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Notícias Garoto potiguar de 9 anos tem contrato com multa de R$2,5 milhões

10/01/2013 16h04 - Atualizado em 10/01/2013 17h09

Garoto potiguar de 9 anos já chama a atenção de 'gigantes' europeus

Com carreira gerenciada por grupo de empresários, Gabriel Victor tem
multa rescisória de R$ 2,5 milhões e já vislumbra carreira profissional


Por Arthur Barbalho
Natal


Ele ainda é um menino, mas joga um futebol de gente grande. Com dribles que chamam a atenção de alguns dos principais clubes do Brasil e do exterior, Gabriel Victor, natalense de 9 anos de idade, é a grande promessa do futebol do Rio Grande do Norte para os próximos anos. Hoje ele tem pouco mais de 1,50m de altura, mas desde cedo apresenta muita intimidade com a bola nos pés: dribles, arrancadas e, principalmente, gols. Muitos gols.


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Gabriel Victor visitou a redação do GLOBOESPORTE.COM (Foto: Arthur Barbalho/GLOBOESPORTE.COM)


Um grupo de investidores é quem gerencia a carreira do jovem craque, que tem multa rescisória avaliada em cerca R$ 2,5 milhões e já recebeu sondagens de vários clubes da Europa. Na segunda-feira, o garoto e a família viajam para Belo Horizonte, onde irão residir nos próximos meses. Gabriel irá fazer testes em dois clubes de Minas Gerais e São Paulo.
- Ele já foi sondado por Porto, São Paulo, Chelsea, Manchester United e Santos. Hoje, a expectativa é que ele um dia jogue no Santos, pois a estrutura do clube é muito boa - comenta o pai do atleta, Edmilson Soares.
Edmilson sonha ver o filho seguindo os passos do argentino Lionel Messi, mas, se depender da vontade de Gabriel...
- Meu sonho é que ele defenda o Barcelona. Seria fantástico vê-lo jogando pelo time do Messi. O único problema é que o ídolo dele é outro. Ele é fã de Cristiano Ronaldo - revelou Edmilson.
- Quero um dia jogar no Real Madrid, se possível com o Cristiano Ronaldo. Ele joga muito, é minha grande referência - conta o desinibido Gabriel Victor.
Se no Santos, Real Madrid, Chelsea ou Barcelona, só o futuro irá dizer. O certo é que Gabriel terá todo o tempo do mundo para se tornar um dos melhores e, um dia, quem sabe, ser uma estrela do futebol brasileiro.
- Tenho fé que ele vai vingar. É um jogador diferente. Meu grande sonho é vê-lo defendendo a seleção brasileira. Mesmo que isso não aconteça, já sou muito feliz por todas as oportunidades que teve até aqui. Quero que meu filho seja muito feliz - lembra Edmilson.

O início
Segundo Edmilson Soares, desde muito cedo que Gabriel demonstrou potencial para o futebol.
- Quando ele tinha dois anos eu dei de presente para ele um DVD com lances do Zico. Pouco tempo depois, o Gabriel começou a imitar o que o Galinho fazia com a bola nos pés - recorda.
Ainda de acordo com o pai, Gabriel sempre demonstrou ser diferenciado.
- Ele é perfeccionista. Lembro que quando comecei a levá-lo para jogar em campo, a maioria dos garotos buscava chutar a bola no gol. Ele era diferente, queria acertar a bola no travessão, que é muito mais alto que ele - explica.
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Gabriel Victor visitou Estádio Santiago Bernabéu, em Madri, em 2010 (Foto: Divulgação)



Gabriel é louco por futebol. Gosta tanto de estar em contato com uma bola que chegou a adoecer porque uma delas furou quando ele tinha 5 anos. A única solução foi comprar uma nova, e logo o garoto melhorou.
Como todo craque, Gabriel, ou "Robertinho", como é chamado por alguns colegas devido a uma camisa do Corinthians com o nome do pentacampeão mundial Roberto Carlos, que usava em alguns jogos, começou bem cedo a trilhar seu caminho no mundo da bola. Seu primeiro clube foi o Cepe, situado em Nova Parnamirim, na Grande Natal.

'Com a cara e a coragem'
Depois, passou por ABC e América-RN até chegar ao voo mais alto de sua curta, mas meteórica carreira. Em 2010, Gabriel foi para Madri, na Espanha, disputar a Madrid Cup, torneio que reúne equipes de todo o mundo, com garotos entre 7 e 13 anos. Na Espanha, o garoto defendeu o Sporting Boadilla, clube que tem ligação com o Real Madrid. O resultado? Gabriel foi um dos craques da disputa, deixando o time com o vice-campeonato do torneio que reunia, entre outros clubes, Raja Casablanca, do Marrocos, e River Plate, da Argentina. Ao término da competição, Gabriel chamou a atenção de olheiros do Real Madrid. Entretanto, o pai do garoto optou por permanecer no Brasil.
- Fomos para a Espanha com a cara e a coragem. Eu e ele não falamos espanhol, e eles queriam que nós assinássemos um documento. Perguntei à diretoria do Real se as portas estavam abertas, e eles responderam que sim - lembra o pai.
No mesmo ano, o jovem potiguar fez 74 gols em 25 partidas.


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Gabriel Victor é fã de Cristiano Ronaldo e sonha em jogar no Real Madrid (Foto: Divulgação)


Para Gabriel, tudo é uma festa. O importante é ter sempre uma bola para jogar. Para ele, a alegria está em ter a oportunidade de fazer gols.
- Na Espanha conheci o Daniel Alves (lateral do Barcelona), e mais alguns jogadores, mas fiquei feliz mesmo quando pude ir para o campo. Aí, sim, eu gostei - comenta.
A família também é um alicerce na vida de Gabriel. Segundo filho dos quatro do corretor Edmilson Soares, o menino também busca se dar bem nos estudos.
- Quero ser professor de educação física - enfatiza Gabriel.
Se depender dos pais, o garoto-prodígio deve conciliar os estudos.
- Ele quer ser jogador de futebol, mas tem que estudar. Tem que ser bom aluno - finaliza Edmilson.

Fonte


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Só eu que acho a situação forçada e nojenta, cem vezes mais forçada que a do Neymar?

Fora que a própria notícia tem cara de encomendada.
 
Bem forçadinho. Mas sei lá, fizeram reportagens falando parecido do Neymar quando ele tinha uns 10 anos, quando o Robinho ainda jogava na Vila antes de ir pro Real, e deu no que deu.

E não duvido de ouvirmos falar dele daqui 7 anos no Santos.
 
Não acho que seja forçado, Celso.
Na verdade, é um trabalho de olheiro cada vez mais precoce.
E nesses tempos de altos investimentos no futebol, as apostas ficam cada vez mais altas.

Encomendado pode até ser.
Afinal, o garoto já tem contrato e tem empresário querendo lucrar com ele.
Nada melhor do que mídia pra valorizar o passe do guri.

Apesar de entender que esse tipo de coisa é parte do mercado da bola, eu sempre me pergunto o seguinte:
E se, amanhã ou depois, o garoto não quiser mais jogar bola?
E se ele decidir que quer ser outra coisa quando crescer?
Esses empresários perdem o investimento?
 
Acho forçado porque, ao meu ver, o garoto foi "fabricado", sabe? Tipo, já fizeram a cabeça dele desde pequeno, assim como dos pais.
Pra mim, não é um negócio natural. E creio que, mesmo que o garoto não queira mais jogar bola (o que duvido, pelo que vi), ele não possa, já que devem ter multas contratuais que certamente os pais não querem nem pensar em conhecer.
 
Acho extremamente prematuro fazer isso nessa idade.

Tão querendo tratar futebol igual cinema ou música e mesmo nessas áreas você pode ter grandes decepções.
 
Acho forçado porque, ao meu ver, o garoto foi "fabricado", sabe? Tipo, já fizeram a cabeça dele desde pequeno, assim como dos pais.
Pra mim, não é um negócio natural. E creio que, mesmo que o garoto não queira mais jogar bola (o que duvido, pelo que vi), ele não possa, já que devem ter multas contratuais que certamente os pais não querem nem pensar em conhecer.
Nesse ponto, eu concordo contigo.

É certo que o pai (ou mais alguém junto com ele) colocou na cabeça desse moleque que ele vai ser jogador. Através do filho, ele enxerga a chance de alcançar uma segurança financeira que ele próprio nunca conseguiria dar à sua família. E a pobre criança não se dá conta, pois desde pequeno, ele via aquela atividade como lúdica e divertida. É assim que as crianças mais novas veem quase todas as suas atividades. Uma vez internalizada a prática, dificilmente a criança mudará de atitude.

O que eu queria enfatizar com as perguntas é que essa atitude do pai/empresário é antiética e ilegal.
Não consigo ver amparo legal que sustente um empresário e um pai (ambos sem escrúpulos) atrelarem um contrato de trabalho a um garoto de 9 anos, sendo que a legislação trabalhista brasileira proíbe qualquer tipo de trabalho, remunerado ou não, a menores de 12 anos? E mesmo após os 12 anos, esse contrato só pode ser firmado na condição de aprendiz e por um prazo máximo de 2 anos.

Aparentemente, o garoto está feliz com sua perspectiva de carreira. Mas se os planos do pai/empresário não estivessem seguindo bem, essa criança poderia sofrer um abuso que poderia ser facilmente evitado. A mídia nos noticiou Neymar, Messi e agora Gabriel Victor ainda como prodígios. Mas imaginem quantos pequenos anônimos existem Brasil afora, que não alcaçarão o sucesso de um jogador profissional de alto nível, que estão passando por privação de suas infâncias!
 
A mídia noticia garotos com potencial. Alguns sabem evoluir e são bem assistidos por pais/empresários. Outros acabam indo por outros caminhos. Lulinha, Lenny, Keirrison, tudo novos "craques" que nunca deram em nada.

Mas em 2004 o nome Neymar já era promessa de grande jogador. Gabriel Victor pode muito bem ser um novo craque daqui 8 anos.
 

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