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[Galford Strife] Prólogo do meu livro[L]

Galford Strife

Jedi Master
Autor: Murilo Parise da Matta (Galford Strife)
Gênero: Fantasia Medieval
Título: Ainda não definido

Prólogo


O salão está cheio, o teatro da grande capital élfica é imenso, maior do que qualquer um já construído pelos humanos. E nesta noite irá sediar um evento um tanto incomum para um lugar que costumava receber grandiosos espetáculos artísticos. Esta noite o grande teatro élfico receberá um julgamento. Não o julgamento de um criminoso qualquer, fosse este o caso, seria sediado em seu devido lugar: o fórum. Mas esta é uma audiência especial, pois será julgado o elfo responsável pela quase morte da princesa do reino.

- Silêncio! – bradou o majestoso rei élfico.

A multidão, que há vários minutos já preenchia o teatro, cumpriu de imediato a ordem do rei, deixando o salão em silêncio total. Vários nobres elfos estavam presentes nos lugares mais altos e com vista privilegiada. No centro do palco estava o rei em sua mesa, logo em sua frente encontrava-se a cadeira do réu, ainda vazia, e ao lado a bancada que havia sido montada para contar com a presença do conselho dos cinco. O conselho dos cinco, obviamente composto por cinco integrantes, era o nome dado ao grupo de conselheiros escolhidos pelo rei, que na maioria das vezes eram homens com grande conhecimento científico e militar e em alguns casos podendo também contar com a presença de algum grande mago. No caso dos julgamentos a função deles é semelhante à de um júri, com a diferença de que ao invés de julgar o réu, eles somente aconselham o rei baseado no que veem no julgamento, podendo o rei seguir esses conselhos ou não, mas na grande maioria das vezes o desfecho se dava pela primeira opção, afinal, o rei tem que demonstrar confiança para com seus conselheiros.

- Tragam o acusado. – disse o rei, agora um pouco mais calmo, porém sempre demonstrando seriedade.

Uma grande porta, que ficava no lado direito do que normalmente era usado como palco, se abriu e por ela passaram alguns integrantes da guarda real que trajavam belas armaduras prateadas. Logo após eles, o dito criminoso passou por ela, ele estava acorrentado de uma forma que chegava a ser exagerada, e trajava um capuz negro cobrindo toda a sua cabeça. Escoltado por dois guardas, o réu finalmente sentou-se no lugar que lhe havia sido destinado.

- Podem tirar-lhe o capuz. - ordenou o rei aos guardas.

Imediatamente após o mesmo ser removido, a “plateia” presente voltou a se agitar, afinal, a população ainda não havia tomado conhecimento de quem era o acusado. O fato que lhes causou grande espanto era o de o réu ser apenas um adolescente. Mas que tipo de ligação com o atentado que houve contra a vida da princesa poderia ter um elfo tão jovem?

- Silêncio! - voltou a bradar o rei com autoridade.

Imediatamente a multidão aquietou-se e dirigiu os olhares ao jovem elfo, que se encontrava sentado e cabisbaixo. Sua situação chegava a ser deplorável, pois aparentemente não se banhava a um longo tempo, e trajava uma roupa imunda e com vários rasgos. A verdade é que o acontecimento principal que levou a esse julgamento havia ocorrido há quase dois meses, e por todo esse tempo o jovem esteve preso, pois o rei não queria realizá-lo sem a sua filha estar presente para poder testemunhar, e para isso ela precisou passar por um longo período de recuperação, pois a ferida havia sido muito grave.

- Começaremos ouvindo a versão do acusado. – Disse o rei, tentando demonstrar um pouco mais de calma.


********************​


“Como vossa majestade sabe, sou filho de um grande general que tombou em uma das últimas batalhas da guerra que travamos contra os orcs do sul. Desde cedo, meu pai sempre me levou ao palácio e, devido ao meu fascínio por seu trabalho, ele acabou conseguindo a sua autorização para que eu pudesse treinar com a guarda real. Em um desses treinamentos, eu acabei conhecendo a princesa, que estava passeando por perto. Acabamos conversando, e percebemos que tínhamos várias ideias em comum, e marcamos de nos encontrar mais vezes. Com o tempo, acabamos nos apaixonando, mesmo sabendo que é proibido e que por lei a princesa só pode se casar com alguém de sangue nobre. Depois de vários meses nos encontrando as escondidas, eu propus a ela que fugíssemos para o continente do leste, a terra dos humanos. Ela acabou concordando, pois era a única forma de conseguirmos ficar juntos, e começamos a planejar a nossa fuga. No dia do ocorrido, saímos cedo e pegamos a estrada que leva até a cidade portuária. A viagem corria muito bem, até que quando estávamos a poucas horas da cidade, fomos emboscados por um grupo de quatro orcs. Consegui derrubar o primeiro sem muitos problemas, e outros dois deles partiram pra cima de mim. Enquanto eu combatia os dois orcs, o quarto foi atrás da princesa, que começou a correr. Fiz o que pude para acabar com os dois orcs o mais rápido possível, e assim que terminei, corri para tentar ajudá-la. Cheguei bem a tempo de ver o orc com sua espada cravada no ombro da princesa, ele ia desferir um segundo golpe, que seria fatal, mas eu consegui atacá-lo a tempo de evitar essa barbárie. Depois disso eu a carreguei até a cidade para buscar ajuda, foi quando fui preso pelos guardas.”


********************
Como o prólogo é grande aqui pro fórum, irei postar aos poucos (se bem q acho que já foi bastante kkk), enfim, irei disponibilizar pra vcs todo o prólogo para poder colher opiniões... sejam legais hehe
 
sei que ngm comentou ainda, mas tah aih a segunda parte:

A multidão estava perplexa com o depoimento do jovem elfo, afinal, os elfos em geral sempre tiveram um respeito muito grande por suas leis e tradições e a princesa quase havia quebrado uma das mais importantes regras da nobreza. O rosto do rei também havia se alterado, sua pele, que já era muito branca, chegou a ficar quase da cor da neve.

- Você... Alega que teve um romance recíproco com a princesa? – perguntou o rei, tentando disfarçar sua perplexidade.

- Sim, mas eu não tinha intenção de colocá-la em perigo. Ela é... Muito... Importante pra mim. – respondeu o acusado, tentando não demonstrar seu nervosismo.

- Saiba que isso é muito grave. E antes de ser importante pra você, a princesa é importante para o futuro do reino. – disse o rei.

O jovem elfo ficou em silêncio, pois sabia que nada do que dissesse lhe ajudaria, sua única esperança era a de que a princesa lhe ajudasse de alguma forma.

- Como o acusado aparenta não ter mais nada a declarar, tragam a princesa. – disse o rei.

A porta voltou a se abrir. Uma jovem linda elfa passou por ela, demonstrava claros sinais de fraqueza e caminhava com a ajuda de duas criadas. A princesa trajava um belíssimo vestido azul, que contrastava muito bem com seus longos cabelos vermelhos. Ela sentou-se em uma cadeira que estava posicionada um pouco ao lado de onde estava o rei.

- Princesa, você agora tem a liberdade para comentar sobre a versão do acusado e caso seja necessário, nos contar a sua. – disse o rei, já mais calmo do que anteriormente.

- Sua versão está correta. Mas peço perdão a vossa majestade e a todo o nosso reino. Sei que o que fiz foi errado, que não deveria ter caído nos encantos e nas mentiras desse elfo. Quero que saibam que qualquer ligação emocional que eu possuía com ele não mais existe. Reconheço que ao segui-lo eu pus minha vida em perigo e poderia ter prejudicado o destino de nosso reino. A conduta exercida pelo acusado, em nosso reino normalmente seria punida com a execução, coisa que eu estaria em total acordo. Porém, o fato de ter salvado a minha vida lhe garante o direito de que, ao menos seja estudada a hipótese de ganhar uma pena menos severa. Isso é tudo o que eu tenho a dizer vossa majestade. Se o senhor permitir, gostaria de retornar aos meus aposentos, pois preciso ficar em repouso para que a minha condição melhore. – disse a princesa (que manteve uma expressão vazia em seu rosto durante todo o tempo) com frieza.

Após ouvir isso, o jovem acusado teve uma mistura de emoções muito grande, não sabia se ficava triste, com raiva ou com medo de seu possível destino, mas uma coisa ele sabia: nada de bom iria acontecer naquela noite, ou no tempo que pudesse restar de sua agora miserável vida.

- A corte entrará em recesso por 2 horas, voltaremos com a decisão sobre o destino do acusado, obrigado. – disse o rei.


********************
 
Que elfa feladaputa! Continua que quero saber o motivo pra ela ter voltado atrás.

Uma jovem linda elfa passou por ela

Vou dar uma sugestão. Acho que essa parte tá mal escrita. Acho que linda deveria estar na primeira posição, já as outras duas palavras podem ser manipuladas de acordo com o sentido que você queira dar. Linda jovem elfa ou linda elfa jovem dependendo do sentido.
 
Que elfa feladaputa! Continua que quero saber o motivo pra ela ter voltado atrás.



Vou dar uma sugestão. Acho que essa parte tá mal escrita. Acho que linda deveria estar na primeira posição, já as outras duas palavras podem ser manipuladas de acordo com o sentido que você queira dar. Linda jovem elfa ou linda elfa jovem dependendo do sentido.

vlw morfs, essa parte de erros de portugês e sentido ainda vai ser muito alterada antes de eu lançar o livro

e quanto a parte da mudança de atitude da elfa, isso é uma coisa que será revelada ou no final do livro ou em um possível segundo livro (pretendo fazer continuações se tiver uma aceitação boa).

E durante o livro tb irei dar alguns flashbacks de vez em quando, falando melhor sobre como foi a relação entre os dois antes do ocorrido.
 
@Galford Strife , gostei do contexto da história, e sua narrativa é muito boa. Apenas peca um pouco pelo excesso de descrições ou 'explicações' entre os diálogos, e isso quebra um pouco o dinamismo da cena.

Vc descreve bem cenários e pessoas, mas numa situação tensa como essa, tente deixar o diálogo mais limpo e fluido. Explicar logo de cara, pormenorizar reações e incluir parênteses quebra um pouco do suspense, afinal, você pode se dar o direito de ir revelando aos poucos o porquê de tudo ao longo da história. É legal que surjam alguns questionamentos na mente do leitor no inicio da história, assim ele irá querer ler mais para descobrir.

Continue escrevendo! Só escrevendo bastante irá lapidar sua técnica e encontrar seu próprio estilo! :smile:
E fiquei curiosa pra saber por que a traíra jogou o moleque na fogueira, hahahaha
 
@Galford Strife , gostei do contexto da história, e sua narrativa é muito boa. Apenas peca um pouco pelo excesso de descrições ou 'explicações' entre os diálogos, e isso quebra um pouco o dinamismo da cena.

Vc descreve bem cenários e pessoas, mas numa situação tensa como essa, tente deixar o diálogo mais limpo e fluido. Explicar logo de cara, pormenorizar reações e incluir parênteses quebra um pouco do suspense, afinal, você pode se dar o direito de ir revelando aos poucos o porquê de tudo ao longo da história. É legal que surjam alguns questionamentos na mente do leitor no inicio da história, assim ele irá querer ler mais para descobrir.

Continue escrevendo! Só escrevendo bastante irá lapidar sua técnica e encontrar seu próprio estilo! :smile:
E fiquei curiosa pra saber por que a traíra jogou o moleque na fogueira, hahahaha

então, essa parte de cortar bastante da ação vai ser mais no prólogo, foi meio que proposital kkk
mas tem muitos detalhes, que como eu disse pro morfs, serão explicados no decorrer da história...

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A população que compareceu ao julgamento não parava de falar sobre a pena que o acusado deveria sofrer. Alguns diziam que ele deveria ser executado, outros diziam que ele deveria virar escravo, alguns diziam que ele deveria passar a vida toda aprisionado, outros diziam que deveria ser jogado em território orc e deixado à própria sorte. Muitas eram as opiniões do povo, mas ninguém de fato sabia o que o conselho dos cinco iria dizer ao rei e que decisão que ele tomaria.

Pouco mais de duas horas haviam passado quando a porta tornou a se abrir. Por ela passaram o rei, o conselho e, pouco tempo depois, o réu sendo escoltado pelos guardas. Quando todos estavam em seus devidos lugares o rei olhou para o público presente, havia chegado a hora de anunciar a sentença, ele respirou profundamente e disse:

- Chegamos à decisão da pena que será destinada ao acusado. Por ele ter salvado a vida da princesa e por seu pai ter salvado a minha em uma batalha há alguns anos, irei poupar a sua para lhe pagar essa dívida que eu e o reino temos com ele. Porém, não podemos deixar nenhum crime contra a coroa sem punição. Já que o réu deseja fugir para o continente do leste, é pra lá que ele será mandado. Ele será exilado, não só do nosso reino, como do nosso continente. Caso venha aparecer aqui de novo, será punido com a morte. Seu nome será apagado de qualquer registro élfico, para não manchar a honra de seu pai. Em todo livro constará que ele foi o último de sua família e que não deixou herdeiros.

Enquanto o rei pronunciava essas palavras, o povo presente permanecia em silêncio total. A maioria esperava que o réu não fosse morto, pois o rei não era considerado uma má pessoa, pelo contrário, sempre foi visto com bons olhos por seu povo e sempre soube ser misericordioso quando necessário. Mas o que mais surpreendeu foi a decisão do exílio, pois há muito tempo nenhum elfo recebia tal pena, tanto que muitos não conheciam a marca que os exilados recebiam.

O rei direcionou seu olhar ao réu, que se manteve cabisbaixo durante todo o discurso, e disse:

- Acusado, agora você será levado para receber a marca do exílio e depois irá direto para a cidade portuária, onde irá embarcar em um navio que estará lá especialmente para te levar ao continente do leste. Que você nunca volte a pisar nessas terras. A partir de agora você já não mais existe, e nunca existiu em nosso reino.

****************************

e com isso termina o prólogo =D
 
para quem leu, o que estão achando? a partir de sábado estarei de férias no trabalho e devo começar a escrever os capítulos...
 
Li e espero ter mais para ler. Gostei do começo. Lembrou bastante Chrono Trigger, Crono e Marle.

1 - O conselho dos 5 era composto por homens? Achei estranho isso.

2 - Achei estranho que o primeiro a se pronunciar fosse o próprio réu. Geralmente primeiro anunciam a acusação, e só depois é feita a defesa. Vai ver é uma coisa de cultura desse povo élfico, não sei.

3 - Como a princesa concordou com o relato "Sua versão está correta" se ela só entrou no "tribunal" depois que o cara terminou de falar? Ela não poderia ter ouvido lá de dentro.

4 - "... eu propus a ela que fugíssemos para o continente do leste, a terra dos humanos." Também achei meio estranho. Obviamente vc usou a fala dele para dar exposição ao leitor que o continente a leste é dos humanos. Mas na realidade, penso que o personagem não falaria uma coisa dessas, pois para o mundo dele isso deveria ser já conhecido. Seria como eu falar pra vc numa conversa comum que viajei para EUA e te contar que lá falam inglês. Poderia omitir na fala dele e explicar lá na frente, quando ele é acusado, tornando a fala dele mais natural.
 
Tou pensando em voltar a escrever realismo fantástico, ainda mais agora que tem várias ferramentas baratas ou e-book mesmo pra publicar um livro sem muitos custos!

Sua obra está me dando um incentivo pra isso!

Vou ler tudo com mais calma e depois deixo as minhas impressões com mais detalhes OK? Mas o pouco que li gostei bastante!
 
Li e espero ter mais para ler. Gostei do começo. Lembrou bastante Chrono Trigger, Crono e Marle.

1 - O conselho dos 5 era composto por homens? Achei estranho isso.

2 - Achei estranho que o primeiro a se pronunciar fosse o próprio réu. Geralmente primeiro anunciam a acusação, e só depois é feita a defesa. Vai ver é uma coisa de cultura desse povo élfico, não sei.

3 - Como a princesa concordou com o relato "Sua versão está correta" se ela só entrou no "tribunal" depois que o cara terminou de falar? Ela não poderia ter ouvido lá de dentro.

4 - "... eu propus a ela que fugíssemos para o continente do leste, a terra dos humanos." Também achei meio estranho. Obviamente vc usou a fala dele para dar exposição ao leitor que o continente a leste é dos humanos. Mas na realidade, penso que o personagem não falaria uma coisa dessas, pois para o mundo dele isso deveria ser já conhecido. Seria como eu falar pra vc numa conversa comum que viajei para EUA e te contar que lá falam inglês. Poderia omitir na fala dele e explicar lá na frente, quando ele é acusado, tornando a fala dele mais natural.

1 - Na verdade por elfos do sexo masculino, irei arrumar essa parte.

2 - na verdade funciona como você disse, mas na cultura élfica desse meu mundo isso muda quando o crime é contra a coroa, pois nesses casos o julgamento é divulgado já com a acusação, tipo assim: Dia X ocorrerá o julgamento de fulano no local Y pelos crimes xxxxxxxx. O que não ocorreu nesse, pois por envolver a filha do rei, ele não quis divulgar antecipadamente, mas uma parte eu irei alterar para que o rei anuncie o ocorrido durante o julgamento.

3 - muito boa sua obeservação, irei dar uma arrumada nessa parte.

4 - essa parte já foi arrumada na minha última revisão.

Tou pensando em voltar a escrever realismo fantástico, ainda mais agora que tem várias ferramentas baratas ou e-book mesmo pra publicar um livro sem muitos custos!

Sua obra está me dando um incentivo pra isso!

Vou ler tudo com mais calma e depois deixo as minhas impressões com mais detalhes OK? Mas o pouco que li gostei bastante!

que bom que ela já está servindo pra alguma coisa hehe.


Enfim pessoal, am alguns dias irei postar a versão final do prólogo, agradeço pelas observações, é bom ver vcs apontando essas pequenas falhas para que eu possa corrigir.
 
Última edição:
bom, posto agora a que espero ser a versão final do prólogo:

Prólogo
O salão está cheio, o teatro da grande capital élfica é imenso, maior do que qualquer um já construído pelos humanos. E nesta noite irá sediar um evento um tanto incomum para um lugar que costumava receber grandiosos espetáculos artísticos. Esta noite o grande teatro élfico receberá um julgamento. Não o julgamento de um criminoso qualquer, fosse este o caso, seria sediado em seu devido lugar: o fórum. Mas esta é uma audiência especial, pois será julgado o elfo responsável pela quase morte da princesa do reino.

- Silêncio! – bradou o majestoso rei élfico.

A multidão, que há vários minutos já preenchia o teatro, cumpriu de imediato a ordem do rei, deixando o salão em silêncio total. Vários nobres elfos estavam presentes nos lugares mais altos e com vista privilegiada. Na parte superior direita, podia-se notar um grande camarote, que os frequentadores assíduos do teatro sabiam que pertencia a família real, mas nessa noite ela estava coberta com uma tela élfica, que era usada para dificultar a visão dos curiosos, tornando difícil para que as pessoas que estivessem fora dela conseguissem avistar quem estava ali presente. No centro do palco estava o rei em sua mesa, logo em sua frente encontrava-se a cadeira do réu, ainda vazia, e ao lado a bancada que havia sido montada para contar com a presença do conselho dos cinco. O conselho dos cinco, obviamente composto por cinco integrantes, era o nome dado ao grupo de conselheiros escolhidos pelo rei, que na maioria das vezes eram elfos com grande conhecimento científico e militar e em alguns casos podendo também contar com a presença de algum grande mago. No caso dos julgamentos a função deles é semelhante à de um júri, com a diferença de que ao invés de julgar o réu, eles somente aconselham o rei baseado no que veem no julgamento, podendo o rei seguir esses conselhos ou não, mas na grande maioria das vezes o desfecho se dava pela primeira opção, afinal, o rei tem que demonstrar confiança para com seus conselheiros.

- Tragam o acusado. – disse o rei, agora um pouco mais calmo, porém sempre demonstrando seriedade.

Uma grande porta, que ficava no lado direito do que normalmente era usado como palco, se abriu e por ela passaram alguns integrantes da guarda real que trajavam belas armaduras douradas. Logo após eles, o dito criminoso passou por ela, ele estava acorrentado de uma forma que chegava a ser exagerada, e trajava um capuz negro cobrindo toda a sua cabeça. Escoltado por dois guardas, o réu finalmente sentou-se no lugar que lhe havia sido destinado.

- Podem tirar-lhe o capuz. - ordenou o rei aos guardas.

Imediatamente após o mesmo ser removido, a “plateia” presente voltou a se agitar, afinal, a população ainda não havia tomado conhecimento de quem era o acusado. O fato que lhes causou grande espanto era o de o réu ser apenas um adolescente.

- Mas que tipo de ligação com o atentado que houve contra a vida da princesa pode ter um elfo tão jovem? – indagou uma elfa qualquer.

- Silêncio! - voltou a bradar o rei com autoridade.

Imediatamente a multidão aquietou-se e dirigiu os olhares ao jovem elfo, que se encontrava sentado e cabisbaixo. Sua situação chegava a ser deplorável, pois aparentemente não se banhava a um longo tempo, e trajava uma roupa imunda e com vários rasgos. A verdade é que o acontecimento principal que levou a esse julgamento havia ocorrido há exatos dois meses, e por todo esse tempo o jovem esteve preso, pois o rei não queria realizá-lo sem a sua filha estar presente para poder testemunhar, e para isso ela precisou passar por um longo período de recuperação, pois a ferida havia sido muito grave.

- O réu aqui presente responderá por atentado à coroa. Há dois meses atrás ele tentou sequestrar a princesa e após alguns dias eles foram encontrados na cidade do Porto e a princesa estava gravemente ferida. Agora o acusado terá o direito de apresentar sua defesa, escolha bem suas palavras. – Disse o rei, tentando aparentar que estava calmo.


********************​


- Não tenho muito mais a acrescentar além do que vossa majestade já sabe. Sou filho de um dos mais honrados generais que esse reino já teve, mas que infelizmente morreu nos defendendo contra os orcs nessa guerra que parece não ter fim. A pedido de meu pai, vossa majestade me autorizou a realizar o treinamento da guarda real, coisa que me levou a conhecer a princesa. Com o tempo a gente passou a conversar cada vez mais e nossa relação passou a ser mais do que uma princesa pode possuir com alguém que não seja da nobreza. Sabendo que não poderíamos viver juntos aqui em nosso reino, tentamos fugir para a cidade do porto, para tentar pegar alguma embarcação que nos levasse ao continente do leste. Infelizmente fomos atacados no caminho por um grupo de orcs e... – o acusado hesitou um pouco, sua expressão pareceu ter ficado bem mais triste. – Eu... Eu... Tentei... Eles eram muitos. Eram mais ou menos cinco deles, consegui lutar com alguns, mas... Não percebi que havia um sexto orc... – uma lágrima caiu do rosto do acusado. – E infelizmente ele conseguiu acertar a princesa com a sua espada, a sorte é que eu ainda consegui derrubar o orc. Depois a carreguei até a cidade do porto para buscar por ajuda e foi onde eu fui preso.


********************​


A multidão estava perplexa com o depoimento do jovem elfo, afinal, os elfos em geral sempre tiveram um respeito muito grande por suas leis e tradições, e a princesa quase havia quebrado uma das mais importantes regras da nobreza. O rosto do rei também havia se alterado, sua pele, que já era muito branca, chegou a ficar quase da cor da neve.

- Você... Você alega que teve um romance recíproco com a princesa? – perguntou o rei, tentando disfarçar sua perplexidade.

- Sim, mas eu não tinha intenção de colocá-la em perigo. Ela é... Muito... Importante pra mim. – respondeu o acusado, tentando não demonstrar seu nervosismo.

- Saiba que isso é muito grave. E antes de ser importante pra você, a princesa é importante para o futuro do reino. – disse o rei.

O jovem elfo ficou em silêncio, pois sabia que nada do que dissesse lhe ajudaria, sua única esperança era a de que a princesa lhe ajudasse de alguma forma.

- Como o acusado aparenta não ter mais nada a declarar, peço que a princesa desça para depor. – disse o rei.

Após alguns minutos a porta voltou a se abrir. Uma linda e jovem elfa passou por ela, demonstrava claros sinais de fraqueza e caminhava com a ajuda de duas criadas. A princesa trajava um belíssimo vestido azul, que contrastava muito bem com seus longos cabelos vermelhos. Ela sentou-se em uma cadeira que estava posicionada um pouco ao lado de onde estava o rei.

- Princesa, você que estava acompanhando a audiência do camarote real, agora tem a liberdade para comentar sobre a versão do acusado e caso seja necessário, nos contar a sua. – disse o rei, já mais calmo do que anteriormente.

- Sua versão está correta. Mas peço perdão a vossa majestade e a todos os elfos de nosso reino. Sei que o que fiz foi errado, que não deveria ter caído nos encantos e nas mentiras desse elfo. Quero que saibam que qualquer ligação emocional que eu possuía com ele não mais existe. Reconheço que ao segui-lo eu pus minha vida em perigo e poderia ter prejudicado o destino de nosso reino. A conduta exercida pelo acusado, em nosso reino normalmente seria punida com a execução, coisa que eu estaria em total acordo. Porém, o fato de ter salvado a minha vida lhe garante o direito de que, ao menos seja estudada a hipótese de ganhar uma pena menos severa. Isso é tudo o que eu tenho a dizer vossa majestade. Se o senhor permitir, gostaria de retornar ao camarote, pois ali eu posso acompanhar o julgamento com mais conforto, devido a minha condição. Assim que melhorar, fico a disposição para, assim como o acusado, responder por meus atos. – disse a princesa (que manteve uma expressão vazia em seu rosto durante todo o tempo) com frieza.

Após ouvir isso, o jovem acusado teve uma mistura de emoções muito grande, não sabia se ficava triste, com raiva ou com medo de seu possível destino, mas uma coisa ele sabia: nada de bom iria acontecer naquela noite, ou no tempo que pudesse restar de sua agora miserável vida.

- A corte entrará em recesso por 2 horas, voltaremos com a decisão sobre o destino do acusado, obrigado. – disse o rei.


********************​


A população que compareceu ao julgamento não parava de falar sobre a pena que o acusado deveria sofrer. Alguns diziam que ele deveria ser executado, outros diziam que ele deveria virar escravo, alguns diziam que ele deveria passar a vida toda aprisionado, outros diziam que deveria ser jogado em território orc e deixado à própria sorte. Muitas eram as opiniões do povo, mas ninguém de fato sabia o que o conselho dos cinco iria dizer ao rei e que decisão que ele tomaria.

Pouco mais de duas horas haviam passado quando a porta tornou a se abrir. Por ela passaram o rei, o conselho e, pouco tempo depois, o réu sendo escoltado pelos guardas. Quando todos estavam em seus devidos lugares, o rei olhou para o público presente, havia chegado a hora de anunciar a sentença, ele respirou profundamente e disse:

- Chegamos à decisão da pena que será destinada ao acusado. Por ele ter salvado a vida da princesa e por seu pai ter salvado a minha em uma batalha há alguns anos, irei lhe poupar para pagar essa dívida que eu e o reino temos com ele. Porém, não podemos deixar nenhum crime contra a coroa sem punição. Já que o réu deseja fugir para o continente do leste, é pra lá que ele será mandado. Ele será exilado, não só do nosso reino, como do nosso continente. Caso venha aparecer aqui de novo, será punido com a morte. Seu nome será apagado de qualquer registro élfico, para não manchar a honra de seu pai. Em todo livro constará que ele foi o último de sua família e que não deixou herdeiros.

Enquanto o rei pronunciava essas palavras, o povo presente permanecia em silêncio total. A maioria esperava que o réu não fosse morto, pois o rei não era considerado uma má pessoa, pelo contrário, sempre foi visto com bons olhos por seu povo e sempre soube ser misericordioso quando necessário. Mas o que mais surpreendeu foi a decisão do exílio, pois há muito tempo nenhum elfo recebia tal pena, tanto que quase ninguém conhecia a marca que os exilados recebiam.

O rei direcionou seu olhar ao réu, que se manteve cabisbaixo durante todo o discurso, e disse:

- Acusado, agora você será levado para receber a marca do exílio e depois irá direto para a cidade do porto, onde irá embarcar em um navio que estará lá especialmente para te levar ao continente do leste. Que você nunca volte a pisar nessas terras. A partir de agora você não mais existe, e nunca existiu em nosso reino.

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aos que tiveram a paciência de ler novamente, o que acharam? acham que ficou melhor?

Ah, e só irei postar aqui esse prólogo e o capítulo 1, como uma amostra e tals, quem quiser continuar acompanhando me mande mensagem com o facebook pra eu add, pq vou criar um grupo para o pessoal que vai me ajudar com opiniões e tals...
 
Li e achei evolução notável.

Por exemplo, na primeira vez senti que o acusado estava só contando a história, agora sinto que ele está apresentando a defesa que pode decidir a vida dele.

Só não entendi porque não quer mais postar aqui... acho que fica bem organizado
 
sei lá, medo de alguém pegar a ideia, sabe como eh né... em um lugar mto público sempre pode vir um zé ruela e pegar pra falar que ele que criou... até pq pretendo lançar o livro.
 
pessoal, se mais alguém leu as alterações comentem please...

mas enfim, quero avisar que o cap. 1 talvez demore um pouco, pq eu tenho uma certa dificuldade em criar nomes, aí sempre demoro um pouco nessa parte...
 
então pessoal, acabei acrescentando algumas coisas no prólogo e finalmente consegui organizar minhas ideias centrais com relação a trama do primeiro livro (vão ser pelo menos 3), e já escrevi 3 páginas do capítulo 1... em breve vou disponibilizar pra vcs
 

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