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Fundador da Microsoft tenta colocar o maior avião do mundo no ar em 2018

Fúria da cidade

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    Maior avião do mundo, o Stratolaunch tem 120 metros de comprimento

Você tem uma imagem mental de quanto seriam 117 metros? Bom, é quase o comprimento máximo de um campo de futebol, que é de 120 metros.

Por que falamos de 117 metros? Porque essa é a distância entre as pontas da asa do Stratolaunch, o maior avião do mundo cujo voo de estreia está previsto para setembro.

Para termos uma ideia do que isso significa, basta lembrarmos que o maior avião comercial em operação no mundo, o Airbus A380, tem envergadura de 79 metros.

Os números que cercam o Stratolaunch, como é de se esperar, são superlativos. Ele é capaz de decolar com um peso máximo de pouco mais de 589 toneladas, o que equivale, grosso modo, a 589 carros populares. E para integrar todos os seus sistemas, ele faz uso de mais de 128 quilômetros de fios.

Para completar o pacote exótico, temos o formato da aeronave: lembra um catamarã, aqueles barcos com dois cascos paralelos. A cabine de comando, por sua vez, fica na frente da fuselagem da direita.

A essa altura você deve estar se perguntando para quê alguém resolveu criar um monstro desses? A resposta é tão audaciosa quanto o projeto em si: lançar foguetes para o espaço em pleno ar, algo muito mais barato do que fazer o procedimento a partir do chão.

Projeto antigo


Para deixar tudo mais louco, quem está por trás do monstrengo é um dos fundadores da Microsoft. Mas não estamos falando de Bill Gates, e sim de Paul Allen. Ele ajudou a fundar a Microsoft em 1975 e hoje acumula uma fortuna de cerca de US$ 20 bilhões. O lance é: Allen sempre teve uma paixão por ficção científica e foguetes.

Já fora da Microsoft, na segunda metade dos anos 1990, Allen começou a cogitar com mais seriedade a ideia de criar uma forma de distribuir sinal de banda larga a partir do espaço e, na tentativa de colocar o plano em prática, conheceu o engenheiro aeronáutico Burt Rutan, famoso por criar conceitos incomuns de aviões com sua empresa, a Scaled Composites.

O primeiro contato não rendeu em nada, mas anos depois os dois se encontrariam novamente. Desta vez, Rutan apresentaria a ideia de criar um foguete capaz de levar pessoas ao espaço. Um dos aspectos curiosos da ideia seria a de que o foguete, em si, seria lançado a partir de um avião e não de uma base convencional.

Ele também acreditava que isso seria possível de ser feito por menos de US$ 20 milhões
- algo longe de fazer sequer cócegas na conta bancária de Allen. Assim, o ex-Microsoft também viu na ideia de Rutan a possibilidade de repetir o feito conseguido ao lado de Bill Gates: popularizar uma nova tecnologia - no caso, as viagens ao espaço.

Dessa maneira foi criada o Space Ship One, um projeto relativamente bem-sucedido que foi ao espaço algumas vezes na primeira metade dos anos 2000. Entre os patrocinadores da empreitada estava Richard Branson, que anos depois passaria aperto com dois acidentes fatais envolvendo a iniciativa Virgin Galactic, seu plano de levar passageiros para um voo de 90 minutos pelo espaço.

Após o voo do Space Ship One, a parceria entre Allen e Rutan deu uma esfriada, sendo retomada anos depois, quando o engenheiro encontrou uma forma de colocar em prática o plano de criar um avião gigante para funcionar como plataforma de lançamento de foguetes em pleno ar.

Sim, aqui já falamos do Stratolauncher. E Allen embarcou na ideia.

Estrutura


Um dos maiores desafios para se fazer algo colossal como esse avião era o de construir uma asa de quase 120 metros de envergadura que fosse ao mesmo tempo resistente e "leve". Isso foi resolvido após Rutan desenvolver uma técnica de fabricação na qual uma máquina puxa um material em um ritmo constante e, em seguida, o "cozinha" para que ele endureça. Com isso, foi possível criar diversos segmentos do avião e os mastros que reforçam sua estrutura.

O próximo passo foi conter os custos. Para isso, Rutan decidiu se aproveitar de peças de outras aeronaves, como trens de pouso e motores - o Stratolauncher usa seis motores de Boeing 747.

Allen, por outro lado, mudou de ideia: o intuito agora não era o de popularizar viagens ao espaço, mas sim baratear o lançamento de satélites, que poderiam ser utilizados para diversos fins.

Divulgação
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Pousar é o maior desafio do Stratolauncher

Pousar é o desafio


A nova parceria fora anunciada em 2011 e tinha como meta colocar em operação tanto o Stratolauncher quanto o foguete para lançamento de satélites em 2015. Nesse meio tempo, além do atraso de três anos, Rutan acabou deixando o projeto. Algumas de suas ideias, como a de ter um cockpit na traseira do avião, também foram deixadas para trás - o que explica o fato da cabine de comando ficar na fuselagem direita do avião.

Nesse meio tempo os concorrentes também fizeram progresso. Iniciativas como a SpaceX, de Elon Musk, e a Blue Origin, de Jeff Bezos, deram passos concretos rumos à popularização das viagens espaciais e, no processo, diminuíram consideravelmente os custos envolvidos nisso.

Curiosamente, a equipe envolvida no Stratolauncher - Allen incluso - não parece muito preocupada com isso. Tanto que o executivo-chefe da Stratolauncher, Jean Floyd, afirma que o primeiro passo é colocar o avião no céu. A expectativa, no entanto, é que por meio do Stratolauncher e do foguete da empresa, o Kraken, seja possível enviar satélites para órbita baixa da Terra por US$ 30 milhões, cerca de metade do valor que seria cobrado pela SpaceX.

A expectativa é que isso ocorra em 2022.

Até lá, no entanto, a empresa terá que lidar com outra questão. De acordo com um piloto de testes da Scaled Composites, Chris Guarente, o desafio maior ocorre na hora de pousar o Stratolauncher.
A razão para tal é que, por estar em um dos extremos da aeronave, os pilotos tendem a ter dificuldades para fazer os trens de pouso tocarem o chão ao mesmo tempo. E não é preciso ser nenhum gênio para saber que qualquer coisa que dê errado quando falamos de um avião desse tamanho tem potencial para se tornar uma catástrofe sem precedentes.

Por ora, fica a curiosidade para sabermos como será o voo de estreia desse monstro. E, claro, para vermos que ele é capaz tanto de ir ao ar quanto voltar ao solo.

https://tecnologia.uol.com.br/notic...-ainda-em-2018-mas-tem-utilidade-duvidosa.htm
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Haja pista!
 
Stratolauncher é um excelente nome, hein? Não duvido que seja difícil pousar um avião desses!
lançar foguetes para o espaço em pleno ar, algo muito mais barato do que fazer o procedimento a partir do chão.
Uau. Simplesmente uau.
 
Aqui pensando que se as companhias aéreas já reclamam do peso da bagagem dos passageiros pelo custo do aumento de consumo de combustível por quilo então esse avião definitivamente precisa ficar em outra categoria que são vôos para o mercado mais especifico tipo o espacial (589 toneladas). Os vôos saem baratos se pensarmos no custo de foguetes lançados do chão e mais caros se for calcular comparando vôos de aviões domésticos. Quem sabe não sirva como plataforma para melhoram também a tecnologia do aproveitamento de carga em relação ao combustível.
 
O que mais esperamos que evolua nesse século pra aviação comercial é de aeronaves com decolagem vertical para assim finalmente não termos necessidade de ter que construir grandes grandes aeroportos com longas pistas e assim o custo de investimento neles cairá sensivelmente, a ponto de termos um crescimento maior de novos aeroportos e rotas áreas comerciais para um número muito mais amplo de cidades, principalmente as menores e de difícil acesso.
 
Decolar sempre na vertical há muito tempo é o objetivo maior na aviação.
É claro que existem os helicópteros, mas pra transporte de muitas pessoas e grandes cargas ele é limitado. O grande sonho é poder decolar e pousar assim levando muito mais.
 
Qual seria a utilidade prática deste avião, transporte de carga? De passageiros? Não consigo ver uma real vantagem nesta aeronave, mas que é legal é... :)
 
Baratear o lançamento de satélites. Como diz aqui:
lançar foguetes para o espaço em pleno ar, algo muito mais barato do que fazer o procedimento a partir do chão.
e aqui:
A expectativa, no entanto, é que por meio do Stratolauncher e do foguete da empresa, o Kraken, seja possível enviar satélites para órbita baixa da Terra por US$ 30 milhões, cerca de metade do valor que seria cobrado pela SpaceX.
 
Há, entendi, então tem a ver com a nova corrida espacial-comercial... Não acho que Elon Musk ou Jeff Bezos estejam muito preocupados com a possível concorrência... :))
 

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