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Genialidade da Criação dos Personagens

Smaug

Cacho
Em sua mitologia, Tolkien criou além de línguas, lugares e cidades, muitos personagens. Alguns são apenas citados rapidamente, às vezes até participando secundariamente (sem muitos detalhes) com outros personagens com mais ênfase. Os personagens que tem mais ênfase, destaques e opções das mais variadas personalidades fazem com que o leitor goste mais deste personagem que é mais trabalhado.

Sendo assim, Tolkien - entre outros fatores - é genial em pontos na construção de pesonagens realmente que nos faz gostar deste. Temos Gandalf, Bilbo, Sauron, Sméagol, Aragorn, Elrond, Fëanor - entre outros - exemplos da genialidade da construção de Tolkien.

Crio este tópico para um estudo particular, e, até para variar mais os conhecimentos Tolkienianos para nós, nos fazendo enxegar algo que ás vezes parece estar na cara, mas que nunca reparamos.

Mas afinal de contas, o que vamos discutir neste Tópico ?
Quero que cada um que se interessar pelo assunto: discuta, reflita, observe, aprenda, dê exemplos de personagens e afins.

Para iniciar vou citar rapidamente da criação do personagem Thorin - Escudo de Carvalho: Tolkien o fez tão rude, arrogante e nestas características ele colocou toda sua genealidade de autor: faz ao mesmo tempo o leitor se adimirar e odiar o personagem. Pois pelo autor colocar o personagem digno de raiva dos leitores, ele foi sensacional: ele criou um conflito através de um personagem. Consegue compreender este lado filosófico e genial da coisa ?
 
Eu acho que Tolkien cria os personagens muito bem mesmo!
Queria citar o Gollun que, para mim, era um personagem que inspirava afeição e raiva.Eu adoro ele porque é uma figurinha esquisita,aparentemente frágil mas que se faz forte e que tem uma grande contradição interna....ao mesmo tempo ele é um vilão que persegue o mocinho da história.Eu o amo e o odeio.
 
Sr. Cachopardo disse:
Para iniciar vou citar rapidamente da criação do personagem Thorin - Escudo de Carvalho: Tolkien o fez tão rude, arrogante e nestas características ele colocou toda sua genealidade de autor: faz ao mesmo tempo o leitor se adimirar e odiar o personagem. Pois pelo autor colocar o personagem digno de raiva dos leitores, ele foi sensacional: ele criou um conflito através de um personagem. Consegue compreender este lado filosófico e genial da coisa ?

Bom, talvez não perceba bem, porque no fundo Thórin nunca foi uma personagem que me irritasse. Apenas quando é negligente no fim para com Bilbo me transmite uma certa raiva, mas no geral ele não me irrita particularmente; esta discussão no fundo vai ser meio que afectada por um factor: as opiniões pessoais. Esta mesma opinião pode causar grandes problemas para tópicos como este, visto haverem muitas opiniões diferentes; mas também poderemos talvez aproveitar isso para dar um tom diferente ao tópico. Depende de como as coisas correrem. Entretanto aqui vai a minha opinião:

Thórin foi sem dúvida uma personagem muito bem construída. Muita gente acaba por gostar dele devido ao facto de odiá-lo, de o mesmo lhe meter raiva ou irritação, acaba por vir uma afeição, algo que não acontece por exemplo com Fëanor; e é este mesmo que quero discutir.

Todos os que me conhecem sabem que eu odeio Fëanor, pelo simples facto de que as acções dele, principalmente a matança entre famílias, me parecem imperdoáveis; isto tudo independentemente da "semente do mal" que Melkor plantou no ingénuo e susceptível Fëanor; por causa disto muita gente odeia a personagem, e cria um laço de inimizade com Fëanor; ao contrário, com Thórin, acaba por criar-se, derivado do ódio (prefiro irritação), um laço de amizade para com o anão. Volto a sublinhar que isto tudo é minha opinião. Certamente que os outros terão uma diferente, E será nisso que deveremos basear-nos. Então, o que gostaria de falar era daquilo que Fëanor transmite para as pessoas. O que vocês sentem? Que impressão este exemplo de boa narrativa transmite?
 
É verdade que as opiniões pessoais são muitos debatidas. Pois cada um tem seu tipo de gosto; porém isso é muito interessante neste sentido: com as mais variadas opiniões poderão se discutir muito da genealidade de Tolkien para com as suas criações de personagens; e é isso que eu quero para meus estudos :mrgreen:

Por isso que criei aqui no Obras, para ser estudado mais profundamente e ter opiniões de gente que sabe. Mas queria salientar uma coisa: não é para postar somente do personagem que gosta, mas sim por que gosta dele: no lado de sua construção.
 
Fëanor transmitiu a mim a imponência de um Senhor superior a todos que o rodeavam, ao mesmo tempo que mostrava um certo descontrole (ta rolando um julgamento na toca-mg - Subfórum do coselho branco - e eu estou a ponto de pedir um exame psiquiátrico pra julgar Fëanor insano)

Mas (um dos personagens) que sempre me facinou, apesar de eu realmente o achar um pé no saco, foi Denethor. Tolkien foi gênio o suficiente pra criar um personagem dotado de uma sabedoria e um poder extenso e mesmo assim cair em armadilhas que ele mesmo criou. Cita-se muito a estupidez de Denethor em relação aos seus comandados, e o seu desprezo (relativo...) a Faramir. eu e limito a dizer que Denethor foi um personagem cuja personalidade não batia com seu tempo e situação - sabendo que a morte de Boromir foi um choque terrível. Gostaria de vê-lo em ação como um conselheiro em Númenor, ou dono de um exército maior na ocasião da 2a. Guerra do Anel. Aí sim veríamos um quase-Rei, pois o própro Gandalf o respeitava, apesar de no fundo querer matá-lo de porrada, afinal, ele era um saco mesmo.
 
Citando Fëanor, sempre considerei-o o personagem mais bem "trabalhado" de Tolkien. Acho que em contexto geral, nenhum personagem consegue ao mesmo tempo despertar tanta admiração e ódio por parte dos fãs. E poucos personagens foram alvos de debates tão acirrados e disputados quanto Fëanor. Ele, apesar de elfo, representa muito bem o que uma pessoa pode ser. Por vezes genial, e por vezes insana e cruel. Em Fëanor residiam os dois extremos.
E, como quase sempre é denotado nas nobras de Tolkien, poder demais acaba em mal demais, e às vezes corrompendo (enlouquecendo?) os que o possuem em demasia.
Por esses e ouro motivos, sempre adorei o Fëanor (dá pra perceber né? :lol:), e vi nele o maior, ou um dos maiores personagens criados por Tolkien.
 
Imrahil de Dol Amroth disse:
Mas (um dos personagens) que sempre me facinou, apesar de eu realmente o achar um pé no saco, foi Denethor. Tolkien foi gênio o suficiente pra criar um personagem dotado de uma sabedoria e um poder extenso e mesmo assim cair em armadilhas que ele mesmo criou. Cita-se muito a estupidez de Denethor em relação aos seus comandados, e o seu desprezo (relativo...) a Faramir. eu e limito a dizer que Denethor foi um personagem cuja personalidade não batia com seu tempo e situação - sabendo que a morte de Boromir foi um choque terrível. Gostaria de vê-lo em ação como um conselheiro em Númenor, ou dono de um exército maior na ocasião da 2a. Guerra do Anel. Aí sim veríamos um quase-Rei, pois o própro Gandalf o respeitava, apesar de no fundo querer matá-lo de porrada, afinal, ele era um saco mesmo.

Bom, Denethor é uma personagem muito complexa; a sua personalidade é das mais difíceis de compreender no livro "O Senhor dos Anéis", e isso leva a que seja encarado como irritante pelos fãs, como alguém sem sentimentos e frio que despreza os que o rodeam, até mesmo o seu filho mais novo, e que cuja obcessão pelo trono de Gondor leva a extremos. Resumindo, um maluco enervante.

Mas Denethor não era nada disso (pelo menos não em grande parte); pelo facto de a sua personalidade ser complexa não podemos analisá-lo de uma maneira superficial, pois acabaremos por tirar a conclusão que eu descrevi acima. Que aliás foi a que foi transcrita por Peter Jackson, Fran Walsh e Phlilippa Boyens para o filme, por essa mesma razão: as pessoas não compreenderiam uma personalidade tão complexa, e explicá-la tiraria tempo ao filme, por isso transformaram-no naquilo que as pessoas realmente pensam dele. Isto, na minha opinião, foi um desastre; Denethor foi o calcanhar de Aquiles do filme o Retorno do Rei, o seu ponto fraco, a sua pior transcrição de uma personagem para o filme a partir do livro.

Para compreender Denethor temos de tantar compreender muitos factores: a época em que vivia, as experiencias pessoais, a mentalidade que lhe foi ensinada a ter (a maneira de ver as coisas a que foi ensinado), a alta linhagem que fluía no seu sangue, a noção do Mundo que tinha.

Não sou grande conhecedor de psicologia em si, como uma ciência, e aquilo que aqui vou dizer vai ser baseado maioritariamente nos conhecimentos medianos que tenho da mente humana. Antes de mais nada, passemos a um resumo mais ou menos pequeno da vida de Denethor, o que por si só explicará muito:

"Denethor, filho de Ecthelion, nasceu em 2984 da 3ª Era. A sua linhagem, a dos Mordomos (mais belamente, mas erroneamente chamados Regentes na tradução brasileira), era de puro sangue Numenoriano. O poder de Gondor na época em que se tornou Mordomo estava muito diminuído. Desde cedo ele se havia revelado um homem solitário, e em 2976 ele casou-se com Finduilas, de Dol Amroth. O coração desta dama cresceu no entanto triste e negro, pois na cidade de pedra de Minas Tirith estava afastada da sua paixão, o mar. Morreu apenas 12 anos depois de casar com Denethor, e depois de lhe ter dado 2 filhos: Boromir e Faramir. Depois disto o coração de Denethor endureceu ainda mais, e nesta altura ele usou pela primeira vez o palantír que estava na Torre de Ecthelion. A vontade e inteligência de Denthor eram demasiado fortes para que Sauron pudesse controlar o Mordomo, no entanto, ainda assim pode controlar a pedra e mostrar a Denethor apenas aquilo que queria; e assim mostrava-lhe imagens do terrível - e invencível, como queria dar a entender - poder da Torre Negra. Isto debilitou as forças de Denethor, que viveu ainda mais sem esperanças e desalentado, apesar de a sua vontade se manter inquebrável e a sua astúcia imperecível. No fim, durante a guerra do Anel, o seu filho mais velho, Boromir, e seu favorito, enviado por ele numa missão a Rivenddel, acabou por ser morto. Mais tarde, durante o cerco a Gondor, o seu outro filho, a que não dava tanta importância apesar de inconscientemente amar, Faramir, ficou - aparentemente- mortalmente ferido. Assim, com com toda a pressão dos longos anos de trevas e solidão a acumularem-se a ponto de se tornarem insuportáveis, e com a morte do seu filho mais velho e aparente morte do seu filho mais novo, Denethor acabou, no fim e extremo da sua pressão, por ficar mentalmente debilitado, e elouquecer, vindo a causar grandes danos e acabando por pôr um fim à sua vida, depois de tentar pôr um fim também à de Faramir."

Bom, vou discutir antes de mais nada algo de que as pessoas muito acusam Denethor: o facto de ele pouco (parecer) fazer em relação à invasão e poder crescente de Mordor. Antes de mais nada é preciso ter algo em mente: o poder de Gondor estava muito diminuído na época em que ele se tornou Mordomo. Gondor já não era o reino belo e imponente que outrora havia sido; estava baixo em poder como nunca havia estado, e a descer cada vez mais. Ainda era a principal potência contra Mordor, isso é verdade, e o mais poderoso reino dos Homens; mas não estava com capacidade para fazer frente directamente ao poderio de Sauron. Tudo o que Denethor poderia fazer era tentar impedir o avanço do inimigo e a chegada de exércitos a Mordor atrvés das suas terras, o que fazia com reçlativo sucesso, e tentar defender os seus territórios, mantendo Osgiliath e Minas Tirith de pé o maior tempo que conseguisse. Nada mais poderia fazer Denethor e nada mais faria outro Rei no lugar dele. Denethor não era estúpido, e era orgulhoso como um típico Numenoriano; queria acima de tudo que o seu reino fosse o maior de todos, e lutaria o mais que pudesse para que isso se sucedesse. Acontece que Denethor, como inteligente que era, previu desde cedo o ataque final de Mordor, e isso foi a primeira coisa que lhe abalou o espírito.

Agora vou analizar um pouco a fundo a personalidade com que Denethor era dotado desde que nasceu. Denethor era de sangue Numenoriano puro, e possuía todas as características destes reis: era orgulhoso e forte de vontade. Além disso era também sábio como poucos e tomava as suas responsabilidades a fundo. Compreendia bem a nobreza de Gondor e a missão que lhe fora destinada, como se pode justificar na educação que dava aos seus filhos:

Faramir disse:
"E lembro-me que, quando Boromir era rapaz e aprendíamos juntos a história dos nossos antepassados e da nossa cidade, lhe desagradava sempre que o seu pai não fosse rei. "Quantos centos de anos são necessários para fazer de um Mordomo rei?" - Perguntava. "Poucos, talvez, noutros lugares de menos realeza", respondia-lhe o meu pai. "Em Gondor 10 mil anos não chegariam.""

Denethor era um homem que sabia bem qual a missão de um Mordomo: guardar o reino e esperar a chegada do rei. Pesava-lhe fortemente no espírito que não fosse rei, é verdade, mas não podia fazer nada comtra isso; dava muita importância às histórias dos seus antepassados e era orgulhoso e cumpridor. Apenas se revoltou no fim contra o Regresso do Rei porque suspeitava de Gandalf, achando que este queria possuír controlo sobre Gondor e usava para isso um simples Dunadan sem direito para assumir o trono.

Denethor disse:
"O Senhor de Gondor não será, contudo, instrumento dos propósitos de outros homens, por muito dignos que possam ser. Para ele não há, no mundo como agora se encontra, propósito mais elevado doq ue o bem de Gondor; e o governo de Gondor pertence-me, meu Senhor, e a nenhum outro homem, a não ser que o rei regressasse."

Denethor não era um louco obcecado pelo trono de Gondor. Era um Mordomo que tinha consciência da sua missão e das suas responsabilidades.

Quanto ao facto de ser muito reservado, existem várias justificações:
Desde cedo ele esteve sobre grande pressão. Previu o ataque final de Mordor para essa altura e previu também que pouco poderia fazer, o que o fez ficar algo desesperado. Seria ele o último da sua linhagem e aquele que, depois de muitos reis e mordomos, falharia completamente. Isto angustiava-o e atormentava-o. Por isso era muito reservado, procurava instruír-se no conhecimento, sempre ser o melhor possível.
A sa vida pessoal: o facto de ser reservado concerteza faria com que Denethor não tivesse muitos amigos. Foi então que finalmente casou, com Finduilas. A sua mulher, no entanto, devido ao facto de não gostar de viver numa cidade de pedra, e da reserva e sutornidade do seu marido, veio a falecer muito cedo, ainda eram novos os seus dois filhos. Isto foi um duro golpe para Denethor, sem dúvida, pois parcia-lhe que tudo aquilo que amava, finalmente, acabava no fim por morrer. Assim a sua personalidade fixou-se ainda mais, e a sua reserva tornou-se mais profunda. Foi até ao ponto de usar o palantír, que aliás já se suspeitava que usava pouco antes de a mulher morrer. Assim restavam-lhe os seus dois filhos, aos quais se dedicou com bastante esforço.

Para um Numenoriano, a descendência sempre é muito importante. Ter alguém que seja capaz de subir ao trono ou de suceder ao seu pai em algo importante era da maior relevância. O filho mais velho era, entre os Numenorianos, o melhor, o mais capaz, o que havia sido destinado a suceder a seu pai. Era neste ponto de vista, a que Denethor havia sido ensinado, que ele preferia o seu filho mais velho Boromir. E não apenas por isso. Boromir parecia-lhe mais apto a ser rei, pois era mais valente, mais pronto, um homem que chegava àquilo que queria fosse porque meios fossem.

Gandalf disse:
"Era um homem dominador, um homem que obtinha o que desejava."

O perfeito rei, pensava Denethor, e a prova de que o primogénito era o mais apto, segundo ele. Por isso desprezava sempre o seu filho mais novo, um desprezo aparente, pois todos sabemos, ele no fundo amava-o. Assim, quando Boromir morreu, a mente de Denethor ficou muito abalada (abalada não de ficar louco, mas de ficar perturbado de outra maneira, perturbado no que toca a sentimentos). Tornou-se ainda mais áspero para Faramir, pois achava que ele podia ter ido em vez dele, e de bom grado teria trocado os dois.

O palatír também desempenhou um papel importante. Denethor era de vontade muito forte para este o controlar, mas conseguia desviar po seu olhar apenas para morte e destruição, para o poderio da Torre Negra, e Denethor ficava cada vez mais negro e suturno.

Assim a loucura de Denethor aproximava-se cada vez mais. A pressão à sua volta aumentava, os exércitos avançavam para o ataque final que ele havia previsto à tanto, a esperança ia diminuíndo de dia para dia, os seus homens perdiam a coragem, a cidade branca estava em declínio, o seu próprio filho morrera, e agora Gandlaf, de que sempre suspeitara, aproximava-se e trazia com ele um rei atrás, que denethor achava fácil. Era como se estivesse rodeado de inimigos por todos os lados. Não havia esperança alguma. E quando Faramir foi ferido de morte, o seu último filho e última descendência, a mente de Denethor ficou finalmente perturbada. Elouqueceu de vez e preparou para ele e para o seu filho um túmulo.

Denethor, não era um home senil que nunca fazia nada pelo seu país. Era um descendente orgulhoso de Numenorianos e que queria ver o reino que comandava erguer-se acima de qualquer coisa. O que ele fazia tinha razões para fazer, e as suas acções, excepto no fim da sua vida, foram sempre as mais correctas.
 
10º membro disse:
Acontece que Denethor, como inteligente que era, previu desde cedo o ataque final de Mordor, e isso foi a primeira coisa que lhe abalou o espírito.

Conturbado ele ficou
Os éxercitos anunciavam a sua chegada
A pressão lhe dominou.
Mas a força sábia também lhe estava acompanhada


É um verso criado rapidamente, tosco, mas é a retratação do que Denethor presenciou na Guerra do Anel. Os mais inteligentes, em parte dos casos, ficam pressionados pelo sentimento negativo que os cerca. Aí eles podem "pirar" com o tanto de poder e ameaça que o inimigo demonstra.

Tolkien diz que a morte é um dom em suas obras, Denethor pode ter feito a coisa errada para o leitor, mas se analizar pelo lado genial da criação deste personagem, ele pode ter feito certo para o desenrolar da história, embora Denethor não sabia o que poderia gera. Gollum acabou fazendo o Bem para com a destruição do Anel. E, Denethor, morreu para Aragorn o suceder. É claro que a partir daí fazem-se várias analizes de opiniões.
 
O 10º membro da Sociedade disse:
Bom, talvez não perceba bem, porque no fundo Thórin nunca foi uma personagem que me irritasse. Apenas quando é negligente no fim para com Bilbo me transmite uma certa raiva, mas no geral ele não me irrita particularmente

Thórin foi sem dúvida uma personagem muito bem construída. Muita gente acaba por gostar dele devido ao facto de odiá-lo, de o mesmo lhe meter raiva ou irritação, acaba por vir uma afeição, algo que não acontece por exemplo com Fëanor; e é este mesmo que quero discutir.

Bem, Thorin é um anão, e pior, um anão com "bons" motivos para ser orgulhoso.

Você não espera uma atitude diferente do usual em um anão; já que sempre foi demonstrado que eles eram cabeças duras e nunca participavam como heróis. Ao menos era assim na visão élfica da coisa, que é a que usamos como base geral :P (claro, o Gimli foi uma grata excessão à regra)

Eis o grande detalhe que o diferencia de feanor: Thorin seguiu suas convicções, e por mais babaca que seja, foi guiado por seu coração de anão. Enquanto o fea foi simplesmente babaca no sentido geral da coisa, e não condizeu em nada com um sentimento élfico. Foram atitudes de uma criança birrenta e mimada, que saía atirando pra tudo que é lado sem nem avaliar direito as conseqüencias.

E tem mais um detalhe adicional que define o odiar ou não... O Thorin deixou de ser cabeça dura no final, enquanto o feanor ta lá em mandos batendo ela até agora. :)
 
Sr. Cachopardo disse:
Conturbado ele ficou
Os éxercitos anunciavam a sua chegada
A pressão lhe dominou.
Mas a força sábia também lhe estava acompanhada

:think:

Perturbada a sua mente estava
Pois o poder negro forma ganhava
Afectada a sua alma ficava
Pois previu o negrume que se aproximava
E a sua linhagem para o esquecimento se arrastava

Triste foi a vida deste homem sobrio
Tristezas por ela fluíam como aságuas de um rio
Pois cedo era privado da felicidade
E o que amava se desvanecia com facilidade

O poder da torre Negra desafiou
E os horres que viu com força de vontade suportou
Mas a sua esperança essa sim definhou
No entanto mesmo assim com sabedoria o seu reino governou
E com a sua astúcia este perdurou

No entanto no fim o seu coração foi duplamente ferido
E a pressão finalmente sobre ele se abateu
A sua vontade férrea cedeu
O plano do inimigo foi conseguido

No desespero o altivo senhor elouqueceu
E penosos acontecimentos disso resultaram
Mas a despeito disto do que na guerra aconteceu
Não só morte mas também vitória resultaram


:mrgreen:
 
Bem, eu não concordo que Tolkien criava personagens com genialidade. Eles até tinham uma certa profundidade, mas isso era conseqüência dos fatos históricos que aconteciam com o povo em que o personagem em questão pertencia. No entanto, Tolkien dificilmente colocava uma situação em que um personagem se destacava, e por isso eles não eram tão ricos.

Também havia pouca originalidade. Lá estavam os padrões (que já haviam sido utilizados antes): o herói, o indefeso, o sábio, o rude, o normal que se torna progressivamente louco, etc. O que os diferenciava do comum era, mais uma vez, os fatores históricos.

Não afirmo que o que eu disse é um defeito em relação ao que Tolkien escreveu. Mas, se levarmos em conta os personagens em si, não acho que eles foram criados com genialidade.
 
Bem, eu não concordo que Tolkien criava personagens com genialidade. Eles até tinham uma certa profundidade, mas isso era conseqüência dos fatos históricos que aconteciam com o povo em que o personagem em questão pertencia. No entanto, Tolkien dificilmente colocava uma situação em que um personagem se destacava, e por isso eles não eram tão ricos.
discordo kra nob
se vc for analisar personagens como turin, tuor, feanor, thorin, bilno, gandalf, frodo, sam, legolas, gimli e ate msmo morgoth eram extreemamete ricos, basta vc juntar todas as pecas do quebra cabeça
 
O 10º membro da Sociedade disse:
No desespero o altivo senhor elouqueceu
E penosos acontecimentos disso resultaram
Mas a despeito disto do que na guerra aconteceu
Não só morte mas também vitória resultaram[/i]

:mrgreen:

Conta-se do antigo dia
em que ia-se a refletir e pensar;
mas o muro não podia transpor,
e por fim decidiu observar.

Naquela pequenina esfera
uma era negra descobriu;
e admirou estarrecido
o esquecido rei que surgiu.

Por muito ao inimigo resistiu.
E persistiu firme na vontade
de conseguir o que almejava
e desejava para sua cidade.

Sonhava com um tempo de paz,
onde, audaz, poderia governar.
Mas o sonho se desvaneceu
ao seu adversário observar.

Seu nobre espírito, que jazia,
ia-se às trevas dos pesadelos
observar, mesmo que temeroso,
um fosso de arrepiar os cabelos

E disso surgiu aquela lenda,
distorcida, de um regente
que sucumbiu ao poder
e sem querer tornou-se demente.

Mas na verdade ele lutou,
e honrou sua descendência.
Porém lutou contra um amigo;
e o inimigo mostrou sua ciência.

Deturpar corações e almas,
com suas chagas de pavor;
e mentiras a saltar dos lábios,
sábios do verdadeiro horror.

Aos homens destronar
por envenenar. E aos elfos
apenas amar para seduzir,
e destruir seus belos fados

Pois eis que ensinou-lhes
e deu-lhes algo de poder.
Mas os queria seus escravos,
passivos do seu escolher.

Tudo isso o regente sabia,
mas ia sua fé a viver ainda?
Logo seus temores surgiram
e acabaram por torna-la finda.

E no vazio crepitante de sua pira,
ele rira daqueles que deixava.
Pois em seu delírio esquecia
sua vida e tudo o que amava.

E em seu orgulho ao rei renegava;
vivenciava seu grande pesadelo
mas naquela hora já não mais percebia
que o dia ainda tinha de Eru o apelo.

Pois eis que o dia novamente clareava
e declarava fim à inesgotável escuridão.
Mas já era tarde demais; o velho regente,
inconsciente, já se deitava na pira do chão.


(E assim ficou gravado nos mitos populares
a história do endiabrado e desequilibrado Denethor)

:lol:
 
Bom, penso agora que podemos iniciar a discussão de uma outra personagem: neste caso dou a mim mesmo a liberdade de escolher, e a minha escolha é nada mais nada menos que o emblemático Morgoth.

Discutam tudo: a sua vida, a sua obra, os seus tormentos e virtudes, a sua importância na história de Arda; e o seu cruel legado nos corações de Elfos e Homen.
 
bom, primeiro, se nao ouve morgoth nada teria acontecido, arda seria feliz sob a bençao dos inuteis valar

mais oq eu realmente gosto em morgoth eh seu desejo por governar arda e ser 1 rei VISIVEL para os ardarianos, ele tem uma psicologia muito complexa e ao msmo tempo mto "previsivel" é o vilao q quer ser rei e age do msmo modo a trama inteira, mais com certas sutilezas quase imperceptiveis

realmente eh o tipo d vilao
q vc odeia (basicamente por matar todos os herois) mais q vc ama
eu e mtas pessoas sentem mto mais afeiçao por morgoth doque por feanor ou sauron ou ate msmo legolas :lol:

um personagem muito bem trabalhado, so 1 pouco burro em certas ocasioes como criar 1 corpo fisico para dominar a materia o q lhe causou a morte pernamente
bom basicamente eh isso
 
Melkor sempre foi o meu personagem favorito (em termos de "grandeza")
Acho que foi um personagem realmente impregnado de genialidade. Todos os seus atos e falam eram perfeitos à sua personalidade, assim tolkien criou um personagem conciso com a sua motivação e vontades.
Eu vejo pelo menos dois dele no decorrer da história: Melkor, o Valar poderosíssimo, criativo, mas com um quê adolescente (assim como eu vejo Lúcifer no catolicismo, etc), pois ele tinha essa vontade maior de aparecer, de criar e dar vida ao que ele próprio pensava (fosse o que fosse...) e não ser uma reles ferramente na mão de Eru, que acredito ser o tipo de relação que Melkor pensava de Eru. O segundo "Ele" seria sim Morgoth: um Deus vilão, maligno, que pensava somente em destruição, morte e escuridão - uma resposta às situações vividas por ele. Dessa forma, a situação faz de Melkor o Morgoth.

(fiz essa divisão em Melkor e Morgoth por época, e pq Morgoth foi um nome dado pelos elfos - acho? - que eram os inimogos mais representativos d'Ele, não os maiores, os Valar seriam os maiores)

Último comentário: Sempre vi a guerra de Morgoth contra Eru, e não contra os Valar.
 
thunderbreaker disse:
se vc for analisar personagens como turin, tuor, feanor, thorin, bilno, gandalf, frodo, sam, legolas, gimli e ate msmo morgoth eram extreemamete ricos, basta vc juntar todas as pecas do quebra cabeça

Exato, se eu juntar as peças do quebra-cabeça. Olhando desse lado praticamente todo personagem de livro é rico, já que eles são amplamente aproveitados se eu levar em conta o meio em que vivem e ignorar o resto.

O fato é que Tolkien criou uma grande teia de genealogias, documentos históricos, línguas e geografia rica, e esses elementos envolvem o personagem. Mas, neste caso, os personagens enriquecem a teia, e não o contrário.
 
Último comentário: Sempre vi a guerra de Morgoth contra Eru, e não contra os Valar.
?? pelo meu ponto d vista morgoth sempre quis arda e nao ocupar o trono d eru

O fato é que Tolkien criou uma grande teia de genealogias, documentos históricos, línguas e geografia rica, e esses elementos envolvem o personagem. Mas, neste caso, os personagens enriquecem a teia, e não o contrário.
ta certo, mas se vc pegar a historia do personagem e juntala a cadeia d eventos q acontecem por sua calsa, vc percebera a msma riqueza, na personalidade, atos, vida, etc e nao tanto nas estatisticas em geral, mais oq tu flw nao ta errado :grinlove:
 
thunderbreaker disse:
Último comentário: Sempre vi a guerra de Morgoth contra Eru, e não contra os Valar.
?? pelo meu ponto d vista morgoth sempre quis arda e nao ocupar o trono d eru

Eu também acho isso, O Melkor sonhava em possuir o poder total. Depois de conquistar toda Arda o próximo passo seria tenar ocupar o lugar de Eru (se comandar todo o mundo não for considerado ocupar o lugar Dele), mas ele sabia que é impossivel derrotá-lo. Somente se ele beirasse a insanidade para tentar fazer algo desse. Para mim a luta do Melkor, não foi com o objetivo de ocupar o lugar de Eru, mas sim com o objetivo no máximo de fazer um tipo de protesto, para Eru que as coisas deviam ser do jeito que ele pensava (escravidão, mal...) e mostrar de um modo que ele pode muito bem mandar como Ele manda sobre as pessoas, ou seja apenas uma provocação.

O Melkor talvez seja o personagem mais simples de toda a história, porque ele simplismente nasceu com o mau e o espalhou. Mas eu gosto dele, acho que talvez principalmente pelas suas ligações com a religião e a sua ligação com momentos do dia a dia. Por exemplo: Melkor é o vala mais poderoso (forte) e talvez o mais esperto de todos, e somente todos os outros valar juntos poderiam vencê-lo, isso é exatamente igual ao cotidiano, o mal sempre é mais forte, as tentações, etc; ele é muito mais presente e dificil de negar (forte) e mais ardiloso (inteligente) que o certo. Por causa disso e de outros exemplos eu concordo com o Nob sobre a riqueza dos personagens do Tolkien.
 
Quanto ao que o Nob disse:

Ontem eu estava lendo uns textos que tinha imprimido, e dentre eles estava uma entrevista de Tolkien. Nela, Ronald dizia:

"você me da um nome de personagem que eu crio a história em torno deste"

É claro que ainda nesta resposta à pergunta do repórter Gerolt, Tolkien respondia com uma união de belas palavras e de genialidade que eu me impressionava quando relia a entrevista. Mas enfim, o ponto que quero dizer é que tanto dando o nome de tal personagem ou algum que era criado ganhava uma árvore genealógica, uma família, um irmão, ou algum parente distante, mas o que não faltava era detalhismo em torno destes. É claro que se for pegar personagens que mal são citados, vai ter só a sua àrvore e tal.
 

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