considerado crime. Ao mesmo tempo, Winston é cooptado por O'Brien, um burocrata do círculo interno do IngSoc que tenta cooptá-lo a não abandonar a fé cega no Grande Irmão.

A Revolução dos Bichos: O sonho de um velho porco de criar uma granja governada por animais, sem a exploração dos homens, concretiza-se com uma revolução. Como acontecem com as revoluções, a dos bichos também está fadada à tirania, com a ascensão de uma nova casta ao poder. Nesta fábula feita sob medida para a Revolução Russa, todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais do que os outros.

(A primeira sinopse retirei da Wikipédia e a Segunda da Biblioteca folha)

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Bom, eu gosto muito da obra de Orwell, acho que ele é um autor daqueles que sempre inspiram alguma reflexão, mesmo quando a gente lê dez vezes. Além disso, ele escreve muito bem, suas críticas são fundamentadas e seus livros (especialmente 1984) são clássicos constantemente citados em todos os cantos.

Na minha opinião, A Revolução dos Bichos é o melhor livro dele por ser o mais crítico, claro e inteligente. Eu diria que nunca li uma fábula que expressasse tão bem aquilo que o autor queria. As personagens são perfeitas, cada qual em seu papel para completar aquilo que muitos consideram a principal crítica às revoluções populares. Além disso, o Burro do livro é uma das minhas personagens favoritas da literatura e o final é fantástico.

Depois, 1984 é um livro mais "pesado" e um pouco menos sutil. Aqui não vemos aquele processo interessante de evolução de A revolução dos Bichos, mas há um tom ainda mais pessimista, profético. Vale pela crítica, pela profecia e pela profundidade do que foi escrito. Orwell criou um esteriótipo daquilo que seria a dominação total do povo pelo governo. Acho que esse é um dos livros mais citados ever!

Leia o primeiro capítulo de A Revolução dos Bichos

Relembre a frase final de A Revolução dos Bichos (não recomendado para quem ainda não leu)

Imagens:
Big Brother Is Watching You I
Big Brother Is Watching You II
INGSOC
 
No fórum gringo de literatura que eu freqüento ( http://www.online-literature.com/forums/ ) o pessoal é fissurado pelo Orwell. Vivem debatendo, discutem sobre os mínimos detalhes. O que eu acho mais legal é quando um vem com a pergunta "Estamos vivendo 1984?" he he he...

Enfim, Animal Farm é bom, muito bom. Mas 1984 é insuperável. Eu ainda estou para ler um livro que deixe minha cabeça à mil como aconteceu depois que terminei 1984, querendo falar sobre o livro com todo mundo, de qualquer jeito.

Infelizmente, os outros trabalhos dele eu não conheço. Parece que aqui no Brasil tem uma coletânea de reportagens dele da época da guerra, agora não lembro o nome, mas parece BEM interessante ^^
 
Sabe, eu gosto mais de "A revolução..." por causa da sutileza como a história é conduzida para o fim certo. As coisas acontecem aos pouquinhos, nos parecem claros indícios do caminho que está sendo tomado, mas as personagens nunca notam. Isso me faz pensar se eu notaria, caso estivesse no livro (se eu noto, caso isso esteja acontecendo).

Mas 1984 também é fodástico, claro! Eu não conseguia parar deler quando comecei.
 
Eu ainda não li nada de George Orwell, mas praser sincero, estou louco pra ler.

Já me indicaram A Revolução dos Bichos, e também já ouvi falar sobre 1984.

Depois que eu ler coloco minhas opiniões aqui.
 
Agora vou ter que ler o 1984...
Li o Revolução dos Bichos e achei muito loco, extraordinário, vem a Anica e dz que o 84 é insuperável...
Mas a Anica tem que concordar com o Bagrong o fim você já sabe a um bom tempo antes, mas cada avanço das idéias dos porquinhos você vê a genialidade do autor, as idéias vão mudando até que no fim tudo esta mudado na fazenda. Genial!!!!!!!!
Abraços
 
É que eu acho que 1984 lida com muito mais do que a Revolução dos Bichos. Ele abre em várias e várias e várias histórias/críticas, não é apenas a forma do governo como fica na casca mais superficial do livro, digamos assim. Uma das coisas que eu acho mais extraordinárias é que é um dos poucos romances que mostra o poder de quem tem a informação e, mais ainda, quem pode manipulá-la. Aquela parte que eles simplesmente "apagam" pessoas é de arrepiar. E lembra muito aquele conceito de "a história é contada por quem venceu". Enfim, mexeu muito mais comigo do que Revolução.
 
1984 é perfeito. è daqueles que vc naum consegue para de pensar depois de ler, tudo lembra 1984. Animal Farm também é muito bom, e muito engraçado, pelo menos eu achei.
Enfim, Orwell é um dos meus escritores favoritos, só naum o considero o predileto pq existe Dostoiévski.

Uma curiosidade boba minha : Alguém sabe pq ele usa esse pseudonimo de George Orwell, ou qual o seu significado???
 
Eu sei que ele era comunista, mas se dizia democrático e criticava o regime de Stálin... Parece que ele inventou o termo "Guerra fria".

Isso não explica nada. =P

Olha o que diz na wiki:

Blair completed Down and Out in 1932, and it was published early the next year while he was working briefly as a schoolteacher at a private school called Frays College near Hayes, Middlesex. He took the job as an escape from dire poverty and it was during this period that he managed to obtain a literary agent called Leonard Moore. Blair also adopted the pen name George Orwell just before Down and Out was published. In a November 15 letter to Leonard Moore, his agent, he left the choice of a pseudonym to Moore and to Victor Gollancz, the publisher. Four days later, Blair wrote Moore and suggested P. S. Burton, a name he used "when tramping," adding three other possibilities: Kenneth Miles, George Orwell, and H. Lewis Allways
 
George Orwell é um homem que não ''matou'' a geração de seus pais e sim todas as próximas gerações nos próximos 200 anos.

1984 é uma obra belíssima. Uma visão fantástica do ainda futuro que nos assola.
O que vive hoje a atual sociedade é a caricatura da obra. Caminhando para o hiper realismo, nossa sociedade se compara cada vez mais com a obra de Orwell.

A privacidade acabando, a homogeneização cultural, e a invasão da mídia em massa.
Fora à padronização dos costumes.
 
O Times inglês fez uma lista dos melhores escritores britânicos desde 1945 e Orwell está em segundo lugar, só perde para Philip Larkin (que pelo visto vergonhosamente eu não conheço). Quem quiser dar uma olhada na lista, tá aqui: http://entertainment.timesonline.co.uk/tol/arts_and_entertainment/books/article3127837.ece
 
Curiosidade paranóica da vez: vocês sabiam que a Revolução dos Bichos é um livro considerado "perigoso" pelo Exército Brasileiro e tem sua distribuição controlada?

Inside information. Keep it secret, keep it safe.
 
Orwell é genial, 1984 é fantástico.

Fiquei extasiado lendo o livro, e fiquei pasmo ao concluir. Todo aquele lance da manipulação da história para controlar a população me deixou perplexo.

Animal Farm eu ainda não li, tentarei fazê-lo este ano.
 
Do George Orwell eu só li '1984'.

De fato, um livro fantástico. A forma como o autor coloca as questões de manipulação das massas é muito impactante, de modo que às vezes tenho que me cuidar com as "teorias da conspiração" que surgem na minha cabeça. Desconsiderando alguns erros de tradução, ou formatação, da edição comemorativa que eu comprei, não consegui desgrudar do livro até terminar. Uma leitura que eu recomendaria para todo mundo.
 
Desculpem o desvio do assunto do tópico que vou fazer, mas... gostei mais de ler Admirável Mundo Novo[Huxley] que 1984. 1984 é excelente, mas me deixou mal.[sério] Eu fiquei horrorizada com a história das crianças denunciarem os próprios pais o_o Quando terminei de ler o livro fiquei totalmente paranóica... o simples fato de 1984 ter mexido muito mais comigo do que AMN já me faz reconhecer que o primeiro é melhor,[na minha opinião, é claro] mas sei lá. No fim das contas eu conclui que a realidade criada pelo Orwell não é tão próxima à nossa quanto a do Huxley, mas isso não tira o mérito dele.
 
Trillian disse:
Desculpem o desvio do assunto do tópico que vou fazer, mas... gostei mais de ler Admirável Mundo Novo[Huxley] que 1984. 1984 é excelente, mas me deixou mal.[sério] Eu fiquei horrorizada com a história das crianças denunciarem os próprios pais o_o Quando terminei de ler o livro fiquei totalmente paranóica... o simples fato de 1984 ter mexido muito mais comigo do que AMN já me faz reconhecer que o primeiro é melhor,[na minha opinião, é claro] mas sei lá. No fim das contas eu conclui que a realidade criada pelo Orwell não é tão próxima à nossa quanto a do Huxley, mas isso não tira o mérito dele.

Eu não concordo, achoque a do Orwell chegou muito mais perto, principalmente quando vivemos a realidade de um mundo bipolar até 1991. Era praticamente um aviso do que aconteceria na URSS (guardadas as devidas proporções) nas décadas seguintes a 2ª Guera (na verdade já acontecia antes. Vide Processos de Moscou), com denuncismo, corte das liberdades pessoais, controle total das rotinas do cidadão, propaganda militar panfletista, racionamento de comida, burocratização, pintar o capitalismo como o demo, etc.

No bloco capitalista também aconteceu isso, mas em menor escala, mas não podemos dizer não que fomos direcionados contra o comunismo.

Acho que chegamos muito perto de uma realidade Orwelliana.
 
Ronzi disse:
Trillian disse:
Desculpem o desvio do assunto do tópico que vou fazer, mas... gostei mais de ler Admirável Mundo Novo[Huxley] que 1984. 1984 é excelente, mas me deixou mal.[sério] Eu fiquei horrorizada com a história das crianças denunciarem os próprios pais o_o Quando terminei de ler o livro fiquei totalmente paranóica... o simples fato de 1984 ter mexido muito mais comigo do que AMN já me faz reconhecer que o primeiro é melhor,[na minha opinião, é claro] mas sei lá. No fim das contas eu conclui que a realidade criada pelo Orwell não é tão próxima à nossa quanto a do Huxley, mas isso não tira o mérito dele.

Eu não concordo, achoque a do Orwell chegou muito mais perto, principalmente quando vivemos a realidade de um mundo bipolar até 1991. Era praticamente um aviso do que aconteceria na URSS (guardadas as devidas proporções) nas décadas seguintes a 2ª Guera (na verdade já acontecia antes. Vide Processos de Moscou), com denuncismo, corte das liberdades pessoais, controle total das rotinas do cidadão, propaganda militar panfletista, racionamento de comida, burocratização, pintar o capitalismo como o demo, etc.

No bloco capitalista também aconteceu isso, mas em menor escala, mas não podemos dizer não que fomos direcionados contra o comunismo.

Acho que chegamos muito perto de uma realidade Orwelliana.


Eu até concordo com o aspecto político, mas é como você mesmo escreveu: a principal crítica do Orwell é a algo que já acontecia antes.[estado totalitário] Mas ele escreveu a história de modo que a situação tomasse rumos ainda piores do que os da época, e até previu coisas impressionantes, sim, como a falta de privacidade... só que acho que ele "viajou" demais em outros aspectos. O simples ato de pensar em algo que o Estado não concordava já podia incriminar uma pessoa, por exemplo. Ou o fato do amor ser proibido, ou o ódio das crianças pelos pais... é só ver a paranóia do personagem principal. Eu preciso reler o livro, faz um tempo que li, as vezes a paranóia é minha mesmo XD porque como eu disse, fiquei chocada com a realidade descrita pelo Orwell. Tá certo que o Huxley também teve umas invenções meio impossíveis nos livros dele, mas a realidade dele me pareceu muito mais "aceitável", pelo menos pra hoje em dia.
 
Trillian disse:
Eu até concordo com o aspecto político, mas é como você mesmo escreveu: a principal crítica do Orwell é a algo que já acontecia antes.[estado totalitário] Mas ele escreveu a história de modo que a situação tomasse rumos ainda piores do que os da época, e até previu coisas impressionantes, sim, como a falta de privacidade... só que acho que ele "viajou" demais em outros aspectos. O simples ato de pensar em algo que o Estado não concordava já podia incriminar uma pessoa, por exemplo. Ou o fato do amor ser proibido, ou o ódio das crianças pelos pais... é só ver a paranóia do personagem principal. Eu preciso reler o livro, faz um tempo que li, as vezes a paranóia é minha mesmo XD porque como eu disse, fiquei chocada com a realidade descrita pelo Orwell. Tá certo que o Huxley também teve umas invenções meio impossíveis nos livros dele, mas a realidade dele me pareceu muito mais "aceitável", pelo menos pra hoje em dia.

Exatamente como no comunismo, ousasse pensar contrário ao artido na URSS para você ver o que acontecia, com sorte era Sibéria. E ão é ódio das crianças pelos pais e sim espionagem até entre membros da família, o que acontecia na URSS. E o amor não era proibido na URSS é bem verdade, mas a extrema tensão que viviam as pessoas envolvidas acabava fan]zendo-as distanciar-se uma das outras, Aquele lance do: Ó! Será que ela não é uma partidária fanática?, já era o suficiente para foder o início de um relacionmento. Rolava muito também o lance do dever pelo Partido. Mas enfim, também não sou historiador e posso estar viajando.,..
 
Ronzi disse:
Trillian disse:
Eu até concordo com o aspecto político, mas é como você mesmo escreveu: a principal crítica do Orwell é a algo que já acontecia antes.[estado totalitário] Mas ele escreveu a história de modo que a situação tomasse rumos ainda piores do que os da época, e até previu coisas impressionantes, sim, como a falta de privacidade... só que acho que ele "viajou" demais em outros aspectos. O simples ato de pensar em algo que o Estado não concordava já podia incriminar uma pessoa, por exemplo. Ou o fato do amor ser proibido, ou o ódio das crianças pelos pais... é só ver a paranóia do personagem principal. Eu preciso reler o livro, faz um tempo que li, as vezes a paranóia é minha mesmo XD porque como eu disse, fiquei chocada com a realidade descrita pelo Orwell. Tá certo que o Huxley também teve umas invenções meio impossíveis nos livros dele, mas a realidade dele me pareceu muito mais "aceitável", pelo menos pra hoje em dia.

Exatamente como no comunismo, ousasse pensar contrário ao artido na URSS para você ver o que acontecia, com sorte era Sibéria. E ão é ódio das crianças pelos pais e sim espionagem até entre membros da família, o que acontecia na URSS. E o amor não era proibido na URSS é bem verdade, mas a extrema tensão que viviam as pessoas envolvidas acabava fan]zendo-as distanciar-se uma das outras, Aquele lance do: Ó! Será que ela não é uma partidária fanática?, já era o suficiente para foder o início de um relacionmento. Rolava muito também o lance do dever pelo Partido. Mas enfim, também não sou historiador e posso estar viajando.,..

Mas o Orwell retrata uma realidade muito mais cruel. Eu sei que não se podia pensar diferente dos que estavam no poder na época, mas daí ao conceito de duplipensar, por exemplo, já tem muita diferença. A perseguição era muito pior, basta você se mexer durante o sono e isso vira pretexto pra te torturarem, por exemplo. Sei lá, acho tudo paranóico e impossível demais.
Além disso, se formos pensar por esse lado, o Orwell não preveu tanta coisa, e sim retratou o que de certa forma já acontecia antes, só que de um modo muito pior, que era o que eu tinha dito. ^^ Mas sei lá, não sei se tô falando besteira também, como eu disse tenho que reler o livro...
 

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